A ideia com que fico é que à falta de orçamento, a Marinha, neste caso o Alm. Gouveia e Melo, pode estar a tentar adquirir um "mini" NPL com dinheiros da UE (de borla).
Acho que essa foi a ideia que passou desde o início, quando se começou a falar do PNM ter capacidades logísticas, hangar, poder receber o Merlin, etc.
No papel, até seria boa ideia, se fosse exequível tal navio com apenas 100 milhões de euros financiados. A realidade é que ter um navio daqueles, por 100 milhões, era praticamente impossível, quando vemos um simples LPD, a preços pré-Covid e pré-guerra, já na casa dos 300 milhões.
Por outro lado, apesar disto do PNM com capacidades paralelas (mas em menor escala) às de um LPD, as cabecinhas ainda continuam a falar num JSS (na prática um LPD+AOR) e ainda uns 5 Crossover. É como se, de um dia para o outro, tudo na Marinha tinha de ser logístico de alguma forma.
Com isto tudo, no fim, não vamos ter nem o hidrográfico financiado, nem nada, porque se quis dar um passo maior que a perna. Vamos acabar por ter que aguentar com 4 hidrográficos sem substituto, que por si só, têm a sua cota-parte no orçamento de manutenção, sendo que um único navio, tornaria as coisas muito mais eficientes.
De destacar também a última frase da citação postada pelo PTWolf, em que, na prática, fala das capacidades militares do navio ("defesa próxima robusta"). Isto não é característico de um navio civil, nem de um hidrográfico. E é assim que começa a confusão desde navio ser algum tipo de navio de guerra.