Pequim 2008

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André

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« Responder #45 em: Agosto 20, 2008, 03:47:56 pm »
Naide evitou atletas que ainda vão competir porque era má companhia

Naide Gomes evitou estar em contacto com os atletas que ainda vão competir nos Jogos Olímpicos Pequim2008, porque não era "uma companhia agradável" devido ao seu estado de espírito, depois de terça-feira ter sido eliminada no salto em comprimento.
Após dizer que recebeu o apoio de amigos, colegas da equipa e responsáveis, como o "amigo" secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, a campeã mundial em pista coberta revelou que evitou o contacto com Nelson Évora, que quinta-feira tem a final do triplo salto.

"Tentei não estar ao pé das pessoas que ainda vão competir. O meu estado de espírito era péssimo e não podia passar, de maneira nenhuma, esse estado de espírito para quem ia competir", disse a atleta, quando questionada sobre se falara com o campeão mundial do triplo salto.

Naide Gomes, 28 anos, afirmou que Nelson Évora "está bem" e frisou que, por agora, não quer estar perto dele. "Depois da competição encontramo-nos".

"Desejo muito boa sorte a todos os que vão competir, não só ao Nelson, mas neste momento não sou uma companhia agradável para quem vai competir. Procurei resguardar-me um pouco no meu quarto e sair um bocado...", acrescentou.

Autora da melhor marca mundial do ano, 7,12 metros conseguidos em 29 de Julho no Mónaco, Naide Gomes falhou a presença na final do comprimento com dois saltos nulos e apenas 6,29 no terceiro, prejudicado por uma corrida em que chegou a travar para tentar acertar o passo nos metros finais.

"Ainda não li os jornais e não vou ler durante alguns dias porque agora não preciso de ler. Preciso é do apoio das pessoas que sempre acreditaram em mim. Recebi tantas, tantas mensagens, tantos telefonemas. Nos Mundiais não recebi tantos telefonemas de apoio como ontem (terça-feira)", disse.

Revelando que "o apoio tem vindo de todos os lados", a atleta portuguesa, quarta nos Mundiais de 2007 ao ar livre, em Osaca, Japão, sublinhou que "é preciso seguir em frente", sustentando: "Não vale a pena estarmo-nos a massacrar mais com isto. Correu mal, ponto final".

"Infelizmente correu mal, não há explicação plausível para o que aconteceu. Dei o meu melhor, mas infelizmente não tive a sorte que merecia. Mas a vida é mesmo assim, estou pronta para seguir em frente", referiu.

Admitindo que no terceiro salto "obviamente" teve medo, "porque estava a ver a fugir uma oportunidade de passar à final e queria tanto", reafirmou que ficou "muito triste" consigo própria, mas frisou: "É mesmo assim, acontece aos melhores e infelizmente aconteceu comigo".

"Estava tranquila, só fiquei nervosa no último salto. Estava muito à-vontade, estava muito soltinha, estava com a convicção de que iria passar e dar o meu melhor", revelou.

Segundo Naide Gomes, "é obvio" que a inesperada eliminação "custou e ainda está a custar" a digerir, mas assegurou que é "forte" e está "pronta para outro".

"Que venham os próximos. Os grandes atletas fazem-se destes momentos, não só dos bons. Nos momentos maus é que temos de saber gerir e conseguir ultrapassar para seguir em frente", disse Naide Gomes.

Por isso vai regressar rapidamente à competição e, como estava previsto, disputar o "meeting" de Lausana, Suíça, em 02 de Setembro, e a final do Grande Prémio, em Estugarda, Alemanha, nos dias 13 e 14.

Garantindo que está "em forma" e "pronta para continuar a treinar", a campeã mundial de pista coberta em Valência 2008 sublinhou: "A época ainda não acabou para mim. Ainda tenho muito que demonstrar".

Nestas duas provas espera conseguir bater o recorde nacional de 7,12, mas não promete nada, "como sempre" tem feito ao longo da sua carreira. "Era um brinde que me oferecia e ao meu treinador, para colmatar esta dor".

Para si, o título olímpico é "o sonho de uma vida", mas acredita que ainda pode alcançá-lo, porque não vai desistir e "não é um momento destes que vai deitar abaixo uma carreira tão longa" como a sua.

"O trabalho todo que fizemos durante a época foi por água abaixo naquele momento e estamos muito tristes por isso. Mais do que ninguém, sentimos a frustração de vermos um sonho ir por água abaixo. Mas o desporto é assim mesmo. A vida continua, não estou doente, não morri, não morreu ninguém", enfatizou.

A Naide Gomes, que teve o apoio do namorado e da irmã em Pequim, os quais foram "muito importantes", não interessa saber quanto dinheiro perdeu por ter falhado a discussão do título olímpico.

"Isso a mim não me interessa nada. Quem me dera a mim estar naquela final. Era o sonho de uma vida. Por mim podia ganhar uma medalha e não ganhar dinheiro nenhum. Acho que uma medalha olímpica vale todo o dinheiro do Mundo", rematou.

Lusa

 

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André

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« Responder #46 em: Agosto 20, 2008, 03:48:33 pm »
Estado investiu 14 milhões em projecto falhado ...

A cinco dias do encerramento de Pequim 2008, o Comité Olímpico Português (COP) assumiu já a sua derrota num projecto em que o Estado investiu 14 milhões de euros, indicam números publicados esta quarta-feira no Diário de Notícias (DN).

Com 12 dias de provas, a delegação portuguesa, a maior de sempre, composta por 77 atletas obteve uma medalha de prata e 16 pontos (em Atenas 2004, Portugal conquistou uma de bronze, duas de prata e um total de 43 pontos).

Vicente Moura «não resistiu ao salto falhado de Naide Gomes, ao quarto lugar de Gustavo Lima, às criticas de Vanessa Fernandes, à falta de brio de alguns atletas, ao ambiente de completa revolta instalado na comitiva e, sobretudo, à fuga das medalhas que o próprio prometeu ao País e ao Governo», diz o artigo do DN.

É que, pela "promessa" (quatro medalhas e 60 pontos) o presidente do COP recebeu 14 milhões de euros, num contrato ("Projecto Pequim") assinado em 2005. «O projecto Pequim tem como objectivo principal assegurar especiais condições de preparação aos participantes ou selecções nacionais que reúnem condições desportivas para obterem classificações relevantes nos Jogos Olímpicos de Pequim», lê-se no contrato programa assinado por Vicente Moura e pelo então presidente do Instituto de Desporto de Portugal, José Manuel Constatino.

Por este contrato, o Estado comparticipou com 14 milhões de euros, verba que o COP canalizou para Federações, clubes, atletas, treinadores e despesas do próprio Comité.

Por sua vez, o COP, uma entidade autónoma, comprometeu-se a obter «cinco classificações no pódio» (a fasquia desceu entretanto para quatro) e «12 classificações até ao 8.º lugar», conforme refere a cláusula 2 do contrato, publicado em Diário da República em Abril de 2005.

Lusa

 

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André

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« Responder #47 em: Agosto 20, 2008, 06:20:43 pm »
Medalheiro de Pequim 2008: Rússia recupera, mas China lidera no ouro

Quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Pequim (ordenadas pelas medalhas de ouro conquistadas):

China, 45 ouro/14 prata/20 bronze, 79 no total
Estados Unidos, 26 ouro/28 prata/28 bronze, 82
Grã-Bretanha, 16 ouro/10 prata/11 bronze, 37
Rússia, 13 ouro/14 prata/18 bronze, 45
Austrália, 11 ouro/12 prata/13 bronze, 36
Alemanha, 11 ouro/8 prata/9 bronze, 28
Coreia do Sul, 8 ouro/10 prata/6 bronze, 24
Japão, 8 ouro/6 prata/9 bronze, 23
Itália, 6 ouro/7 prata/7 bronze, 20
Ucrânia, 5 ouro/5 prata/8 bronze, 18
França, 4 ouro/12 prata/14 bronze, 30
Holanda, 4 ouro/5 prata/4 bronze, 13
Jamaica, 4 ouro/3 prata/0 bronze, 7
Roménia, 4 ouro/1 prata/3 bronze, 8
Espanha, 3 ouro/5 prata/2 bronze, 10
Polónia, 3 ouro/4 prata/1 bronze, 8
Nova Zelândia, 3 ouro/1 prata/5 bronze, 9
Eslováquia, 3 ouro/1 prata/0 bronze, 4
Canadá, 2 ouro/6 prata/5 bronze, 13
Quénia, 2 ouro/4 prata/2 bronze, 8
Bielorrússia, 2 ouro/3 prata/8 bronze, 13
Rep. Checa, 2 ouro/3 prata/0 bronze, 5
Dinamarca, 2 ouro/1 prata/3 bronze, 6
Coreia do Norte, 2 ouro/1 prata/3 bronze, 6
Etiópia, 2 ouro/1 prata/0 bronze, 3
Suíça, 2 ouro/0 prata/3 bronze, 5
Geórgia, 2 ouro/0 prata/2 bronze, 4
Cuba, 1 ouro/6 prata/6 bronze, 13
Cazaquistão, 1 ouro/3 prata/4 bronze, 8
Zimbabué, 1 ouro/3 prata/0 bronze, 4
Azerbaijão, 1 ouro/2 prata/2 bronze, 5
Noruega, 1 ouro/2 prata/2 bronze, 5
Eslovénia, 1 ouro/2 prata/2 bronze, 5
Turquia, 1 ouro/2 prata/1 bronze, 4
Bulgária, 1 ouro/1 prata/3 bronze, 5
Indonésia, 1 ouro/1 prata/3 bronze, 5
Finlândia, 1 ouro/1 prata/1 bronze, 3
Estónia, 1 ouro/1 prata/0 bronze, 2
Mongólia, 1 ouro/1 prata/0 bronze, 2
Tailândia, 1 ouro/1 prata/0 bronze, 2
Brasil, 1 ouro/0 prata/5 bronze, 6
Argentina, 1 ouro/0 prata/1 bronze, 2
Índia, 1 ouro/0 prata/1 bronze, 2
México, 1 ouro/0 prata/1 bronze, 2
Bahrein, 1 ouro/0 prata/0 bronze, 1
Camarões, 1 ouro/0 prata/0 bronze, 1
Panamá, 1 ouro/0 prata/0 bronze, 1
Tunísia, 1 ouro/0 prata/0 bronze, 1
Hungria, 0 ouro/4 prata/1 bronze, 5
Suécia, 0 ouro/3 prata/0 bronze, 3
Uzbequistão, 0 ouro/2 prata/3 bronze, 5
Áustria, 0 ouro/1 prata/2 bronze, 3
Grécia, 0 ouro/1 prata/2 bronze, 3
Lituânia, 0 ouro/1 prata/2 bronze, 3
Argélia, 0 ouro/1 prata/1 bronze, 2
Colômbia, 0 ouro/1 prata/1 bronze, 2
Croácia, 0 ouro/1 prata/1 bronze, 2
Quirgistão, 0 ouro/1 prata/1 bronze, 2
Sérvia, 0 ouro/1 prata/1 bronze, 2
Chile, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Rep. Dominicana, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Equador, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Malásia, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
PORTUGAL, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
África do Sul, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Singapura, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Trindade e Tobago, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Vietname, 0 ouro/1 prata/0 bronze, 1
Arménia, 0 ouro/0 prata/5 bronze, 5
China Formosa, 0 ouro/0 prata/3 bronze, 3
Afeganistão, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Egipto, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Irão, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Israel, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Letónia, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Marrocos, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Tajiquistão, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Togo, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1
Venezuela, 0 ouro/0 prata/1 bronze, 1

Maisfutebol

 

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quintanova

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« Responder #48 em: Agosto 20, 2008, 07:53:19 pm »
Não sei se já se falou aqui disto, mas a imprensa parece esquecer-se.
Para um país sem qualquer espécie de desporto escolar, apoio ao desporto intermédio, tanto de formação como sénior, um país que destroi pistas de atletismo por ordem da toda poderosa UEFA; para um país cujo desporto rei quase nunca consegue ir aos Olímpicos e quando vai mama 4-1 do Iraque.
Para um país como este, 1 medalha de prata é demais, na verdade; embora apenas vá na senda dos extraordinários - curiosamente quase todos formados em estrada (Lopes, Mota, Ribeiro, Fernandes), sem praticamente necessidade de verdadeiros equipamentos (que não os há, senão em Espanha).
Um país que não tem desporto, não pode aspirar a medalhas. Isso é para os que levam o desporto a sério...

Todo e qualquer atleta português em Pequim é um heroi por lá ter chegado. Cumpriram mínimos, ganharam torneios de apuramento. Nem a COP nem o Governo deu almoços grátis a ninguém.

No meio do deserto, é sempre provável que surja um oásis.

Desporto escolar a sério, já!

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Luso

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« Responder #49 em: Agosto 20, 2008, 10:03:59 pm »
A mim bastava um terreno limpo para o tiro ao arco... :(
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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André

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« Responder #50 em: Agosto 21, 2008, 12:00:48 am »
Gustavo Lima só volta atrás na decisão de terminar carreira com "mudança muito radical" ...

O velejador português Gustavo Lima, quarto classificado na classe Laser nos Jogos Olímpicos Pequim2008, advertiu hoje que apenas "uma mudança muito radical" o fará voltar atrás na decisão de terminar prematuramente a carreira, alegando falta de condições.

À chegada ao aeroporto de Lisboa, Gustavo Lima denunciou que "a vela olímpica não está no bom caminho" e avisou que 1000 euros mensais (comparticipação pública para os atletas de nível 2) não constituem "motivação suficiente" para comntinuar.

"A decisão que tomei ontem (terça-feira) tem razões de ser muito fortes e nada tem a ver com o resultado, porque é um resultado honroso. Para voltar atrás seria precisa uma mudança muito radical", disse o velejador, que ficou a um ponto de conquistar a medalha de bronze.

Para Gustavo Lima, João Rodrigues, 11º classificado na classe RS:X em Pequim2008, é um bom exemplo de que a "vela olímpica não está no bom caminho": "Os critérios de selecção não são os melhores. O João Rodrigues é vice-campeão mundial e está fora do Projecto Olímpico. É inconcebível".

O velejador assinalou que não representa Portugal "na brincadeira", mas lembrou que "as bolsas olímpicas não são actualizadas há 12 anos", reconhecendo a dificuldade de "encontrar motivação suficiente com 1000 euros mensais".

"Faço vela há 13 anos, fui campeão europeu e mundial e fiquei a um ponto de uma medalha olímpica. A minha medalha são todas as pessoas que me vieram esperar e me apoiaram. São elas que vão alimentar a minha auto-estima", explicou Gustavo Lima.

O velejador desvalorizou as críticas à atitude pouco profissional de alguns atletas da missão olímpica portuguesa lançadas por Vanessa Fernandes, que conquistou a única medalha até agora em Pequim2008, ao arrebatar a prata no triatlo.

"Existe muita polémica com os atletas olímpicos e isso não faz sentido. Somos alvo de críticas e só temos tempo de antena de quatro em quatro anos, excepto algumas grandes figuras", lamentou o velejador luso.

Gustavo Lima prometeu para a próxima semana uma conferência de imprensa conjunta com o irmão Jorge Lima (falhou a qualificação para a regata das medalhas em 49er em Pequim2008) e Álvaro Marinho (oitavo classificado em 470, com Miguel Nunes), mas não adiantou qual o motivo.

Lusa

 

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André

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« Responder #51 em: Agosto 21, 2008, 12:04:24 am »
Carlos Lopes diz que erros do presente podem ser úteis aos atletas no futuro

Carlos Lopes, campeão olímpico da maratona em Los Angeles 1984, considera que os erros que vários atletas portugueses estão a cometer em Pequim 2008 poderão reverter em ensinamentos que podem potenciar campeões no futuro.

"Muitos deles são um bocado imaturos. Ainda muito jovens. Têm pelo menos duas olimpíadas pela frente e muito que aprender. É com estes erros e excessos de hoje que podem tirar ilações benéficas para o futuro", justificou.

O medalha de prata nos 10.000 em Montreal 1976 pede paciência, de forma a "não pôr em causa todo o trabalho e potencialidade dos jovens", e alerta também os treinadores para o tipo de projectos que desenvolvem com os seus pupilos.

"Que (todos) aprendam com os erros que cometeram ao longo dos últimos dois anos. Os treinadores deviam pensar mais no futuro dos atletas, porque por vezes há excesso de competição, ao longo último ano, principalmente", acrescentou.

Carlos Lopes lembrou que só à terceira olimpíada conquistou a medalha de ouro, "com quase 38 anos": "Vamos sentir que são capazes. Incentivá-los a criar melhor espírito e mais certezas nas suas potencialidades e não só 'bater' porque hoje não fizeram grandes coisas. Quando foi campeão olímpico já levava uma grande experiência".

Lusa

 

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André

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« Responder #52 em: Agosto 21, 2008, 01:19:31 pm »
COP pede 16,8 M€ para os próximos Jogos Olímpicos

Depois de ter recebido 14 milhões de euros para a missão nos Jogos Olímpicos de Pequim, o Comité Olímpico Português (COP) apresentou já ao Governo uma proposta de orçamento para a próxima campanha olímpica, em Londres: 16,8 milhões de euros.

Segundo a Rádio Renascença, só a participação dos atletas em Londres poderá custar 12 milhões de euros.

Relativamente aos 16,8 milhões, incluem já a participação nos Jogos da Juventude, agendados para Singapura, em 2010.

De acordo com a RR, 144 jovens, escolhidos por 19 federações desportivas, estão já a trabalhar, desde 2005, ao abrigo do projecto esperanças olímpicas, para essa competição, tendo já recebido do Estado português, nos últimos quatro anos, mais de dois milhões e meio de euros para se dedicarem ao desporto.

Na divisão do montante por federações, a maior parte cabe à do atletismo, com 16 atletas inscritos no projecto, logo seguida da do judo e da vela, com 15 elementos cada. Atrás, seguem as federações de canoagem, natação, ginástica, triatlo, além de outras mais, assim como de três equipas em desportos colectivos – andebol, pólo aquático e ciclismo.

Embora nem todos os possam participar nos próximos Jogos Olímpicos, fonte do COP afirmou que o Governo está a dar condições a todos os 144 atletas para que possam, pelo menos, tentar a qualificação.

Lusa

 

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Cabecinhas

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« Responder #53 em: Agosto 21, 2008, 01:42:00 pm »
16,8M € isso nem foi metade do que o governo financiou para os estádios... que só serve um desporto e meia dúzia de atlétas, que ganham o suficiente para não pedirem esmola
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Luso

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« Responder #54 em: Agosto 21, 2008, 03:15:36 pm »
Ganda Nelson! :D  :banana:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #55 em: Agosto 21, 2008, 03:19:19 pm »
Citar
Nelson de Ouro
21 de Agosto de 2008, 15:15


Nélson Évora é medalha de ouro. Venceu o triplo salto com a maelhor marca, obtida no quarto ensaio, onde fez 17.67m

Phillips Idowu ficou em segundo lugar. O britânico fez   17.62m.    


No segundo ensaio fez 17.56 metros a melhor marca do ano. Por milésimos, Évora não "queimou" o salto. No terceiro ensaio, não teve a mesma sorte e não foi considerado válido.

No primeiro salto, Nelson Évora fez 17.31 metros.

Antes do quarto ensaio Nélson Évora chegou a liderar a prova mas no terceiro salto o britânico Phillips Idowu passou para o primeiro lugar ao fazer 1.62, o seu melhor resultado esta época. O quarto ensaio do britãnico não foi considerado valido. Neste momento está em segundo lugar



PARABÉNS NELSON :!:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Laruschuie

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« Responder #56 em: Agosto 21, 2008, 03:20:28 pm »
Citação de: "quintanova"
Não sei se já se falou aqui disto, mas a imprensa parece esquecer-se.
Para um país sem qualquer espécie de desporto escolar, apoio ao desporto intermédio, tanto de formação como sénior, um país que destroi pistas de atletismo por ordem da toda poderosa UEFA; para um país cujo desporto rei quase nunca consegue ir aos Olímpicos e quando vai mama 4-1 do Iraque.
Para um país como este, 1 medalha de prata é demais, na verdade; embora apenas vá na senda dos extraordinários - curiosamente quase todos formados em estrada (Lopes, Mota, Ribeiro, Fernandes), sem praticamente necessidade de verdadeiros equipamentos (que não os há, senão em Espanha).
Um país que não tem desporto, não pode aspirar a medalhas. Isso é para os que levam o desporto a sério...

Todo e qualquer atleta português em Pequim é um heroi por lá ter chegado. Cumpriram mínimos, ganharam torneios de apuramento. Nem a COP nem o Governo deu almoços grátis a ninguém.

No meio do deserto, é sempre provável que surja um oásis.

Desporto escolar a sério, já!



Ora aí está uma grande verdade. Nas nossas escolas, Educação Física é uma coisa.. ou melhor, simplesmente, não é. Não é nada. E não é uma ou outra pessoa com qualidade que vai alterar isso.

Eu tive aulas de Educação Física durante dois anos com o Prof. João Ganço (sim, o treinador do Nélson Évora... hoje em dia já não dá aulas) e, sinceramente, não gostei. E agora perguntam-se "Não gostaste porquê? Era demasiado exigente? Só dava atletismo, que é a sua 'especialidade'"? Nada disso, não gostei porque as suas aulas eram iguais à dos outros professores todos: "Então, que querem jogar?" E como a minha turma tinha o dobro de raparigas que rapazes, acabava-se invariavelmente a jogar voleibol (que eu detesto) em vez de futebol, ou basket.

Por acaso acho que a culpa é do Prof. Ganço, ou que ele é mau professor/profissional? Não, e não podia. Treinar um atleta para os Jogos Olímpicos não é fácil. Ele realmente tentou puxar uma bocadinho por nós,mas era um esforço inútil. Não é no 10º e 11º anos que se vai incutir alguma cultura desportiva nos jovens. É verdade, ele tentou fazer uns corta-matos, umas corridas de velocidade, salto em comprimento, e lá havia um ou outro rapaz que até se dedicava minimamente (erámos só 7, portanto também não havia grandes surpresas nesses... eram os que praticavam andebol, ou basket, ou outra coisa qualquer, em clubes). Mas acabou por se render ao esquema "Então, que querem jogar hoje?"

As faltas de medalhas nos Olímpicos são uma desilusão? Não! Se os Portugueses querem medalhas, que levantem o rabinho do sofá e vão treinar! Se já são demasiado velhos para isso, puxem pelos filhos. Se não querem fazer nada, não se queixem, e aplaudam quem chega aos Olímpicos, que chegaram lá por mérito próprio, mas não lhes exijam nada. Não estão em posição para tal.

Porque o desporto, no nosso país, é uma miragem... nem no nosso desporto-rei, o futebol, somos bons o suficiente: até precisamos de ter brasileiros na seleção, para mesmo assim não ganhar nada. Não temos cultura desportiva, excepto talvez no hóquei - que poucos ligam.

É vergonhoso! Sei de imigrantes de Leste que aos 40 anos, fazem a espargata sem hesitar, sem ser necessário aquecimento. Quantos portugueses de 20 a fazem? Eu nunca consegui. Não é de admirar que os Europeus de Leste lutem pelas medalhas em ginástica, e nós nem lá apareçamos! Eles aprendem na escola, a fazer o pino, a roda, a espargata, etc, e fazem-no ao longo da juventude, e nós o que aprendemos? Nada. Eu nunca soube fazer o pino (é uma vergonha,mas é verdade), fazia uma roda que mais era um pneu furado, e aprendi a dar cambalhotas porque tive de aprender no karaté, se não queria bater de tromba no chão! E já é bom: a maioria do pessoal que conheço não faz ideia de como enrolar uma cambalhota à frente, em caso de necessidade, a espargata é um derivado dos espargos, e roda é a do carro (porque bicicleta, só no ginásio, das que não têm rodas).

É a nossa triste realidade, portanto, eu tenho o maior respeito pelos nossos atletas que realmente conseguem honrar internacionalmente um país que nada faz por eles.

P.S.: Peço desculpa pelo tom e comprimento do post, mas estas coisas enervam-me um bocado.
Cumprimentos,

Laruschuie
 

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quintanova

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« Responder #57 em: Agosto 21, 2008, 03:21:25 pm »
Agora quero ver as filas de automóveis à espera dele no aeroporto de Lisboa, e os autotanques a largar água colorida na pista...

4.ª medalha de ouro de sempre, a primeira numa modalidade técnica.
Mais 100 anos e ganhamos uma fora do Atletismo.

Àparte chatices e recriminações, viva o Nelson Évora e os seus 17,67 m.
« Última modificação: Agosto 21, 2008, 10:12:02 pm por quintanova »
 

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« Responder #58 em: Agosto 21, 2008, 03:45:13 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Xô Valente

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« Responder #59 em: Agosto 21, 2008, 04:35:30 pm »
Á grande Nelson finalmente vamos ouvir a Portuguesa!!
 :D
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.