Aguiar-Branco quer hospital militar a funcionar em 2014
O ministro da Defesa Nacional garantiu hoje que o futuro Hospital das Forças Armadas representará mais qualidade na saúde militar, afirmando esperar que esteja instalado no prazo, em 2014. «Trinta e seis anos depois, o Governo volta a investir na saúde militar. Promovendo um acréscimo de eficácia e da qualidade dos serviços, reforçando a capacidade operacional de cada um dos três ramos das Forças Armadas», disse.
José Pedro Aguiar-Branco discursava no Ministério da Defesa Nacional, Lisboa, após dar posse à equipa que vai instalar o futuro Hospital das Forças Armadas, que substituirá o hospital da Marinha, Hospital Militar Principal, Hospital Militar de Belém e Hospital da Força Aérea.
Aguiar Branco pediu à direcção empossada que «garanta que o hospital será, de facto, um Hospital de referência», cumprindo o prazo de dois anos.
O ministro congratulou-se com uma reforma que considerou «evidente» como «são igualmente evidentes outras reformas que o governo está a implementar no país, da saúde à educação, dos governos civis, ao serviço público de televisão».
«Afinal, 36 anos depois, teremos finalmente um hospital militar único e o mundo não acabou», afirmou, criticando os que «lutam para que tudo fique na mesma» e encaram qualquer reforma «como se de um ataque pessoal se tratasse».
«Vemos, em tudo, uma causa fracturante. A verdade é que temos tanto de apaixonados no debate como de conservadores na acção. (...) Pergunto, o que é mais importante, os serviços prestados dentro do hospital ou a placa que está à porta? A resposta à evidente. E por isso esta reforma é evidente», acentuou.
Garantindo que a nova estrutura hospitalar terá «mais recursos disponíveis» que as actuais e que trabalhará em complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde, Aguiar-Branco considerou que «a eficiência dos serviços prestados não se mede pelos milhões inscritos no orçamento».
Questionado a propósito da preparação do Orçamento da Defesa para 2013, Aguiar-Branco não adiantou se haverá cortes adicionais aos que estão previstos.
«Na `troika' estão os dez por cento de redução, que está a ser concretizada, não há outra imposição para além disso, nós estamos a concretizar reforma da redução dos efectivos na base do memorando e com aquilo que possa acontecer na reestruturação das Forças Armadas que está em curso», declarou.
O ministro frisou ainda que está em revisão o Conceito Estratégico de Defesa Nacional e o «resultar dessa discussão terá que ter uma lógica de concretização».
A equipa que irá instalar o novo hospital será dirigida pelo major-general Silva Graça e integra o major-general Eduardo Santana, o capitão de Mar e Guerra Albuquerque Sousa, tenente coronel José Vieira e Carlos Andrade Costa.
Lusa