REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #990 em: Março 20, 2021, 01:56:54 pm »

Fiquei um pouco confuso. Esses pontos são opinião pessoal ou ideias provenientes do Ângelo Correia (duvido)?

Mas escrutinando um pouco:
-O investimento nas tropas de "elite" é de longe o mais fácil de fazer, já que representa gastos mínimos. O maior investimento seria em veículos e armamento anti-carro. Sem LPD, adquirir 8x8 anfíbios é prematuro, o dinheiro seria melhor investido em CB-90 ou equivalentes, que seriam mais úteis no actual dia-a-dia dos Fuzos.

(Referi o LHD em baixo, o Mistral 1400);



-Artilharia de 155mm (e HIMARS) presumo que fosse para a BrigInt, e não para as tropas especiais. Suponho que tenha sido um lapso.

(Tropas Especiais são Rangers, Comandos), os paraquedistas deveriam estar numa brigada semelhante a (Airborne) do US Army, com apoio de fogos. (mistura de brigINT+Paras);

-HIMARS não são uma prioridade, do ponto de vista ofensivo/defensivo, existem N coisas que fazem muito mais falta e seriam muito mais eficazes (3º SSK, fragatas, mísseis de cruzeiro para os caças, UCAVs, etc, etc). O único ponto a favor do HIMARS seria como lançador de mísseis anti-navio, servindo de artilharia de costa (nomeadamente nos arquipélagos). Ainda assim, sem defesas AA de médio/longo alcance, a sua eficácia seria reduzida.

(HIMARS) é apoio de fogo de longo alcance, os M-109 também seria para ir para a sucata! (usando os M-109,M-777 e HIMARS) para apoio de fogos;


-Também gostava de ver o A-400M na FAP. Mas se tivesse de escolher (e não podendo ter os dois), optava pelo MRTT, dado que nos traz outras valências (AAR e não só). Ter capacidade de operar caças sobre o Atlântico é crucial (e também estenderia o alcance dos P-8).

Penso que o A-400M é mais versátil, quando a um "tanker" existe sempre a possibilidade de comprar 1 A-330 civil e converter para MRTT;


-Hélis de ataque, também eu gostava, mas só mesmo em segunda-mão é que seria possível (e mesmo assim...). Nesse caso só vejo os AH-1W ou Z americanos ou os Tiger australianos (a ser substituídos por AH-64E). De resto sim, UH-60, não havendo possibilidade de ter hélis de ataque, tentar armar estes.

(Em segunda mão, só os AH-1Z dos Marines ou Tigers da Austrália, o AH-1Z novo, custa 30 milhões por unidade, mas com 8 a 10 unidades, novos não seria algo inalcançável;

-SAM, eu diria que precisamos SHORAD e HIMAD. IM-SHORAD, MML e NASAMS seria o mínimo. Reforço também do número de MANPADS.

(Stinger e CAMM) para já e no futuro NASAMS,

-LHD em vez do Mistral (mesmo na versão pequena), preferia o Dokbo, que custa praticamente o mesmo e é maior. Ainda assim, acho que não passa de um sonho, e ter numa lista de prioridades um LPD/LHD sem falar em fragatas para os escoltar, não faz grande sentido.


Pois, mas neste momento não podemos incluir novas FFG no pacote, até lá as BD serão as escoltas;

-P-8 bastavam 4, até porque seriam complementados por UAVs. Os P-8 tornar-se-iam, na prática, uma plataforma de ataque. Só para se ter noção, o preço do 5º P-8 (que o mais certo era ficar encostado por falta de tripulações), dava para pagar 4 ou 5 Lynx Wildcat para a Marinha.

(P-8A, 5 unidades mínimo) e no futuro ser complementados pelo Seaguardian;

-Aos MQ-9 Reaper, juntava a versão SeaGuardian (de patrulha marítima) deste UAV.

Para se arranjar dinheiro para isto, é preciso cortar nos quartéis fantasma, e no excesso de oficiais. Mas mesmo assim, estes cortes só surtiam efeito real passado vários anos. É preciso simplificar cadeias de comando e logísticas, acabar com a duplicação de funções, etc.

É preciso também cumprir verdadeiramente com os orçamentos de defesa. Acabar com as cativações e adiamentos sem fim. Se calhar nem é necessário os 2% do PIB, mas 1.7% (por ano) bem usados, já resolviam muita coisa.

Os Leo ainda teriam utilidade, tal como IFVs de lagartas. O futuro passa por operações conjuntas entre as duas grandes brigadas. Se calhar os cortes passam pela eliminação da grande quantidade de M-113 e derivados (sobretudo os APC, substituindo por 40 a 50 IFVs de lagartas).

Só para completar o raciocínio, é preciso compreender que, eliminando a BrigMec, é preciso gastar muito dinheiro a comprar blindados de rodas para compensar as capacidades perdidas (105/120mm, porta-morteiros, recuperação, ambulâncias, AP 155mm, posto de comando, ACar, etc). Ou seja, a "poupança" teria que ser gasta num reforço em pelo menos 150 a 200 blindados de rodas. Fora as versões que ainda hoje faltam dos Pandur. 

(Não me parece que seja mais caro comprar blindados como o JLTV, do que mais LEO e ASCOD ou CV-90, a probabilidade de usar estes meios em Portugal ou no estrangeiro é zero ou pouco mais que zero.




Estas opiniões são pessoais, e não do Dr. AC.


No entanto não vamos poder substituir tudo, daí concordar com o pensamento dele, forças ligeiras/médias, como bons apoios de fogos, transportáveis, incluindo a vigilância marítima das nossas águas e espaços de interesse.


No entanto, não nos podemos esquecer da substituição dos F-16 e/ou complemento por F-35A ou outra aeronave, fragatas modernas e, eliminando a componente pesada do Exército, o ressuscitar de uma unidade de helicópteros no Exército, reabilitando Tancos, com helis ex-US Army, como o UH-60,incluindo os helis de ataque/apoio nesta unidade.


Mas as mentalidades precisam de mudar muito, FLEXIBILIDADE, MOBILIDADE, INTELIGÊNCIA,SENSORES, ISTAR, CI4.......




ABC.
« Última modificação: Março 20, 2021, 02:04:53 pm por typhonman »
 

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NVF

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #991 em: Março 20, 2021, 02:22:46 pm »
O NASAMS, com os actuais AIM-120, está na mesma classe do CAMM, pelo que ter os dois sistemas seria um bocado redundante. Ainda assim, o NASAMS, é mais versátil que o CAMM, pois permite utilizar diferentes mísseis — o AMRAAM actualmente e, no futuro, o ESSM.
Talent de ne rien faire
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #992 em: Março 20, 2021, 02:47:26 pm »
Também pode lançar o AIM-9X.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #993 em: Março 20, 2021, 03:04:05 pm »

(Tropas Especiais são Rangers, Comandos), os paraquedistas deveriam estar numa brigada semelhante a (Airborne) do US Army, com apoio de fogos. (mistura de brigINT+Paras);

Tens que avisar o Exército de que têm o site informações erradas, imagina os Paraquedistas uma Tropa Especial...alguma vez... :o :bang:



Ou seja, o que tu defendes é tropa normal com um Curso de Paraquedismo?! O que é que o Exército ou as Forças Armadas ganhavam com isso?

É que o "curso da especialidade de Paraquedistas habilita os militares a executar missões de âmbito estratégico, operacional ou tático, com elevado grau de independência e em condições de grande risco por meio de salto tático em paraquedas (desembarque aéreo) ou aterragem de assalto, em qualquer tipo de terreno e condições meteorológicas, com 11 semanas de duração.

PRÉ-REQUISITOS ADMISSÃO

Após a conclusão da formação militar inicial, os militares que pretendam ingressar nas Tropas Paraquedistas terão de cumprir determinados pré-requisitos, nomeadamente:

Provas médicas;
Provas Psicotécnicas;
Provas Físicas Complementares (valores mínimos)::
Corrida 2500 metros em 12 minutos;
32 - Extensão de braços no solo;
5 - Flexões de braços na barra;
35 - Flexão e extensão de pernas com salto;
40 - Abdominais em 1 minuto;
Percorrer 8 Km armado, equipado e com 5 Kg de carga em 60 minutos;
Passagem de Pórtico (5 metros de altura);
Salto do muro (90 cm de altura);
Salto de vala (3 metros de comprimento);
Natação 25 metros (em fato de banho);
Passagem de Túnel Labirinto;
Salto da Torre;
Prova de Agressividade.

Diz-me lá onde é que tens isto na tropa normal que eu calo-me... depois vê este documento:



 :arrow: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11748/1/MAJ%20Pipa%20de%20Amorim.pdf


« Última modificação: Março 20, 2021, 03:14:31 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #994 em: Março 20, 2021, 03:55:12 pm »

(Tropas Especiais são Rangers, Comandos), os paraquedistas deveriam estar numa brigada semelhante a (Airborne) do US Army, com apoio de fogos. (mistura de brigINT+Paras);

Tens que avisar o Exército de que têm o site informações erradas, imagina os Paraquedistas uma Tropa Especial...alguma vez... :o :bang:



Ou seja, o que tu defendes é tropa normal com um Curso de Paraquedismo?! O que é que o Exército ou as Forças Armadas ganhavam com isso?

É que o "curso da especialidade de Paraquedistas habilita os militares a executar missões de âmbito estratégico, operacional ou tático, com elevado grau de independência e em condições de grande risco por meio de salto tático em paraquedas (desembarque aéreo) ou aterragem de assalto, em qualquer tipo de terreno e condições meteorológicas, com 11 semanas de duração.

PRÉ-REQUISITOS ADMISSÃO

Após a conclusão da formação militar inicial, os militares que pretendam ingressar nas Tropas Paraquedistas terão de cumprir determinados pré-requisitos, nomeadamente:

Provas médicas;
Provas Psicotécnicas;
Provas Físicas Complementares (valores mínimos)::
Corrida 2500 metros em 12 minutos;
32 - Extensão de braços no solo;
5 - Flexões de braços na barra;
35 - Flexão e extensão de pernas com salto;
40 - Abdominais em 1 minuto;
Percorrer 8 Km armado, equipado e com 5 Kg de carga em 60 minutos;
Passagem de Pórtico (5 metros de altura);
Salto do muro (90 cm de altura);
Salto de vala (3 metros de comprimento);
Natação 25 metros (em fato de banho);
Passagem de Túnel Labirinto;
Salto da Torre;
Prova de Agressividade.

Diz-me lá onde é que tens isto na tropa normal que eu calo-me... depois vê este documento:



 :arrow: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11748/1/MAJ%20Pipa%20de%20Amorim.pdf




Bem, acho que não me expliquei bem.

Mas também depois desta resposta, vou ficar-me por aqui.

Bom fim de semana,
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #995 em: Março 20, 2021, 04:13:41 pm »
(Referi o LHD em baixo, o Mistral 1400);

Eu sei, mas o LPD/LHD ainda não está sequer escolhido, e demora entre 3 e 5 anos desde a assinatura do contrato até estar pronto a navegar. Só faz sentido pensar em veículos anfíbios, quando o LPD já estiver em construção. Aí sim, faz-se um concurso ou avalia-se a opção de uns quantos AAV em segunda-mão.

Citar
(Tropas Especiais são Rangers, Comandos), os paraquedistas deveriam estar numa brigada semelhante a (Airborne) do US Army, com apoio de fogos. (mistura de brigINT+Paras);

Mas isso só iria duplicar as unidades de artilharia. Mais vale reforçar os Light Gun com alguns M-777, mas mantendo a orgânica, do que criar uma unidade de artilharia própria nos Paras.

Citar
(HIMARS) é apoio de fogo de longo alcance, os M-109 também seria para ir para a sucata! (usando os M-109,M-777 e HIMARS) para apoio de fogos;

O HIMARS tem uma utilidade muito limitada. Quanto muito para defesa costeira (com mísseis anti-navio). De resto, do ponto de vista defensivo, existem meios prioritários e melhor adequados (estilo Iron Dome), do ponto de vista de dissuasão idem (JASSM/-ER, IAI Harop, 3º Tridente), do ponto de vista ofensivo também, além de a sua utilização num conflito além fronteiras, está dependente de um conjunto de outras capacidades que nós não temos. Francamente, está mesmo no fundo das prioridades a meu ver.

Citar
Penso que o A-400M é mais versátil, quando a um "tanker" existe sempre a possibilidade de comprar 1 A-330 civil e converter para MRTT;

O MRTT é mais versátil (apesar de não se substituírem). Mesmo para missões civis (transporte de doentes por exemplo), o MRTT é melhor. Pode reabastecer aeronaves de asa fixa através dos dois métodos, transporta mais pessoas, mais carga (tonelagem). Deve perder é no transporte de veículos, já que em teoria o compartimento de carga não deve ter as dimensões necessárias para transportar, por exemplo, um Pandur. Mas lá está, um é um multiplicador de força, permitindo aos F-16 voar mais longe.

Citar
(Em segunda mão, só os AH-1Z dos Marines ou Tigers da Austrália, o AH-1Z novo, custa 30 milhões por unidade, mas com 8 a 10 unidades, novos não seria algo inalcançável;

30 milhões novo, mas possivelmente só a aeronave. Mesmo 10 unidades, a juntar contrato de manutenção, treino, sobressalentes, armamento, não deve ficar longe de 400 milhões ou mais.

Citar
(Stinger e CAMM) para já e no futuro NASAMS,

Fica a faltar um sistema anti-drone, móvel, capaz de acompanhar os Pandur. E como foi dito, CAMM e NASAMS estão praticamente na mesma categoria, tendo o NASAMS a vantagem da versatilidade a nível de mísseis.

Citar
Pois, mas neste momento não podemos incluir novas FFG no pacote, até lá as BD serão as escoltas;

Não se pode incluir novas fragatas, mas HIMARS e hélis de ataque já se pode?  :mrgreen:
Fragatas novas são de longe uma prioridade muito maior do que esses dois. Se é para ter um LHD de topo com escoltas de lixo, mais vale ter um LPD/LHD mais básico, já que não poderá utilizado em operações de média/alta intensidade.

Citar
(P-8A, 5 unidades mínimo) e no futuro ser complementados pelo Seaguardian;

Mas porquê 5? Eu sei que em termos operacionais é sempre melhor ter mais, mas com tão pouco dinheiro disponível, não é preferível encomendar apenas 4 (e equipá-los como deve ser) e com a verba que se poupa, resolver outros problemas?

Citar
(Não me parece que seja mais caro comprar blindados como o JLTV, do que mais LEO e ASCOD ou CV-90, a probabilidade de usar estes meios em Portugal ou no estrangeiro é zero ou pouco mais que zero.

Mais caro não será, mas também não terá as mesmas capacidades. Sobretudo nas capacidades TT e na blindagem. Também no poder de fogo. Já os Leopard já cá estão, quanto muito adquiriam-se mais 18 para subir o número para 55, que ainda assim não seria prioritário. IFVs pode-se comprar em segunda-mão, e algumas das versões especializadas dos M-113 podiam ser modernizadas.

Citar
No entanto não vamos poder substituir tudo, daí concordar com o pensamento dele, forças ligeiras/médias, como bons apoios de fogos, transportáveis, incluindo a vigilância marítima das nossas águas e espaços de interesse.

No entanto, não nos podemos esquecer da substituição dos F-16 e/ou complemento por F-35A ou outra aeronave, fragatas modernas e, eliminando a componente pesada do Exército, o ressuscitar de uma unidade de helicópteros no Exército, reabilitando Tancos, com helis ex-US Army, como o UH-60,incluindo os helis de ataque/apoio nesta unidade.

Precisamente por não dar para substituir tudo, é que digo que HIMARS e companhia são excessivos e poucos úteis na situação actual.

Mas repara que grande parte do que falas, são aquisições além 2030. Ninguém está a ver a aquisição de P-8 ou F-35 antes disso, muito menos HIMARS, hélis de ataque, etc. Mesmo o que está "planeado" na LPM não é cumprido, quanto mais aquilo que não faz parte.
 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #996 em: Março 20, 2021, 06:27:36 pm »


Eu sei, mas o LPD/LHD ainda não está sequer escolhido, e demora entre 3 e 5 anos desde a assinatura do contrato até estar pronto a navegar. Só faz sentido pensar em veículos anfíbios, quando o LPD já estiver em construção. Aí sim, faz-se um concurso ou avalia-se a opção de uns quantos AAV em segunda-mão.


Concordo, ao falar nas viaturas blindadas, não estou a dizer que tem de ser já adquiridas.

Mas isso só iria duplicar as unidades de artilharia. Mais vale reforçar os Light Gun com alguns M-777, mas mantendo a orgânica, do que criar uma unidade de artilharia própria nos Paras.


O que eu quero dizer é converter a BRR numa espécie de brigada totalmente aerotransportada, com apoios de fogos consistentes, diretos e indiretos.

O HIMARS tem uma utilidade muito limitada. Quanto muito para defesa costeira (com mísseis anti-navio). De resto, do ponto de vista defensivo, existem meios prioritários e melhor adequados (estilo Iron Dome), do ponto de vista de dissuasão idem (JASSM/-ER, IAI Harop, 3º Tridente), do ponto de vista ofensivo também, além de a sua utilização num conflito além fronteiras, está dependente de um conjunto de outras capacidades que nós não temos. Francamente, está mesmo no fundo das prioridades a meu ver.

Discordo, é um meio polivalente, para apoio de fogo, defesa costeira etc, e pode ser transportado em C-130, por exemplo, cada um custa 4 milhões de euros, não estamos a falar de dissuasão mas um sistema transportável e leve de apoio de fogo.

O MRTT é mais versátil (apesar de não se substituírem). Mesmo para missões civis (transporte de doentes por exemplo), o MRTT é melhor. Pode reabastecer aeronaves de asa fixa através dos dois métodos, transporta mais pessoas, mais carga (tonelagem). Deve perder é no transporte de veículos, já que em teoria o compartimento de carga não deve ter as dimensões necessárias para transportar, por exemplo, um Pandur. Mas lá está, um é um multiplicador de força, permitindo aos F-16 voar mais longe.

O A-400M é mais versátil e para o conceito de brigada aerotransportada, o 330 seria um complemento, no entanto para transportar, por ex UH-60, HIMARS,AH-1W,PANDUR,UROS,JLTV,M-777,M-109, etc, o A-400 "é" o avião.
30 milhões novo, mas possivelmente só a aeronave. Mesmo 10 unidades, a juntar contrato de manutenção, treino, sobressalentes, armamento, não deve ficar longe de 400 milhões ou mais.

Mais uma vez, para apoio de fogos, neste caso diretos (CAS), o heli de ataque é a melhor plataforma e lá está, pode ser transportada para qualquer lugar via A-400M.


Fica a faltar um sistema anti-drone, móvel, capaz de acompanhar os Pandur. E como foi dito, CAMM e NASAMS estão praticamente na mesma categoria, tendo o NASAMS a vantagem da versatilidade a nível de mísseis.

Um ou outro, se bem que acho o NASAMS médio altitude e o CAMM-ER baixa altitude.

Não se pode incluir novas fragatas, mas HIMARS e hélis de ataque já se pode?  :mrgreen:
Fragatas novas são de longe uma prioridade muito maior do que esses dois. Se é para ter um LHD de topo com escoltas de lixo, mais vale ter um LPD/LHD mais básico, já que não poderá utilizado em operações de média/alta intensidade.


Bem, 1 fragata nova, custa 600 milhões, 10 helis novos, chave na mão serão 350 milhões, sendo usados, o preço será mais baixo, mais uma vez, isto faz parte de um sistema integrado/aerotransportado.

Mas porquê 5? Eu sei que em termos operacionais é sempre melhor ter mais, mas com tão pouco dinheiro disponível, não é preferível encomendar apenas 4 (e equipá-los como deve ser) e com a verba que se poupa, resolver outros problemas?


Com a nossa ZEE e espaço de interesse, 6 era o número mínimo até, além do que a atividade submarina russa está a aumentar cada vez mais no atlântico.

Precisamente por não dar para substituir tudo, é que digo que HIMARS e companhia são excessivos e poucos úteis na situação actual.

Acho mais provável o Exército ter HIMARS do que a FAP ter SeaGuardian.

 

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LM

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #997 em: Março 20, 2021, 08:30:42 pm »
Tropas Especiais ou de Elite têm de ser uma minoria em relação ao restante exército...
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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tenente

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #998 em: Março 20, 2021, 08:38:57 pm »
Tropas Especiais ou de Elite têm de ser uma minoria em relação ao restante exército...

Claro que sim !!
Mas no ExPort se os Paras sairem não tens infantaria tal é a penuria de efectivos!!!
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #999 em: Março 20, 2021, 10:26:33 pm »
O que eu quero dizer é converter a BRR numa espécie de brigada totalmente aerotransportada, com apoios de fogos consistentes, diretos e indiretos.

Mas aerotransportada já a BRR é. Em Portugal, e na maioria dos países pequenos, a dificuldade está mais na capacidade de transporte, do que nas forças a serem transportadas. E isto não se resolve com um par de A-400M.

Citar
Discordo, é um meio polivalente, para apoio de fogo, defesa costeira etc, e pode ser transportado em C-130, por exemplo, cada um custa 4 milhões de euros, não estamos a falar de dissuasão mas um sistema transportável e leve de apoio de fogo.

Desculpa lá, polivalente é um caça, uma fragata, um MRTT, etc. Um lançador de rockets só serve para isso, variando a sua utilidade consoante o tipo de foguete ou míssil usado. Não digo que não teria utilidade no futuro (como disse, como artilharia de costa, com mísseis anti-navio), mas não é uma prioridade.

Citar
O A-400M é mais versátil e para o conceito de brigada aerotransportada, o 330 seria um complemento, no entanto para transportar, por ex UH-60, HIMARS,AH-1W,PANDUR,UROS,JLTV,M-777,M-109, etc, o A-400 "é" o avião.

O A-400 para ser eficaz num conceito de brigada aerotransportada, precisava de ser adquirido em quantidades notórias. Um par deles "não faz mossa", e continuaria a ser necessário alugar empresas privadas para transportar a maioria da carga, seja por via aérea ou marítima.

Numa operação como nos TOs actuais, as necessidades são algo esporádicas. Só de X em X meses é que é necessário transportar carga que justifique uma aeronave maior que um C-130. Já o MRTT, transporta o contingente inteiro num só voo, para a rotação das forças no TO.

No caso de um conflito mais a sério, 2 ou 3 A-400M é curto, e considero a capacidade de abastecer os F-16 (e, espera-se, os F-35 no futuro) muito mais importante (não podendo ter os dois tipos de aeronave). Além de que, o F-35 para manter a sua furtividade, não pode levar depósitos externos, logo para tirar o máximo partido desta aeronave, ter capacidade de a reabastecer é crucial.

Citar
Mais uma vez, para apoio de fogos, neste caso diretos (CAS), o heli de ataque é a melhor plataforma e lá está, pode ser transportada para qualquer lugar via A-400M.

Sim, hélis de ataque são melhores que hélis "adaptados". Mas novos, é impensável. 350 milhões por 10, mas é despidos. Como disse, se fossem usados, ainda acreditava, agora novos, é praticamente impossível, principalmente quando fizermos as contas a todos os programas somados.

Citar
Bem, 1 fragata nova, custa 600 milhões, 10 helis novos, chave na mão serão 350 milhões, sendo usados, o preço será mais baixo, mais uma vez, isto faz parte de um sistema integrado/aerotransportado.

Antes de me preocupar com um sistema integrado/aerotransportado, preocupava-me com as necessidades básicas. Para um país marítimo, não ter navios combatentes de superfície, mas ter hélis de ataque, é virar as prioridades do avesso. Não que não gostasse de uns Apaches, mas as fragatas são prioritárias.

Citar
Com a nossa ZEE e espaço de interesse, 6 era o número mínimo até, além do que a atividade submarina russa está a aumentar cada vez mais no atlântico.

Precisamente por causa da nossa ZEE, é que considero a capacidade de combate aéreo e naval, a prioridade, muito antes dos HIMARS e hélis de ataque, mas também dos A-400 e outros tantos.

Citar
Acho mais provável o Exército ter HIMARS do que a FAP ter SeaGuardian.

Porquê?  :mrgreen:
Sei que o SeaGuardian é recente, muita gente nem deve ter ouvido falar nisso ainda. Mas nunca nada indicou que se pudesse adquirir um sistema como o HIMARS, quanto muito um sonho do Exército, mas nada mais.
 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #1000 em: Março 20, 2021, 11:08:46 pm »
Entrentanto, e após a missão na RCA:


6. Se tivesse helicópteros à sua disposição como os empregaria? Primeiro tinha mais capacidade de resposta, em vez de ser uma FRR que no terreno é mais uma força de reação lenta se tiver longe porque levas tempo a lá chegar, realmente tinhas capacidade de intervenção rápido que é isso que interessa, obviamente que nestes deslocamentos focávamos nos mais na missão que era mesmo da força, só haver empenhamento se fosse exatamente necessário e numa situação rápida, de forma preventiva eventualmente, ou numa reação. Mas utilizando sempre helicópteros não só de transporte mas também de ataque porque mais do que os helicópteros de transporte, os de ataque tem de estar inteiramente associados as missões, para teres uma força bem desenhada com capacidade de intervenção por meios aéreos nomeadamente aeromóvel, tens de ter helicópteros de transporte e helicópteros de ataque com proteção balística etc, se não ficas um alvo fácil, ficas exposto. Portanto utilizava os nesse enquadramento, mas com as duas tipologias, helicópteros de ataque e de transporte e mudava completamente, na minha perceção, mudava completamente o figurino na RCA. Porque nos temos história e temos aprendizagem e conhecimento do que fizemos em áfrica. Estamos a falar no passado, nas nossas ex colónias, uma força tinha uma operação numa determinada zona, mas era uma operação de risco, onde pudesse ser necessário reforçar ou intervir rapidamente, posso dizer que perto, enquanto a força ia por terra para efeito surpresa, perto tinhas uma companhia pronta, dentro dos helicópteros, os Allouette, com os helicópteros a trabalhar, não é como fazemos nos treinos que às vezes é para o inglês ver, nada disso, a operação vai decorrer a tantas horas e tu tens aqui o pessoal já dentro dos helicópteros e os helicópteros a trabalhar, tens as zonas e os sítios todos referenciados, há XXXIII um incidente qualquer, uma emboscada em determinado sitio ou uma movimentação de forças que não estava previsto, os helicópteros rapidamente, em minutos, e isto é o testemunho de muitos africanos, eu estive também em angola em 2004/2005 como capitão, e muitos que tiveram do outro lado, que na altura pertenciam às chamadas guerrilhas, diziam o que me impressionava no caso dos comandos era que a gente fazia uma emboscada e passado 3 ou 4 minutos como é que era possível os helicópteros caiam em cima da gente. isso criava instabilidade e insegurança aos grupos armados eles já não atuavam, criava lhes uma insegurança e uma dinâmica completamente diferente. Estamos a falar de um nível de reação muito à frente. A curtas distâncias aquilo é rapidíssimo, mudava completamente o figurino porque nos, as forças comando treinam muito as operações aeromóveis, o heliassalto, e enquadrava se exatamente na nossa missão que é força de reação rápida, uma reação rápida, eficaz, utilizando a surpresa, o poder de fogo através das armas que os helicópteros pudessem levar, e isso fazia toda a diferença, desorganizas o In, crias instabilidade, crias dúvidas e desorganizas, não estão à espera, já sabem que a gente vem sempre pela mesma estrada, não há outra, portanto é complicado


 7. Que diferenças positivas/negativas teria a atuação portuguesa se tivesse helicópteros? Para já tinhas mais número de missões num curto espaço de tempo, e para aquilo que o pessoal é treinado, fazer missões rápidas, eficazes e decisivas. Não é o caso em que tu realmente reages, mas que reages mais lentamente, levas tempo e tens um desgaste maior, tu chegas ao fim de 3 ou 4 dias numa situação de instabilidade os teus militares já têm um grau de fadiga já estão cansados. É completamente diferente estares nos píncaros e em minutos, meia hora estares a operar e depois de resolveres a situação, outras forças assumem, outras forças de quadricula e tu regressas e recompões-te, ou seja, missões de reação rápida, num curto espaço de tempo e decisivas e voltas. Sem os helicópteros o que acontece é que és uma força de reação lenta que se não for na proximidade levas muito tempo no terreno, por isso e que todas as missões o pessoal acaba por la ficar 30 dias ou mais, completamente desgastado, desgastando em termos fisicamente, materialmente, é um desgaste, que depois quando voltas para quarteis, para a MOB, necessitas também de tempo de regeneração, ou seja, acabas por estar empenhado mais tempo e depois há momentos em que não estás tão pronto para, se houver uma instabilidade qualquer.


Obviamente que mudava completamente a velocidade das operações e a velocidade dos empenhamentos. E aquilo que eu te disse na pergunta anterior, criavas instabilidade nos grupos armados, na ameaça porque eles sabiam que se pisassem uma linha vermelha rapidamente estavam a ser sancionados, aqui sabem que vai haver tempo e não sabem que tipo de reação vai haver. Os aspetos negativos são aspetos inerentes ao recurso que é, o helicóptero, os helicópteros necessitam de maior manutenção, são alvos muito remunerados, provavelmente obrigava aos grupos armados a fazer um update nos procedimentos que eles têm porque se mandassem um helicóptero a baixo com pessoal lá dentro, o efeito é bastante grande nas nossas forças, por um lado tínhamos também maior exposição. O risco é inerente à condição militar, pode ser um risco aceitável ou não. Para já não há grandes indicações que tenham armas antiaéreas, utilizam RPGs e outras armas, bitubos etc., mas em termos de misseis terra ar, não há para já assim em referenciação, tinhas alguma liberdade no espaço aéreo, as nações unidas têm a supremacia aérea, podia era acontecer do solo haver alguma coisa. O que eu vejo dos aspetos negativos é que necessitavas de maior capacidade de manutenção, mais uma atenção tecnológica, os helicópteros, e algum cuidado com a proteção aérea, sabendo que é um alvo mais remunerador do que se fosse por terra. São os aspetos que eu vejo negativos, mas pesando um e outro acho que tínhamos mais a ganhar. Hoje em dia há helicópteros com essas capacidades todas, temos helicópteros blindados, os Apache, o Supercobra, tens helicópteros preparados para guarnecer, para fazer ataque ao solo, tem proteção eles próprios e é isso que temos de ver. Acho que os helicópteros, para o tipo de teatro que é, para o tipo de terreno que é e para o tipo de ameaça que é, e para o tipo de missão que é, e para o tipo de forças que estão empenhadas, comandos e paraquedistas, os helicópteros enquadram-se que nem uma luva, é essa a minha perspetiva.
« Última modificação: Março 20, 2021, 11:09:21 pm por typhonman »
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #1001 em: Março 20, 2021, 11:33:45 pm »
Sem querer estragar a vossa discussão vou só relembrar que, quando se afirma dar prioridade máxima às forças especiais, o que isso significa é que as unidades que não serão à partida projectadas para cenários no exterior (seja, que não terão visibilidade internacional) não terão qualquer apoio ou investimento.
Basicamente, é reduzir o exército às unidades de infantaria ligeira que podem ser destacadas. Não seremos os únicos a seguir esse caminho dentro da Nato, mas eu não concordo com essa perspetiva. Como são também as unidades mais "baratas" de manter, é uma tentação enorme para o poder político manter este discurso.

A conversa dos helicópteros de ataque ao solo é para inglês ver, nunca fará sentido ter apaches ou cobras quando não há o resto. Como dizia o outro senhor, a pirâmide constrói-se desde a base. Antes de helicópteros de 30M e HIMARS há Spike, Carl Gustav m4, viaturas com morteiros, entre outros equipamentos que são muito mais fáceis de adquirir e que preenchem lacunas nas forças ligeiras em questão.

Um lança rockets múltiplo é um sistema de saturação, extremamente útil em conflitos de alta intensidade, mas muito pouco viável em situações em que os danos colaterais possam ser significativos. Vejam-se os países que tem grande stock dessas armas nos seus inventários, e por contraponto, a pouca utilização real que eles têm nos países da Nato, embora muitos também os tenham disponíveis em menores quantidades. já era uma sorte manter a artilharia operacional com peças novas, autopropulsionadas ou não.
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #1002 em: Março 20, 2021, 11:47:48 pm »
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #1003 em: Março 21, 2021, 01:02:42 am »
Estamos a esquecer-nos que este é o mesmo país que comprou hélis civis há bem pouco tempo. Fossem esses hélis militares, bimotor, não tínhamos agora forças no RCA sem apoio aéreo nacional.

Mas ninguém questiona a necessidade de hélis de ataque (nem a mobilidade aérea enquanto conceito). Se for possível ter, perfeito. Agora acho que, primeiro, ter 10 hélis de ataque é um número irrealista... e segundo, novos muito menos! Se fossem meia dúzia, já dava para destacar 3 no RCA ou outro TO que surja (2 operacionais, 1 em reserva/manutenção), sendo que estes hélis apoiariam hélis de transporte.
Havendo vontade, ainda se arranjam em segunda-mão (já referi os Tiger australianos e os AH-1W/Z do USMC), novos é que me parece proibitivo. Já falei N vezes da ideia de adquirir AH-1Z e UH-1Y usados, 6+6 ou 6+8, que partilham grande parte dos componentes, facilitando a logística e manutenção. E isto chegava perfeitamente para as necessidades, sendo complementados pelos Lynx (ou seu substituto) e Merlin (modernizados) caso fosse necessário (isto é, num conflito convencional ou num TO que obrigue uma maior mobilização de forças nacionais).

Quanto à aeromobilidade, é um conceito positivo, mas existem outros factores cruciais para viabilizar operações deste género. Nos TOs actuais, onde a oposição é, geralmente, forças de guerrilha mal equipadas, não há grandes problemas. Mas e contra um adversário a sério, com as suas próprias aeronaves, blindados, navios, submarinos, sistemas AA, etc? Nem é preciso ser uma Espanha ou Marrocos, qualquer país (a jogar em casa) com uma dúzia de MIG-21, uns T-72 e missile boats já nos causava enormes problemas, olhando para as nossas forças actuais. Por isso é que quando se fala em hélis de ataque novos, e HIMARS, torço um pouco o nariz, dadas todas as outras carências.

Mas é preciso também definir o conceito de defesa nacional, e se se está a falar a nível defensivo/dissuasor, ou ofensivo.
 
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #1004 em: Março 21, 2021, 10:04:23 am »
Este conceito não é novidade e é fácil de aceitar. O que acho difícil é estabelecer pontes de comparação entre exércitos como o nosso e o de US, Rússia, Alemanha..

Para termos realmente uma capacidade dessas é necessário mais do que helis de ataque, antes de mais serão também precisos helis de transporte em quantidade suficiente. Seriam quantos UH-60, 10? Talvez mais 200M?


Durante a guerra colonial adquiriram-se 130 Alouette..