O objetivo principal será sempre o de comparar as versões mais parecidas e comuns, tendo sempre em consideração que JLTV não é uma viatura, é um conceito, produzido por várias empresas diferentes.
A questão, quando falamos no Pandur-II e ao mesmo tempo na colocação de armamentos em cima do que na prática é um SUV é que estamos a considerar cometer um erro tradicional, cometido ao longo dos anos, desde que os cavalos começaram a ser substituidos por viaturas a motor.
É a ideia de que se pode carregar uma viatura de qualquer maneira, e colocar-lha mais e mais tralha em cima, até não dar mais.
Temos em consideração as diferenças entre ter uma torre com perfuração numa Pandur-II e uma torre de operação remota, mas não estamos a considerar quantas pessoas vão dentro de um SUV blindado, onde foi instalada uma arma mesmo que remota.
Não há absolutamente nenhuma comparação possível entre uma arma colocada no tejadilho de um SUV, com uma arma identica, colocada dentro de uma viatura que transporta vários militares.
A somar a isto, há vários governos, especialmente na Europa que estão a optar por encomendar este tipo de viaturas, porque em muitos casos partem de uma base civil ou utilizam grande número de componentes fabricados pela industria automovel civil. Isto reduz o custo e permite colocar uma arma em cima do tejadilho.
Mas isto não é solução para coisa nenhuma. O pessoal gosta de ver, tira fotografias, aquilo fica com um aspecto guerreiro todo pintadinho de verde azeitona ... A Russia está lixada de certeza...
Depois vêm as perguntas...
Qual o conceito, qual a doutrina, e como é que vão ser constituidas as unidades, porque não se pode substituir uma viatura que transporta sete militares, com outra que, quando com uma arma de operação remota fica limitada a condutor e operador do sistema de armas.
E por amor da Santa, não me venham dizer que é possível meter lá mais gente, porque os portugueses são mais pequeninos ...
Mesmo numa Pandur-II, a quantidade de tropas que aquilo pode em teoria transportar, não deixa espaço para nada, a viatura torna-se claustrofóbica e desconfortável ao fim de meia hora de viagem.
E aí, é verdade, o pessoal prefere os ST5, porque pelo menos tem janela.