ForumDefesa.com

Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Lancero em Maio 31, 2007, 06:34:15 pm

Título: Açores
Enviado por: Lancero em Maio 31, 2007, 06:34:15 pm
Como não encontrei nenhum tópico na área para os Açores, fica este...

Citar
Açores: Destacamento dos EUA nas Lajes gasta 16,7 ME no comércio local

Angra do Heroísmo, 31 Mai (Lusa) - O destacamento norte-americano da  Base das Lajes gastou, no último ano, 16,7 milhões de euros na aquisição  de serviços, mercadorias e construção civil ao comércio local, mais 2,2  milhões de euros do que em 2005.  

   Filomena Meneses, da secção de contratos do comando dos EUA, justificou  hoje o aumento no volume de serviços e compras com a disponibilização de  variedade de materiais com elevada qualidade.  

   Segundo disse, "o comando norte-americano faz 76,1 por cento das suas  aquisições de serviços, mercadorias e construção civil no mercado local,  contra os 23,9 por cento nos EUA".  

   Os dados foram revelados no VI Encontro Comercial promovido pelo destacamento  norte-americano da Base das Lajes, ilha Terceira, que recebeu 42 empresários  locais para debaterem as oportunidades de negócio do próximo ano fiscal.  

   No global, os americanos gastaram mais de 77 milhões de euros, incluindo  os ordenados dos trabalhadores portugueses ao seu serviço, uma redução de  7,9 milhões de euros em relação ano anterior, justificada pelo decréscimo  das obras de construção civil.  

   No entanto, a remodelação do parque habitacional norte-americano está  a ser realizado por uma firma local por 10,2 milhões de euros.  

   Para além desta, as despesas mais significativas destinaram-se à Estação  de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), 1,4 milhões de euros, à reparação  de um edifício do comando, 817 mil euros, e ao sector da lavandaria com  177 mil euros.  

   Os seguros para acidentes de trabalho (574 mil euros), uma estufa de  pintura (327 mil euros), o serviço de estiva (137 mil euros) e as viagens  em companhias de aviação portuguesas (135 mil euros) foram, também, significativos  nos gastos dos norte-americanos.  

   O sector da Marinha, onde prosseguem as obras de reconstrução do molhe  do porto americano, gastou 13,2 milhões de euros, e o sector alimentar 73  mil euros.  

   Os contratos de serviços temporários, em regra por um período de um  ano, diminuíram de 4,2 para 4,2 milhões de euros.  

   Os gastos dos norte-americanos abrangem os serviços de limpeza, jardinagem  e estiva, aquisição de águas minerais, frutas, ovos, vegetais, peixe, flores,  plantas e pão, bem como mobiliário, material de escritório e informático.  

   O coronel Robert Winston, comandante do destacamento norte-americano  da Base das Lajes, garantiu um interesse crescente na aquisição de produtos  regionais, sublinhando que estão muito satisfeitos com a qualidade de alguns  deles bem como com os serviços de estiva.  

   "Estamos a trabalhar em equipa com os açorianos e não posso deixar de  referir que, ao comprar no comércio local, conseguimos poupar dinheiro",  sublinhou.  

   Quanto a um aumento da compra dos bens alimentares, o comandante norte-americano  destacou que o problema já não se situa no patamar da qualidade, mas nos  critérios de qualidade que são diferentes entre a Europa e os EUA".  

   "A manteiga dos Açores é melhor que a americana, tanto que estou mais  gordo", exemplificou Robert Winston.  
Título:
Enviado por: Lancero em Junho 04, 2007, 05:42:14 pm
Citar
Expresso divulga documento interno da base
Estados Unidos quebram acordo das Lajes
Micael Pereira
Americanos abrem 40 vagas na base aérea para as quais não podem concorrer portugueses, violando o acordo de cooperação e defesa com Portugal.

13:59 | segunda-feira, 04 JUN 07

Pela primeira vez na história da base aérea das Lajes, as USFORAZORES (as forças militares americanas na ilha Terceira) decidiram abrir um concurso para trabalhadores civis onde, preto no branco, colocam como requisito prévio o facto de não poderem concorrer portugueses.
O documento interno da base, a que o Expresso teve acesso em primeira-mão, diz explicitamente: "Only military and civilians dependents and off-duty military may apply. Aplicants must be US citizens or citizens of other NATO countries (except Portugal)". Ou seja: "Apenas dependentes (familiares) de pessoal militar e civil ou militares que não estejam em serviço podem concorrer. Os candidatos têm de ser cidadãos americanos ou cidadãos de outros países da NATO (excepto Portugal)".
A exclusão dos portugueses viola, ao que tudo indica, o acordo de cooperação e defesa entre Portugal e os Estados Unidos (conhecido como acordo das Lajes), que na parte respeitante às relações laborais determina que "as USFORAZORES não colocarão cidadãos dos Estados Unidos da América, quer a tempo inteiro quer a 'part-time', em postos de trabalho anteriormente ocupados por trabalhadores portugueses apenas com a finalidade de evitar o recrutamento e colocação destes últimos, excepto se não houver candidatos portugueses convocados devidamente qualificados".
No anúncio posto a circular pelos Lajes Services – um de vários a ser emitidos pelos recursos humanos americanos – são descritas oito funções de apoio social ao pessoal do 65.º esquadrão da força aérea americana, estacionado nos Açores. As funções incluem um nadador-salvador, um empregado de piscina, um tratador de animais e assistentes do programa de juventude para os filhos dos militares.
A polémica já inundou a imprensa local com reacções dos sindicados. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES-Açores), "este concurso é no mínimo estranho, porque todas as relações laborais na base das Lajes estão regulamentadas no acordo laboral e no regulamento de trabalho, não existindo nenhuma norma que exclua o acesso de portugueses aos postos de trabalho".
Cada vez menos portugueses
Desde 1992 que o peso dos trabalhadores civis portugueses tem vindo a diminuir na base aérea da ilha Terceira, passando de 1.206 funcionários nesse ano para 856 em 2006, o número mais baixo de sempre. E que arrisca um novo recorde negativo em 2007, com a dispensa a partir de Setembro de mais 48 trabalhadores.
Num esclarecimento enviado às redacções açorianas, o governo regional de Carlos César reproduz a justificação dada pelos responsáveis americanos da base, dizendo que "se trata de um programa especial do Departamento de Defesa, dotado de fundos próprios, que visa a criação de postos de trabalho ditos de 'qualidade de vida', destinados a dependentes de civis e de militares norte-americanos estacionados nas bases americanas espalhadas por todo o mundo e que, no caso da base das Lajes, abrange exclusivamente 30 a 40 vagas no total".
Uma justificação que não convence os representantes sindicais dos trabalhadores, apesar de o esclarecimento do gabinete de Carlos César incluir um recado tímido às autoridades dos Estados Unidos: "O governo regional reafirma claramente a sua defesa intransigente do princípio da estabilidade do contingente global de trabalhadores portugueses na Base das Lajes, pugnando pela garantia dos postos de trabalho existentes e pela respectiva qualificação e remuneração justa. A importância laboral da base no contexto da ilha e regional, bem como o acordo laboral vigente, implicam necessariamente um dever de responsabilidade do comando norte-americano, o que passa também por uma gestão clara e adequada dos programas de emprego existentes no quadro da actuação do Departamento de Defesa".
O assunto vai ser discutido amanhã pela direcção da CGTP, em Lisboa, com vista a decidir que acções poderão ser tomadas.

Fonte (http://http)
Documento interno relativo ao concurso para trabalhadores civis na Base das Lajes (http://http)
Título:
Enviado por: Get_It em Junho 05, 2007, 03:00:27 am
Duvido que alguém do governo se vá importar muito se isso viola ou não o acordo. Não podemos esquecer que presença norte-americana nas Lajes já se tornou em algo importante para a economia local e que se a base sair da ilha vai provocar danos a essa mesma economia.

Cumprimentos,
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 05, 2007, 10:23:06 am
Já foi mais do que é neste momento, tenho familia na ilha Terceira e noto que nas gerações mais novas já não há aquela mistica pelos Americanos e pela América.
Título:
Enviado por: comanche em Junho 05, 2007, 12:59:07 pm
Citação de: "Lancero"
Expresso teve acesso em primeira-mão, diz explicitamente: "Only military and civilians dependents and off-duty military may apply. Aplicants must be US citizens or citizens of other NATO countries (except Portugal)". Ou seja: "Apenas dependentes (familiares) de pessoal militar e civil ou militares que não estejam em serviço podem concorrer.   Os candidatos têm de ser cidadãos americanos ou cidadãos de outros países da NATO (excepto Portugal)".
 

Além dos portugueses serem preteridos em relação aos americanos, parecem ser também em relação a outros países da NATO, o governo português tem de estar atento na salvaguarda dos interesses de Portugal e dos seus cidadãos, explicações devem ser pedidas ao governo dos USA.
Título:
Enviado por: Lancero em Junho 08, 2007, 07:13:21 pm
Citar
Amado diz que concurso nas Lajes é problema menor2007/06/08 | 18:55
Portugueses proibidos de concorrerem a postos de trabalho na base

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a decisão dos militares norte-americanos da Base das Lajes de proibirem portugueses de concorrer a postos de trabalho é um «problema menor», mas que será levantado em «sede própria», noticia a Lusa.

«É um problema menor. Naturalmente que é sempre objecto das negociações que decorrem sobre a utilização da Base das Lajes, no âmbito dos grupos técnicos que estão criados para esse efeito», adiantou Luís Amado, em declarações à rádio TSF.

Por essa razão, o ministro português salientou que este «problema não deixará de ser levantado em momento próprio e em sede própria».

Luís Amado recusou, ainda, que esteja a desvalorizar a questão, alegando que este assunto será apreciado no quadro «dos mecanismos que estão previstos de acompanhamento do acordo da Base das Lajes», localizada na ilha Terceira.

As relações laborais dos portugueses que estão ao serviço do destacamento norte-americano das Lajes estão reguladas por um acordo, que é acompanhado por uma comissão composta por representantes dos dois países e em que tem assento um representante dos Açores.

Além disso, o Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos, que prevê a presença militar norte-americana na ilha Terceira, é também acompanhado por um comissão bilateral.

Recentemente, um sindicato açoriano acusou os militares norte-americanos sedeados nas Lajes de discriminação de estarem a proibir que portugueses possam concorrer a cerca de 40 postos de trabalho na estrutura da ilha Terceira.

Contactada pela Lusa, a cônsul dos Estados Unidos em Ponta Delgada recusou, na altura, que o concurso esteja a violar o Acordo que rege as relações laborais entre os norte-americanos e os portugueses.


Fonte (http://http)
Título:
Enviado por: Luso em Junho 09, 2007, 05:14:27 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.photobucket.com%2Falbums%2Fv249%2FLuso308%2Falv2.jpg&hash=c7eb4367fb8e1d032bddf2b015500469)
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 09, 2007, 05:29:50 pm
:?

Não percebi!
Título:
Enviado por: Luso em Junho 09, 2007, 06:04:27 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
:?

Não percebi!


Era uma graçola retirado de um suplemento muito velho do Independente. :wink:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 11, 2007, 10:57:11 am
Viram a reportagem que deu na SIC sobre as Lages?

Não sei se devo chorar ou se devo rir!  :shock:
Título:
Enviado por: 3520 em Junho 11, 2007, 10:42:21 pm
que queria ver e acabei por me esquecer de tal coisa  :?
Título:
Enviado por: Luso em Junho 11, 2007, 11:17:56 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Viram a reportagem que deu na SIC sobre as Lages?

Não sei se devo chorar ou se devo rir!  :shock:
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Junho 12, 2007, 10:48:21 am
As diferenças entre Portugueses e Americanos são gritantes, um PA Português ganha 600 e tal euros um Americano 1900 e tal. O Americano dorme num quarto privado os Portugueses ainda dormem em grupos de 5. As casas, os direitos e regalias, os meios... :roll:
Título:
Enviado por: Lancero em Junho 20, 2007, 04:32:32 pm
Citar
Açores: Lajes são "porta de saída para a liberdade", diz general norte-americano

   Lajes, 20 Jun (Lusa) - O tenente-general norte-americano, Robert Bishop,  comandante da Terceira Força Aérea da Base Aérea de Ramstein (Alemanha),  disse hoje que a base portuguesa das Lajes "é a porta de saída para a liberdade".  

   Robert Bishop, que falava na cerimónia da rendição de comando no destacamento  norte-americano sedeado na base portuguesa nº.4 das Lajes, realçou a "importância  que a base continua a ter para a projecção das forças militares norte-americanas".  

   O novo comandante do destacamento norte-americano é o coronel Jack Briggs,  de 48 anos, substituindo naquelas funções o coronel Robert Winston que deverá  ocupar uma posição no departamento das Operações Especiais no Pentágono,  em Washington D.C..  

   Jack Briggs, que passou a ser o 37º comandante das forças do destacamento  norte-americano das Lajes, abandonou as funções vice-comandante da Base  Aérea de Ramsthein, na Alemanha, no 38.º Combat Support Wing.  

   Robert Winston sublinhou a importância que teve na sua carreira o comando  que exerceu nas Lajes e aproveitou a ocasião para agradecer aos trabalhadores  portugueses a colaboração que prestaram, garantindo que "são fundamentais  para o êxito das missões americanas".  

   O comando americano possui ao seu serviço 1024 militares dos três ramos  das forças armadas, 93 civis americanos, que em caso de necessidade, e tendo  em conta o acordo de defesa com Portugal, podem aumentar até aos 6.500 efectivos.  

   Residem ainda no perímetro externo da base das Lajes cerca de 1.155  familiares ou dependentes dos militares americanos.  

   O comando norte-americano tem também ao seu serviço 933 trabalhadores  portugueses colocados em todas as áreas dos serviços civis, militares e  de abastecimento da base.  

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi205.photobucket.com%2Falbums%2Fbb187%2Fsonias_2007%2Fjunho%2F9b8849b2.jpg&hash=05ca01826c7555195efb314671a9527d)

Citar
O novo comandante do destacamento norte-americano sedeado na base portuguesa nº.4 das Lajes, coronel Jack Briggs, discursa na cerimónia de rendição de comando, 20 de Junho de 2007, na Terceira, Ilhas dos Acores. JOAO ARANDA/LUSA
Título:
Enviado por: pmdavila em Junho 29, 2007, 01:37:03 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
As diferenças entre Portugueses e Americanos são gritantes, um PA Português ganha 600 e tal euros um Americano 1900 e tal. O Americano dorme num quarto privado os Portugueses ainda dormem em grupos de 5. As casas, os direitos e regalias, os meios... :roll:


Sim, uma coisa é certa: não há comparação possível entre o que é português e o que é americano lá na BA4... e basta ver as obras que os americanos continuam a fazer, tanto a nível da pista, como das infraestruturas para o seu pessoal, para ver quem é que tem dinheiro e quem é que "manda" lá... :roll:
Título:
Enviado por: pmdavila em Junho 29, 2007, 02:13:38 pm
Notícia publicada no Diário Insular de hoje.

Citar
Base das Lajes renova sistema de reabastecimento

O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projecto de 18 milhões de dólares com vista à renovação e expansão do sistema de reabastecimento de aviões da Base das Lajes, na Ilha Terceira, segundo uma informação avançada na página na internet da força aérea norte-americana.

De acordo com a mesma fonte, o projecto prevê a renovação do actual equipamento e o aumento do número de estações de armazenamento e reabastecimento.

“O novo sistema irá encher até 2.400 galões de combustível por minuto”, adianta Tom Riddle, responsável pela realização do projecto.

“Isso permitirá abastecer até quatro aviões simultaneamente. Estamos também a criar nove novas estações de abastecimento de aviões e dois novos tanques de armazenamento de combustível. Esta renovação duplica as capacidades do actual sistema”, acrescenta.

Localizada estrategicamente no meio do atlântico, a Base das Lajes é um importante ponto de reabastecimento dos aviões norte-americanos que se dirigem ou regressam de missões na Europa e no Médio-Oriente.
 
“A perda da nossa capacidade de reabastecimento, mesmo que temporária, teria um grande impacto em toda a missão”, explica Mical Turner.

O novo sistema, que deverá estar a funcionar em Outubro, reduzirá o risco de falhas, graças a sistemas de monitorização e controlo completamente automáticos.
Título:
Enviado por: pmdavila em Julho 06, 2007, 12:24:29 pm
Não sei qual o melhor tópico para meter este artigo de opinião do eurodeputado Paulo Casaca, uma vez que tanto fala da passagem de prisioneiros para Guantanamo, como do Acordo Laboral das Lajes. Aqui fica ele.



Citar
Paulo Casaca:

As Lajes, os EUA e a NATO
 
 
Numa crise, paralela mas de sinais opostos à vivida pelos nossos vizinhos setentrionais da Islândia, há já vários meses que a chamada "base das Lajes" está com inusitada frequência na primeira página dos jornais.

Curiosamente, enquanto na Islândia a causa da crise é o encerramento da base militar americana que aí esteve estacionada durante décadas, entre nós a crise parece ter a razão inversa, a de o destacamento americano permanecer nos Açores e as autoridades americanas estarem mesmo a reforçar as suas infra-estruturas.

Tudo parece ter começado com as alegações – que chegaram a constar de um projecto de relatório do Parlamento Europeu – de que as Lajes seriam um centro para a operação de aviões envolvidos na transferência de prisioneiros feitos e mantidos em condições ilegais à luz do direito internacional.

Foram publicadas notícias sem fim, afirmou-se mesmo que o trânsito de prisioneiros era feito durante a noite, com os prisioneiros a ser conduzidos para um obscuro e não identificável armazém. Por largo tempo, fomos mesmo levados a pensar que, nas nossas ilhas, tinha nascido um gémeo do terrível Guantanamo.

Quando o Coronel Robert D. Winston, responsável pelo destacamento americano situado nas Lajes, declarou à União (dia 15 de Março de 2007) preto no branco: "não tenho qualquer conhecimento de voos dessa natureza e eu tenho conhecimento de todos os aviões que passam na base" acrescentando mesmo "esses aviões não precisariam passar por aqui" ninguém mais, que eu saiba, se preocupou em dar às suas declarações uma projecção equivalente à que foi dada às acusações de que foi alvo, e ninguém tão pouco teve a coragem de pôr em dúvida as palavras do coronel Winston.

Ficaríamos apenas por aqui, em mais um caso em que a lógica mediática é profundamente perversa se, meses depois não voltássemos a ver a base nas primeiras páginas, com novas acusações e afirmações em tudo semelhantes às anteriores.

Trata-se agora de dizer que o acordo relativo à presença americana proíbe os trabalhadores das Lajes de ser sindicalizados e que estes são mesmo proibidos de recorrer a Tribunal, afirmações sem qualquer fundamento e que só revelam absoluto desconhecimento pela matéria.

Quem ler o acordo, aprovado pela resolução da Assembleia da República n.º38/1995 e o Regulamento do Trabalho aprovado pelo Decreto 58/97 pode ver não só que isso não corresponde à verdade como até que mesmo os pormenores relativos ao desconto das quotizações sindicais pelas autoridades americanas, ou ao Tribunal competente (o da Comarca de Angra do Heroísmo) e de o réu de qualquer processo laboral ser sempre os "Estados Unidos da América" estarem previstos de forma absolutamente clara e rigorosa.

Apesar disso, estas afirmações passaram como válidas projectadas por jornais de grande circulação na imprensa nacional, e serviram de pano de fundo para dramatizar de forma absolutamente desproporcionada e sem qualquer relação directa com a gravidade ou importância dos factos uma série de incidentes relativos às relações laborais entre os trabalhadores da base das Lajes e as autoridades americanas.

Tivemos por último a apresentação – como se se tratasse de uma novidade – do facto de o Acordo das Lajes ser um tratado internacional por si mesmo do ponto de vista das autoridades portuguesas, mas apenas uma aplicação de um tratado internacional (a NATO) para as autoridades americanas.

Trata-se de uma realidade que é discutida na literatura da especialidade há mais de três décadas (e a que eu voltarei com mais pormenor) mas sobre a qual é totalmente abusivo pretender que é feita contra Portugal e a favor dos EUA, quando de facto, o objectivo primeiro foi exactamente o inverso, prevenir o corte de verbas e condições atribuídas a Portugal pelo Congresso dos EUA.

Tenho para mim que o Tratado do Atlântico Norte, e a aliança luso-americana que dele decorre, é fundamental para todos nós. Seria bom vermos tratadas com um mínimo de rigor e objectividade quaisquer questões que se possam a vir colocar no seu funcionamento concreto nas Lajes, ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, Portugal.

 
Sexta-Feira, dia 06 de Julho de 2007
 


Fonte (http://http)
Título:
Enviado por: SSK em Agosto 07, 2007, 10:42:37 pm
Citar
Edisoft vai iniciar operações na Estação de Satélites dos Açores
A estação de rastreio de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA) que a Edisoft, empresa portuguesa líder de infoware, está a instalar na ilha de Santa Maria, Açores, vai estar operacional em Outubro, a tempo de acompanhar o lançamento do foguetão "Ariane 5", agendado para o início de 2008.

Para o presidente do Governo açoriano, Carlos César, o investimento que está a ser feito em Santa Maria representa um "alto valor estratégico para o arquipélago", devido ao grau de notoriedade que confere à região ao nível das tecnologias espaciais. Carlos César salienta ainda o facto de este investimento contribuir para o desenvolvimento de outros projectos, como a monitorização marítima, com o “Ocean Eye” da Edisoft.

"Ao valor deste investimento acresce a atractividade que instalações deste tipo dão à região, sobretudo em áreas que estamos empenhados em desenvolver, como a climatologia, vulcanologia e sismologia", salienta o governante.

Ricardo Conde, supervisor da Edisoft, adianta que este mês será montado o restante equipamento tecnológico, ficando "tudo operacional" já daqui a dois meses.

No âmbito do acordo estabelecido no final de 2005 entre Portugal e a ESA, a instalação da estação na ilha de Santa Maria vai acompanhar os lançamentos do foguetão "Ariane 5" e poderá, ainda, ser utilizada para outros lançamentos e para serviços de recepção e envio de dados.

Segundo o responsável da Edisoft, a estação de Santa Maria é uma das doze estações da ESA, distribuídas por vários pontos do globo, responsáveis pela monitorização do lançamento do foguetão "Ariane 5".

"Passados 18 minutos do lançamento, a equipa sedeada em Santa Maria irá transmitir os dados recolhidos em tempo real para a Guiana Francesa", explica Ricardo Conde, sublinhando que a estação açoriana vai acompanhar a "fase crítica" da operação. A estação vai incluir uma antena com 5,5 metros de diâmetro e equipamentos de ponta.

Para o presidente do Governo açoriano, Carlos César, o investimento que está a ser feito em Santa Maria representa um "alto valor estratégico para o arquipélago", devido ao grau de notoriedade que confere à região ao nível das tecnologias espaciais. Carlos César salienta ainda o facto de este investimento contribuir para o desenvolvimento de outros projectos, como a monitorização marítima, com o “Ocean Eye” da Edisoft.

"Ao valor deste investimento acresce a atractividade que instalações deste tipo dão à região, sobretudo em áreas que estamos empenhados em desenvolver, como a climatologia, vulcanologia e sismologia", salientou governante.

Olhos postos no oceano

A Edisoft, empresa portuguesa líder de software para especialistas, está a desenvolver o projecto Ocean Eye (Oceanic Management Sistem for the Environment), um sistema oceânico “multi-objectivos” de observação, monitorização e vigilância da zona marítima portuguesa, usando, entre outras, técnicas de detecção remota, que gerará, nos próximos oito anos, uma receita superior de 60 milhões de euros.

O sistema de monitorização oceânica, instalado na Ilha de Santa Maria nos Açores, é um precioso instrumento de combate à poluição marítima (por exemplo, derrames de óleos ou poluição química), de monitorização das actividades de pesca, detecção de navios, e permite a cartografia de ventos e correntes marítimas.

Sérgio Campos, presidente da Edisoft, em anteriores declarações à Espacialnews, considera o Ocean Eye “um importante e decisivo contributo para um conhecimento tecnológico e científico, com vista a uma efectiva gestão dos recursos oceânicos, que permitirá a Portugal uma melhor defesa do meio ambiente, um aumento da segurança e uma exploração inteligente da riqueza da imensa zona oceânica”.
2007/08/07
Título:
Enviado por: pmdavila em Outubro 13, 2007, 07:36:45 pm
Citar
Forças norte-americanas querem isenção de IVA


O Comando norte-americano da base das Lajes está a aconselhar os militares e civis norte-americanos, bem como as respectivas famílias, a solicitarem a isenção de pagamento do IVA sempre que realizarem uma compra de bens ou serviços no mercado local.

Um artigo publicado na edição de 4 de outubro do jornal “Crossroads” refere que, de acordo com o acordo do Estatuto das Forças da Nato e do acordo de Cooperação e defesa assinado entre Portugal e os Estados Unidos da América, em 1995, as forças do destacamento norte-americano na base das Lajes não residentes em Portugal podem solicitar a isenção de pagamento do imposto português.

“Como o imposto é cobrado em euros, o pessoal norte-americano pode beneficiar substancialmente desta isenção, sobretudo quando o dólar está mais fraco do que o euro”, afirma o Major Jeff Ferguson, do gabinete legal do Comando norte-americano, citado pelo “Crossroads”.

O responsável explica que esta isenção deve ser pedida antes do pagamento de qualquer bem ou serviço, não podendo ser solicitada retroactivamente. Sublinha também que os comerciantes locais não podem ser forçados a participar, considerando que, nesse caso, “a melhor e única coisa a fazer é realizar as suas compras noutro lado”.

De acordo com o mesmo artigo, para obter isenção do imposto, o comprador deve solicitar uma factura sem IVA antes do pagamento, validá-la junto do Comando norte-americano e só depois completar a transacção.


in Diário Insular
Título:
Enviado por: André em Outubro 23, 2007, 02:51:46 pm
Atum lidera exportações e representa volume de 45 M€

Citar
As seis fábricas conserveiras de atum dos Açores são responsáveis por cerca de 45 milhões de euros de exportações anuais e empregam um total de 800 pessoas, anunciou hoje o director regional das Pescas.

Luís Fernandes falava, em Ponta Delgada, na apresentação do I Congresso Regional Internacional do Atum, que vai decorrer, quinta e sexta-feira, na ilha de São Miguel.

Segundo disse, este produto, que resulta da laboração média de cerca de 20 mil toneladas de atum por ano, lidera o volume de exportações dos Açores, um movimento que justifica a realização de um congresso sobre este tema.

O Congresso vai decorrer numa boa altura para a safra de atum nos mares das ilhas, que deverá rondar, este ano, as 10 mil toneladas descarregadas, o que, segundo o presidente da Lotaçor, será o «segundo melhor ano dos últimos vinte».

Este volume estimado de descargas nos portos açorianos só deverá ser ultrapassado por 1993, ano em que foram capturadas 11 mil toneladas, adiantou António Raposo, da empresa que gere as lotas da região autónoma.

Luís Fernandes alertou, porém, que as seis fábricas que se localizam em cinco ilhas se debatem com os custos acrescidos dos transportes, derivados da insularidade a que estão sujeitas.

Para isso, o Governo Regional pretende que o regime de apoios comunitários do POSEIMA passe a definitivo, uma posição já manifestada à Comissão Europeia, mas ainda sem resposta de Bruxelas.

O director regional do sector adiantou, também, que a boa safra que se verificou este ano já levou a um incremento das licenças de pesca para 2008.

Luís Fernandes assegurou, ainda, que o Congresso Internacional do Atum não pretende substituir a Semana das Pescas, o maior fórum sobre o sector que se realizava anualmente na ilha do Faial, mas que terminou depois de se constatar que o seu «figurino estava esgotado».

Em alternativa, o Governo Regional optou por promover ou apoiar diversos eventos específicos sobre pescas em várias ilhas do arquipélago, explicou.

Durante dois dias, investigadores, industriais e técnicos nacionais e de diversas instituições internacionais, como a FAO, WWF, EUROTHON e ICCAT, vão analisar temas como a sustentabilidade da pesca do atum, novos produtos no mercado mundial e a aquicultura desta espécie.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Outubro 24, 2007, 07:34:23 pm
Turistas que subam o ponto mais alto de Portugal vão ter de usar pulseira de geo-localização

Citar
Os turistas que queiram escalar a montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal, localizado no arquipélago dos Açores, vão ser obrigados a utilizar uma pulseira de geo-localização, por motivos de segurança.

A medida foi hoje anunciada pela secretária regional do Ambiente e do Mar, durante uma visita às obras de construção da Casa da Montanha, uma infra-estrutura de apoio para as subidas à montanha da ilha do Pico.

Segundo Ana Paula Marques, este novo sistema tecnológico permitirá garantir melhores condições de segurança e de socorro a todos aqueles que pretendam escalar a montanha.

«Este meio dá-nos uma segurança absoluta em caso de acidente ou de a pessoa se perder ou precisar de algum tipo de ajuda», explicou a governante.

Esta pulseira, que ficará ligada a um sistema de GPS (Global Position System), vai facilitar também o trabalho aos guias da montanha e aos bombeiros que prestam apoio às subidas à montanha.

Segundo explicou Ana Paula Marques, nem todas as pessoas que pretendam escalar a montanha serão obrigadas a requerer os serviços de um guia, mas todas terão de usar a pulseira.

Um sistema que pretende evitar situações como o caso de uma turista norte-americana que morreu em 2006, durante uma escalada à montanha e que só foi encontrada três dias depois.

As obras de construção da Casa da Montanha do Pico, orçadas em 800 mil euros, deverão ficar concluídas em Janeiro de 2008, seguindo-se a instalação de equipamentos, devendo estar operacional em Maio do próximo ano.

Lusa / SOL
Título:
Enviado por: pmdavila em Novembro 01, 2007, 12:45:30 pm
Citar
Eleição da “National Geographic”
Ilhas dos Açores entre as melhores

Os Açores foram eleitos como as segundas melhores ilhas do mundo para o turismo pela revista “National Geographic Traveler”.

No artigo “Places Rated: Best Rated Islands” são analisados 111 destinos (ilhas ou arquipélagos), por 522 peritos em turismo sustentável, que registam os destinos em risco de sucumbir à pressão turística e os que conseguiram encontrar um equilíbrio.

Numa pontuação de zero a cem, os Açores obtiveram 84 pontos, na votação promovida pela “National Geographic Traveler”, sendo o arquipélago classificado como “um sítio maravilhoso. Ambientalmente em boa forma. Os habitantes são muito sofisticados e a maioria já viveu fora”.

Ainda de acordo com a National Geographic traveler, "os Açores continuam livres do turismo de massas".

“Distantes e temperados os Açores permanecem levemente turísticos. O perfil dos turistas é de turistas independentes que ficam em regime de “bed & breakfast”. O ecosistema está em grande forma. As baleias são ainda uma visão comum. A cultura local é forte e vibrante. É comum ser convidado para a casa das pessoas para jantar, ou ser recebido com uma refeição comunal durante um festival”, escreve Jonathan B. tourtellot, autor do texto.

A lista é liderada pelas Ilhas Faroe (Dinamarca) com 87 pontos, seguindo-se os Açores com 84 e as Ilhas de Lofeten (Noruega) e Shetland (Escócia) com 82.


in Diário Insular

Ver lista completa aqui (http://http)
Título:
Enviado por: comanche em Novembro 01, 2007, 11:17:52 pm
Excelente pontuação, para os Açores, Madeira está mais abaixo, preservem estas riquezas, apostem no turismo de qualidade e não no turismo de massas.
Título: Açores
Enviado por: zocuni em Novembro 02, 2007, 12:33:14 pm
Excelente notícia.Parabens aos Açores.

Abraços,
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 02, 2007, 02:15:04 pm
Estive à pouco tempo em São Miguel e recomendo vivamente a todos. Os Açores no geral são um sitio maravilhoso! :wink:
Título:
Enviado por: zocuni em Novembro 02, 2007, 05:21:05 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Estive à pouco tempo em São Miguel e recomendo vivamente a todos. Os Açores no geral são um sitio maravilhoso! :wink:


É verdade,Cabeça.

Abraços,
Título:
Enviado por: André em Novembro 24, 2007, 08:55:19 pm
Comissária Europeia mostra-se impressionada como o desenvolvimento da geotermia na ilha de São Miguel

Citar
A comissária europeia responsável pelas políticas regionais manifestou-se hoje impressionada com o desenvolvimento da energia geotérmica na ilha de São Miguel, Açores, que representa já 42 por cento da produção de energia.

À margem da reunião informal dos ministros do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, em Ponta Delgada, Danuta Hubner visitou esta tarde a Central Geotérmica do Pico Vermelho, no concelho da Ribeira Grande.

A infra-estrutura inaugurada em Março, um investimento de 34,4 milhões de euros co-financiado pela União Europeia, está dotada com um grupo de geradores com capacidade para produzir 10 mega watts.

"Este é o símbolo do que a Europa deve fazer", afirmou a comissária europeia aos jornalistas, alegando que a central, além de apostar na produção de energias renováveis, promove a investigação e a tecnologia.

Segundo disse, este projecto é muito importante para a Europa e constitui um exemplo, porque conjuga a produção de energia não poluente com inovação e tecnologia.

O secretário regional da Presidência adiantou que a Central Geotérmica do Pico Vermelho, a segunda da ilha de São Miguel, foi escolhida pela União Europeia como "case study" no âmbito do último relatório sobre a coesão económica e social.

"Este reconhecimento constitui para nós um incentivo para continuar a apostar e desenvolver as nossas capacidades", afirmou Vasco Cordeiro, acrescentando que além de São Miguel o Governo açoriano está a investir noutras ilhas do arquipélago ao nível da geotermia, apontando o exemplo da Terceira.

O governante salientou, ainda, que a percentagem de utilização de energias renováveis nos Açores é "muito superior" às metas definidas pelas União Europeia a curto prazo.

Apesar das necessidades e dificuldades inerentes a uma região ultraperiférica como os Açores, Vasco Cordeiro referiu que em algumas matérias a região está na vanguarda do cumprimento dos objectivos traçados pela União Europeia, apontando o exemplo das energias renováveis e da investigação científica ligada aos assuntos do mar.

Lusa
Título:
Enviado por: Lancero em Novembro 26, 2007, 05:35:55 pm
Citar
Açores: Cerca 600 trabalhadores portugueses Base Lajes apresentam queixas sobre "incumprimentos" aumentos salariais    

   Ponta Delgada, 26 Nov (Lusa) - Cerca de 600 trabalhadores portugueses  ao serviço dos norte-americanos na Base das Lajes, Açores, já apresentaram  este ano queixas colectivas devido ao "incumprimento" dos aumentos salariais,  o que vem acontecendo "ano após ano desde 1999", segundo o sindicato.  

     

   O dirigente sindical Vítor Silva adiantou à agência Lusa tratar-se de  um número "muito significativo", tendo em conta que estão ao serviço das  FEUSAÇORES um total de 850 trabalhadores.  

     

   De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas  e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES), em 2006  foram apresentadas 66 queixas individuais de trabalhadores portugueses devido  aos aumentos salariais, uma "situação inconcebível" que continua sem resposta  por parte da Comissão Bilateral Permanente.  

     

   Segundo uma nota da estrutura sindical, este número tão significativo  de queixas apresentadas este ano demonstram que os trabalhadores portugueses  da Base das Lajes estão fartos do incumprimento na aplicação do resultado  do inquérito salarial, que vem acontecendo ano após ano, desde 1999 por  parte dos Estados Unidos da América, situação que viola o Acordo Laboral  e o Regulamento de Trabalho.  

     

   "Desta vez as queixas tiveram uma resposta curiosa", frisou Vítor Silva,  acrescentando que foram informados por parte dos superiores hierárquicos  que as queixas "não podiam ser apresentadas colectivamente, mas assinadas  e enviadas individualmente".  

     

   O dirigente sindical assegurou, no entanto, que o sindicato já alertou  os representantes açorianos da Comissão Laboral e Bilateral, assim como  o Comandante da Zona Aérea dos Açores, solicitando "uma pronta intervenção".  

     

   "Os trabalhadores darão seguimento às queixas percorrendo todos os passos  do Regulamento de Trabalho", indicou.  

     

   Recentemente o representante açoriano na Comissão Bilateral Permanente,  André Bradford, reconheceu um atraso na resposta às queixas dos trabalhadores  portugueses, mas rejeitou que o assunto esteja esquecido.  

     

   Anunciou, ainda, que a próxima reunião da Comissão Bilateral Permanente  do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos vai  decorrer em Janeiro, em Lisboa, altura em que será apreciada esta matéria.  

     

   André Bradford adiantou, ainda, que os resultados do inquérito salarial  (que determinam a actualização dos salários) efectuado na Base das Lajes  aponta para aumentos salariais de 2,1 por cento, em 2007, mas os Estados  Unidos não vão além dos 1,7 por cento, alegando restrições financeiras.  

     
Título:
Enviado por: André em Dezembro 05, 2007, 10:11:02 pm
Missão empresarial dos EUA visita o arquipélago em Fevereiro

Citar
Uma missão empresarial norte-americana, composta por cerca de 60 elementos, visita os Açores em Fevereiro de 2008, uma iniciativa que o Governo Regional pretende que resulte em benefícios políticos, académicos e económicos.

Esta missão "vai proceder a uma abordagem a toda a região autónoma dos Açores", através de visitas a várias ilhas e tomando conhecimento das várias actividades económicas da região, disse o secretário regional da Presidência.

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, depois de ter recebido um grupo de empresários e de docentes da Universidade de Massachusetts que estão a visitar o arquipélago para preparar a deslocação da missão empresarial norte-americana.

Segundo disse, os benefícios desta iniciativa podem ser políticos, com o aprofundamento da relação entre o estado de Massachusetts e os Açores, assim como académicos, com o relacionamento com a Universidade dos Açores, e económicos, através de áreas como o turismo, pescas e energias renováveis.

Para Fernando Garcia, um empresário português que reside nos EUA, a missão empresarial, que inclui vários políticos do estado norte-americano, "tem muito a receber" dos Açores, que pode passar pela área das energias alternativas.

Salientou, ainda, que o Turismo pode ser, também, uma área "muito importante" a analisar nesta iniciativa, alegando que os Açores podem aproveitar, não só os emigrantes que residem nos EUA, como os próprios cidadãos norte-americanos.

Lusa
Título:
Enviado por: comanche em Dezembro 18, 2007, 01:24:23 pm
Açores: Arquipélago assina hoje Carta de regiões utilizadoras de tecnologias espaciais


Citar
Ponta Delgada, 18 Dez (Lusa) - Os Açores representam hoje Portugal, na cidade francesa de Toulouse, na assinatura da Carta que vai permitir a regiões de onze países europeus constituírem uma rede de utilizadores de tecnologias espaciais.

Na cerimónia de Toulouse, o secretário Habitação e Equipamentos do Governo dos Açores, José Contente, vai subscrever a Carta sobre a Criação e Aplicação da Rede das Regiões Europeias Utilizadoras das Tecnologias Espaciais - NEREUS.

Em declarações à agência Lusa, o governante açoriano adiantou que os Açores serão, assim, "fundadores" desta rede de regiões europeias que já se comprometeram a criar uma associação de utilizadores de tecnologias espaciais.

Esta Carta será o "primeiro passo" para a formalização da associação NEREUS, explicou José Contente, para quem a participação açoriana neste projecto prova o empenho do arquipélago em criar um "cluster" ligado a este tipo de tecnologia.

Esta rede vai operar ao nível político, através de contactos entre as regiões, as instituições europeias e a Agência Espacial Europeia (ESA), mas também ao nível operacional, com a troca de experiência e de investigação entre os territórios que a integram, explicou.

Segundo o secretário regional, a região dos Açores encontra-se, nesta matéria, privilegiada por acolher, na ilha de Santa Maria, uma estação de rastreio de satélites da ESA, que deverá ser inaugurada no início de 2008.

"Só conseguimos entrar nesta Carta porque temos trabalho feito e damos grande relevância a esta matéria" das tecnologias espaciais, como fonte de emprego qualificado e de receitas para o arquipélago, disse José Contente.

O alcance da coopera��ão inter-regional da NEREUS vai ser materializado em áreas como a obtenção de dados oceanográficos e atmosféricos, compreensão das mudanças climáticas, telecomunicações, agricultura, pescas e Protecção Civil, navegação por satélite, entre outras.

Esta rede enquadra-se na estratégia da União Europeia de considerar as tecnologias do Espaço com um factor que pode contribuir para o crescimento económico, criação de emprego e pesquisa científica.

Além dos Açores, estão envolvidas no projecto regiões da Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polónia, República Checa, Reino Unido e Eslováquia.

Ao nível tecnológico, o Governo Regional anunciou, esta semana, que os Açores vão dispor de uma rede de estações permanentes do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS), que vai permitir a adequação do arquipélago aos padrões tecnológicos do futuro sistema europeu Galileo.

No final de Novembro, os ministros dos Transportes e das Telecomunicações da União Europeia aprovaram, em Bruxelas, o projecto de sistema de navegação por satélite Galileo.

O desenvolvimento do sistema europeu de navegação por satélite está orçado em 3,4 mil milhões de euros e deverá estar a funcionar em 2012.

Esta rede açoriana, que vai cobrir todo o arquipélago, representa um investimento de 270 mil euros, 120 mil dos quais já investidos.

Actualmente, a ilha de São Miguel já tem duas estações permanentes, localizadas em Ponta Delgada e nas Furnas, enquanto que outras duas, já adquiridas, vão ser instaladas nas ilhas Terceira e Faial.

As Flores e Corvo também vão ter estar cobertas por esta tecnologia, enquanto que a restante cobertura do arquipélago está prevista em investimentos do novo quadro comunitário de apoio.

Título:
Enviado por: André em Janeiro 17, 2008, 03:25:18 pm
Ilha de Santa Maria vai ter centro nacional de vigilância do Atlântico Norte

Citar
A ilha de Santa Maria vai receber um Centro Nacional de Monitorização Marítima que irá permitir a vigilância do Atlântico Norte em sectores como as pescas e poluição, anunciou hoje o presidente do Governo açoriano.

"Este centro poderá contribuir de forma decisiva para áreas de especial interesse, como as da fiscalização das pescas, da segurança marítima, do combate ao terrorismo, à imigração ilegal, a outras operações ilícitas e à poluição", anunciou hoje Carlos César.

O governante falava, na ilha de Santa Maria, na inauguração da estação de rastreio de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA), apoiada pela região autónoma em cerca de um milhão de euros.

O futuro Centro Nacional de Monitorização e Vigilância Marítima, a implementar pela empresa portuguesa EDISOFT e que vai contar com apoio financeiro do executivo regional, vai utilizar as técnicas actuais de detecção remota por satélite, a partir de uma estação, explicou o chefe do executivo açoriano.

Sobre a estação da ESA hoje inaugurada, o investimento regional nesta infra-estrutura relacionou-se com o edifício, geradores e plataformas, adiantou Carlos César, defendendo que os Açores devem ser um "parceiro activo" no funcionamento da estação da ESA hoje inaugurada.

"A instalação e funcionamento desta estação de rastreio de satélites é, também, um novo passo para a afirmação de Portugal no Atlântico, através dos Açores", sustentou Carlos César.

Na inauguração da estação, Carlos César anunciou, ainda, que os Açores pretendem ter uma estação de referência no âmbito do projecto europeu GALILEO, ligado a actividades de geo-referenciação (GNSS - Sistema de Navegação Global por Satélite).

Para isso, a região apresentou uma candidatura à ESA, disse Carlos César, manifestando-se convicto que espera uma apreciação positiva por parte da ESA às pretensões do arquipélago nesta matéria.

A estação de rastreio de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA) da ilha açoriana de Santa Maria ficará, agora, disponível para acompanhar o lançamento do foguetão "Ariane 5".

Segundo a ESA, a estação localizada a cerca de 200 metros de elevação no topo do Monte das Flores será "uma das primeiras" da rede ESTRACK com a capacidade de fazer rastreio de lançadores de satélites.

O primeiro lançamento a ser acompanhado levará o ATV - Automated Transfer Vehicle para reabastecer a Estação Espacial Internacional, que será lançado a partir da Guiana Francesa, a bordo do foguetão "Ariane 5".

Lusa
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 01, 2008, 07:34:02 pm
Negociação com a Air Berlim «está no bom caminho»

Citar
O secretário açoriano da Economia afirmou hoje que as negociações com a transportadora Air Berlin estão «no bom caminho» para criar o primeiro voo de baixo custo (low cost) entre o arquipélago e a Alemanha.

Duarte Ponte adiantou à agência Lusa que o acordo está a ser «cuidadosamente delineado» e prevê uma ligação aérea entre Nuremberga, na Alemanha, e a ilha açoriana de São Miguel.
Depois do cancelamento da reunião, agendada para 20 de Dezembro, entre a directora regional do Turismo e a administração da Air Berlin decorreu esta quinta-feira, «de forma muito positiva», o primeiro encontro entre ambas as partes.

«Apesar da primeira abordagem ter sido muito positiva ainda há muito a fazer», frisou o governante com a tutela dos transportes, acrescentando que depois desta primeira reunião muitas outras se seguirão.

Segundo explicou, este é um processo que tem de juntar várias vontades e só quando todas acharem que está bem é que se pode avançar.

De todas as companhias de baixo custo contactadas, o governante referiu que a Air Berlim é a que mais interessa à região, porque funciona com operadores turísticos.

«Uma low-cost para poder iniciar uma ligação para um destino relativamente pequeno como o nosso só o pode fazer, no nosso entendimento, se tiver contactos com operadores turísticos», disse Duarte Ponte.

O governante referiu, ainda, que a falta de camas nos meses de Julho e Agosto na maior ilha açoriana é outra das dificuldades, embora estejam em construção novos hotéis.

Em São Miguel existem actualmente cerca de cinco mil camas e uma taxa de ocupação anual que ronda os 50%, indicou.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 06, 2008, 04:23:40 pm
Cerca de um terço da energia produzida no arquipélago em 2007 proveio de fontes renováveis

Citar
Cerca de um terço da energia produzida nas ilhas açorianas, em 2007, proveio de fontes renováveis, com destaque para a geotérmica, anunciou hoje a empresa de Electricidade dos Açores (EDA).

No último ano, as energias não poluentes representaram 27,9 por cento da produção total da eléctrica açoriana, face aos 16,6 por cento registados em 2006.

A energia geotérmica representou 22,1 por cento do total de produção da EDA, enquanto que a hídrica e a eólica, no seu conjunto, atingiram 5,8 por cento.

A mesma fonte explicou que este crescimento se deve aos investimentos que têm sido realizados para desenvolver a geotermia (calor do interior da terra), como é o caso da nova central do Pico Vermelho, inaugurada em Outubro de 2006, na ilha de São Miguel.

A produção de energia geotérmica obtida a partir do calor da terra cresceu, no último ano, no arquipélago 111,7 por cento, representando já 22,1 por cento da produção da empresa, acrescentou.

São Miguel é, actualmente, a única das nove ilhas açorianas onde há aproveitamento deste tipo de energia renovável, embora estejam a decorrer estudos para arrancar com a geotermia na ilha Terceira.

No último ano, o consumo de energia eléctrica nos Açores aumentou 3,6 por cento comparativamente com 2006, atingindo 728.265 Megawatts, indicou a mesma fonte.

Cerca de 44,2 por cento do total consumido, diz respeito ao comércio e serviços, 34,1 por cento ao uso doméstico e os restantes 17,2 por cento à indústria.

Lusa
Título:
Enviado por: pmdavila em Fevereiro 07, 2008, 03:29:00 pm
Citar
Açores superou metas do PEC em 2007 e teve saldo de 5,1 M€
O presidente do Governo açoriano garantiu hoje que, em 2007, a região superou as metas previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), ao apresentar um saldo positivo de 5,1 milhões de euros.


Uma situação que resultou do «crescimento excepcional da receita e pelo êxito das medidas de poupança no funcionamento» da Administração Regional, afirmou Carlos César, em conferência de imprensa para apresentação da Conta e da execução do Orçamento dos Açores do último ano.

«Pelo quinto ano consecutivo, cumprimos e até superamos as metas definidas no PEC, isto é, sem recurso ao endividamento e apresentando em 2007 um saldo positivo de 5,1 milhões de euros», assegurou o chefe do executivo açoriano.

Segundo Carlos César, este montante será integralmente aplicado no investimento público previsto para este ano.

Adiantou, ainda, que a despesa de investimento público e de apoios aos investimentos privados atingiu 362 milhões de euros em 2007, um volume que corresponde a uma taxa de execução de 96 por cento, a «maior verificada desde o início da autonomia regional».

No que se refere às despesas de funcionamento da Administração Regional, Carlos César anunciou que foram inferiores em 2,2 por cento ao valor orçamentado inicialmente, o que permitiu uma poupança de 12,4 milhões de euros no último ano.

A despesa de funcionamento baixou para 60 por cento do total da despesa da região, disse Carlos César, ao adiantar que as despesas com pessoal registaram um acréscimo de 1,4 por cento em relação ao ano anterior.

Em 2007, as receitas próprias, fiscais e patrimoniais dos Açores superaram em 23,8 por cento o valor previsto e registaram um aumento de 30,1 milhões de euros em relação a 2006.

Esta capacidade da região de «gerar mais receita» constitui um indicador da «melhoria do rendimento das famílias e da rentabilidade das empresas», assegurou o presidente do Governo Regional.

A receita fiscal em 2007 atingiu os 589,4 milhões de euros, contra os 562,2 do ano anterior.

Relativamente aos avales a empresas públicas, o chefe do executivo açoriano adiantou que se verificou, pela primeira vez, «uma redução no valor de 4,1 milhões de euros».

«Esta evolução positiva registada nos Açores resulta da política adoptada de consolidação financeira do sector público empresarial», assegurou Carlos César.

Quanto ao Serviço Regional de Saúde, as transferências tiveram um aumento de 4,5 por cento, ou seja mais 8,4 milhões de euros, com «vista à ampliação e melhoria em curso da prestação de cuidados», explicou.

Segundo Carlos César, estes dados da Conta da Região «credibilizam» o arquipélago perante a Europa e o resto do país, ao mesmo tempo que dão confiança aos investidores privados.

Adiantou que, por isso, estão em estudo projectos de investimento privados, com vista à obtenção de incentivos públicos, que rondam os mil milhões de euros.

Diário Digital / Lusa

07-02-2008 14:18:00


http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=1&id_news=93802
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 07, 2008, 04:36:57 pm
Boas novas...parece que os Açores está a mostrar ao resto do país como é que se faz! :wink:  :G-Ok:
Título:
Enviado por: pmdavila em Fevereiro 07, 2008, 05:03:08 pm
Parece que os custos da insularidade se transformaram na única administração pública que dá...LUCRO!!!  :lol:  :lol:
Título:
Enviado por: André em Fevereiro 16, 2008, 11:06:31 pm
Açores querem reforçar relações económicas com Massachusetts

Citar
O presidente do Governo açoriano defendeu hoje uma transição nas relações entre o estado norte-americano de Massachusetts e o arquipélago, através de uma evolução para as áreas económica e de investimento.
 
«Nós temos relações muito fortes do ponto de vista emocional e afectivo, mas sentimos que é necessário ir mais além«, disse Carlos César, depois de ter recebido, em Ponta Delgada, uma missão empresarial do estado do Massachusetts que iniciou hoje uma visita aos Açores.

Para o chefe do executivo açoriano, existem «vias privilegiadas» para prolongar este relacionamento entre os Açores e Massachusetts, que passam por instituições de Ensino Superior e relações económicas através do interesse de investidores norte-americanos em vários sectores do arquipélago.

«Os Açores têm uma realidade nova, são uma porta de entrada na União Europeia e representam uma vantagem, por isso, para os investidores norte-americanos, para além da mais-valia que resultar em concreto do investimento que fizerem nos Açores», afirmou Carlos César.

Segundo o presidente do Governo Regional, as ilhas têm para oferecer oportunidades em áreas como a energia, serviços sociais, ambiente, assim como no turismo.

O congressista norte-americano Barney Frank lidera uma missão empresarial do estado do Massachusetts que iniciou uma visita aos Açores para um conjunto de reuniões de trabalho, que têm por objectivo analisar eventuais parcerias a desenvolver no futuro entre os dois territórios.

A delegação é composta por cerca de meia centena de elementos, incluindo os senadores estaduais Marc Pacheco (Massachusetts) e Daniel da Ponte (Rhode Island), os deputados estaduais Michael Rodrigues e António Cabral, o antigo senador William MacLean e o antigo presidente da Câmara de Nova Bedford, Frederick Kalisz.

A delegação norte-americana é igualmente constituída por empresários de variados ramos e por cerca de duas dezenas de responsáveis da Universidade do Massachusetts, UMASS Dartmouth.

A delegação empresarial desloca-se às ilhas de São Miguel, Terceira, Pico e Faial, visitando locais como o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, a Central Geotérmica do Pico Vermelho, as instalações da Lotaçor e o empreendimento das Portas do Mar, entre outros.

Durante a próxima semana, a par das deslocações a diversas ilhas, terão lugar mais de uma dezena de sessões de trabalho com responsáveis políticos dos Açores, empresários e representantes da Universidade dos Açores.

Diário Digital / Lusa
Título:
Enviado por: pmdavila em Fevereiro 26, 2008, 02:19:56 pm
Citar
Só os norte-americanos podem repetir a refeição...
Portugueses discriminados na messe da Base das Lajes


“Atenção: Os portugueses não podem repetir!”. Desde sexta-feira passada que esta informação, impressa em cartazes distribuídos estrategicamente na messe americana das Lajes, acirra os ânimos dos trabalhadores portugueses, que a entendem como uma provocação.

“Os americanos podem repetir as vezes que entenderem. Mas nós estamos proibidos. É uma discriminação que não podemos aceitar. O que apetece fazer é partir isto tudo, mas vamos esperar um dia ou dois a ver se alguém resolve isto”, disse um trabalhador português que pediu anonimato, com receio de ser despedido.

Além de não poderem repetir a refeição ou qualquer um dos elementos que a compõem, os portugueses não podem voltar à linha de abastecimento, o que significa que têm que levar o café com a refeição. Ou seja, acabam por beber o café frio.

Uma fonte do comando das Feusaçores disse ao DI que se trata de “uma discriminação inaceitável, ao jeito do que se fazia nos estados do Sul aos ‘negros’ ainda há bem pouco tempo”. Adiantou não fazer qualquer ideia sobre a origem na decisão, que qualificou de “bizarra”.

Disse, porém, pensar que se trata de uma estratégia para afastar os portugueses da messe, encerrar a infra-estrutura e despedir quem lá trabalha.

Contactado pelo DI, o Comando norte-americano das Lajes ainda não respondeu às questões por nós colocadas ontem de manhã.


Citar
Faltam palavras


Não há palavras que possam exprimir duma forma suficientemente veemente o que significa para a comunidade local a atitude dos norte-americanos das Lajes, que acabam de proibir os trabalhadores portugueses de repetir o prato na messe, não impondo, porém, qualquer restrição aos norte-americanos.

Seria fácil compreender se razões ponderosas obrigassem a conter os custos ao ponto de as refeições na messe serem padronizadas e iguais para todos os clientes (são clientes, porque pagam!), independentemente da nacionalidade, credo, raça, número dos sapatos, etc.

Assim, entramos no reino negro e armadilhado da discriminação, no caso por nacionalidade. Neste reino medram os ódios, as raivas, a desconfiança, a sede insaciável de vingança. Um ambiente que não aproveita a quem quer que seja e cujas consequências previsíveis são já antecipadas por norte-americanos esclarecidos que procuraram a Comunicação Social local para denunciar a situação, na expectativa de que alguém, com vergonha na cara, ponha cobro imediato a tal desmando.

Sabe-se, por experiência, que a dignidade dos trabalhadores portugueses ao serviço dos norte-americanos nas Lajes é um assunto que parece pouco interessar aos responsáveis políticos portugueses. Outras agendas sobrepõem-se e ganham prioridade. A não ser que a exposição pública de situações gritantes obrigue os nossos governantes a terem o incómodo de “dar uma palavrinha” aos norte-americanos. Este será, certamente, um desses casos. Da nossa parte sê-lo-á.

De resto - e isso é talvez mais importante -, a comunidade local, que tão bem recebe os nossos hóspedes há mais de meio século, não merece um tratamento tão aviltante. Mas disso saberá tirar ilações...


in Diário Insular, 26 de Fevereiro de 2008
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 26, 2008, 03:09:16 pm
INACREDITÁVEL!!! :evil:
Título:
Enviado por: pmdavila em Fevereiro 26, 2008, 03:16:21 pm
Isto merecia uma resposta a la Terceirense e a la Brianda Pereira...
Título:
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 26, 2008, 04:45:38 pm
:twisted:  :lol:  :wink:

Nem os C-2 ficavam de pé!
Título:
Enviado por: pmdavila em Fevereiro 26, 2008, 08:16:46 pm
Vamos lá metê-los na ordem...ou recambiá-los para donde vieram  :twisted:
Título:
Enviado por: Supremo Alquimista em Fevereiro 26, 2008, 09:05:12 pm
Citação de: "Cabeça de Martelo"
INACREDITÁVEL!!! :evil:


É o que dá deixar os americanos meter o bedelho onde não são chamados, fora com eles; se querem uma base aérea no atlântico façam como no Dubai construam uma ilha para eles.
Título:
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 26, 2008, 09:53:37 pm
Citação de: "pmdavila"
Citar
Só os norte-americanos podem repetir a refeição...
Portugueses discriminados na messe da Base das Lajes


“Atenção: Os portugueses não podem repetir!”. Desde sexta-feira passada que esta informação, impressa em cartazes distribuídos estrategicamente na messe americana das Lajes, acirra os ânimos dos trabalhadores portugueses, que a entendem como uma provocação.

“Os americanos podem repetir as vezes que entenderem. Mas nós estamos proibidos. É uma discriminação que não podemos aceitar. O que apetece fazer é partir isto tudo, mas vamos esperar um dia ou dois a ver se alguém resolve isto”, disse um trabalhador português que pediu anonimato, com receio de ser despedido.

Além de não poderem repetir a refeição ou qualquer um dos elementos que a compõem, os portugueses não podem voltar à linha de abastecimento, o que significa que têm que levar o café com a refeição. Ou seja, acabam por beber o café frio.

Uma fonte do comando das Feusaçores disse ao DI que se trata de “uma discriminação inaceitável, ao jeito do que se fazia nos estados do Sul aos ‘negros’ ainda há bem pouco tempo”. Adiantou não fazer qualquer ideia sobre a origem na decisão, que qualificou de “bizarra”.

Disse, porém, pensar que se trata de uma estratégia para afastar os portugueses da messe, encerrar a infra-estrutura e despedir quem lá trabalha.

Contactado pelo DI, o Comando norte-americano das Lajes ainda não respondeu às questões por nós colocadas ontem de manhã.


Citar
Faltam palavras


Não há palavras que possam exprimir duma forma suficientemente veemente o que significa para a comunidade local a atitude dos norte-americanos das Lajes, que acabam de proibir os trabalhadores portugueses de repetir o prato na messe, não impondo, porém, qualquer restrição aos norte-americanos.

Seria fácil compreender se razões ponderosas obrigassem a conter os custos ao ponto de as refeições na messe serem padronizadas e iguais para todos os clientes (são clientes, porque pagam!), independentemente da nacionalidade, credo, raça, número dos sapatos, etc.

Assim, entramos no reino negro e armadilhado da discriminação, no caso por nacionalidade. Neste reino medram os ódios, as raivas, a desconfiança, a sede insaciável de vingança. Um ambiente que não aproveita a quem quer que seja e cujas consequências previsíveis são já antecipadas por norte-americanos esclarecidos que procuraram a Comunicação Social local para denunciar a situação, na expectativa de que alguém, com vergonha na cara, ponha cobro imediato a tal desmando.

Sabe-se, por experiência, que a dignidade dos trabalhadores portugueses ao serviço dos norte-americanos nas Lajes é um assunto que parece pouco interessar aos responsáveis políticos portugueses. Outras agendas sobrepõem-se e ganham prioridade. A não ser que a exposição pública de situações gritantes obrigue os nossos governantes a terem o incómodo de “dar uma palavrinha” aos norte-americanos. Este será, certamente, um desses casos. Da nossa parte sê-lo-á.

De resto - e isso é talvez mais importante -, a comunidade local, que tão bem recebe os nossos hóspedes há mais de meio século, não merece um tratamento tão aviltante. Mas disso saberá tirar ilações...

in Diário Insular, 26 de Fevereiro de 2008


Nesta fase de negociações,  isto tem que ser muito bem explicado…  :evil:
Título:
Enviado por: pmdavila em Julho 01, 2008, 01:40:09 pm
Citar
União Europeia investiga Acordo Laboral das Lajes
Publicado: 2008-07-01 12:09:57 | Actualizado: 2008-07-01 12:09:57
Por: Luciano Barcelos
 

A União Europeia iniciou uma investigação ao Acordo Laboral das Lajes a pedido dos sindicatos.

O pedido foi aceite pela Comissão de Petições do Parlamento Europeu.

A Comissão recebeu uma queixa do Sindicato dos Transportes e Turismo de Angra do Heroísmo em Dezembro de 2007.

A queixa sindical aponta para a violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Constituição portuguesa e de leis nacionais.

Está em causa, sobretudo, o recurso à justiça portuguesa.

Contactados pela RDP/Açores, altos funcionários da União Europeia manifestaram-se estupefactos com o conteúdo da queixa. Dizem nunca terem visto nada do género.

Para estes altos quadros, não é de excluir a possibilidade de Portugal vir a ser condenado por abandono de cidadãos à sua sorte, vindo a pagar multas e indemnizações muito significativas.

Armando Mendes/Luciano Barcelos


Fonte (http://http)
Título:
Enviado por: Duarte em Julho 03, 2008, 01:55:30 am
Há muito tempo que os americas deveriam ter sido expulsos das Lajes.
Mas sucessivos governos têm é diminuído a presença da FAP na BA4. Se não fosse a necessidade de manter helis SAR lá aposto que já teria sido abandonada.
Título:
Enviado por: papatango em Julho 05, 2008, 10:38:40 pm
As coisas não são assim tão simples.
Na verdade parte da nossa relação e dependência relativamente aos Estados Unidos, está relacionada com a base das Lajes.
As relações com os norte-americanos são de importância estratégica e não podemos dar-nos a grandes luxos.
Título:
Enviado por: pmdavila em Novembro 03, 2008, 01:24:13 pm
Citar
Navio de passageiros para os Açores com projecto defeituoso
Publicado: 2008-11-03 12:04:16 | Actualizado: 2008-11-03 12:24:18
Por: Carlos Tavares


Pode estar comprometido o primeiro navio de passageiros, encomendado pela Região autónoma dos Açores, por se tratar de um projecto defeituoso.



O projecto do navio foi considerado defeituoso, mas, essa descoberta foi tardia e vai obrigar a reformulações, que podem inviabilizar as funções para que o barco estava a ser construído.

Tudo isto foi assumido numa reunião à porta-fechada, entre a Comissão de Defesa da Assembleia da República e os responsáveis pelo Estaleiro de Viana do Castelo.

A situação foi agora tornada pública pelo deputado do PSD à Assembleia da República, Joaquim Ponte, que adiantou terem os Estaleiros assumido que o projecto é defeituoso, para um navio de passageiros de grande porte, com grande instabilidade, e vão apresentar ao armador, a Atlanticoline, renovações e alterações de projecto, mas não sabem se o dono do barco vai , desta forma, conseguir gerir o navio, após as alterações propostas.

Os Estaleiros de Viana do Castelo assumiram também tratar-se de um problema grave e complicado.

Armando Mendes / Carlos Tavares

Fonte (http://http)

Espectáculo...só depois do navio estar em estado bem avançado é que deram por isso??? Excelente, ENVC...paga, zé povinho...
Título: Re: Açores
Enviado por: Lusitano89 em Maio 05, 2010, 06:47:08 pm
Açores com falta de meios para responder a erupções vulcânicas


O director do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA) alertou hoje para a falta de meios disponíveis na região para fazer face à previsível ocorrência nas ilhas de duas a três erupções vulcânicas durante este século.

"Toda a gente concorda que neste século vamos ter duas a três erupções vulcânicas" em terra ou no mar dos Açores, frisou Victor Hugo Forjaz em declarações à Lusa, recordando que a região continua sem ter, por exemplo, disponível em permanência um ferry que garanta resposta à eventual necessidade de transferência de populações.

O director do OVGA falava em Ponta Delgada, depois de ter regressado de uma reunião de vulcanólogos que decorreu nas Canárias.

Para este especialista, a existência no arquipélago de um navio para transporte de passageiros e viaturas é essencial no quadro actual, tanto mais que as cinzas vulcânicas podem impedir a realização de voos devido à tecnologia dos novos aviões, como tem acontecido recentemente em consequência da erupção de um vulcão na Islândia.

A possibilidade de ocorrência de erupções vulcânicas nos Açores justifica também que a Marinha disponha em permanência no arquipélago de um navio polivalente, considerou o director do OVGA.

Previsões avançadas

Para Victor Hugo Forjaz, ao nível da vulcanologia, o arquipélago dos Açores apresenta "carências operacionais", que já foram ultrapassadas no domínio da prevenção sísmica, em que se encontra numa situação "mais avançada" face ao continente.

A última erupção vulcânica registada no arquipélago ocorreu no final da década de noventa do século XX no mar, próximo da ilha Terceira.

A actividade do vulcão submarino da Serreta desenvolveu-se durante meses, mas à superfícies apenas se observaram pequenas colunas de vapor.

As erupções vulcânicas submarinas podem, no entanto, representar perigos para as populações, originando, por exemplo, a produção de cinzas com elevado grau de toxicidade.

Robot de alerta

Na reunião que decorreu nas Canárias, os vulcanólogos tomaram contacto com o protótipo de um novo equipamento de observação em vulcanologia, com possibilidades de utilização também em monitorização ambiental.

O pequeno robot, que Victor Hugo Forjaz considerou de interesse para os Açores, compõe-se de uma unidade baseada em quatro pequenos helicópteros e uma unidade central equipada sofisticados GPS e minisensores espaciais.

Desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Berlim, o novo equipamento permite a realização de medições térmicas e gasosas, mas também registos em vídeo e fotografia, "poupando o esforço de subidas a montanhas e escaladas de crateras vulcânicas", frisou o vulcanólogo, admitindo que o "quadricóptero" faça testes proximamente nos Açores.

Ciência Hoje
Título: Descobertas novas fontes hidrotermais nos Açores
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 22, 2010, 09:32:26 am
Citar
Descobertas novas fontes hidrotermais nos Açores


Estrutura foi encontrada por equipa internacional que integra cientistas portugueses e pode ajudar a resolver um mistério.

Chamaram-lhe Bubbylon, nome inspirado na sonda acústica de nova geração que permitiu perceber que havia ali algo, nas plumas e bolhas de gás que emergiam do fundo, em águas açorianas, ao largo do Pico. Um mergulho com um robô submarino, há uma semana, confirmou as suspeitas. A descoberta do novo campo hidrotermal, que tem várias fontes e está a 500 quilómetros a sudoeste dos Açores, foi anunciada ontem.
É o resultado da missão Menezmar, liderada por alemães do Instituto Max Planck e do Marum Center for Marine Environmental Sciences, e que conta com a participação de portugueses do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
Com chaminés que têm até um metro de altura e fluidos cuja temperatura excede os 300 graus Celsius, o Bubbylon tem oito pontos quentes, que "fervem" de vida.
Ali "abundam tapetes brancos de bactérias filamentosas, camarões e caranguejos hidrotermais e áreas completamente revestidas de pequenos mexilhões da espécie Bathymodiolus azoricus", descreve a equipa que fez a descoberta.
Mas o Bubbylon não é apenas mais um campo de fontes hidrotermais. A sua descoberta poderá ajudar a resolver um mistério de longa data. Confirmada a sua descoberta, a sonda acústica que está a ser utilizada pela missão a bordo do navio Meteor , e que permite detectar sinais que as outras sondas não captam, já encontrou pelo menos mais cinco locais com plumas de gás naquela zona. Tudo indica, assim, que existirão muitos mais destes pequenos locais activos na zona Média Atlântica.
"A descoberta deste pequenos locais activos que parecem existir ao longo de toda a Crosta Média Atlântica na região a sul dos Açores, levanta o véu para um dos maiores mistérios acerca dos animais hidrotermais", contou ao DN Sílvia Lino, uma das investigadoras do DOP a participar na missão.
O mistério é este: como é que estes seres se deslocam entre campos hidrotermais que se encontram muitas vezes separados por centenas de quilómetros?
Até agora não havia explicação, mas "a hipótese que agora se levanta", explica Sílvia Lino, "é que talvez mexilhões como o Bathymodiolus azoricus", e outras espécies destes ecossistemas "usem estes pequenos locais [activos] como stepping stones [pontos de ligação] para a sua dispersão".
Quanto à Bubbylon, diz Sílvia Lino, "uma das suas estruturas mais interessantes" foi baptizada de Piquinho, "em homenagem ao idílico topo da montanha do Pico". Algo "inédito, pois não existia até hoje nenhuma estrutura alusiva à região dos Açores".
Título: Re: Açores
Enviado por: Lusitano89 em Novembro 28, 2010, 03:50:54 pm
Mar dos Açores abastece Oceanário de Istambul


Um carregamento de cerca de 1500 peixes dos Açores, de 50 espécies diferentes, está a caminho de um oceanário em Istambul, na Turquia, naquele que é o primeiro carregamento de peixes vivos açorianos com destino ao estrangeiro.

Os peixes, acomodados em 19 tanques devidamente preparados para o efeito, partiram na sexta-feira da Horta num navio com destino a Lisboa, onde se encontram outros 21 tanques com peixes capturados em Olhão e Peniche que também vão seguir para Istambul.

«Queremos mostrar que se pode explorar o mar dos Açores de forma diferente, sem pôr em causa os stocks, capturando pequenas quantidades de pescado, mesmo daquelas (espécies) que não têm interesse comercial», afirmou o biólogo Telmo Morato, da empresa Flying Sharks, responsável por esta exportação de peixes do mar dos Açores.

Telmo Morato frisou, em declarações à Lusa, que o projecto que a empresa está a desenvolver não pretende apenas comercializar peixes vivos para oceanários em todo o mundo, mas também «contribuir para a sensibilização ambiental» e para a divulgação do património subaquático.

Neste primeiro carregamento de peixes açorianos com destino ao estrangeiro seguem cerca de 50 espécies de animais marinhos, incluindo raias, peixe-cão, moreias e ouriços, mas também espécies comerciais comuns como o goraz ou a abrótea, que habitualmente não se encontram em oceanários.

Telmo Morato manifestou satisfação com a cooperação que tem sido possível entre pescadores e investigadores, o que permite capturar um maior número de peixes vivos para este projecto.

«O nosso sonho, a longo prazo, é retirar um pescador da frota de pesca comercial e colocá-lo a capturar peixes vivos para nós», admitiu o biólogo e empresário, para quem a adesão dos profissionais da pesca a esta iniciativa «excedeu as expectativas».

Para concretizar este projecto de exportação de peixes, a Flying Sharks assinou um protocolo com o Governo Regional dos Açores, que submeteu a iniciativa à fiscalização de um observador externo para confirmar as condições em que era realizado, contando ainda com a colaboração da Universidade dos Açores, Administração do Portos do Triângulo e Ocidente e Capitania do Porto da Horta.

Os peixes provenientes dos Açores, juntamente com os restantes recolhidos em Olhão e Peniche, seguem de Lisboa para Istambul num avião fretado para o efeito.

Segundo Telmo Morato, o transporte dos peixes desde os Açores até à Turquia, por via aérea e marítima, tem um custo previsto de cerca de 200 mil euros, que não inclui as despesas da captura, nem os equipamentos utilizados na operação, como tanques, bombas, filtros e baterias, entre outros.

Esta é a primeira vez que a Flying Sharks exporta peixes vivos dos Açores, mas a empresa, criada em 2006, já tem uma longa experiência de transporte de animais marinhos para países como a Alemanha, EUA e Japão, num total de cerca de 3500 animais.

Lusa
Título: Re: Açores
Enviado por: Daniel em Dezembro 12, 2010, 12:06:20 pm
Empresa pública açoriana trava estaleiros navais nacionais


Citar
A Atlanticoline lançou construção de dois ferries, mas o concurso afasta portugueses.

Os estaleiros navais portugueses estão impedidos de participar directamente no concurso lançado pela empresa pública açoriana Atlanticoline. Em causa estão os requisitos mínimos exigidos pela Atlanticoline para a construção de dois ferries de 37 metros no valor de 18 milhões de euros e que nenhum estaleiro naval nacional pode cumprir. Uma das cláusulas mais discriminatória do concurso, segundo a Associação das Indústrias Navais (AINavais) é a que obriga os concorrentes a ter, nos últimos três anos, um volume de negócios de 15 milhões de euros anuais, o que devido à crise de 2009 exclui os estaleiros nacionais. A AINavais entregou mesmo uma queixa ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia denunciando "este comportamento lesivo".

Para Carlos Mota, presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais de Peniche, a decisão da Atlanticoline "exclui os estaleiros nacionais de uma forma deliberada". E argumenta: "Não se percebe como é que uma empresa do universo do Estado não valoriza a indústria nacional e privilegia as importações numa altura em que o País está à beira de um colapso". Segundo Carlos Mota "na base desta decisão só pode estar a confusão que ocorreu com a encomenda que a empresa açoriana fez aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e que depois foram devolvidos".

Carlos Mota garante que "os estaleiros navais portugueses têm capacidade para construir os dois ferries, "até porque no nosso caso temos feito embarcações bem mais sofisticadas do que as que a Atlanticoline requer. A única diferença é que as nossas embarcações não tem custado sete milhões de euros têm preços inferiores".

Para Nuno Santos, director comercial da Navalria, "os nossos estaleiros cumprem os requisitos financeiros do concurso mas não cumprem os requisitos técnicos". Neste contexto, frisa ainda o gestor, "não faz sentido nenhum porque são embarcações muito simples". Apesar das regras impostas, a Navalria apresentou a sua qualificação, "para saberem que nós existimos e que há em Portugal estaleiros capazes", diz Nuno Santos.

O presidente da Atlanticoline, Carlos Viveiros dos Reis, contactado pelo Diário Económico, afirma que "não excluímos ninguém, é um concurso muito equilibrado". Quanto às cláusulas que impedem os estaleiros nacionais de concorrem, Viveiros dos Reis defende que podem sempre concorrer em consórcio. "A Atlanticoline não pode ser acusada de critérios discriminatórios sejam técnicos ou financeiros porque nos regemos para servir o melhor possível os Açores e o interesse nacional".

O Diário Económico tentou até ao fecho da edição ouvir os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e do Alfeite mas tal não foi possível.



Assim vamos longe, não haja dúvida. :roll:
Título: Re: Açores
Enviado por: Luso-Efe em Dezembro 12, 2010, 06:28:18 pm
Citação de: "Daniel"
Empresa pública açoriana trava estaleiros navais nacionais


Citar
A Atlanticoline lançou construção de dois ferries, mas o concurso afasta portugueses.

Os estaleiros navais portugueses estão impedidos de participar directamente no concurso lançado pela empresa pública açoriana Atlanticoline. Em causa estão os requisitos mínimos exigidos pela Atlanticoline para a construção de dois ferries de 37 metros no valor de 18 milhões de euros e que nenhum estaleiro naval nacional pode cumprir. Uma das cláusulas mais discriminatória do concurso, segundo a Associação das Indústrias Navais (AINavais) é a que obriga os concorrentes a ter, nos últimos três anos, um volume de negócios de 15 milhões de euros anuais, o que devido à crise de 2009 exclui os estaleiros nacionais. A AINavais entregou mesmo uma queixa ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia denunciando "este comportamento lesivo".

Para Carlos Mota, presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais de Peniche, a decisão da Atlanticoline "exclui os estaleiros nacionais de uma forma deliberada". E argumenta: "Não se percebe como é que uma empresa do universo do Estado não valoriza a indústria nacional e privilegia as importações numa altura em que o País está à beira de um colapso". Segundo Carlos Mota "na base desta decisão só pode estar a confusão que ocorreu com a encomenda que a empresa açoriana fez aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e que depois foram devolvidos".

Carlos Mota garante que "os estaleiros navais portugueses têm capacidade para construir os dois ferries, "até porque no nosso caso temos feito embarcações bem mais sofisticadas do que as que a Atlanticoline requer. A única diferença é que as nossas embarcações não tem custado sete milhões de euros têm preços inferiores".

Para Nuno Santos, director comercial da Navalria, "os nossos estaleiros cumprem os requisitos financeiros do concurso mas não cumprem os requisitos técnicos". Neste contexto, frisa ainda o gestor, "não faz sentido nenhum porque são embarcações muito simples". Apesar das regras impostas, a Navalria apresentou a sua qualificação, "para saberem que nós existimos e que há em Portugal estaleiros capazes", diz Nuno Santos.

O presidente da Atlanticoline, Carlos Viveiros dos Reis, contactado pelo Diário Económico, afirma que "não excluímos ninguém, é um concurso muito equilibrado". Quanto às cláusulas que impedem os estaleiros nacionais de concorrem, Viveiros dos Reis defende que podem sempre concorrer em consórcio. "A Atlanticoline não pode ser acusada de critérios discriminatórios sejam técnicos ou financeiros porque nos regemos para servir o melhor possível os Açores e o interesse nacional".

O Diário Económico tentou até ao fecho da edição ouvir os Estaleiros Navais de Viana do Castelo e do Alfeite mas tal não foi possível.



Assim vamos longem, não haja dúvida. :roll:

Eu pergunto com que legitimidade é que o senhor Carlos César toma um decisão destas, ainda por cima numa altura destas.

Cheira-me a negociatas estranhas.
Título: Re: Açores
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2010, 08:46:34 pm
Experiência dos Açores em energias renováveis interessa à China


A experiência açoriana no domínio das energias renováveis pode representar uma mais valia nas relações luso-chinesas, afirmou hoje o secretário regional da Economia, depois de uma reunião com o embaixador da China em Portugal.

Segundo Vasco Cordeiro, que recebeu Zhang Beisan em Ponta Delgada, o diplomata expressou o «interesse das autoridades chinesas» nas energias renováveis, em particular, e nos Açores, em geral.

O governante açoriano disse ter falado com o embaixador chinês acerca do projecto Green Island, de desenvolvimento das energias renováveis, em curso na região no quadro do programa MIT Portugal.

Para combater a dependência energética, os Açores estão a apostar na implementação da produção eléctrica com recurso a fontes alternativas, com a única central geotérmica do país a funcionar na ilha de S. Miguel.

Segundo Vasco Cordeiro, o encontro com Zhang Beisan serviu também para «reforçar o conhecimento da embaixada chinesa em Lisboa sobre a realidade açoriana e os projectos desenvolvidos» no arquipélago.

Lusa
Título: Re: Açores
Enviado por: HSMW em Dezembro 22, 2010, 09:14:16 pm
Será que querem comprar meia dúzia de ilhas?   :roll:
Título: Re: Açores
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 22, 2010, 09:56:46 pm
Citação de: "HSMW"
Será que querem comprar meia dúzia de ilhas?   :?  :roll:  :roll:
Título: Re: Açores
Enviado por: HSMW em Dezembro 22, 2010, 10:46:30 pm
Lusitano89 acho que não me fiz entender além de que você já anda cá no fórum à tempo suficiente para se aperceber que eu não sou de separatismos.  :roll:
 
É que tanto interesse repentino em Portugal não deve ser por solidariedade.

Açores + Atlântico Norte + EUA =  ... Enfim, é só fazer as contas...
Título: Re: Açores
Enviado por: Lusitano89 em Dezembro 07, 2023, 09:08:10 am
Sessão Cultural - “Os Açores e o Mar de Portugal” 16MAIO23