Exército em Pristina, Kosovo (KFOR)

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zecouves

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« Responder #30 em: Outubro 15, 2007, 09:55:14 pm »
Em termos de materiais, o exército já está a esticar a corda. Não se esqueçam que o material desgasta-se e não entra material novo.

Atenção que materiais não são só sistemas de armas, também há viaturas, etc. Daquilo que me é dado a ver, um batalhão com o efectivo de 600 homens, a ser projectado a partir de Dezembro (data de acordo com a noticia) .. acho muita fruta... e ainda Darfur + UNIFIL + FRI + NRF's + QRF ISAF + Battle Group UE, ... a corda está mesmo a ficar esticada ...
 

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Lancero

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« Responder #31 em: Janeiro 18, 2008, 04:39:21 pm »
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Kosovo: Batalhão português irá para a linha da frente se houver motins generalizados após eleições sérvias  


    José Pimenta de França (texto) e Mário Cruz (fotos)  

    Prístina, Kosovo, 17 Jan (Lusa) - O major-general Raul Cunha, afirmou hoje, em Prístina, no Kosovo, que se em resultado das eleições sérvias de domingo houver no território motins generalizados, como aconteceu em 2004, a força portuguesa ali destacada poderá ser chamada a "uma intervenção musculada".

     

    "Se houver na população uma má reacção, terá que haver uma acção mais musculada", disse o oficial general português, pelo que o batalhão do Exército que integra a Kosovo Force (KFOR), presentemente em posição de reserva, terá que avançar para as zonas mais quentes da acção.  

     

    O oficial general, que falava durante uma visita de jornalistas às forças portuguesas no território, frisou que "há planos de contingência para todas as situações, devendo a reacção da KFOR realizar-se "em conformidade" com as exigências no terreno.  

     

    "Espero que não aconteça nada, mas já sabemos que nos Balcãs tudo pode acontecer", sublinhou, acrescentando que "manifestações e motins generalizados, como aconteceram em 2004, obrigarão a um reforço rápido das forças no terreno".

     

    Raul Cunha tem uma longa experiência nos Balcãs, estando a sua carreira ligada à região desde o início dos anos 90, quando o se iniciou a guerra na ex-Jugoslávia.  

     

    Profundo conhecedor da região, o oficial general português é presentemente o chefe dos oficiais de ligação militares da UNIMIK (Missão das Nações Unidas para o Kosovo) e conselheiro militar do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no Kosovo.  

     

    O general considera que actualmente a situação é "expectante", face às eleições sérvias de domingo, reinando no Kosovo "uma calma tensa".  

     

    "Esta expectativa não trouxe qualquer alteração às operações da força multinacional KFOR, que prosseguem com normalidade", afirmou.  

     

    Uma declaração unilateral de independência é uma possibilidade, mas o general Raul Cunha considera que para que isso possa acontecer terão que ser dadas "garantias claras aos sérvios do Kosovo", para que eles aceitem permanecer no território.  

     

    "A Rússia nunca aceitará tal situação e usará o seu direito de veto", garantiu o general.  

     

    O oficial português considera que o território não tem condições para aceder à independência, não tendo sequer capacidade de gerar energia eléctrica suficiente senão para dois terços das suas necessidades, o que origina prolongados cortes de electricidade todos os dias, apesar de parte da energia vir da Sérvia.  

     

    Além disso, há um índice de desemprego elevadíssimo, da ordem dos 50 por cento, e o rendimento "per capita", de 1.565 euros/ano, é um dos mais baixos da Europa apesar da ajuda internacional maciça que tem afluído ao território.  

     

    A liderança militar da KFOR é da responsabilidade da NATO, tendo como missão a manutenção de um ambiente seguro na região, na sequência da resolução 1244/99 das nações Unidas.  

     

    Com um efectivo de 15 mil militares, a KFOR inclui 34 países, sendo 24 da NATO e 10 exteriores à Aliança Atlântica, sendo a contribuição portuguesa constituída pelo 2º Batalhão de Infantaria Mecanizada, com 290 militares, actuando como reserva táctica e sedeado no complexo conhecido como Jubilee Barracks, nos arredores de Prístina.  

     



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Kosovo: Internet e Skype ligam militares portugueses à família e amigos todos os dias    

   Por José Pimenta de França (texto) e Mário Cruz (Fotos)  

     
   Pristina, Kosovo, 18 Jan (Lusa) - A Internet é um elemento fundamental  da vida das tropas portuguesas no Kosovo, largamente confinadas ao aquartelamento,  situado nos arredores da capital do território, Pristina, cidade com cerca  de 600 mil habitantes.  

     

   Construído pelos ingleses, o aquartelamento, denominado Jubilee Barracks,  é constituído por um conjunto de edifícios pré-fabricados, que oferecem  alguma comodidade aos militares ali instalados, ingleses, suecos e portugueses.  

     

   Os militares apenas podem sair do quartel para ir à cidade aos domingos,  obrigatoriamente fardados.  

     

   O sargento Emanuel Batalha, 32 anos, está no Kosovo desde Setembro,  quando se realizou a última rendição da componente portuguesa da KFOR, a  força das Nações Unidas encarregada de manter a paz naquela região autónoma  da Sérvia em processo de secessão.  

     

   Há dez anos no Exército, este sargento de Artilharia está na sua primeira  comissão no exterior.  

     

   "É uma boa experiência que está a cumprir perfeitamente as minhas expectativas  como homem e como militar. Se tiver oportunidade repetirei uma missão deste  tipo", disse Emanuel Batalha durante uma visita da Lusa ao Jubilee Barracks.  

     

   Fechados no aquartelamento de segunda a sábado, os militares preenchem  as suas horas livres convivendo no bar e vendo televisão, já que têm todos  os canais portugueses no cabo, incluindo SIC Notícias e Sport TV.  

     

   Podem ainda navegar no ciberespaço, uma vantagem de que os seus camaradas  britânicos, por exemplo, não usufruem, dado não terem Internet nos quartos.  

     

   Foi assim que o sargento Batalha - nome bem adequado a um militar -  conheceu a sua namorada, uma professora de música da vizinha República da  Macedónia, outro antigo estado-membro da extinta República Federal da Jugoslávia.  

     

   O romance iniciou-se no espaço virtual e levou o sargento lisboeta a  optar por passar na Macedónia o seu período de férias, a que todos os militares  destacados no Kosovo por períodos de seis meses têm direito, para conhecer  em carne e osso a sua namorada virtual.  

     

   Planos para casamento não há ainda, mas o romance continua, apoiado  numa paixão comum, a música.  

     

   "Eu gosto mais de pop e rock, ela gosta mais de música clássica, mas  estou a começar a aprender a gostar de música clássica", disse o sargento  Batalha, que regressa a Portugal, com os seus camaradas, no final de Março.  

     

   Já o seu camarada Luís Figueiras, 36 anos, primeiro-sargento com 16  anos de serviço, casado e com dois filhos, tem um sentimento ambivalente  face a esta comissão de serviço de seis meses fora de Portugal.  

     

   "Aceitei com entusiasmo esta missão, que está a cumprir todas as minhas  expectativas profissionais. O que eu nunca pensei é que me ia custar tanto  é a separação da minha mulher e dos meus filhos", afirmou.  

     

   As saudades da família são mitigadas pelo recurso diário à comunicação  pela Internet.  

     

   "O que me vale é o Skype, que me permite falar com os meus filhos e  vê-los todos os dias", afirmou o militar, que já passou uns dias de férias  em Portugal no princípio de Dezembro e já conta os dias para o final de  Março quando poderá voltar a ver a família todos os dias sem precisar da  Internet.  

     
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Kosovo: Patrulha nocturna  em Obilic, entre a mesquita iluminada e a igreja ortodoxa às escuras  

    Por José Pimenta de França (Texto) e Mário Cruz (Fotos)  


    Prístina, Kosovo, 18 Jan (Lusa) - No centro de Obilic, arredores de Prístina, há uma mesquita nova em folha, iluminada, a umas dezenas de metros da igreja ortodoxa, totalmente às escuras, símbolo da nova situação surgida após a última guerra do Kosovo em 2004.  

     

    Como se não bastasse, os kosovares albaneses ergueram mesmo em frente um monumento ao Exército de Libertação do Kosovo ou ELK (em albanês, Ushtria Çlirimtare e Kosovës - UÇK), um grupo paramilitar formado por insurgentes de origem étnica albanesa, que lutou pela independência da província no final da década de 1990 e considerado internacionalmente como uma organização terrorista.  

     

    O Kosovo é oficialmente parte da Sérvia, mas o território é administrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1999.  

     

    A maioria albanesa quer a independência, posição que é apoiada pelos Estados Unidos, Inglaterra e França, nomeadamente.  

     

    Mas a Sérvia opõe-se terminantemente a ceder aquele território que é de facto o berço da nação sérvia, onde foi coroado, em 1216, o primeiro rei da Sérvia, Stefan Nemanja, fundador da dinastia Nemanjic, e onde nos séculos seguintes foram travadas algumas das mais importantes batalhas da sua história.  

     

    Comparado com a História de Portugal o Kosovo tema para a Sérvia o mesmo valor simbólico que Guimarães mais Aljudarrota.  

     

    Os sérvios consideram o Kosovo o centro cultural, religioso e político da sua nação e recusam-se a ceder a região, pretensão que é apoiada pelo seu importante aliado histórico, a Rússia.  

     

    A construção da mesquita e do monumento ao UÇK parece ter não ter sido escolhida por acaso.  

     

    Em Obilic havia, antes da guerra do Kosovo, uma importante minoria sérvia que, então, convivia em paz com a maioria albanesa.  

     

    Durante a guerra, os sérvios fugiram todos e os kosovares de etnia albanesa apressaram-se a queimar quase todas as casas dos seus antigos vizinhos, para dissuadi-los do regresso.  

     

    A grande maioria dos sérvios de Obilic não mais voltou e os poucos que ali retornaram foram concentrados num edifício de apartamentos de oito andares em tijolo amarelo, conhecido pelos militares da KFOR como "Yellow Building" (Edifício Amarelo), onde vivem oficialmente 67 sérvios, mas que na realidade alberga "apenas seis ou sete que tomam conta das casas dos restantes", de acordo com as informações da KFOR (Kosovo Force, a força multinacional da ONU, sob comando NATO, que assegura a paz no território).  

     

    O outro edifício com sérvios fica junto à escola e é por isso conhecido pela KFOR como "Schoool building" (edifício da escola), onde vivem 20 kosovares sérvios.  

     

    "Consideramos estes dois edifícios como 'hot spots" (pontos quentes), pelo que são paragem obrigatória de todas as nossas patrulhas, tendo mesmo uma guarda permanente de uma viatura com dois soldados eslovacos, 24 horas por dia", disse à Lusa o capitão Borges, que comandou a patrulha nocturna em que a Lusa participou.  

     

    Se de dia o Kosovo impressiona pela desorganização do território e pelo maciço surto de construção civil, de noite mergulha em profundas trevas, já que não existe iluminação pública, por falta de energia eléctrica.  

     

    As poucas luzes visíveis vêm dos faróis dos poucos carros que circulam na gélida noite de Janeiro e de uma ou outra janela, onde só a ténue luz de velas ou candeeiros a gás indica presença humana.  

     

    Há também luz e televisão nos poucos cafés abertos, graças a ruidosos geradores a gasóleo, cujo ruído quase se torna ofensivo na noite iluminada apenas por um tímido quarto crescente.  

     

    Apenas escassos homens circulam nas ruas, não mais de uma dúzia em duas horas de patrulha, passando sem preocupação nem curiosidade pela coluna de viaturas portuguesas.  

     

    Ao fundo, na noite, é graças à Lusa na noite estrelada que se consegue divisar a silhueta da igreja ortodoxa dos sérvios, ás escuras, praticamente abandonada, mas que não chegou a ser tocada pela violência da guerra.  

     

    É flagrante o contraste com a nova mesquita, iluminada, construída com os petrodólares que as organizações não governamentais (ONG's) muçulmanas, financiadas pelos petrodólares do Médio Oriente, têm vindo a despejar no território.  

     

    O essencial da actividade operacional das tropas portuguesas no Kosovo são as constantes patrulhas, diurnas e nocturnas e a realização de "check points", em busca de armas e contrabando, equivalente militar às operações "stop" das nossas forças policiais.  

     

    "O nosso objectivo consiste em mostrar-nos às populações locais, transmitir-lhes o sentimento de segurança que o patrulhamento constante de ruas e estradas inspira", disse à Lusa o capitão Borges.  

     

    A patrulha saiu depois de jantar, cerca das 22:00, em direcção a Obilic, com uma dotação de militares quase exclusivamente madeirenses.  

     

    O soldado Wilson Fernandes Conceição, 22 anos, natural do Funchal, está na sua primeira missão internacional, que considera "uma experiência espectacular".

     

    Já a cabo adjunto Ivone Silva, condutora de uma viatura blindada Panhard, de 32 anos, natural da Ribeira Brava, está na sua quarta missão internacional, tendo as outras três sido em Timor.  

     

    Para trás deixou o marido, um ex-militar que agora trabalha numa empresa de segurança privada e um filho de dez anos, de quem sente saudades.  

     

    "Mas não faz mal, o meu marido toma bem conta da casa, não estou preocupada", diz a militar, acrescentando que se sente hoje tão entusiasmada pela vida militar como quando entrou para o Exército, há nove anos.  
 
















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Militares portugueses do batalhão do Exército que integra a Kosovo Force (KFOR) durante uma patrulha no dia 16 Janeiro, no complexo Jubilee Barracks, nos arredores da cidade de Pristina
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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comanche

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« Responder #32 em: Janeiro 21, 2008, 06:08:17 pm »
Defesa: Exercício em Beja testa força do Exército que parte em Março para o Kosovo


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Beja, 21 Jan (Lusa) - Cerca de 450 militares da Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) do Exército Português participam, a partir de terça-feira, no concelho de Beja, num exercício militar para preparar a força que deverá partir para o Kosovo, em Março.

Com o nome de código "Pristina 081", o exercício, a decorrer até dia 31, pretende preparar os 290 militares que vão integrar a nova força nacional, que deverá partir, em meados de Março, para uma missão de seis meses no Kosovo, explicou hoje à Lusa o porta-voz do Exército, tenente-coronel Hélder Perdigão.

A nova força, constituída por militares do 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista do Regimento de Infantaria (RI) 15, de Tomar, que pertence à BrigRR, vai render o efectivo de 290 do 2º Batalhão de Infantaria, do RI14, de Viseu, que regressa em Março, após seis meses de missão.

À semelhança das anteriores, a nova Força Nacional Destacada vai ser "reserva táctica" do Comandante da Força no Kosovo (KFOR), ou seja, vai estar pronta para actuar "em qualquer ponto" do Teatro de Operações (TO) no Kosovo.

Durante o exercício no Baixo Alentejo, vão ser avaliadas "as capacidades de coordenação, controlo e condução de operações idênticas às verificadas nos Comandos Regionais, estabelecidos no TO do Kosovo", precisou Hélder Perdigão.

Trata-se de operações de reserva, de vigilância de fronteiras, de combate ao contrabando, de resposta a crises e de controlo de tumultos.

Para este exercício, que vai decorrer sobretudo no Monte da Cabeça de Ferro, uma área militar entre os concelhos de Beja e Mértola e onde está situada uma carreira de tiro do Exército Português, "foi criado um cenário realístico, de acordo com a avaliação de riscos e ameaças do TO no Kosovo", explicou o tenente-coronel.

 

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Lancero

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« Responder #33 em: Janeiro 29, 2008, 03:07:17 pm »














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Elementos da Brigada de Reaccao Rapida durante o exercicio Pristina 081 de aprontamento para a missao no Kosovo, com partida agendada para o mes de Marco. Beja, 28 Janeiro 2008. NUNO VEIGA / LUSA


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Defesa: Resgate fictício e tumultuoso numa aldeia alentejana testa força que vai em Março para o kosovo (C/ FOTOS)  



    Luís Miguel Lourenço (texto) e Nuno Veiga (fotos)  

     

     

    Beja, 28 Jan (Lusa) - A pacata aldeia alentejana de Cabeça Gorda (Beja) transformou-se hoje numa povoação kosovar, onde um resgate fictício e tumultuoso de uma minoria sérvia refugiada numa igreja testou a força portuguesa que vai para o Kosovo, em Março.  

     

    A nova força, constituída por 290 militares do 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista do Regimento de Infantaria (RI) 15, de Tomar, que pertence à Brigada de Reacção Rápida (BrigRR) do Exército Português, vai render o efectivo do 2º Batalhão de Infantaria do RI14, de Viseu, que regressa em Março, após seis meses de missão.  

     

    À semelhança das anteriores, a nova força vai em missão de "reserva táctica" do Comandante da Força no Kosovo (KFOR), liderada pela NATO, ou seja, vai estar pronta para actuar "em quaisquer ponto e situação" do Teatro de Operações (TO) no Kosovo, explicou o comandante da BrigRR, o major-general Carlos Jerónimo.  

     

    Trata-se de operações de reserva, de vigilância de fronteiras, de combate ao contrabando, de resposta a crises e de controlo de tumultos.  

     

    O responsável falava aos jornalistas em Cabeça Gorda, durante uma simulação do exercício militar "Pristina 081", que decorre, até quinta-feira, no concelho de Beja, para preparar a nova força que vai para o Kosovo.  

     

    Durante o exercício de hoje, que decorreu sob o olhar curioso de vários habitantes, Cabeça Gorda transformou-se na povoação de Vrbovac, de maioria albanesa e situada na região de Urosevac, no Sul do Kosovo, onde a tensão inter-étnica entre a população local se "agravou" nos últimos dias, depois do "atropelamento" de uma criança albanesa.  

     

    Após vários dias de tumultos, a polícia local "perdeu o controlo da situação" e pediu apoio à KFOR, cujos militares portugueses tinham hoje como missão fictícia resgatar 15 pessoas de uma minoria sérvia, que se refugiaram numa igreja de Vrbovac.  

     

    Durante o resgate, nos arredores da igreja, figurantes alentejanos tornaram-se albaneses e começaram uma manifestação hostil contra a força da KFOR, que retirava os refugiados sérvios.  

     

    Os tumultos agravaram-se no final da operação, quando os populares reforçaram a manifestação hostil, gritando palavras de ordem e arremessando vários objectos, como garrafões com água, contra a coluna militar da KFOR que abandonava o largo da igreja já com os 15 sérvios resgatados.  

     

    "A gente é quem manda aqui", gritavam os figurantes em confronto com os militares que tentavam controlar a manifestação, enquanto uma velhota, entre os habitantes de Cabeça Gorda que assistiam ao exercício, exclamou: "Se houver cá uma guerra, já sei como temos que nos defender. É com garrafões!".

     

    "Nunca tinha assistido a nada disto. É muito engraçado. Estou a filmar para guardar como recordação no meu telemóvel", contou à Lusa Paula Furão, de 39 anos, gritando, depois, num alerta brincalhão, mas preocupado: "Não aleijem os moços".  

     

    Após alguns minutos de confrontos, os militares conseguiram identificar e deter os "líderes" da manifestação hostil e controlar os tumultos, que terminaram com os figurantes a "despir a pele" de manifestantes, a acalmar e a dispersar, batendo palmas aos militares portugueses.  

     

    Segundo o tenente-coronel Serra Pedro, que vai comandar a força portuguesa no Kosovo, o exercício de hoje permitiu testar a capacidade dos militares para controlar tumultos, que poderá ser o "maior risco" e uma das operações "mais prováveis" que a força poderá enfrentar.  

     

    Durante o exercício, "foram detectadas algumas falhas que vão ser corrigidas", disse Serra Pedro, salientando que a força "têm que estar preparada para intervir em todos os cenários à ordem do comandante da KFOR".  

     

    Em termos de meios, o major-general Carlos Jerónimo garantiu que a força dispõe de equipamento "adequado" e "adquirido recentemente", para "enfrentar qualquer situação de controlo de tumultos".  

     

     
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Aim

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« Responder #34 em: Janeiro 29, 2008, 03:31:09 pm »
Boas fotos  :?:



Se for acho que não dá uma aparência muito feliz
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #35 em: Janeiro 29, 2008, 03:43:41 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #36 em: Janeiro 29, 2008, 03:46:57 pm »
Citação de: "Aim"
Boas fotos  :?:



Se for acho que não dá uma aparência muito feliz


Mas isto é uma unidade do Exército ou um desfile de modelos? A aparencia é o que menos vale.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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zecouves

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« Responder #37 em: Janeiro 31, 2008, 10:00:03 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Video: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?he ... 80&tema=27


Esta de terem sido militares da GNR a prepararem-se para o Kosovo diz muito sobre a ignorancia geral da nossa classe de jornalistas sobre assuntos militares.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #38 em: Janeiro 31, 2008, 11:09:23 am »
Vêm bastões, vêm militares...são GNR! :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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lazaro

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« Responder #39 em: Fevereiro 07, 2008, 04:08:43 pm »
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O presidente da Comissão de Segurança e Defesa da Assembleia Parlamentar da NATO, o deputado português Miranda Calha, afirmou hoje à Lusa que "só ouviu elogios" à participação militar portuguesa no Afeganistão durante a sua visita aos EUA.

Miranda Calha, que chefiou uma missão parlamentar com delegados de 16 países europeus, reuniu-se, a semana passada, em Washington, com diversos congressistas e com o secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, para debater a situação no Afeganistão, Kosovo e instalação do novo sistema norte-americano anti-mísseis na República Checa e na Polónia.

Miranda Calha disse que o secretário da Defesa norte-americano abordou a necessidade de reforço da presença dos países membros da NATO na consolidação do Estado afegão, nomeadamente nas áreas da formação das forças armadas e polícia afegãs.

Robert Gates pediu que "haja um reforço nas áreas da formação", disse.

Questionado sobre se Portugal recebera algum pedido concreto para aumentar o seu esforço no Afeganistão, o deputado português disse que o apelo norte-americano foi "genérico e dirigido a todos os países".

Relativamente ao Kosovo, o governante norte-americano reiterou aos parlamentares europeus a intenção de Washington reconhecer a independência daquela província Sérvia logo que a mesma seja declarada.

A delegação europeia abordou ainda a necessidade de colaboração com a Rússia em todos os domínios, já que Moscovo participa na "Parceria para a Paz".


http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12
 

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« Responder #40 em: Fevereiro 07, 2008, 04:15:33 pm »
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Relativamente ao Kosovo, o governante norte-americano reiterou aos parlamentares europeus a intenção de Washington reconhecer a independência daquela província Sérvia logo que a mesma seja declarada.

suponho que os nossos militares protejerão os terroristas do UÇK quando estes tomarem a medida ilegal de secessão da República Sérvia? :roll:

Triste destino...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lancero

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« Responder #41 em: Fevereiro 07, 2008, 06:40:11 pm »
P44, isso já nós lá fazemos desde 1999.



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A Portuguese KFOR (Kosovo Force) armored personnel carrier passes by an ethnic Albanian man, riding a cart near the village of Tudevce on February 6, 2008.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #42 em: Fevereiro 07, 2008, 09:12:17 pm »
:(
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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ricardonunes

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« Responder #43 em: Fevereiro 07, 2008, 10:01:18 pm »
Citação de: "P44"
:roll: pois... o pior é quando a coisa "estourar".... :?:
Potius mori quam foedari
 

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« Responder #44 em: Fevereiro 07, 2008, 10:06:45 pm »
o que significa "murito" :shock:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas