"Já parece aquela história das .50 nos NPO e dos navios pintados de cinzento serem suficientes para dissuadir piratas."
Não me diga que o Sr é aquele da "história do Mistral RC" nos NPO ?! Se foi era para quê? Para "dissuadir piratas" , os piratas "ricos" (aqueles atacam de helicoptero) porque os piratas "pobres" atacam de lancha !! (estou a brincar sei que o mistral tem capacidade para alvo "terrestres" tb).
Não é história, é são factos!! O Sr disse "piratas" não disse "terroristas", qual é a natureza da ameaça "pirata"? E a "terrorista"? E quais são as diferenças? ... quando entender isso, entende os factos, entende o que eu escrevo e o que sr próprio escreve
Muita gente falou no Mistral. Mas se você acha que os Mistral são para combater pirataria, você tem um grave problema de compreensão, porque ninguém os considerou como sistema para combate à pirataria, mas sim para "defesa de ponto" e C-UAV. E isto sempre numa perspectiva "low cost" que até o senhor gosta de apregoar, porque o que realmente se queria, se houvesse dinheiro, era algo superior. Mas você é a única personagem que diz que "navio cinzento com duas .50 chega para assustar os piratas", e que o seu raciocínio assenta inteiramente na "previsibilidade" das acções destes ou de missões futuras.
"Sim vi e o GDF não consta da lista" -> o Sr viu mas não entendeu, novamente, porque o "Skyshield AA System: $17 million for radar & 2 guns -" é a designação do sistema que incluiu o GDF-007 .... o seu "GDF" está na lista é aquela é parte omissa do "& 2 guns (=2xGDF-007)" , mais claro que isso impossível !!!!! Este é o principal problema,o Sr lê, quando lê os meus post, mas não os ENTENDE, mas debate... isso é bom e eu agradeço o debate.
Errado! Lá está a dizer baboseiras! Você consegue ler "Skyshield" e assumir que cada bateria engloba GDF-007 em específico, quando em lado nenhum vem isso especificado! Nem o próprio site da Rheinmetal específica o modelo de canhão usado!
https://www.rheinmetall-defence.com/en/rheinmetall_defence/systems_and_products/air_defence_systems/index.phphttps://en.wikipedia.org/wiki/SkyshieldComo vê, na demonstração até falam do modelo 009, e nas fotos aparecem torres com apenas um canhão e não bitubos. Portanto, como é que você sabe que o Skyshield listado engloba específicamente as GDF-007? Não sabe, inventou!
O Sr mistura 3 contextos e conceitos de "Situational awareness (SA)" ; "Nível de Ameaças" ; "Dissuasão" ... utiliza-os nos seu argumentos mas não os entende, desculpe-me; Vou tentar ajudá-lo a entender:
Axioma racional: Dependendo do "Nível de Ameaça" (localização da origem, natureza, probabilidade) pode ter de aumentar o "Situational awareness" para aumentar a "Dissuasão".
Pegando num seu exemplo de argumento, ou um que parece a sua cara:
"Os 3 misseis de cruzeiro que destroem toda a defesa Aerea de PT (Radar stations + BA monte real"
Resposta Errada: ter GDFs para defesa de ponto para ter " capacidade dissuasiva";
E continua a inventar narrativas! Mas eu disse que as GDF são um meio dissuasor? Não! Disse sim que protegem a base de onde os F-16 operam, e estes sim são o meio dissuasor (se tivessem devidamente armados claro está)!
Resposta Corrigida: ter GDFs para defesa de ponto para aumentar a "capacidade defensiva"; (porque alguém se quer atacar ira atacar)
Correcto.
Resposta Certa: Dependendo da origem provavel e o "Nível de Ameaça" dos disparos misseis de cruzeiro, aumenta-se o "Situational awareness" fazendo "CAP (Combat Air Patrol" com os F-16 nas zonas de passagem provável deles para ter a capacidade de os interceptar durante o percurso. Com "dissuasão" temos os F-16 e misseis AA se a plantaforma de lançamento forem aviões , F-16 e misseis Maverick se a plantaforma de lançamento for terrestre ou naval, se a plantaforma de lançamento for naval temos os submarinos.
Entende? "capacidade dissuasiva" não é capacidade de destruir o "efector" (a munição/missile etc ...isto é "capacidade defensiva"), "capacidade dissuasiva" é a capacidade de destruir a plaforma ou sistema que faz o disparo . Entende ?
Todos os outros países da NATO têm sistemas defensivos como os mencionados (curto, médio e longo alcance). É ilusão achar que todos estes países têm "ameaças credíveis". Mas se calhar são eles os burros e nós os espertos!
Combat Air Patrol.
Num país em que as horas de voo são as mínimas, ia haver dinheiro para ter uma CAP constante? Só para lhe servir de argumento para que não se comprem defesas AA decentes? Imagino, com o custo h/voo do F-35.
CAP não resolve possíveis ataques de saturação, quanto muito seria uma das camadas defensivas, aliadas a sistemas AA de curto e médio alcance (já nem digo longo).
Face às plataformas de lançamento de mísseis de cruzeiro, os sistemas AA não têm influência, mas respondendo, contra aeronaves estamos muito mal, pois os F-16 são poucos, tal como os pilotos, e ainda mais grave, o armamento para a função é escasso (AMRAAM) e quase obsoleto (AIM-9L). Nem vou mencionar o possível desfasamento tecnológico entre ambas as aeronaves, a limitada capacidade EW, etc. Contra alvos terrestres, a não ser que a ameaça fosse Espanha ou Marrocos, não temos capacidade de enviar F-16 para atacar o inimigo no seu território (falta de aeronaves de reabastecimento) nem os nossos F-16 estão equipados com armas adequadas para a função (armas stand-off). Contra navios, em primeiro lugar, tenho ideia que o Maverick foi descontinuado dos F-16 (agora em uso apenas nos P-3), mas mesmo que não tivesse sido, o alcance deste míssil é muito limitado, qualquer navio com capacidade de lançar mísseis de cruzeiro, terá mísseis AA com alcances idênticos ou superiores ao do Maverick. Logo, era necessário equipar os F-16 com Harpoon (ou LRASM ou JSM) para fazer face a navios de guerra. Os P-3 podem usar os Harpoon, mas são muito mais fáceis de detectar e abater a longas distâncias que um caça. Os Tridente são bons, mas são poucos e lentos, se não estiverem na área dos navios lançadores, dificilmente chegarão a tempo para os atacar antes do lançamento dos mísseis.
"Que se respeite a meta dos 2% da NATO"... "respeite"?! ... é uma meta subjectiva, um meta obtusa, ... que é questionada o seu valor pragmático real...que pode nada significar, em termos de "capacidade operacional" porque depende da boa ou má gestão militar de fundos e organicas de orgãos governamentais ... a eficácia pode ser muito variável... em minha opinião objectivamente, temos uma má gestão militar, que devemos melhorar, não é aumentar os fundos pelo contrário é cortar nos despedicios e reformar o que há a reformar/reformular.
Sim é subjectiva, mas serve de meta para que os membros da Aliança tenham um mínimo de capacidade militar. Muitos países nem precisam de atingir essa meta para ter forças armadas decentes. Em Portugal o problema é a vários níveis. "Ah é da gestão militar", errado, ou pelo menos não totalmente certo. Se ~3800 milhões/ano parece muito dinheiro (e de facto é, dava para muita coisa), este é um valor que não se aplica, já que uma boa percentagem vai para as tais "rendas" que apenas servem para inflacionar os gastos da defesa. Depois claro, há os tais problemas do excesso de quartéis e de oficiais. Se se gastassem realmente os 3800 milhões na defesa sem a invenção das rendas, nem custos com pessoal de altos cargos que fazem zero e sem as quintinhas por aí espalhadas, sim, dava para muita coisa, e nem precisávamos da meta dos 2%.