Novo CEMFA

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MERLIN

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Novo CEMFA
« em: Dezembro 14, 2006, 05:02:36 pm »
O novo CEMFA é o general Esteves de Araujo, actual DGPDN.
Cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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Lancero

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« Responder #1 em: Dezembro 14, 2006, 05:30:18 pm »

Código: [Seleccione]
O Tenente-General Luís Evangelista Esteves de Araújo concluiu o Curso de Aeronáutica na Academia Militar em Junho de 1971. É atualmente Diretor do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea. Possuindo mais de 3.500 horas de vôo em helicópteros Alouette III, PUMA e outras aeronaves, cumpriu missões de serviço em Moçambique (Mueda e Nacala), serviu na Base Aérea Nº 6 (Montijo) e comandou a Esquadra 551 (ALIII). Concluiu o Curso Geral de Guerra Aérea no Instituto de Altos Estudos da Força Aérea (IAEFA) no ano letivo de 81-82, bem como o 75º Curso Complementar de Estado-Maior da RAF em 82-83. Foi professor do IAEFA e do Instituto de Altos Estudos Militares, após o que exerceu funções na Divisão de Operações do Estado-Maior da Força Aérea. Foi adjunto do Ministro da Defesa Nacional e freqüentou o Curso de Defesa Nacional em 90-91. Foi, além disso, oficial de estado-maior no SACLANT em Norfolk, Virgínia e "chairman" do grupo de trabalho CADIMS (Coordinated Air Defense in Mutual Support). Em 94 foi nomeado Segundo Comandante da Base Aérea Nº 4 (Lajes—Açores), assumindo, em seguida, as funções de Subdiretor da Direcção de Instrução. Foi assessor da Casa Militar da Presidência da República. Em seguida, foi Comandante da Base Aérea 6, ocasião em que comandou a força expedicionária que extraiu cidadãos portugueses da Guiné-Bissau. Após o Curso Superior de Guerra Aérea, foi promovido a Major-General, desempenhando as funções de Subchefe do Estado-Maior da Força Aérea até a sua promoção a Tenente-General em janeiro de 2004, quando assumiu o cargo de Diretor do IAEFA. O Ten Gen Araújo possui, entre outras, as seguintes condecorações: Cruz de Guerra, Medalha de Ouro de Serviços Distintos, Cruz Naval, Medalha de Ouro de Valor Militar e a Grande Cruz de Mérito Aeronáutico do Reino de Espanha

Este perfil é de 2005, anterior à sua ida para a Direcção Geral de Política e Defesa Nacional
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Lancero

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« Responder #2 em: Dezembro 15, 2006, 11:51:15 am »
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Defesa: Generais da Força Aérea retiram-se após nomeação de novo CEMFA

Lisboa, 15 Dez (Lusa) - Pelo menos quatro tenentes-generais da Força Aérea , incluindo o actual Vice-chefe, pediram a passagem à reserva após a nomeação do

novo Chefe do Estado-Maior (CEMFA), tenente-general Luís Esteves Araújo, soube  a Lusa de fontes militares.

     A ultrapassagem na antiguidade militar e o carácter eminentemente político da escolha do actual director-geral de Política de Defesa Nacional terão estado na origem da decisão dos tenentes-generais Hélder Rocha Martins (actual Vice-CE MFA), António Martins de Matos (comandante da Logística e Administração da Força Aérea), David Oliveira (adjunto operacional do chefe Estado-Maior General das F orças Armadas) e João Oliveira (comandante operacional da Força Aérea).

     Desconhece-se ainda a decisão do tenente-general Fernando Sousa Rodrigues, que recentemente concluiu a sua missão como representante militar na NATO e ain da não está apresentado na Força Aérea, o qual é o mais antigo tenente-general n o activo, a seguir ao CEMFA cessante, Manuel José Taveira Martins.

     Na hierarquia das antiguidades dos tenentes-generais em condições de assum ir a chefia da Força Aérea, Luís Esteves Araújo está na sexta posição e existem  apenas dois tenentes-generais mais modernos do que ele.

     O novo CEMFA nasceu no Porto em Fevereiro de 1949, ingressou na Academia M ilitar em 1966 e concluiu o curso de Aeronáutica em 71.

     Foi promovido a tenente-general em 2004 e foi director do Instituto de Alt os Estudos da Força Aérea.

     Do seu curriculum académico fazem parte o Curso Geral de Guerra Aérea no I nstituto de Altos Estudos da Força Aérea (IAEFA), o Curso Complementar de Estado -Maior da Royal Air Force, no Reino Unido, o Curso de Defesa Nacional no Institu to da Defesa Nacional em Lisboa e o Curso Superior de Guerra Aérea no Instituto  de Altos Estudos da Força Aérea (IAEFA).

     Exerceu funções de professor do IAEFA e do Instituto de Altos Estudos Mili tares (IAEM) entre 1983 e 1987.

     Em termos operacionais, o tenente-general Luís Esteves Araújo cumpriu miss ões no Norte de Moçambique (Mueda), na Base Aérea Nº 6 (Montijo), onde se qualif icou em SA 330-PUMA e comandou a Esquadra 551 (ALIII)e na Divisão de Operações d o Estado-Maior da Força Aérea. Foi assessor militar para a Força Aérea do minist ro da Defesa Nacional.

     "Chairman" do grupo de trabalho CADIMS (Coordinated Air Defence in Mutual  Support) na Divisão de Operações do Comando Aliado do Atlântico (SACLANT) em Nor folk-EUA, foi também 2º Comandante da Base Aérea Nº 4 (Lajes - Açores), após o q ue assumiu as funções de subdirector da Direcção de Instrução.

     Em 1996, foi nomeado assessor para a Força Aérea da Casa Militar da Presid ência da República.

     Assumiu em 1997 o Comando da Base Aérea nº 6 (Montijo), cargo que exerceu  até 1999 - neste período, comandou a Força Conjunta de Protecção e Recolha de Ci dadãos Nacionais na República da Guiné-Bissau, durante a crise político-militar  que aí eclodiu em 1998.

     Como major-general desempenhou as funções de Subchefe do Estado-Maior da F orça Aérea entre finais de 2000 e início de 2004. Em 2002 foi nomeado presidente da Missão de Fiscalização e Acompanhamento para a introdução do Helicóptero EH  101 na Força Aérea.

     Da sua folha de serviço constam várias condecorações, entre as quais se de stacam: Cruz de Guerra (2ª. Classe), Medalha de Ouro de Serviços Distintos, Cruz Naval (2ª. Classe), Medalha de Ouro de Valor Militar (colectiva) e Grã-Cruz de  Mérito Aeronáutico do Reino de Espanha.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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typhonman

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« Responder #3 em: Dezembro 15, 2006, 02:09:25 pm »
Sim senhora, tem perfil, parabéns!!
 

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ricardonunes

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« Responder #4 em: Dezembro 15, 2006, 02:16:07 pm »
Quando o próprio governo não cumpre a Lei...

Citar
TÍTULO III
Hierarquia, cargos e funções
CAPÍTULO I
Da hierarquia
Artigo 26º
Hierarquia
1. A hierarquia militar tem por finalidade estabelecer, em todas as circunstâncias, relações de autoridade e subordinação entre os militares e é determinada pelos postos, também designados por patentes, antiguidades e precedências previstos na lei.
2. A hierarquia funcional decorre dos cargos e funções militares, devendo respeitar a hierarquia dos postos e antiguidade dos militares, ressalvados os casos em que a lei determine de forma diferente.
3. As escalas hierárquicas dos militares são organizadas por ordem decrescente de postos e, dentro destes, de antiguidade relativa.
Potius mori quam foedari
 

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typhonman

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« Responder #5 em: Dezembro 15, 2006, 02:27:53 pm »
Bonito.. :?
 

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LM

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« Responder #6 em: Dezembro 15, 2006, 03:58:23 pm »
Citação de: "ricardonunes"
Quando o próprio governo não cumpre a Lei...[/color]


Porquê a afirmação de que o governo não cumpre a Lei...? Nesse caso facilmente pode ser sancionado pelos Tribunais...
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ricardonunes

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« Responder #7 em: Dezembro 15, 2006, 04:53:39 pm »
Se o Ten - General Luís Esteves Araújo está na sexta posição na hierarquia das antiguidades, então e no meu entender, o governo não cumprio a Lei, a Lei dos Estatutos dos Militares das Forças Armadas.

Citar
TÍTULO III
Hierarquia, cargos e funções
CAPÍTULO I
Da hierarquia
Artigo 26º
Hierarquia
1. A hierarquia militar tem por finalidade estabelecer, em todas as circunstâncias, relações de autoridade e subordinação entre os militares e é determinada pelos postos, também designados por patentes, antiguidades e precedências previstos na lei.
2. A hierarquia funcional decorre dos cargos e funções militares, devendo respeitar a hierarquia dos postos e antiguidade dos militares, ressalvados os casos em que a lei determine de forma diferente.
3. http://[u]As escalas hierárquicas dos militares são organizadas por ordem decrescente de postos e, dentro destes, de antiguidade relativa[/u].


Mas se o LM, tem outra interpretação diga, posso ser eu a estar a ver tudo trocado.
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Lightning

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« Responder #8 em: Dezembro 15, 2006, 06:01:24 pm »
Nas posições ocupadas por oficiais generais a sua colocação não é por antiguidades, e isso acontece em todas as forças armadas portuguesas e não apenas na Força Aérea, mas é claro que para quem está habituado a um sistema de antiguidades é estranho.
Foi a maneira que o governo encontrou para controlar os comandos militares, não são os coroneis mais antigos que são promovidos a generais, são sim os coroneis que os politicos quiserem.
 

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ricardonunes

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« Responder #9 em: Dezembro 15, 2006, 06:10:41 pm »
Pois eu tinha a ideia que quem passava a general eram os coronéis tirocinados, aqueles que têm uma estrela na boina, mas se diz que é uma nomeação politica...
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Lightning

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« Responder #10 em: Dezembro 15, 2006, 06:25:02 pm »
Demorei um bocado mas encontrei isso escrito :lol:, apesar de não ser tão linear como eu tinha dito.


2 - São membros do Conselho de Chefes de Estado-Maior o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, que preside, e os chefes de estado-maior dos três ramos das Forças Armadas, sem prejuízo de outras entidades militares poderem ser convidadas a participar nas suas reuniões, sem direito a voto.


3 - Compete ao Conselho de Chefes de Estado-Maior deliberar sobre:

a) A elaboração do conceito estratégico militar;
b) A elaboração da doutrina militar conjunta a submeter à confirmação do Ministro da Defesa Nacional;
c) A elaboração dos projectos de definição das missões específicas das Forças Armadas, dos sistemas de forças e do dispositivo militar;
d) A promoção a oficial general e de oficiais generais, sujeita a confirmação do Conselho Superior de Defesa Nacional;
e) A harmonização dos anteprojectos de proposta de lei de programação militar;
f) O seu regimento.

http://www.mdn.gov.pt/defesa/Legislacao ... LOBOFA.htm



(Conselho Superior de Defesa Nacional)

1. O Conselho Superior de Defesa Nacional é presidido pelo Presidente da República e tem a composição que a lei determinar, a qual incluirá membros eleitos pela Assembleia da República.


http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Po ... ao_p35.htm



Pelo que percebi desses documentos os generais actuais em conjunto é que escolhem os que os irão substituir, essa escolha poderá ou não ser aprovada pelo Presidente da Republica em um grupo de deputados, mas ao que parece os politicos não podem directamente escolher quem irá ser ou não general, mas se não quiserem que um seja podem impedir que seja, mas a promoção também não é promoção directa como nos postos inferiores em que basta haver vaga livre ou tempo suficiente no posto anterior.
 

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ricardonunes

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« Responder #11 em: Dezembro 15, 2006, 07:00:37 pm »
"Compete ao Conselho de Chefes de Estado-Maior deliberar sobre a promoção a oficial general e de oficiais generais, sujeita a confirmação do Conselho Superior de Defesa Nacional"

Deliberar do Lat. deliberare
                         v. tr.,
                         resolver após discussão ou exame;
                         decidir;
                         determinar;
                         assentar;
                         v. int.,
                         examinar;
                         ponderar;
                         reflectir;
                         v. refl.,
                         determinar-se

A língua Portuguesa é mesmo tramada :wink:
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JLRC

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« Responder #12 em: Dezembro 15, 2006, 10:05:19 pm »
Nas promoções para Chefes de Estado Maior pode ser escolhido qualquer dos oficiais generais de 3 estrelas (tenentes-generais/vice-almirantes). Não tenho a certeza se todos os oficiais generais (brigadeiro-general, major-general/comodoro, contra-almirante) o poderão ser. Julgo que tal já foi possível. Ramalho Eanes quando foi nomeado CEME tinha generais mais antigos. Julgo que quando Melo Gomes foi nomeado CEMA também tinha vice-almirantes mais antigos. Eu sei que para muitos tudo serve para atacar o governo mas cuidado, antes de fazerem afirmações sectárias vejam se estão certos para não caírem no ridículo. Não morro de amores pelo governo mas isso não significa que deturpe factos só para branquear as minhas opiniões. Haja bom senso.
 

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ricardonunes

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« Responder #13 em: Dezembro 15, 2006, 10:22:35 pm »
Citação de: "JLRC"
Nas promoções para Chefes de Estado Maior pode ser escolhido qualquer dos oficiais generais de 3 estrelas (tenentes-generais/vice-almirantes). Não tenho a certeza se todos os oficiais generais (brigadeiro-general, major-general/comodoro, contra-almirante) o poderão ser. Julgo que tal já foi possível. Ramalho Eanes quando foi nomeado CEME tinha generais mais antigos. Julgo que quando Melo Gomes foi nomeado CEMA também tinha vice-almirantes mais antigos. Eu sei que para muitos tudo serve para atacar o governo mas cuidado, antes de fazerem afirmações sectárias vejam se estão certos para não caírem no ridículo. Não morro de amores pelo governo mas isso não significa que deturpe factos só para branquear as minhas opiniões. Haja bom senso.


E na sua opinião qual o motivo do pedido de passagem á reserva por parte de 4 tenentes-generais, mais antigos que o nomeado?
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JLRC

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« Responder #14 em: Dezembro 15, 2006, 10:32:25 pm »
Citação de: "ricardonunes"

E na sua opinião qual o motivo do pedido de passagem á reserva por parte de 4 tenentes-generais, mais antigos que o nomeado?


Dor de cotovelo por não terem sido os escolhidos. Se o critério de promoção a Chefe de Estado-Maior fosse por antiguidade não havia necessidade de escolha. A promoção era automática. Volto a afirmar, todos os oficiais generais de 3 estrelas podem ser escolhidos para esse cargo de chefia. O nome ou nomes são propostos pelo governo ao Conselho dos oficiais generais (não sei qual é o nome correcto) que o confirma. Depois o nome é confirmado no cargo pelo Presidente da República.