Substituição da G3

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Pedro Monteiro

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Re: Substituição da G3
« Responder #2970 em: Abril 01, 2024, 12:01:47 am »
Para todos os interessados em armamento ligeiro das Forças Armadas, nomeadamente a FN SCAR e a HK G3, temos grandes novidades!...

Depois do nosso livro de 2018 sobre os grandes veículos militares nacionais, chegou a hora dum novo livro sobre a "G3: A Grande Arma Nacional" - e que vamos lançar este ano.
São muitas das fotos e histórias que fazem parte do nosso livro sobre a história do fabrico e uso da mítica G3. Pode garantir já, com desconto, o seu exemplar desta edição e numerada através da campanha de crowdfuding, que tem aliás várias formas de pagamento incluindo multibanco: https://ppl.pt/g3

Ajudem-nos a partilhar este projeto! Um grande bem haja!
 
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Drecas

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Re: Substituição da G3
« Responder #2971 em: Setembro 04, 2024, 02:21:27 pm »
 
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Pescador

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Re: Substituição da G3
« Responder #2972 em: Setembro 04, 2024, 03:20:03 pm »


Chamem-me romântico, mas como eu recebi instrução para utilizar uma G3, até gostei da arma, quando em comparação com as outras coisas que nos davam para treinar.
Eu também só recebi treino além da G3 com duas pistolas metralhadoras, uma delas a FBP, que na altura já era apenas mostrada e ainda sou do tempo da pistola Walther.

O problema, como o vejo, nem sequer é uma arma para substituir a G3, é o abandono completo do calibre 7,62x51. Creio que muita gente, não entende a diferença entre um 5,56x45 atual e o 7,62x51 da G3.

Eu naturalmente não estive em África, mas tenho que ter por bom o que as pessoas que estiveram por exemplo na operação Nó Gordio em Moçambique, me contavam.

O que mais impressionava os soldados portugueses quando receberam a G3, é que as armas de fabrico russo, tinham munição que muitas vezes ressaltava nos ramos das árvores e na vegetação.
Se os nossos soldados fossem atacados por AK-47 ou então por aquilo que eles chamavam costureirinha, que era uma PPS (se não me engano) até a vegetação mais densa poderia servir de proteção.

Ainda que normalmente as forças inimigas não efetuassem ataques diretos e as emboscadas não eram comuns. O problema eram sempre as minas e pontos onde pudessem existir atiradores escondidos.

O que saltava à vista, é que a G3 não tinha esse tipo de problema e rapidamente o outro lado começou a perceber isso. O poder de fogo da munição e a precisão da arma, faziam com que ninguém se pudesse ocultar na vegetação, porque não adiantava de nada.

Eu também posso afirmar que não há comparação entre uma G3 nova e uma G3 batida e antiga. Tive a sorte de na minha recruta, receber uma G3 novinha em folha. Ainda cheirava a plástico em vez de cheirar a óleo.

A NATO substituiu a munição 7,62 pela 5,56 com base numa idea: Ferir o inimigo em vez de o matar, porque um soldado ferido vai obrigar à evacuação e vai ocupar mais inimigos que um soldado morto.

Olhando para o que se passa na Ucrânia, estou infelizmente convencido de que armas de calibre mais pesado, fazem mais sentido, já que os russos abandonam os seus próprios feridos para morrer.

É inegável o poder do 7,62x51. Mas a questão passava pelo recuo e pela quantidade de munição disponível por atirador.
A G3 com a energia do seu calibre fura bem melhor certos objetos como viaturas ao contrário do 5,56 ou mesmo o 7,62x39. Vi em Angola um carro ligeiro atingido com um tiro de 7,62x39 em que o projetil depois de furar o porta bagagens partiu-se e ficaram depositados os bocadinho no fundo. Friso que atingiu as tiras de reforço da chapa da porta.
Também o impacto num colete é muito diferente.
Não é por acaso que aparece o 6,5mm a tentar criar um equilíbrio
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Substituição da G3
« Responder #2973 em: Setembro 05, 2024, 12:11:13 pm »
Todas as secções de atiradores têm um Atirador Especial armado com uma FN SCAR H (7,62x51mm), como tal não houve o abandono total do dito calibre.

Há vantagens e desvantagens no uso generalizado de espingardas automáticas em 5,56mm e nenhuma passa por uma FN SCAR L (5,56mm)  ferir enquanto uma FN SCAR H matar.

Matar ou ferir fazem as duas!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Pedro Monteiro

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Re: Substituição da G3 Novo
« Responder #2974 em: Dezembro 07, 2024, 02:49:18 am »
A história da mítica espingarda automática G3 no jornal Público, a propósito do lançamento do novo livro "G3 - A Grande Arma Nacional":
https://www.publico.pt/2024/12/05/sociedade/noticia/namorada-africa-fez-25-abril-saudosa-g3-simbolo-nacional-2114640

Para quem esteja interessado, o livro pode ser comprado através da editora: livroscontraacorrente@gmail.com

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
« Última modificação: Dezembro 07, 2024, 03:10:50 am por Pedro Monteiro »
 
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