U209PN

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P44

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« Responder #15 em: Junho 15, 2004, 03:04:22 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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NVF

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« Responder #16 em: Junho 15, 2004, 03:21:24 pm »
Caro Guilherme, penso que a autonomia total de 50 dias se refere não só à quantidade de combustível mas também à quantidade de mantimentos para alimentar a tripulação. Os submarios nucleares, por exemplo, costumam ter uma autonomia de 90 dias, porque este é o limite para a quantidade de alimentos que podem transportar — a de combustível é de cerca de 20 anos!

Mas a questão colocada parece-me que ainda não foi respondida. Aliás não me parece que um submarino convencional sem AIP possa estar 50 dias submerso.
« Última modificação: Junho 16, 2004, 04:47:04 pm por NVF »
Talent de ne rien faire
 

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Guilherme

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« Responder #17 em: Junho 15, 2004, 04:23:39 pm »
Citação de: "NVF"
Mas a questão colocada não parece-me que ainda não foi respondida. Aliás não me parece que um submarino convencional sem AIP possa estar 50 dias submerso.


Também não entendi os 50 dias de autonomia, citados no texto. Fogem do padrão que se esperaria, de acordo com os outros dados apresentados.

Vou perguntar ao pessoal do Arsenal da Marinha.
 

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jango

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U209PN /U214
« Responder #18 em: Junho 15, 2004, 10:57:09 pm »
É sabido que os novos submarinos portugueses virão equipados com os misseis Sub-Harpoon que podem ser utilizados contra alvos em terra. Alguém sabe se estes misseis já alguma vez foram utilizados em situações reais de conflito nestas condições, ou seja, contra alvos em terra ?
 

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Fábio G.

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« Responder #19 em: Junho 30, 2004, 12:45:26 pm »
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Marinha Portuguesa escolhe armamento para os submarinos
A escolha de que tipo de torpedos irá armar os dois submarinos U209PN adquiridos por Portugal ao German Submarine Consortium recaiu sobre o torpedo antinavio Atlas Elektronik GmbH DM2A4. A Marinha Portuguesa demostrou vontade de adoptar para os dois submarinos um sistema lança-mísseis, sem no entanto afirmar se os U209PN irão de facto dispôr desta capacidade. Se isso vier a acontecer, a escolha será feita entre o MBDA Exocet Block 3 e o Boeing Company Harpoon Block 2, ambos de última geração.

Victor Manuel Saraiva Barreira
seguranca & defesa


Bom torpedos já temos só espero que se decidam a comprar os misseis.
 

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JLRC

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« Responder #20 em: Junho 30, 2004, 01:35:04 pm »
Citação de: "Guilherme"

Também não entendi os 50 dias de autonomia, citados no texto. Fogem do padrão que se esperaria, de acordo com os outros dados apresentados.


A autonomia refere-se aos dias que o navio, neste caso o submarino, pode estar sem necessidade de ser reabastecido de víveres.
A distância a percorrer sem necessidade de reabastecimento de combustível é o raio de acção e mede-se em milhas náuticas/nós.
"Autonomia: 8.200 milhas ou 12.000(com os tanques de lastro cheios de combustível) a 08 nós. Em mergulho 50 milhas a 16 nós ou 400 milhas a 04 nós, e autonomia de 50 dias mar" .
Interpretando o que acima está escrito deprende-se que o submarino, à velocidade de 8 nós, pode percorrer 8.200 milhas em 50 dias no máximo e a navegar à superfície ou com o snorkel, para poder navegar com os diesel. Mergulhado, usando portanto as baterias, navega 50 milhas náuticas à velocidade de 16 ou 400 milhas náuticas à velocidade de 4 nós. Findo este periodo, tem de vir à superfície ou mergulhado mas com o snorkel a funcionar, ligar os diesel e carregar as baterias. Seja qual for o modo de navegação, só pode navegar 50 dias porque não tem víveres para mais dias.
O snorkel é um tubo que o submarino mergulhado põe fora de água para poder funcionar com os diesel. Serve para recolher oxigénio para a combustão e sobretudo para exaustão dos gases de escape. Como é fácil de se ver, o submarino para navegar com o snorkel não pode mergulhar muito, é quase como navegar à profundidade de periscópio.
Espero que tenha sido claro e me tenha explicado bem.
Cumprimentos
JLRC

Cumprimentos
 

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FinkenHeinle

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« Responder #21 em: Junho 30, 2004, 10:01:40 pm »
Citação de: "Fábio G."
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Marinha Portuguesa escolhe armamento para os submarinos
A escolha de que tipo de torpedos irá armar os dois submarinos U209PN adquiridos por Portugal ao German Submarine Consortium recaiu sobre o torpedo antinavio Atlas Elektronik GmbH DM2A4. A Marinha Portuguesa demostrou vontade de adoptar para os dois submarinos um sistema lança-mísseis, sem no entanto afirmar se os U209PN irão de facto dispôr desta capacidade. Se isso vier a acontecer, a escolha será feita entre o MBDA Exocet Block 3 e o Boeing Company Harpoon Block 2, ambos de última geração.

Victor Manuel Saraiva Barreira
seguranca & defesa

Bom torpedos já temos só espero que se decidam a comprar os misseis.


Alguém conhece as características técnicas e desempenho desse torpedo???

É possível fazer uma comparação com o Torp. 2000, que será fabricado no Brasil, e equipará os subs brasileiros???
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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lf2a

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« Responder #22 em: Julho 02, 2004, 11:10:39 am »
FinkenHeinle:
A única informação de que disponho deste tipo de torpedo é a seguinte:

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53.3 cm (21") DM2A3 and DM2A4 Seehecht (Seahake)

Ship Class Used On: Surface ships and Submarines
Date Of Design: 1985
Date In Service: 1987/ 1999 for DM2 A-4
Weight: 3,020 lbs. (1,370 kg)
Overall Length: 259.8 in. (6.600 m)
Explosive Charge: 573 lbs. (260 kg)
Range / Speed: DM2 A-3: 22,000 yards (20,000 m) / 35 knots
Also a lower speed setting for increased range.
DM2 A-4: 55,000 yards (~50,000 m)/ 50 knots maximum speed, different speed settings
Power: Silver-zinc battery on contrarotating skew-back props
Notes:  Wire-guided anti-ship and anti submarine torpedo.  Has passive homing capability.  This torpedo was a joint AEG/Elsag program to upgrade existing Seal/Seeschlange torpedoes.  The seekers were upgraded first (DM2 A-3) then the propulsion plant (DM2 A-4).  The seeker is a modern conformal array offering improved detection range, wider angle of view, better  target recognition and resistance to countermeasures.  DM2 A-3 also uses a fibre-optic-wire for telecontrol and data transmission.  Both torpedoes are very well suited for shallow water operations under the usually adverse sonar conditions in the Baltic sea due to different salt concentrations and water temperatures.
In Germany this torpedo entered service with the Type 206A submarines in the DM2 A-3 version.  The DM2 A-4 version is planned for the for future Type 212 air-independent submarines that are expected to enter service in the year 2000, after long delays caused by budget cuts after the end of the cold war and the German reunification.

The DM2 A-3 version is also used by the Norwegian Ula class (German Type 210 subs) with an option for a later upgrade).  The Italian Type 212 B submarines use the DM2 A-4 version. The Israeli Dolphin-class (German Type S-300) are also being equipped with the DM2 A-4 Torpedo.

The DM2 A-4 export version for non-NATO countries is named "Seahake" and is supposed to be offered with the export submarines of the Type 209-1500 and the new Type 214.
 


Espero que ajude! :wink:

Cmpts,
LF2A
 

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Spectral

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« Responder #23 em: Outubro 07, 2004, 04:34:19 pm »
Informação mais detalhada sobre os DM2A4:

The DM2A4
Upgrade provides 'mix-and-match' torpedo

Radical changes in the configuration of the STN Atlas DM2 (Deutsches Modell 2) -- export name: Seehecht (Seahake) -- torpedo family are now being offered as a further upgrade for this weapon or as a new-build weapon, writes E R Hooton. The DM 2A1 entered service in 1976 and, since 1980, STN Atlas has continually upgraded the design, exporting versions that retain the overall capability but lack certain sensitive features. The current production version for the German Navy and NATO is DM2A3.

The latest version, DM2A4 -- export designation Seahake Mod 4 -- has been developed specifically for the German Navy's Type 212 submarine programme and will enter service in about 2003. This retains the electrical propulsion of its predecessor, using new silver-zinc batteries with disc-shaped cells. These power a new 300kW high-frequency, permanent-magnet, synchronised motor with seven-phase stator and planetary gear. The motor has step-less speed changes and is more than 90% efficient. There is also a new fin and rudder design.

The propulsion system is the key to the radical change planned for the DM2A4. In its standard configuration (length 6.6m), the weapon will have four batteries to achieve its maximum range of more than 27nm (50km) and a speed of some 50kt.

There are four other variants, ranging in length from 5.9m down to 4.5m, but with fewer batteries. The M (Medium) version will have three batteries, giving a range of about 21nm (40km); the S (Short) two-battery version will have a range of about 16nm (30km); plus two single-battery versions. Of the latter, the VS (Very Short) version will have a range of about 10nm (17.5km). The maximum speeds of these weapons will range from 90% to 35% of the standard configuration weapon.

On the DM2A4, the mechanical swivelling transducer array is replaced by a conformal sensor, with 38 staves (152 transducers) which produces pre-formed, wide-angle beams. Export weapons will have full digital-signal processing but German Navy weapons, which will be upgraded from the DM2A3, and will retain some analogue features. A fibre-optic wire with two-way communication will complete the guidance system.

The weapon retains the 250kg hexagon/RDT/aluminium high-explosive warhead (equivalent to 460kg of TNT) with magnetic influence and contact fuzes, but with a wake sensor added to improve torpedo counter-countermeasures capabilities.

The most unusual version of the DM2A4 is derived from the VS but with a wake-homing sensor. This weapon is designed specifically for use against merchant ships and is one of a package of DM2A4s sold to an unidentified NATO country.

Growth potential has been built-in to the design with two stages scheduled by 2010 and another in the following decade, the latter as DM2A5 (Seahake Mod 5 for export). Plans also exist for a full-length Autonomous Underwater Vehicle version with a single battery (range up to 54nm [100km]) for use as an exercise target, for minefield reconnaissance and neutralisation using the Seafox system.

From Jane's.

-end
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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ALX

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« Responder #24 em: Outubro 08, 2004, 01:45:21 am »
Citação de: "FinkenHeinle"
Alguém conhece as características técnicas e desempenho desse torpedo???

É possível fazer uma comparação com o Torp. 2000, que será fabricado no Brasil, e equipará os subs brasileiros???


Só lembrando que o contrato com a Bofors foi desfeito... :roll:
 

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RuiMurteira

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« Responder #25 em: Outubro 08, 2004, 12:01:22 pm »
Qual o alcance de este torpedo contra sub?
 

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ALX

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« Responder #26 em: Outubro 10, 2004, 12:01:47 am »
O alcance máximo é de 50 km.
Mas contra submarinos, eu não sei...
 

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Centurião

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« Responder #27 em: Abril 14, 2005, 08:47:28 pm »
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INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DOS NOVOS SUBMARINOS


No passado dia 7 de Março realizou-se em Kiel – Alemanha, nas instalações do estaleiro Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), a cerimónia do início de construção dos novos submarinos. Este importante evento contou com a presença de uma delegação do Ministério da Defesa Nacional que integrou nomeadamente o Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar e o Director-Geral de Armamento e Equipamentos de Defesa, sendo a Marinha representada pelo Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, acompanhado do Vice-Almirante Superintendente dos Serviços do Material e pelo Presidente e demais elementos da Missão de Construção dos Submarinos (MCSUB). O consórcio alemão foi representado por membros da administração da HDW e da THYSSENKRUPP MARINE SYSTEMS (TKMS), grupo industrial onde a HDW foi recentemente integrada.


A cerimónia foi iniciada pelo senhor Walter Freitag, membro da administração da TKMS, dando as boas vindas a todos os presentes e proferindo uma breve alocução onde sublinhou a importância do reagrupamento de empresas de construção naval alemã para permitir manter a competitividade e liderança na construção de submarinos. Salientou as excelentes características dos submarinos cuja produção se ia iniciar, a sua importância para qualquer Marinha com componente oceânica como a de Portugal, terminando com um agradecimento aos intervenientes no processo de negociação, destacando a determinação e empenho do Ministro da Defesa Nacional de Portugal.

O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Vidal Abreu, fez incidir a sua intervenção na importância do significado do acto que se celebrava, por marcar o início da fabricação de meios navais indispensáveis à nossa Marinha. Salientou a importância dos submarinos, especialmente os dotados de AIP, (Air Independent Propulsion) para a dissuasão no mar, bem como para a protecção das unidades de superfície, sem a qual o seu valor seria muito reduzido em caso de ameaça. Terminou a sua alocução referindo que as provas dadas pelo estaleiro na construção de submarinos e a boa cooperação com o Estado Português, representado pela MCSUB, são o garante do fornecimento, em 2010, de excelentes unidades navais.

Seguidamente o Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar deu início ao corte, por plasma, de dois segmentos da primeira baliza do casco resistente.

A construção ora iniciada, de dois (1) submarinos tipo 209 PN, foi contratada em 21 de Abril de 2004, tendo o contrato entrado em vigor em 24 de Setembro do mesmo ano.


A continuidade da capacidade submarina materializada, dentro de cinco anos, pela 5ª esquadrilha de dois submarinos modernos, assegurará à Marinha Portuguesa uma valência indispensável a qualquer força naval equilibrada, no conjunto das suas capacidades.

Para além da grande flexibilidade de emprego num alargado leque de situações, os submarinos, pelas suas características de discrição e capacidade de sobrevivência, proporcionam a melhor alternativa para enfrentar a supremacia militar no mar, preservando uma possibilidade de intervenção de elevado poder, quando não houver meios de superfície ou aéreos suficientes, ou não fôr viável o seu uso.









(Colaboração da SSM)


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Notas

(1) O contrato prevê, como opção, um terceiro submarino
 

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papatango

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« Responder #28 em: Maio 10, 2005, 11:06:34 pm »
Esqueci-me da nota sobre a conclusão a que cheguei depois de ver uma quantidade de comentários, notas e reportagens sobre o U-209/U-209PN/U-212/U-214.

Devo confesar, que se tudo o que se diz for verdade, há que reconhecer que os U-209PN são de facto equipamentos muito bons, que dão à marinha portuguesa, uma capacidade que nunca teve.

É pena que, não seja previsível a encomenda do terceiro submarino.

cumprimentos


PS:
Link:
http://www.areamilitar.net/opiniao/U214_U212.asp
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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TOMKAT

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« Responder #29 em: Maio 25, 2006, 03:03:48 am »
Notícia do Correio da Manhã...
Já era de suspeitar,... com tanta "boa notícia",... só podia dar nisto...
Mais um adiamento, ... para já pequeno.... :?

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A contenção orçamental e as novas regras do Eurostat obrigaram o Governo a reduzir as verbas da Lei de Programação Militar (LPM) e a adiar a aquisição de alguns equipamentos. Entre eles, segundo disse ontem o ministro da Defesa, Luís Amado, estão os dois submarinos que deveriam estar disponíveis em 2009 e 2010.

“Há um ligeiro deslize”, reconheceu o ministro, garantindo que este será de apenas alguns meses.

Para reduzir o impacto financeiro no défice orçamental de 2009 e 2010 da compra destes dois submarinos, que custarão ao Estado cerca de 900 milhões de euros, Luís Amado optou por “dilatar no tempo” estes projectos. Assim, o primeiro submarino deverá ficar disponível em 2010, enquanto o segundo ficará em 2011. “Fizemos os ajustamentos necessários”, sublinhou o ministro.


fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=202825&idselect=90&idCanal=90&p=200
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein