Ninguém tem coragem para falar na África do Sul ?Se o anti-racismo de certa esquerda não fosse tão oco e oportunista como a falsa adesão de alguma direita ao interesse nacional, já ambos estariam, por esta hora, de olhos postos na África do Sul.
Ali, onde vivem trezentos mil portugueses, onda de inveja manipulada contra europeus, indianos e muçulmanos resultou numa maré de pogroms que estilhaça vidas e negócios.
A situação é grave.
Ninguém se espantaria se, perante a destruição da nação "arco-íris" pelo discurso das reparações históricas e de um anti-colonialismo fora de data, aquela que é ainda a mais próspera economia africana viesse a acabar como o Zimbabué, Angola e Moçambique, entre a submersão na miséria e a fuga desesperada das suas populações mais preparadas e dinâmicas.
As violências perpetradas contra minorias na África do Sul têm uma cara e um nome: Julius Malema, chefe dos Economic Freedom Fighters.
Cisão do ANC, partido do governo, Malema pede a expulsão das comunidades minoritárias e a distribuição da sua propriedade.
É, de facto, um nazi alinhado com a elite bem-pensante, cujo detestável discurso só não colhe condenação por encontrar o Ocidente alienado e prostrado perante a esquerda académica do wokeismo.
O ANC pouco faz para repor a paz: enterrado por escândalos de corrupção e pela crise económica, convém-lhe a distração do caos que Malema alimenta.
Poderia Portugal fazer algo? Poderia, se ainda tivesse diplomacia.
Na Portugalidade e na União Europeia, propondo sanções económicas à África do Sul enquanto o governo local insistir em fazer do ódio às minorias uma carta admissível do jogo político.
E bem ganharíamos - logo nós, disso tão necessitados - criando condições para que sul-africanos portugueses, boeres - com quem Portugal mantém relação de amizade desde as guerras boeres do século XIX - e de outras minorias ameaçadas possam com facilidade estabelecer-se em Portugal, onde ofereceriam relevante contributo ao reavivamento económico e demográfico.
Permissão e incentivo à imigração destas comunidades laboriosas e pacíficas, verdadeiros construtores do progresso por onde quer que passem, seriam a coisa a fazer, tão moral quanto obediente ao interesse português.
Eis o que se impõe, pois um país que nada faz enquanto sofrem filhos e amigos seus é um país morto no espírito, e indigno do nome.
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