Estava aqui uma mensagem privada a bater-me na tola e pensei que raio disse eu, porque não sei a que se refere?



?
Andei aqui no forum a vasculhar temáticas e, de repente fico com a impressão que houve alguém que confundiu sátira a acontecimentos que até presenciei, com opinião de assuntos. E que possa ter sido aqui sobre o assunto no Congo. Aliás já o tinha comentado ha um ano atrás.
O exmo Corpo de Fuzileiros, de quem tenho grandes amigos, merece toda a consideração e respeito. Nem está em causa as suas capacidades e menos ainda questionada a necessidade da sua existência.
A questão dos mega transporte é outra. Tem a ver com Politica. Porque politicamente falando, somos uns vassalos. Quem não viu eu vi, dobrarem o lombo e quase darem o rabinho.
Por isso, nenhuma intervenção nos palop seria contra a vontade dos governos locais e, disso existem exemplos
Outras intervenções de força em locais não palop, precisaríamos de forças militares que não temos. Não confundir com meter forças destacadas no RCA com acordo do governo e a representar a ONU.
Estamos a falar de governos, sejam os de origem ou derivado de golpe de Estado formados por opositores e rebeldes, com forças de milhares de homens e que, embora não sejam forças sofisticadas, tem muito material militar capaz de fazer muitos danos e impedir muita coisa. E aliás também nós não temos forças armadas sofisticadas. Veja-se o triste exemplo do equipamento dos Fuzileiros, logo para começar.
Por isso, qualquer acção nesses países seria com outros países que ali também tem interesses. Como a França. Falamos numa intervenção aberta
Quando os paraquedistas Franceses entraram no Congo no inicio de anos 90 foram de mega navio? Não. E depois de serem recebidos a tiro, foi lá a Legião de mega navio? Não.
Claro que existe logo a ideia de potencia militar por de trás dessas intervenções, que impede muita coisa. O mesmo com os américas com uma Embaixada ao lado da nossa. No nosso caso não temos relevância como potencia.
Não vou entrar em "filmes" de estratégias e desembarques de forças motorizadas pesadas ou médias, que me ultrapassa, nem acho que vem ao caso nestas situações. Em principio.
Mas vendo as coisa no presente e futuro previsível, quantos portugueses estão no Congo? Eram poucas centenas no finais dos anos 90 e não aumentaram, só diminuíram.
No momento mais quente lá, muitos foram recolhidos para a Embaixada e para a Escola Portuguesa, muitos outros estavam bem longe dos acontecimentos da capital e arredores.
E os portugueses nos palop quais os riscos que correm? Portugueses com dupla nacionalidades há muito tempo na sua grande maioria.
E voltando a vaca fria, nos palop como ia correr politicamente esse assunto de uma intervenção de força?
E por onde andam esses portugueses espalhados?
Enfim
Esses Crossover com lanchas não serviriam para apoiar alguma situação pontual em que alguns quisessem abandonar o território?? Ou outro apoio
Os nossos Fuzileiros não estariam bem servidos com esses navios e as suas capacidades de projectar forças, valorizando a papel deles?
Isto para dizer, é opinião e nada vale, que tendo em conta a miséria que se passa e as necessidades mais urgentes...........não vejo ter um "mega parado navio" e faltar tudo o mais. Só isso
Também têm sido apresentadas outras opções mais minimalistas de desembarque, mas tudo terá a sua limitação e inconveniência.