E aquele ontem em Portimão, que desatou aos tiros dentro da Esquadra? giro hein....
http://dn.sapo.pt/2008/09/10/cidades/ve ... esqua.htmlVenda de terreno motivou disparos na esquadra
JOSÉ MANUEL OLIVEIRA
Portimão. Um homem de 31 anos que estava a apresentar uma queixa à PSP foi ontem baleado na esquadra de Portimão por um indivíduo a quem tinha vendido um terreno florestal. O negócio complicou--se e terá motivado o crime. Foi uma agente que conseguiu agarrar o suspeito, de 55 anos, quando este já se encontrava na rua. A vítima encontra-se entre a vida e a morte no hospital
Vítima queria devolução de verba de negócio
Problemas num negócio relativo à venda de um terreno florestal, situado no concelho de Monchique, estarão, segundo apurou o DN, na origem de conflitos entre dois homens, que culminaram, ontem, cerca do meio-dia, com um deles a ser atingido, pelo menos, com três disparos de um revólver de munições de calibre .22, efectuados pelo outro no interior da esquadra da PSP de Portimão, quando ambos aguardavam o atendimento para apresentar queixas.
O agressor, de 55 anos, viúvo e residente naquela cidade, com um filho deficiente, acabou por ser detido por uma agente de serviço já a cerca de 20 metros do edifício. Foi entregue à Polícia Judiciária, que tomou conta das investigações, devendo ser ouvido hoje no Tribunal de Portimão. Já a vítima, de 31 anos, que mora em Torres Vedras, após ter sido "estabilizada" no bloco operatório do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), em Portimão, seguiu de helicóptero, cerca das 20.00, para o Hospital de S. José, em Lisboa, onde está ao cuidado de equipa de neurocirurgia.
"O prognóstico é muito reservado", disse ao DN fonte do CHBA. Uma das balas atingiu o indivíduo num ouvido, tendo-lhe provocado um traumatismo craniano. Os restantes disparos causaram traumatismos na face e no abdómen.
De acordo com informações recolhidas pelo DN, os dois homens tinham celebrado um contrato no valor de cerca de 120 mil euros relativo à venda de uma propriedade florestal, com o objectivo de extracção de madeira. Há um mês, o comprador, a vítima dos disparos, ter-se-á atrasado no pagamento mensal (à volta de 20 mil euros) e o dono do terreno acabou por vendê-lo a uma terceira pessoa.
Ao sentir-se enganado, a vítima pediu a devolução do dinheiro que já tinha dispendido. Perante o conflito, ambos decidiram queixar-se um do outro na PSP de Portimão, o que não chegou a acontecer devido aos disparos à queima-roupa. Entretanto, segundo apurou o DN, o agressor estaria a ser pressionado por um funcionário de uma empresa de cobranças difíceis e adquiriu uma arma ilegal, com a qual cometeu o crime.
Em conferência de imprensa, ontem à tarde, em Faro, o intendente Jorge Cabrita limitou-se a ler o comunicado que distribuiu aos jornalistas, recusando responder à maioria das questões. Referiu que "apesar dos elementos policiais posicionados" na esquadra da PSP, "e sem que nada o fizesse prever, o agressor empunhou um revólver e efectuou disparos na direcção da vítima", sem especificar.
"Uma agente policial, de forma pronta e com risco para a sua integridade física, reagiu de imediato e imobilizou o suspeito, fazendo com que largasse a arma e com isso evitando que efectuasse mais disparos, sendo posteriormente auxiliada por outros elementos que se encontravam nas instalações, efectivando-se a sua detenção", acrescentou.