Enviado por: J.Ricardo em Agosto 21, 2006, 06:18:26 pm
A Michelin Brasil foi escolhida dentro do grupo para produzir pneus de alta performance que equipam carros de passeio de grande potência, como Porsche, Mercedes-Benz e Audi. Em processo decisório interno em que cada área geográfica da multinacional francesa pode apresentar projetos, o Brasil levou vantagem sobre a França e, a partir do primeiro trimestre de 2007, passará a produzir em larga escala pneus entre 17 e 19 polegadas de diâmetro para carros esporte e conforto na fábrica de Itatiaia (RJ), um dos maiores e mais modernos complexos industriais do conglomerado no mundo.
O projeto exigirá investimentos de US$ 50 milhões. Deste total, US$ 40 milhões serão aplicados na ampliação da produção da fábrica de Itatiaia, que atualmente faz pneus para carros de passeio e caminhonetes. Os US$ 10 milhões restantes serão direcionados ao aumento da fabricação de cabos e aros metálicos em unidade industrial vizinha à fábrica de pneus. Os cabos e aros são insumo básico no processo de produção dos pneus.
"Só a França, os Estados Unidos e o Brasil vão produzir o pneu de alta performance dentro do grupo", diz Luis Roberto Anastácio, diretor geral de pneus de passeio, caminhonete e moto da Michelin para a América do Sul. Ele disse que a fábrica de pneus para carros de passeio, que hoje produz 1,4 milhão de pneus por ano, passará a produzir 2,5 milhões de unidades a partir de 2008, um aumento de quase 80%, dos quais 1,8 milhão corresponderão a pneus de alta performance. O objetivo da Michelin é exportar 80% da produção destes pneus, que tem um preço de referência no mercado doméstico de cerca de R$ 1 mil por unidade.
Anastácio afirmou que a Michelin negocia com o governo a isenção do imposto de importação para as máquinas que produzirão o pneu de alta performance. A medida depende da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que precisa incluir as máquinas no chamado "ex-tarifário", regime que isenta equipamentos da cobrança do imposto de importação quando a indústria brasileira não produz similar nacional. A Michelin também quer draw-back (admissão temporária) para insumos.
Anastácio disse que os US$ 50 milhões a serem investidos na ampliação da fábrica de Itatiaia fazem parte de um programa global de investimentos de US$ 500 milhões da Michelin para o Brasil no período 2004-2008. Hoje a produção da fábrica de Itatiaia está centrada na produção de pneus de 13 e 14 polegadas de diâmetro, que equipam carros com motor 1.0, mas no fim do ano passado a unidade também passou a produzir um pequeno volume de pneus de 17 a 19 polegadas para a exportação.
No total, a Michelin tem participação de 10% no mercado de reposição de pneus para carros de passeio no Brasil. São cerca de 3 milhões de unidades vendidas no país, entre produção local e importação. No total, o mercado brasileiro demanda cerca de 30 milhões de pneus para veículos de passeio por ano. A área que atende carros de passeio, caminhonetes e motos da Michelin para a América do Sul fatura US$ 150 milhões por ano, dos quais 50% no Brasil. A operação de pneus de passeio no país começou em 1999 e, em 2004, passou a ser rentável.
Anastácio afirma que o pacote de investimentos da Michelin Brasil prevê ainda o desembolso de US$ 200 milhões para ampliar a capacidade de produção de pneus para caminhões e ônibus em Campo Grande, município do Rio. Em 2006, essa unidade deverá produzir 1,6 milhão de unidades, volume que chegará a 2 milhões de unidades em 2008. Outros US$ 200 milhões estão sendo investidos na construção de fábrica que produzirá pneus para mineração e terraplenagem, em Campo Grande.
Esta nova unidade entrará em operação no segundo semestre do ano que vem produzindo 40 mil toneladas podendo chegar, em um segundo momento, a 55 mil toneladas por ano. Antes de a Michelin Brasil ganhar este projeto, ele também chegou a ser disputado pelas operações do grupo na Tailândia, Canadá e México.
O plano de investimentos da Michelin Brasil inclui US$ 50 milhões para produzir misturas (insumos usados na fabricação dos pneus) e cabos e aros metálicos para os pneus de mineração e terraplenagem. A produção de cabos e aros metálicos será elevada de 15 mil para 25 mil toneladas por ano para atender as expansões das fábricas de pneus de passeio e carga e para suprir a nova instalação de pneus de mineração e terraplenagem.
Do Valor Econômico
Enviado por: Luso em Agosto 22, 2006, 01:58:55 am
Enviado por: J.Ricardo em Agosto 22, 2006, 03:43:56 pm
Pelo jeito notícias deste lado do Atlântico não são mais bem vindo por aí...
Enviado por: Cabeça de Martelo em Agosto 22, 2006, 05:29:48 pm
Enviado por: pedro em Agosto 22, 2006, 07:03:17 pm
Cumprimentos
Enviado por: ricardonunes em Agosto 22, 2006, 08:14:58 pm
