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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Luso em Novembro 09, 2005, 06:03:37 pm

Título: Varig, Ota, Stanley Ho
Enviado por: Luso em Novembro 09, 2005, 06:03:37 pm
http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/ (http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/)



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Portugal S.A.


Como e bem diz o nosso amigo Jerico ali no Jumento.
Se a CGD usa dinheiro que pertencem a todos os portugueses em negócios de risco de que resultam apenas transferências de propriedade, deverá explicar bem os critérios que presidem às suas opções de investimento, não basta dizer que são rentáveis

Tudo por causa da operação Compal/CGD em contraponto á operação GALP/CGD/Carlyle que tanto foi criticada.

A decisão de Stanley Ho em financiar através da sua holding Geo Capital em Macau a operação de aquisição da Varig pela TAP.
A Tap é uma empresa de capitais única e exclusivamente públicos, o seu rating é semelhante ao da república portuguesa. Stanley Ho e a Geo Capital não têm neste momento qualquer participação na TAP ou em qualquer uma das suas participadas. Se Stanley Ho financiar a aquisição da Varig, estaremos perante duas situações :

Abertura no balanço da TAP de uma dívida a terceiros no montante da operação.
Investimento de um accionista através da injecção de capital por conta de capitais próprios, com relevância ao nível de um suprimento á holding TAP ou na melhor das hipóteses por via de uma prestação acessória.
Ora como não se prevê que a TAP seja privatizada, qual é a contrapartida para Stanley Ho, no financiamento desta operação ?

Em principio e em bom rigor, o governo só tem que privatizar a ANA, e atribuir depois a propriedade dos terrenos ao investidor Stanley Ho, passando este a ficar com a maior parcela de terrenos edificável na cidade de Lisboa, isto tudo quando a Ota abrir.

Ora, existe uma avaliação efectuado pelo BES aos terrenos da Portela, que os coloca a valer 982 Milhões de Euros.

Em bom rigor o diferencial entre o valor investido pela Geo capital acrescidos de juros por um período que será sempre de 10 anos – altura do encerramento da Portela e abertura da Ota - e os 982 milhões de euros será o diferencial que o Estado Português perde.