Rangers, Comandos, Paras, etc

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TOMKAT

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« Responder #135 em: Junho 09, 2007, 12:47:12 am »
A notícia talvez devesse ir para o tópico dos documentários, mas para não abrir um novo tópico, e por aqui se discutem Comandos,... e etc....

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Primeiro documentário sobre os Comandos lançado sexta-feira  
Filme aborda formação, métodos de intervenção e treino militar  
Data: 07-06-2007  

A Associação de Comandos lança um documentário sob o tema "Comandos - Um Contributo para a História" na sexta-feira, no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa, afirmou à Lusa o autor, Carlos Santos.

O documentário aborda desde a formação dos Comandos, em 1962, como agem em operações, treino militar, métodos de intervenção, intervenções em Luanda, Namaacha, Montepuez e Brá, até agora.

Este filme inclui depoimentos de altas patentes militares que prestaram serviço nesta "Força de Elite do Exército Português", como os tenentes-generais Almeida Bruno e Júlio Oliveira e o coronel Jaime Neves, afirmou à agência Lusa o jornalista e repórter de imagem Carlos Santos.

Trata-se do "primeiro vídeo sobre qualquer unidade militar numa linguagem e ritmo de televisão", segundo o autor, que referiu que "ter sido comando foi um dos principais factores que o levaram a materializar este documento".

Para o ex-comando José Gomes, que prestou serviço em Angola nos anos 70, este filme "retrata bem o que são os Comandos, serve para recordar os velhos tempos de tropa e para que se perceba o lema Mama Sumae - Aqui Estamos Prontos Para o Sacrifício!".

Este vídeo tem a duração de 100 minutos, com imagens seleccionadas nos arquivos da antiga Rádiotelevisão Portuguesa (RTP), Sociedade Independente de Comunicação (SIC) e Exército Português durante três anos, e será distribuído em formato DVD.

Os Comandos nasceram no Exército Português como forças especiais de contraguerrilha, correspondendo a sua criação à necessidade de o Exército dispor de unidades especialmente adaptadas ao tipo de guerra que, em 1961, começou em Angola e que, depois, se estendeu à Guiné e a Moçambique.

Esta tropa de elite tem capacidade para operar em qualquer ponto do globo, foi especialmente concebida para operar enquanto tropa irregular e infantaria de assalto, possuindo particular preparação na técnica de combate.

Lusa
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Duarte

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« Responder #136 em: Junho 09, 2007, 01:37:38 am »
Onde poderei comprar este DVD?
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
Trump é o novo Neville Chamberlain, mas com o intelecto de quem não conseguiu completar a 4a classe.
 

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Lancero

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« Responder #137 em: Junho 09, 2007, 10:55:30 am »
Na Associação (não sei se vendem online pelo site, mas mandando-lhes um mail talvez se arranje). 15 aérios.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #138 em: Junho 09, 2007, 11:02:33 am »
Não me parece nenhum exagero!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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jmg

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« Responder #139 em: Junho 09, 2007, 03:22:39 pm »
olá a todos
voltando ao assunto de snipers, quero dizer que li muitas intervenções interessantes, e que nem todos estão errados.
Porque não num primeiro tempo tentar diferenciar o sniper com missão e metodos de actuação próprios, dos atiradores com algumas potencialidades melhoradas que se podem tornar uteis na actuação de tropas regulares. É verdade que em França por exemplo os snipers são distribuídos pelas secções de atiradores. Mas em Portugal as coisas não eram diferentes. Sem existir a figura de sniper havia no entanto o atirador bipé. (1 SEC AT : 1CMDT SEC, 2CMDT´S ESQ, 4 ATIRADORES, 2 AT GRANADEIROS e 2 AT BIPÉ). Ou seja a valência de poder abater um alvo a uma distancia superior ao alcance prático da G3 estava comtemplada com estes atiradores seleccionados durante a instrução, como sendo os melhores atiradores. Eram lhes distribuídos bipés e miras telescópicas Hensoldt.
Defendo assim que a existência de atiradores com capacidades e meios superiores deve existir no meio das forças convencionais, sem no entanto ser necessária a realização de cursos de operações especiais ou de sniper.
porque não o curso elementar de sniper?
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

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zecouves

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« Responder #140 em: Junho 09, 2007, 06:21:57 pm »
Citação de: "jmg"
olá a todos
voltando ao assunto de snipers, quero dizer que li muitas intervenções interessantes, e que nem todos estão errados.
Porque não num primeiro tempo tentar diferenciar o sniper com missão e metodos de actuação próprios, dos atiradores com algumas potencialidades melhoradas que se podem tornar uteis na actuação de tropas regulares. É verdade que em França por exemplo os snipers são distribuídos pelas secções de atiradores. Mas em Portugal as coisas não eram diferentes. Sem existir a figura de sniper havia no entanto o atirador bipé. (1 SEC AT : 1CMDT SEC, 2CMDT´S ESQ, 4 ATIRADORES, 2 AT GRANADEIROS e 2 AT BIPÉ). Ou seja a valência de poder abater um alvo a uma distancia superior ao alcance prático da G3 estava comtemplada com estes atiradores seleccionados durante a instrução, como sendo os melhores atiradores. Eram lhes distribuídos bipés e miras telescópicas Hensoldt.
Defendo assim que a existência de atiradores com capacidades e meios superiores deve existir no meio das forças convencionais, sem no entanto ser necessária a realização de cursos de operações especiais ou de sniper.
porque não o curso elementar de sniper?


O que é para ti um curso elementar de Sniper e em que pode diferir de um curso de Sniper?
 

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jmg

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« Responder #141 em: Junho 09, 2007, 07:10:26 pm »
Por curso elementar refiro-me ao que se poderia assimilar a um curso de tiro avançado, onde o instruendo aprenderia a tirar o máximo rendimento de uma arma que não poderia ser a tradicional espingarda automática, mas sim uma arma preparada para tiro acima dos 400m.
A doutrina de emprego de equipas sniper ( o sniper não trabalha sozinho) requer que o curso para além da tecnica de tiro, também aborde tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais. Penso que para os atiradores "especiais" distribuídos pelas secções de atiradores, PEL REC, etc, não existe essa necessidade, e que o curso deveria incidir unicamente sobre a tecnica de tiro.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
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zecouves

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« Responder #142 em: Junho 09, 2007, 09:49:34 pm »
Citação de: "jmg"
Por curso elementar refiro-me ao que se poderia assimilar a um curso de tiro avançado, onde o instruendo aprenderia a tirar o máximo rendimento de uma arma que não poderia ser a tradicional espingarda automática, mas sim uma arma preparada para tiro acima dos 400m.
A doutrina de emprego de equipas sniper ( o sniper não trabalha sozinho) requer que o curso para além da tecnica de tiro, também aborde tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais. Penso que para os atiradores "especiais" distribuídos pelas secções de atiradores, PEL REC, etc, não existe essa necessidade, e que o curso deveria incidir unicamente sobre a tecnica de tiro.


Não quero parecer chato, mas o que entendes por tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais que, deduzo do teu post, não são necessárias ser ministradas num curso de, segundo as tuas palavras, tiro avançado? Quais são e porque não são necessárias nesse curso de tiro avançado?
 

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jmg

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« Responder #143 em: Junho 10, 2007, 10:31:08 am »
Meu caro Zecouves não és nada chato, talvez seja eu que não me consiga explicar correctamente. Não sei de memória qual a carga horária do curso de sniper ministrado em Lamego, mas prometo informar-me junto dos camaradas e responder mais adequadamente. No entanto posso adiantar que o curso tem uma duração de 14 semanas e habilita os instruendo a tirar o máximo rendimento da espingarda 7,62 mm L96 Accuracy e MacMilan 12,7 mm para destruição de alvos blindados a grande distância. O que eu quero dizer é que por exemplo esta ultima valência não me parece necessária para os atiradores distribuídos pelas forças convencionais. Prometo completar a minha resposta mal tenha mais dados. Aproveito para realçar a minha ideia de que são necessários atiradores com capacidades acrescidas disseminados pelos vários tipos de contingente sem no entanto ser necessário uma formação tão específica como aquela ministrada no curso de sniper.
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LM

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« Responder #144 em: Junho 10, 2007, 01:08:00 pm »
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Mas em Portugal as coisas não eram diferentes. Sem existir a figura de sniper havia no entanto o atirador bipé. (1 SEC AT : 1CMDT SEC, 2CMDT´S ESQ, 4 ATIRADORES, 2 AT GRANADEIROS e 2 AT BIPÉ). Ou seja a valência de poder abater um alvo a uma distancia superior ao alcance prático da G3 estava comtemplada com estes atiradores seleccionados durante a instrução, como sendo os melhores atiradores. Eram lhes distribuídos bipés e miras telescópicas Hensoldt.

Está a referir-se à Guerra Colonial ou em tempos mais recentes? Em todas as unidades de infantaria?

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Aproveito para realçar a minha ideia de que são necessários atiradores com capacidades acrescidas disseminados pelos vários tipos de contingente sem no entanto ser necessário uma formação tão específica como aquela ministrada no curso de sniper.


O "Atirador Designado"?
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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jmg

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« Responder #145 em: Junho 10, 2007, 01:50:57 pm »
Sim LM esse link por ti colocado explica o que eu acho que seria benéfico nas nossas secções de atiradores (atirador designado).
Quanto a constituição da secção de atiradores não é necessário recuar até ao tempo da guerra colonial, visto que foi esta que me foi transmitida em táctica de infantaria até 1999, data em que me afastei da arma de Infantaria.
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Jorge Pereira

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« Responder #146 em: Junho 11, 2007, 01:46:48 am »
Citação de: "zecouves"
Citação de: "jmg"
Por curso elementar refiro-me ao que se poderia assimilar a um curso de tiro avançado, onde o instruendo aprenderia a tirar o máximo rendimento de uma arma que não poderia ser a tradicional espingarda automática, mas sim uma arma preparada para tiro acima dos 400m.
A doutrina de emprego de equipas sniper ( o sniper não trabalha sozinho) requer que o curso para além da tecnica de tiro, também aborde tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais. Penso que para os atiradores "especiais" distribuídos pelas secções de atiradores, PEL REC, etc, não existe essa necessidade, e que o curso deveria incidir unicamente sobre a tecnica de tiro.

Não quero parecer chato, mas o que entendes por tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais que, deduzo do teu post, não são necessárias ser ministradas num curso de, segundo as tuas palavras, tiro avançado? Quais são e porque não são necessárias nesse curso de tiro avançado?


Penso que o que o jmg propõe e com o qual eu também concordo, é basicamente um curso “simplificado” em que técnicas fundamentais para um sniper de uma unidade de OE, tais como a furtividade, camuflagem, autonomia, não seriam abordadas, ou se o fossem, não o seriam de uma forma muito extensa, dado estas não serem muito importantes se tivermos em consideração que esses atiradores “especiais” estariam inseridos em unidades com doutrinas que nada têm a ver com as das unidades de OE, e onde o factor relevante seria neste caso “só” a capacidade exímia de atingir os alvos.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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zecouves

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« Responder #147 em: Junho 11, 2007, 02:10:01 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citação de: "zecouves"
Citação de: "jmg"
Por curso elementar refiro-me ao que se poderia assimilar a um curso de tiro avançado, onde o instruendo aprenderia a tirar o máximo rendimento de uma arma que não poderia ser a tradicional espingarda automática, mas sim uma arma preparada para tiro acima dos 400m.
A doutrina de emprego de equipas sniper ( o sniper não trabalha sozinho) requer que o curso para além da tecnica de tiro, também aborde tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais. Penso que para os atiradores "especiais" distribuídos pelas secções de atiradores, PEL REC, etc, não existe essa necessidade, e que o curso deveria incidir unicamente sobre a tecnica de tiro.

Não quero parecer chato, mas o que entendes por tecnicas específicas similares ao emprego de forças especiais que, deduzo do teu post, não são necessárias ser ministradas num curso de, segundo as tuas palavras, tiro avançado? Quais são e porque não são necessárias nesse curso de tiro avançado?

Penso que o que o jmg propõe e com o qual eu também concordo, é basicamente um curso “simplificado” em que técnicas fundamentais para um sniper de uma unidade de OE, tais como a furtividade, camuflagem, autonomia, não seriam abordadas, ou se o fossem, não o seriam de uma forma muito extensa, dado estas não serem muito importantes se tivermos em consideração que esses atiradores “especiais” estariam inseridos em unidades com doutrinas que nada têm a ver com as das unidades de OE, e onde o factor relevante seria neste caso “só” a capacidade exímia de atingir os alvos.


Postei sobre este assunto em http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... 8631#78631
 

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ricardonunes

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« Responder #148 em: Junho 11, 2007, 10:59:26 pm »
Potius mori quam foedari
 

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Lancero

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« Responder #149 em: Junho 12, 2007, 10:33:11 pm »
Ainda sobre o DVD:


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Título - COMANDOS UM CONTRIBUTO PARA A HISTÓRIA

Edição: Associação de Comandos

 
1º. Capítulo - Angola

2º. Capitulo - Guiné

3º. Capítulo - Moçambique

4°. Capítulo - Lamego - 25 de Novembro de 1975

5º. Capitulo - Condecorações e Regimento de Comandos

6°. Capítulo - Cooperação Técnico-Militar e Missões


Porque nada mais os move que não seja o Serviço de Portugal, os Comandos são uma comunidade de Serviço e Sacrifício, Dedicação e Entrega. Os laços criados em serviço e os Valores reclamados pelas acções em que se envolveram garantem - para além da pluralidade das opções individuais - a unidade que se forja na camaradagem e nos sacrifícios que foram vencidos em todas as horas de combate.

Nascidos em 1962 em Zemba e na Quibala, continuaram em Luanda, Namaacha Montepuez, Brá, Lamego, Amadora , Carregueira e agora em Mafra.

Este é um documento que pelas imagens e pelos depoimentos recolhidos, fala dos Comandos e da sua História: de como se formam e como agem; do caminho percorrido desde a sua fundação até aos dias de hoje - de África ao 25 de Novembro, de Timor-Leste ao Afeganistão. E dos seus Heróis.

Um documento imprescindível para saber o que é esta força de elite do Exército Português.


"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito