REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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HonraLusa97

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2340 em: Abril 13, 2023, 07:54:25 am »
Pois, nós somos um zero para a NATO, e em muitos casos, um fardo. É só lembrarem-se que nos financiaram 60% das VdG, e nós, não só não as modernizámos, como até já encostámos uma e as outras duas andaram cochas durante não sei quanto tempo.

A NATO a precisar que mais países elevem o nível de prontidão e qualidade das suas FA, e nós aqui a brincar com patrulhas avariados e a sonhar com missões em África, para as quais também estaremos sempre dependentes de terceiros.

A situação que vocês descrevem é bastante triste, e a apatia e indiferença da população, até dos próprios militares, perante esta situação, ainda mais triste é.

Não vejo maneira de reverter a situação, porque os partidos da oposição também não têm qualquer plano sobre esta matéria.

Que triste, até países como a Sérvia e Marrocos, com economias mais pequenas que a nossa, conseguem ter uma defesa com mais capacidades.  :bang: :'(
 

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Get_It

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2341 em: Abril 13, 2023, 09:00:01 am »
Esses, e outros, países têm factores que os motivam a investir na defesa. Nós... enfim... está tudo bem e não se passada nada e nunca se vai passar. E quando se passar, passa e depois volta a estar tudo como era antes.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2342 em: Abril 13, 2023, 12:27:56 pm »
Só chulada neste aterro ....
 

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P44

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2343 em: Abril 13, 2023, 01:39:20 pm »
Choldra

By Eça de Queiroz
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2344 em: Abril 13, 2023, 05:25:48 pm »
a apatia e indiferença da população, até dos próprios militares, perante esta situação, ainda mais triste é.

Os militares que podem expor em público os problemas das Forças Armadas são os generais/almirantes.

Os que estão abaixo  tem o dever de obediência aos superiores hierárquicos, não podem fazer greves nem criticar publicamente, os militares que mesmo assim estão desgostosos, podem-se sempre ir embora e fazer outra coisa da vida...
https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2023/04/12/forcas-armadas-ministerio-da-defesa-reconhece-o-fracasso-dizem-associacoes-de-militares/327348/
« Última modificação: Abril 13, 2023, 05:28:39 pm por Lightning »
 
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imaginário

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2345 em: Abril 13, 2023, 07:39:41 pm »
O problema é que os generais/almirantes só ficam indignados com os problemas dos ramos e vêem falar para a praça pública, quando passam à reserva  e de terem mamado à conta do orçamento durante bastantes anos e ficarem com uma reforma choruda. Quem vier que feche a porta! É o retrato do país, lambe botas e hipócritas. Só servem para comes e bebes!
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2346 em: Abril 16, 2023, 04:02:24 pm »
https://twitter.com/defesa_pt/status/1647604132876886017

E vocês ainda esperam alguma coisa de uma TRAMPA destas???

Kumbayiá my Lord kumbayiá
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2347 em: Abril 16, 2023, 05:03:53 pm »
Um dia destes vai fechar alguma corrida na sede da Embraer...
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2348 em: Abril 16, 2023, 05:53:09 pm »
wtf

Competições são importante, mas elas já não existem? A BrigMec tem até uma de estafeta ou asism acho

Não seria melhor melhorar a qualidade até disso?
Não seria melhor até melhorar as competições de tiro existentes? Algo como o finnish brutality  :mrgreen:



Agora isso parece-me só algo de treta
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2350 em: Abril 18, 2023, 02:57:53 pm »
Podecast
Soberania ep. 7. Forças Armadas - que futuro?
https://www.dn.pt/podcast/soberania/episodio/soberania-ep-7-forcas-armadas---que-futuro-16189309.html

Nada de novo, o empurra com a barriga, no meu tempo já era mau, situação de emergência nacional.

mesmo assim, acho que vale a pena ouvir.
“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
G. Michael Hopf, Those Who Remain
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2351 em: Abril 18, 2023, 06:16:12 pm »
A determinado ponto a meio do podcast, falam do desinvestimento nas FA em Portugal, como algo que também aconteceu por toda a Europa. No entanto, isto é só meia verdade. Se na Europa também se investiu menos do que se devia, em Portugal a situação é bem pior, onde se investiu perto de nada. Não é à toa que nos outros países, os programas lá iam avançando, apesar de cada país ter lacunas aqui e ali. Em Portugal está praticamente tudo igual há mais de 10 anos.

E agora, perante uma guerra na Europa, os outros países anunciam aumentos do investimento na Defesa, e até orçamentos suplementares, enquanto nós mantemos tudo igual, de continuar a investir muito pouco, e a manipular os valores para parecer que se investe muito mais.
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2352 em: Abril 19, 2023, 07:13:19 am »
Ser governados por um gang de bandidos e traidores também não ajuda
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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2353 em: Abril 19, 2023, 01:40:17 pm »
Outra, é virem com aquela desculpa de "eu não posso programar aquisições de meios, se não souber com que pessoal posso contar". Ora que caraças, não podem adquirir meios, se não houver pessoal para eles, nem podem contratar pessoal, se não houver meios para operarem, portanto, mais vale deixar tudo na mesma!  ::)

Falta de noção que, com o mesmo pessoal que hoje opera os M114 (em números brutos), consegue-se operar praticamente o dobro de um sistema AP mais moderno, como o Caesar ou ATMOS. Ou que em termos brutos, o nº de pessoal necessário para operar 3 fragatas das actuais (160+ cada), daria para operar 4 fragatas recentes de guarnição de 120, em simultâneo.

Além de que, sistemas mais modernos, também afectam positivamente as condições de trabalho (principalmente navios), onde não se veria, em princípio, casos como tomar banho com tachos.
E por fim, dá perfeitamente para encomendar por exemplo 3 fragatas, e dado o tempo de construção ser 3 ou mais anos para cada uma, dá tempo suficiente para ir formando pessoal.

Esta lógica de estar à espera que haja pessoal suficiente e formado/pensado para uma função e/ou meio, não tem qualquer lógica. A lógica não pode ser "temos pessoal X, vamos organizar as FA com base neste pessoal que temos".

Outra coisa que não me parece fazer sentido nenhum, é planificar as FA e os meios a adquirir, com base naquilo que "podemos dar" à NATO, sendo que isto apenas serve de pretexto para investir apenas nos mínimos necessários para a NATO. Ora um exemplo dado no podcast, é que nos comprometemos a dar uma brigada. E eu aí pergunto, então e se o TO não for adequado à Brigada que podemos disponibilizar (BrigInt)? Se o TO pedir algo mais pesado, como a BrigMec, vamos buscar os cacos em que esta brigada se tornou, e envia-se, ou vai-se ser cabeçudo e enviar na mesma a BrigInt, com os riscos que isso pode acarretar?

Se calhar em vez de nos focarmos naquilo que nos comprometemos a dar à NATO, devíamos era ter umas FA minimamente completas. Exige dinheiro sim, mas dinheiro que é necessário investir, num mundo cada vez mais virado do avesso.
 
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HonraLusa97

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #2354 em: Abril 19, 2023, 02:02:30 pm »
Outra, é virem com aquela desculpa de "eu não posso programar aquisições de meios, se não souber com que pessoal posso contar". Ora que caraças, não podem adquirir meios, se não houver pessoal para eles, nem podem contratar pessoal, se não houver meios para operarem, portanto, mais vale deixar tudo na mesma!  ::)

Falta de noção que, com o mesmo pessoal que hoje opera os M114 (em números brutos), consegue-se operar praticamente o dobro de um sistema AP mais moderno, como o Caesar ou ATMOS. Ou que em termos brutos, o nº de pessoal necessário para operar 3 fragatas das actuais (160+ cada), daria para operar 4 fragatas recentes de guarnição de 120, em simultâneo.

Além de que, sistemas mais modernos, também afectam positivamente as condições de trabalho (principalmente navios), onde não se veria, em princípio, casos como tomar banho com tachos.
E por fim, dá perfeitamente para encomendar por exemplo 3 fragatas, e dado o tempo de construção ser 3 ou mais anos para cada uma, dá tempo suficiente para ir formando pessoal.

Esta lógica de estar à espera que haja pessoal suficiente e formado/pensado para uma função e/ou meio, não tem qualquer lógica. A lógica não pode ser "temos pessoal X, vamos organizar as FA com base neste pessoal que temos".

Outra coisa que não me parece fazer sentido nenhum, é planificar as FA e os meios a adquirir, com base naquilo que "podemos dar" à NATO, sendo que isto apenas serve de pretexto para investir apenas nos mínimos necessários para a NATO. Ora um exemplo dado no podcast, é que nos comprometemos a dar uma brigada. E eu aí pergunto, então e se o TO não for adequado à Brigada que podemos disponibilizar (BrigInt)? Se o TO pedir algo mais pesado, como a BrigMec, vamos buscar os cacos em que esta brigada se tornou, e envia-se, ou vai-se ser cabeçudo e enviar na mesma a BrigInt, com os riscos que isso pode acarretar?

Se calhar em vez de nos focarmos naquilo que nos comprometemos a dar à NATO, devíamos era ter umas FA minimamente completas. Exige dinheiro sim, mas dinheiro que é necessário investir, num mundo cada vez mais virado do avesso.

DC, não seria possível criar alguma comissão nacional que organizasse concursos para aquisição desse equipamento?

Eu creio que todas estas ideias relevantes têm que ser transformadas em medidas que possam ser apresentadas e executadas.
Por exemplo, x% da receita resultante dos impostos sobre determinado setor revertem para a aquisição de equipamento militar e modernização de instalações.

Identificando prioridades:
- Pessoas;
- Meios;
- Financiamento.

Deverão haver medidas concretas que podem ser apresentadas para resolver este problema.

Eu diria que a fusão da BrigMec com a BigInt é um primeiro passo, porque diminui logo o número de comandos e unidades necessárias. Depois, rever as tabelas salariais, tipos de contrato e instalações para o pessoal. Posteriormente, criar um mecanismo de financiar a aquisição de material e missões. Pensar também como preparar a integração dos militares que terminam o contrato na sociedade civil, com competências relevantes.