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Conflitos => Conflitos do Passado e História Militar => Tópico iniciado por: emarques em Abril 26, 2004, 05:55:50 pm

Título: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: emarques em Abril 26, 2004, 05:55:50 pm
Alguém tem informações sobre a relação de forças portuguesa à data do início da 2ª Guerra Mundial?

Gostava especialmente de informações sobre o exército e legião portuguesa.

Obrigado.
Título:
Enviado por: papatango em Maio 03, 2004, 11:07:43 pm
Pelo que sei, houve problemas durante a década de 30, provocados pelo despontar da situação em Espanha.

Até 1935, a prioridade das forças armadas portuguesas era a marinha. Daí os planos megalomanos de que já falámos, relativamente aos sete cruzadores. Depois de 1935, a situação ficou mais complicada no que respeita ao exército.


O Exército tinha sido algo esquecido porque a prioridade tinha sido dada á marinha e em 1936 a situação era complicada porque Portugal apoiava Franco, mesmo quando não era seguro que Franco ganhasse a guerra.

Estou a falar de cabeça, mas acho que houve uma batalha em 1938 em Terruel (posso estar errado) em que os Italianos foram completamente humilhados por tropas das brigadas internacionais essencialmente constituidas por italianos. Em Portugal, considerou-se essa batalha como de mau augurio.

Em caso de vitória das forças governamentais espanholas, uma guerra com a espanha não era de todo impossível.

Em 1935 o Exército tinha 18750 recrutas (com 12 meses na tropa) e mais 3600 oficiais.

Em 1935-36 o programa militar prevê criar á pressa (pensam que é só de hoje :D ) um exército que atinja 49240 homens treinados, em caso de mobilização. Esse numero numa segunda fase deveria atingir 109.000 homens. Uma terceira fase, apontava para a criação de um exército com 10 divisões, mais 5 divisões de reserva, o que era considerado suficiente para resistir a uma eventual invasão espanhola.

Nesta altura, o rearmamento sofre um precalço, porque toda a gente sabía que Portugal não cumpria os acordos de neutralidade relativamente á guerra em Espanha. Os ingleses recusaram-se a fornecer armas a Portugal (os franceses também) porque argumentavam que as armas seríam utilzadas para apoiar Franco.

O resultado foi uma fase de ligação á Alemanha. Desta fase vieram os Junkers que chegaram a operar em África (e que os franceses proibiram de passar por cima da França aquando da entrega a Portugal)  e por exemplo as espingardas Mauser, das quais encomendámos 50.000, que nunca chegaríamos a comprar, pois entretanto foi decidido que seriam fabricadas as armas ligeiras em Portugal, na fábrica de Braço-de-Prata.

Estas compras acabaram com o programa naval, que de qualquer forma nunca tería chegado a nenhum lugar, pelas razões que já discutimos.

De qualquer forma os nossos efectivos seriam inuteis em qualquer circunstância.

Os americanos tinham um plano para invadir os Açores com 25.000 homens se Portugal fosse ocupado pela Alemanha e os Alemães, brindar-nos-íam com duas divisões (cerca de 20.000 homens da Wermacht).

Não teriamos como resistir.

Sobre a Legião, tenho alguns sobre o assunto, mas não sei deles. Se encontrar coloco aqui.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: Luso em Maio 03, 2004, 11:25:07 pm
"por exemplo as espingardas Mauser, das quais encomendámos 50.000, que nunca chegaríamos a comprar, pois entretanto foi decidido que seriam fabricadas as armas ligeiras em Portugal, na fábrica de Braço-de-Prata. "

Não sei...

Creio que em 1933 se comprou um lote de Mauser Standard Modell.
Depois em 1937 se encomendou dois lotes de Mauser Modelo M937 e M937A. Finalmente, em 1941 fez um novo contracto para a aquisição de Mausers M941 que suponho tenham chegado a este País em número de 80.000 ou inferior(metade?), já que os alemães desviaram muitos para as suas forças. Já agora, há exmplares de Mausers M941 com o Escudo Português que foram capturados pela URSS, ou pelos Noruegueses que os transformaram, pelos chineses, oferecidos pelos russos e depois usados e capturados pelos americanos na Coréia e... Vietnam.
É como o outro diz: - elas andam aí!

Agora fabricação de armas ligeiras... só se for a conversão das Vergueiro, em 1939.

Eu queria dizer-vos mais, mas vocês não me ajudam...  :cry:
Título:
Enviado por: emarques em Maio 04, 2004, 07:21:33 pm
Obrigado pela ajuda.

Já agora, até que ponto é que se cumpriram esses planos de alargamento? E esses números incluem todos os efectivos, ou apenas as forças de combate? E, já que estou a perguntar, qual era o tamanho de uma divisão, continuava-se a usar a estrutura inglesa ou a "Missão militar portuguesa de observação da guerra em Espanha" (vulgo força expedicionária) chegou a introduzir algumas alterações?

Quanto à FBP, ao que sei, por essa altura fabricavam metralhadoras Vickers .303 arrefecidas a água e obuses de 105mm. (mas não sei se eram tão técnicamente avançados como as mgs :D

Ninguém tem informações sobre o restante armamento? Artilharia, morteiros, SMGs, pistolas... picos, bestas, espadas de duas mãos... ;)
Título:
Enviado por: Luso em Maio 04, 2004, 09:09:04 pm
A submetralhadora Steyr-Solothurn MP-34 foi adquirida em números bastante razoáveis a partir de 1942 e segundo li algures, bem difundida pelas forças armadas. É uma arma bem construida e tem o escudo português.
A outra metralhadora que aqui se falou é a Dreyse MG13 (M938).

Já agora acrescento outras armas:

Metralhadoras:
Vickers M/917 (.303)
Lewis M917 (.303)
Breda M938
Madsen M940
Vickers Berthier M931 (.303)
Madsen M930 (303)

Submetralhadoras:
Sten M43
Schmeisser M42
Título:
Enviado por: Luso em Maio 04, 2004, 10:31:39 pm
Ah... pistolas...

Há as Lugers

Luger M935 (7.65P) GNR
Luger M940
Luger M943
Luger M903 (D. Carlos- 7.65P)
Luger M909 (D. Manuel II- 7.65P) Exército
Luger M910 (7.65P D. Manuel II e República) Marinha.

Há a Savage Mo915
E um Revolver sistema Abadié cujo modelo desonheço, mas o calibre será um 9,5mm qualquer.
Também li qualquer coisa de um revolver Nagant.

Corrijam-me, por favor!
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 07, 2004, 08:11:58 pm
Imagens do exército e da legião Portuguêsa que consegui encontrar na net:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cascoscoleccion.com%2Fportugal%2Fportugb%2Fpor40f1.jpg&hash=0a079267cbf9a68c49940f5b9bba7b7c)  (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cascoscoleccion.com%2Fportugal%2Fportugb%2Fporsalaz.jpg&hash=99d28f1caf922254f73ec87530caeead)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cascoscoleccion.com%2Fportugal%2Fportugb%2Fespvir1.jpg&hash=0fc61f7be9d69889580ca9c4091a37d4)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cascoscoleccion.com%2Fportugal%2Fportugb%2Fpor40x.jpg&hash=b12e6f1aa48ff2c935a8c238d3922516) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.cascoscoleccion.com%2Fportugal%2Fportugb%2Fporcruz.jpg&hash=a444aac54960ec7dc7117c9f668903a8)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FSOLD1.JPG&hash=dee4fe9e05d288623c4310d91f22387d) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FSOLD2.JPG&hash=2c47a0b0a384eb92715f67c51412b600)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FSOLD3.JPG&hash=b0b5a43afcfe37077e66db08dd054b33) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FSOLD6.JPG&hash=cc4d526fcb1d914287fa3e6422eddc8d)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FPROC.JPG&hash=24a451515a2c0206f9257eb3acefd7fd) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FMANf2.JPG&hash=e192a29dd77897a4b6354228a1fbaeff)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FGNR.JPG&hash=b7ea61361b0e2faca077c4567e808488) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FFESTA.JPG&hash=1cc22971b7d3886b6eb601273fbef782)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FCOVIL.JPG&hash=5cb90e7ddcad002f0e09f729849ee26a) (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FLEG1.JPG&hash=d5870f9bf5a01b625c45184abd0e026f)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FLEG2.JPG&hash=2fc73d3b194326e932cf0bc142654170)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Flegionarioportugues.no.sapo.pt%2FLEG3.JPG&hash=6a72d71fc9ebbeadaf9f3971764f809b)
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 07, 2004, 08:22:51 pm
Reparem na fotografia onde as mulheres e as crianças estam descalças...custa a aceitar que tal coisa acontecesse, já naquela altura.
Título:
Enviado por: papatango em Maio 08, 2004, 11:16:14 am
Caro Dremanu.
Em primeiro lugar o meu pedido de desculpas.

Pedindo desculpas pela minha falta de educação, e notando que você não é o único, e que eu mesmo cometo erros de português, noto que não se escreve "aconteçe-se", mas sim acontecesse.

A colocação de um "Ç" com cedilha, antes de um "E" ou de um "I" não é utilizada na lingua portuguesa.

Cação, Caçula, Açorda, levam "Ç" mas Maceda, ou Cacimba, não levam "Ç" cedilhado, porque a regra, que se estudava no meu tempo de escola primária obrigava os meninos a dizer que antes do É e do I o C não leva cedilha, da mesma maneira que antes de um P e de um B, se utilizará invariavalmente "M" e não "N".

Peço desculpa, mas este é infelizmente um problema nacional e a esmagadora maíoria algumas vezes não tem ideia de que está de facto a cometer um erro.

Há algum tempo num transporte público em Lisboa um grupo de jovens afirmava que as pessoas do Porto não sabiam falar, porque por exemplo dizem "RIO" e não "RIU". Afirmavam ainda que "...toda a gente sabe que um "I" e um "O" juntos se lê "U"

É assim, estava criada uma regra gramatical de autocarro...

Espero não ser levado a mal, porque não é essa a minha intenção, dado eu mesmo cometer erros. No entanto gostaria de recordar a questão do "Ç" porque é uma especie de erro de palmatória.

Como a defesa de uma nação, também passa pela defesa da lingua, acho que não me levarão a mal.

Cumprimentos
Título:
Enviado por: dremanu em Maio 08, 2004, 02:20:04 pm
hehehehehe....porra PT fiquei  :D Bom já corrigi o erro. Vc está completamente certo em dizer que devemos defender a língua, estou plenamente de acordo.

É o que dá escrever tudo à pressa, e não verificar aquilo que se escreveu. É meio desculpa esfarrapada, mas é a verdade, e com certeza vou procurar ter mais cuidado a partir de agora. :D
Título:
Enviado por: emarques em Maio 27, 2004, 07:02:23 pm
Então, ninguém sabe mais nada?

Se alguém tivesse uma OrBat de Portugal em Ago/Set de 1939, então é que era uma maravilha. ;)
Título:
Enviado por: Spectral em Junho 14, 2004, 11:20:17 pm
Hum, enviaram-me este link há uns tempos :

http://www.orbat.com/site/ww2/drleo/000_admin/000oob.htm

O mais engraçado é que este site ( orbat.com) é a pagar, portanto devo estar a entrar por alguma backdoor do sistema :nice:

As tabelas de orbats estão mesmo muito completas (concentram-se mais na parte inicial da guerra), mas infelizmente para Portugal apenas tem isto :
http://www.orbat.com/site/ww2/drleo/041_portugal/__portugal.html

Ou seja o dispositivo de forças em Macau e Timor. 2 batalhões em Macau e 1 em Timor...
Título:
Enviado por: emarques em Junho 15, 2004, 02:26:38 am
Pois era mesmo dados sobre o ínicio da guerra que eu procurava. Infelizmente, é realmente um pouco fraco com relação a Portugal. Lista Exército, Marinha... e Força Aérea, que era coisa que ainda não existia.
Título:
Enviado por: Rui Elias em Junho 16, 2004, 02:17:16 pm
Segundo julgo saber o dispositivio militar português por essa altura não era especialmente temível, mas a Portugal coube a compra de uns equipamentos e oferta de outros pela Inglaterra, como compensação pela sua neutralidade colaborante durante a II Guerra.

A Salazar atribui-se a fraze, após ter assistido a um desfile militar com os novos equipamentos, nomeadamente camiões de transporte e algumas peças de artilharia "temos Exército!".

Mas de qualquer modo as nossas FA na altutra tinham muitos homens mas pouco material militar de relevo.

Relembro que na altura ainda havia uma separação orgânica entre o Exército da Metrópole e os contigentes militares coloniais.

Ambos estavam mal equipados.

Quanto à Legião Portugesa, esta foi uma forma de criação de uma milícia do regime, mas Salazar que nunca alinhou totalmente nas figurações fascistas, acabou por desde cedo integrar o comando da LP no Exército, acabando com as pretenções que até 1936 haviam de "fascizar" o regime através das correntes nacional-sindicalistas do Rolão Preto e até de alguns integralistas mais de direita e que não escondiam uma certa admiração pelo Hitler e pelo Mussolini.

Por isso e apesar da LP ter participado na Guerra Civil espanhola através de uma força expedicionária (os Viriatos) ao lado dos falangistas de Franco, quando estes regressaram, Salazar não permitiu grandes festejos da vitória, tendo-lhe sido atribuída a frase "ganhámos; é tudo!".

E desde cedo a LP deixou de ter prestígio e importância no dispositivo militar portugês.
Título:
Enviado por: dremanu em Junho 18, 2004, 04:55:01 pm
Hino da Legião Portuguesa

Nós teremos que vencer...
Nada temos a temer
Da invasão comunista.
Já existe a Legião,
Ao vento solta o pendão,
Dá combate ao anarquista.

Não voltamos ao passado,
Acabou o revoltado,
Disso temos a certeza;
E mais tranquilos andamos
Porque todos confiamos
Na Legião Portuguesa.

Reparai no seu marchar,
Os braços a oscilar,
Elevando a mão ao peito.
Garbosos e aprumados,
São verdadeiros soldados
da ordem e do respeito.

Ele é um soldado unido,
Quer na paz ou quer no perigo,
O seu lema é avançar.
Respeita o seu comandante,
Gritando sempre: Avante!
Por SALAZAR! SALAZAR!

José Gonçalves Lobo, 1937
Título:
Enviado por: komet em Junho 18, 2004, 06:25:01 pm
Ordem e respeito... que falta está isso a fazer nos dias que correm...  :(
Título:
Enviado por: Moi em Agosto 04, 2004, 10:44:30 am
Este hino da legião é qualquer coisa, que mimo...

Pena são a meu ver os comentários saudosos. Mas cada um na sua.

Realmente, os problemas das FA já têm um longo historial...
Título:
Enviado por: komet em Agosto 04, 2004, 03:15:07 pm
Citar
Pena são a meu ver os comentários saudosos. Mas cada um na sua.


Pois é meu amigo, perde-se sempre qualquer coisa para o passado  :wink:
Título:
Enviado por: Moi em Agosto 04, 2004, 05:31:31 pm
Disso não tenho dúvidas. Mas também se ganha com o presente. :wink:

Cumprimentos
Título:
Enviado por: J.Ricardo em Outubro 05, 2004, 06:50:15 pm
Citação de: "papatango"
Como a defesa de uma nação, também passa pela defesa da lingua, acho que não me levarão a mal.

Citação de: "dremanu"
Vc está completamente certo em dizer que devemos defender a língua, estou plenamente de acordo.


Fico feliz com os comentários, pois sou um grande defensor de nossa língua, mas fico preocupado, pois me parece que aí em Portugal esta acontecendo o que aos poucos vem acontecendo no Brasil, a substituição de expressões em português por expressões em inglês, em todo local vê-se termos como "coffe-break", "drive-thru", "sky-windows", "folders", "outdoors" (me desculpem se alguma palavra estiver errada). Fora alguns cargos em empresas que são denominados em inglês. Esta acontecendo no Brasil, principalmente nas classes mais baixas uma inculturação, uma subistituição da cultura histórica nacional por uma cultura norte-amerciana. Aqui vê-se em todo lugar bandeiras dos EUA, crianças com nomes "americanos" como Breno, Brenda, Maicow, Wagner, Washington (blarg). Multinacionais não nos respeitam nem quando querem nos vender seus produtos: "Nike - just do it", "mac-ticken", "mac-fish"...
Pode ser que cometamos alguns erros de grafia (esse é um problema que me persegue), mas sempre devemos cuidar de nossas orígens e a língua - acredito - seja nosso maior patrimônio cultural e portanto devemos denfende-la com "unhas e dentes"!
Título:
Enviado por: JLRC em Outubro 05, 2004, 09:58:05 pm
Citação de: "João Ricaro"
Fico feliz com os comentários, pois sou um grande defensor de nossa língua, mas fico preocupado, pois me parece que aí em Portugal esta acontecendo o que aos poucos vem acontecendo no Brasil, a substituição de expressões em português por expressões em inglês, em todo local vê-se termos como "coffe-break", "drive-thru", "sky-windows", "folders", "outdoors" (me desculpem se alguma palavra estiver errada). Fora alguns cargos em empresas que são denominados em inglês.


Cá também se passa o mesmo, mas com algumas diferenças. Primeiro foram os francesismos (boulangerie, croissanterie, coiffeur, etc) e depois os anglicismos (shopping center, hairdresser, hard core e até encontrei um "shoes center"...!!!), já para não falar de termos técnicos em inglês (software, hardware, enter, e-mail, media, etc). Eu também tento, dentro do possível (os termos em inglês estão tâo entranhados que por vêzes saiem inconscientemente) utilizar termos em português mas confesso que às vêzes não encontro em português o termo equivalente. Mas tento sempre defender a nossa língua.
Cumptos
Título:
Enviado por: emarques em Outubro 05, 2004, 10:25:44 pm
Bem, muitas vezes, a tentativa de proteger demasiado a língua pode levar a que esta estagne e morra. Também é preciso deixar que a língua evolua.

Por outro lado, a utilização constante de termos ingleses também se torna irritante. No programa da SIC Radical "Gato Fedorento" fizeram uma paródia a isso. Dois tipos numa sala de reunião discutiam um problema na empresa:
- Estamos com um problema de "marketing".
- Talvez seja preciso fazer um "downsizing".
- Mas o problema não se resolveria com um "renting"?
- Não, mas devemos considerar a hipótese do "outsourcing".
 A situação evolui:
- Olha lá, mas tu estás-me a fazer um "insulting"?
- Vê lá se queres levar um "murring"!
- "Caralhing"!
Etc, etc... (O texto pode ter sofrido um bocado nos processos da minha memória, mas era hilariante).
Título:
Enviado por: Apontador em Maio 15, 2007, 04:58:04 pm
Esta é aproximadamente o dispositivo territorial do Exército Português no final da 2ª GM. No início da 2ª GM não deveria ser muito diferente já que o mesmo resulta da organização do Exército de 1927. De notar que, com base neste dispositivo o Exército Português mobilizou durante a 2ª GM um corpo de Exército com três divisões e forças de defesa das ilhas.

Governo Militar de Lisboa

Quartel-General (Lisboa)

Regimento de Infantaria Nº 1 (Lisboa)
Regimento de Infantaria Nº 11 (Setúbal)
Batalhão de Caçadores Nº 5 (Lisboa)
Batalhão de Metralhadoras Nº 1 (Lisboa)
Batalhão de Carros de Combate (Amadora)

Comando de Defesa Marítima de Lisboa
Comando de Defesa Anti-Aérea de Lisboa
Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 (Lisboa)
Regimento de Artilharia Pesada Nº 1 (Sacavém)
Regimento de Artilharia de Costa (Oeiras)
Grupo Independente de Artilharia de Costa (Setúbal)
Grupo de Artilharia Contra Aeronaves Nº 1 (Cascais)
Grupo de Especialistas (Paço de Arcos)

Regimento de Lanceiros Nº 2 (Lisboa)
Regimento de Cavalaria Nº 7 (Lisboa)

Regimento de Engenharia Nº 1 (Lisboa)
Batalhão de Telegrafistas (Lisboa)
Batalhão de Sapadores dos Caminhos de Ferro (Lisboa)
Grupo de Companhias de Trem Auto (Lisboa)

1º Grupo de Companhias de Saúde (Lisboa)
2º Grupo de Companhias de Subsistências (Lisboa)
Companhia de Adidos (Lisboa)

Escola do Serviço de Saúde Militar (Lisboa)
Escola de Transmissões (Lisboa)
Escola Prática de Infantaria (Mafra)
Escola Prática de Administração Militar (Lisboa)
Hospital Militar Principal (Lisboa)
Hospital Militar Veterinário (Lisboa)


1ª Região Militar

Quartel-General (Porto)

Regimento de Infantaria Nº 6(Porto)
Regimento de Infantaria Nº 8 (Braga)
Regimento de Infantaria Nº 9 (Lamego)
Regimento de Infantaria Nº 13 (Vila Real)
Batalhão de Caçadores Nº 3 (Bragança)
Batalhão de Caçadores Nº 9 (Viana do Castelo)
Batalhão de Caçadores Nº 10 (Chaves)
Batalhão de Metralhadoras Nº 3 (Porto)

Regimento de Artilharia Ligeira Nº 5 (Porto)
Regimento de Artilharia Pesada Nº 2 (Gaia)
Grupo de Artilharia Contra Aeronaves Nº 3 (Penafiel)

Regimento de Cavalaria Nº 6 (Porto)

Regimento de Engenharia Nº 2 (Porto)

1º Grupo de Companhias de Subsistências (Póvoa de Varzim)

Hospital Militar Regional Nº 1 (Porto)


2ª Região Militar

Quartel-General (Coimbra)

Regimento de Infantaria Nº 5 (Caldas da Rainha
Regimento de Infantaria Nº 7 (Leiria)
Regimento de Infantaria Nº 10 (Aveiro)
Regimento de Infantaria Nº 12 (Coimbra)
Regimento de Infantaria Nº 14 (Viseu)
Batalhão de Caçadores Nº 2 (Covilhã)
Batalhão de Caçadores Nº 6 (Castelo Branco)
Batalhão de Caçadores Nº 7 (Guarda)
Batalhão de Metralhadoras Nº 3 (Figueira da Foz)

Regimento de Artilharia Ligeira Nº 2 (Coimbra)
Regimento de Artilharia Ligeira Nº 4 (Leiria)
Regimento de Artilharia Pesada Nº 3 (Figueira da Foz)
Grupo Independente de Artilharia de Montanha (Viseu)

Regimento de Cavalaria Nº 5 (Aveiro)
Regimento de Cavalaria Nº 8 (Castelo Branco)

2º Grupo de Companhias de Saúde (Coimbra)
1ª Companhia Disciplinar (Penamacor)

Hospital Militar Regional Nº 2 (Coimbra)


3ª Região Militar

Quartel-General (Tomar)

Regimento de Infantaria Nº 2 (Abrantes)
Regimento de Infantaria Nº 15 (Tomar)

Regimento de Artilharia Nº 6 (Santarém)
Grupo de Artilharia Contra Aeronaves Nº 2 (Abrantes)

Regimento de Cavalaria Nº 4 (Santarém)

Regimento de Engenharia Nº 3 ( ? ) (Entroncamento)
Batalhão de Pontoneiros (Tancos)

Escola Prática de Cavalaria (Torres Novas)
Escola Prática de Engenharia (Tancos)
Hospital Militar Regional Nº 3 (Tomar)


4ª Região Militar

Quartel-General (Évora)

Regimento de Infantaria Nº 3 (Beja)
Regimento de Infantaria Nº 4 (Faro)
Regimento de Infantaria Nº 16 (Évora)
Batalhão de Caçadores Nº 1 (Portalegre)
Batalhão de Caçadores Nº 4 (Lagos)

Regimento de Artilharia Ligeira Nº 1 (Évora)
Regimento de Cavalaria Nº 3 (Estremoz)

Escola Prática de Artilharia (Vendas Novas)
Hospital Militar Regional Nº 4 (Évora)


Comando Militar da Praça de Elvas (integrado na 4ª Região Militar)

Quartel-General (Elvas)
Batalhão de Caçadores Nº 8 (Elvas)
Regimento de Lanceiros Nº 1 (Elvas)
Hospital Militar da Praça de Elvas (Elvas)


Comando Militar dos Açores

Quartel-General (Ponta Delgada)
Batalhão Independente de Infantaria Nº 17 (Angra do Heroísmo)
Batalhão Independente de Infantaria Nº 18 (Ponta Delgada)
Grupo Independente de Artilharia de Guarnição (Ponta Delgada)
Bataria Independente de Defesa de Costa (Horta)


Comando Militar da Madeira

Quartel-General (Funchal)
Batalhão Independente de Infantaria Nº 19 (Funchal)
Bataria Independente de Artilharia Anti-Aérea (Funchal)
Bataria Independente de Defesa de Costa (Funchal)



Comando-Geral de Aeronáutica

Quartel-General (Lisboa)
Base Aérea Nº 1 (Sintra)
Base Aérea Nº 2 (Ota)
Base Aérea Nº 3 (Tancos)
Base Aérea Nº 4 (Lajes-Terceira)
Grupo Independente de Aviação de Caça (Espinho)
Escola Prática de Aeronáutica (Sintra)
Título:
Enviado por: Loïc em Maio 27, 2007, 02:51:48 am
Un texto de la prensa de la epoca cita las siguientes unidades expedicionarias en guarnicion en los Açores en 1941

Regimento de Infantaria n° 8
Regimento de Infantaria n° 66

Regimento de Artilharia n° 1
Regimento de Artilharia n° 9
Regimento de Artilharia n° 12
Regimento de Artilharia n° 18


Saludos
Título:
Enviado por: Duarte em Maio 27, 2007, 02:54:26 pm
Citação de: "Loïc"
Regimento de Infantaria n° 66


Tem a certeza que era 66?
Título:
Enviado por: Loïc em Maio 28, 2007, 03:15:28 am
He publicado el mensaje precisamente para este "Regimento de Infantaria n° 66" :D
No habia un sistema de Regimientos de Reserva en 1940-1945 ?
Podemos suponer que ciertos o todos fueron movilizados

Porque en 1914 por ejemplo el Ejército tenia
35 Regimientos de Infanteria activos (n° 1-35 teoricamente)
35 Regimientos de Infanteria de Reserva (n° ??)
Título:
Enviado por: Apontador em Junho 28, 2007, 11:53:36 am
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He publicado el mensaje precisamente para este "Regimento de Infantaria n° 66"  
No habia un sistema de Regimientos de Reserva en 1940-1945 ?
Podemos suponer que ciertos o todos fueron movilizados

Porque en 1914 por ejemplo el Ejército tenia
35 Regimientos de Infanteria activos (n° 1-35 teoricamente)
35 Regimientos de Infanteria de Reserva (n° ??)



Os 35 Regimento de Infantaria em 1914 correspondiam à organização do Exército Português de 1911, que durante a 2ª Guerra já tinha sido substituída pela de Julho de 1926.

Em 1940-1945 o Exército tinha como unidades permanentes de infantaria: 16 Regimentos de Infantaria (numerados de 1 a 16), 3 Batalhões Independentes de Infantaria nas ilhas (numerados na sequência dos regimentos, de 17 a 19) e 10 Batalhões de Caçadores (numerados de 1 a 10).

Como unidades permanentes de infantaria nos Açores existiam os Batalhões Independentes de Infantaria Nº 17 (Terceira) e Nº 18 (S. Miguel). Durante a 2ª Guerra estas forças foram reforçadas quer pela mobilização local de tropas pelos Batalhões Independentes, quer pelo envio de batalhões expedicionários do continente.

Segundo as informações que tenho em Julho de 1941 estavam destacados nos Açores 3 batalhões expedicionários: do Regimento de Infantaria 8 no Faial, do RI9 em S. Miguel e do RI10 na Terceira.

Por essa altura chegaram à Ilha de S. Miguel batalhões expedicionários dos RI12, RI3, RI4 e RI16 e forças do Batalhão de Metralhadoras 2. Com esses batalhões foram formados dois regimentos denominados:
   Regimento de Infantaria Nº 21 (batalhões dos RI9, RI12 e RI14);
   Regimento de Infantaria Nº 22 (batalhões dos RI3, RI4 e RI16);

Na ilha foi formado um terceiro regimento, o Regimento de Infantaria Nº 18, constituído por três batalhões mobilizados localmente pelo Batalhão Independente de Infantaria 18.

Pode-se assim observar que as numerações dos regimentos organizados com batalhões mobilizados pelos regimentos e batalhões territoriais permanentes, recebiam uma numeração na sequência destes. Apesar de terem sido provavelmente organizados outros regimentos nas restantes ilhas e ainda outros para constituirem as Divisões mobilizadas no continente, é pouco provável que a numeração tenha ido até ao 66.

As numerações do forista Loïc podem talvez referir-se não a regimentos de infantaria e artilharia, mas sim a batalhões e grupos. Por exemplo o chamado Regimento de Infantaria Nº 8, deve referir-se ao batalhão expedicionário aos Açores do RI8. O chamado RI66 pode referir-se a um eventual Batalhão de Infantaria Nº 66 (independente), pois sei que em 1940 foi enviado para Angola um batalhão independente formado com Companhias mobilizadas por diversos regimentos territoriais que foi chamado Batalhão de Infantaria nº 74.
Título:
Enviado por: Portucale em Janeiro 17, 2009, 01:47:04 am
Há uns dias dei uma vista de olhos num livro que aborda a ligação entre Portugal e a Alemanha durante a 2ªGM.
Neste está citada uma comunicação de um orgão da Alemanha nazi.
Informa que Hitler autorizava a transferência de material de guerra para Portugal como pagamento pelos recursos enviados por nós.
Foi autorizado transferir para nós 132 peças de artilharia de 105mm, 50 peças anti carro sendo 38 de 50mm e 200 peças anti aéreas de 20mm.

As peças de 105mm chegaram, não sei em que quantidades, o material que recebeu o upgrade foi usado até fins da decada de 70.

Alguém sabe se recebemos as peças anti carro e as anti aéreas?
Título:
Enviado por: papatango em Janeiro 17, 2009, 04:04:49 pm
portucale, por curiosidade qual é o livro ?

É que chegaram peças de 105mm ainda antes da guerra.

A minha informação sobre peças anti-tanque, de origem alemã, é muito reduzida. Tenho indicação de vário material que os alemães era suposto fornecerem mas que pelo que conclui, acabaram por não fornecer.
Título:
Enviado por: Portucale em Janeiro 22, 2009, 09:57:18 pm
Papatango

Demorei uns dias mas aqui está a informação.

O livro tem o título;
Portugal Visto pelos Nazis - Documentos 1933-1945 de António Louça.
O livro pode ser encontrado na Bertrand.
No site destes é possível encontrar o livro apesar de não ter foto.

O livro consiste num conjunto de comunicações entre os vários órgãos nazis com referências a Portugal.
Os documentos estão numerados, no 129 está o que tem a informação que coloquei.
Trata-se de uma comunicação ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha nazi por parte de um órgão que eu não sei informar, tinha apenas uma sigla.

Grosso modo está escrito que numa primeira fase da guerra (1941) não foi autorizado o fornecimento de peças anti carro, no entanto, devido á ausência de dinheiro para pagar o que nós forneciamos acabou por haver autorização de Hitler para fornecer o material descrito.

As peças de artilharia de 105mm, as peças anti carro, tractores, as peças anti aéreas e munições para os equipamentos.
No caso das anti carro seriam 50 unidades, 38 de 50mm e 15000 munições.

Não encontrei nenhuma informação se o material tinha sido entregue ou não.
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: nelson38899 em Fevereiro 15, 2010, 11:35:52 am
encontrei informação bastante interessante, espero que gostem:

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AC3D in Portugal
September 7 2004 at 6:33 PM   Nuyt   (Premier Login nuyt)
Forum Owner
Three Alvis-Straussler AC3's were delivered to Portugal, after testing a vehicle in 1937. According to Wheels and Tracks Magazine no.39, the three cars were ordered by the Portuguese army. Enclosed is the vehicle that was demonstrated. It is similar to the KNIL type (and a right hand drive vehicle). We have not seen any picture of the final Portuguese version (we assume this was a left hand drive?).
There is another, different picture of the same vehicle in the same magazine (plus another in Armour on Wheels to 1942 by Bart Vanderveen, Olyslager Auto Library). In 1988 (!) one of these cars was offered for sale and sold to a private collector.
http://www.network54.com/Forum/330333/thread/1094574838/AC3D+in+Portugal

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field artillery

Obus 15cm Schneider-Canet-Du Bocage (old)
Peca 7,5 cm T. R. m/904
Peca 7,5 cm T. R. m/904-906 Schneider-Canet (144 of these)
Peca 155 L m/917 Schneider) (heavy regiments)
Peca 7,5cm T.R. m/917 (the good old French 75)
Obus 11,4cm T.R. m/917(British 4.5" How)
Obus 15cm T.R. m/918 (British 6" How-I would guess 1 group x 2 btty of these and 1 group x 2 btty Peca 155 per heavy regiment)

during the war

Obus K 10,5 cm/28 m/941 (Krupp 105 How for export--ex Dutch?)
Obus R 10,5 cm m/941 (godd old leFH 18)
Obus K 15cm/30 m/941
Obus 8,8cm m/43 (25 pdr)
Obus 14 cm m/43 (5..5" Gun--54 of these, but some might be postwar delivery)

mountain artillery

Peca 7cm MTR m/906-911
Obus M 7,5 cm/18 m/940 (Ansaldo)

antiaircraft

Peca AA 7,5 SA m/931 (I'm guessing 36 of these to equip 3 grupos)

during the war

Peca AA 4 cm m/940 (36 Swedish production deliverd 1941?)
Peca AA 9,4 cm m/940
Peca AA 4cm m/942 (British production)
Peca AA 9,4 cm m/940 (Fixa) (position AA)

coast artillery

Peca 15cm CTR m/97
Peca 28cm m/97
Peca 15 cm CTR m/902
Peca 28 cm m/75-902
Peca 18 cm CTR m/918
Peca 7,5 cm CTR m/902-931
http://www.network54.com/Forum/330333/thread/1156338277/The+Portuguese+army+and+arms---
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: cromwell em Fevereiro 17, 2010, 01:19:02 pm
Gente, alguem tinha aquela foto que já por aqui mostraram, mas que não encontro, que é a foto de um funeral de um português feito por nazis na Alemanha?
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: cromwell em Fevereiro 18, 2010, 05:25:08 pm
Obrigado, gente, por não me ter respondido ninguem! :roll:
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Cabeça de Martelo em Fevereiro 18, 2010, 05:47:29 pm
Epá se eu ou alguém soubesse de alguma coisa, de certeza que te tinham respondido.

Já agora, tu escreves muito à brasileira..."gente"?
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: TOMSK em Fevereiro 19, 2010, 12:33:21 am
Toma lá maluco:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fi380.photobucket.com%2Falbums%2Foo246%2Fpanzer18%2Fwafenssptsi1-1.jpg&hash=0446308f73ff1e64ce6342fc187ae4b5)
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: cromwell em Fevereiro 19, 2010, 01:56:32 pm
Não sei qual é o problema de dizer "gente".

E caro TOMSK, obrigadão, sempre a suprender-me! :D

Pode-me dar o link dessa foto?
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: VICTOR4810 em Fevereiro 20, 2010, 10:17:17 pm
Bueno, decirle al Sr. Papatango que esa batalla perdida por los italianos fue en Guadalajara, allí el C.T.V. (Corpe di Trope Voluntarie) italiano sufrió una grave derrota al haber quedado las tanquetas aprisionadas en el fango, haber cundido la desmoralización entre la tropa y haber efectuado una retirada que mas parecía una huida.
TERUEL fue la única capital de provincia conquistada por la República en toda la guerra, cuando fueron desalojados de la ciudad se llevaron prisioneros en su retirada a todos los que la habían defendido y al Obispo
todos ellos fueron fusilados en la retirada republicana.

Beato Anselmo Polanco Fontecha (1881-1939)

Obispo español nació en la localidad palentina de Buenavista de la Valdavia. Entró en los Agustinos, haciendo su profesión solemne en 1900. Después de especializarse en Alemania y en España, consiguió el máximo grado, el de Maestro en Sagrada Teología. Ocupó diversos cargos en la Orden agustiniana en España. Fue Provincial en Filipinas durante los años 1932-1934. En 1935 la Santa Sede le nombró obispo de Teruel-Albarracín. Se distinguió por su celo pastoral e inimitable naturalidad y sencillez. Durante los años de la guerra el obispo Polanco no paró de visitar a los heridos por todas partes. Cuando Teruel fue asediada, el prelado fue hecho prisionero para sufrir toda clase de vejaciones, humillaciones y desprecio, tanto en Valencia como en Barcelona a donde fue llevado. En 1939, esposado, fue obligado a caminar interminables horas por riscos montañosos, hasta Pont de Molins, en Gerona, donde fue sacrificado. Sendos monumentos honran su memoria en su villa natal y en Teruel.

En toda España se ha sentido mucho el terrible suceso de las inundaciones en Madeira, pena me da pensar como habrá quedado el "Mercado dos Lavradores" y villas tan pintorescas como Riveira Brava.
Nuestro mas sentido apoyo.
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Lancero em Fevereiro 22, 2010, 04:52:19 pm
Alguém sabe as circunstâncias da foto acima colocada (funeral)?
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 22, 2010, 05:01:58 pm
Citação de: "Lancero"
Alguém sabe as circunstâncias da foto acima colocada (funeral)?
Também me deixou curioso. Repito o pedido.
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Duarte em Fevereiro 22, 2010, 07:31:13 pm
Google to the rescue...

http://braga-nacional.blogspot.com/2006 ... -azul.html (http://braga-nacional.blogspot.com/2006/03/diviso-azul.html)
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 22, 2010, 08:01:11 pm
Learning something new everyday. Obrigado!
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: PereiraMarques em Fevereiro 22, 2010, 08:41:44 pm
Talvez seja esta situação:

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E o acidente aconteceu. Num aeródromo militar em Kursk, a cerca de 400 km de Moscovo, terá havido uma troca de material e, em vez de uma bomba de aviação de fumos, deflagrou mesmo uma bomba explosiva, atingindo quatro dos oficiais portugueses: o chefe da missão Ferreira de Passos, Afonso Almeida Fernandes, Mariano Lopes Pires e Carlos Freire. Porque saltou instintivamente, defendendo‑se, este foi atingido por vários estilhaços, mas todos do lado direito do corpo, sem atingirem nenhum órgão importante. Pelo contrário o Mariano apanhou os estilhaços de frente, que o feriram muito mais gravemente. Após três dias em hospital de campanha e evacuação para Berlim, o Freire viu‑o morrer na maca a seu lado, esvaindo‑se com uma hemorragia interna, sem que os médicos o conseguissem salvar.
 
Foi um choque enorme, como se compreende, para ele e o resto da missão, para os familiares angustiados, em Lisboa, e um embaraço para o Exército. Os alemães reagiram, à prussiana, e fizeram‑lhe um funeral militar imponente, onde até o seu cavalo, coberto de negro, relinchava, parecendo sentir o cheiro do dono, segundo contavam os presentes. Os Lopes Pires – o Mariano e a “Aldinha” (não tinham filhos) – eram dos melhores amigos dos Freire, viviam no andar de baixo, no mesmo prédio, em Caxias, e ela quase enlouqueceu com a tragédia. Muitos anos mais tarde, estava ainda irremediavelmente afectada, apesar da sua grande doçura e beleza.

 :arrow: http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=184 (http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=184)
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Lusitano89 em Outubro 02, 2010, 02:12:11 pm
Portugal deu guarida a pilotos no Alentejo durante a II Guerra


Durante a II Guerra Mundial mais de 600 aviadores e 134 aviões militares aterraram ou caíram em território nacional, contou à agência Lusa Carlos Guerreiro com base num trabalho de investigação.

Como resultado da "utilização" de Portugal pelos pilotos e aviadores americanos, ingleses e alemães, muitos ficaram "internados" no Alentejo e dezenas de aviões reverteram para Portugal.

O escritor Carlos Guerreiro iniciou a investigação deste tema há 15 anos, publicou um livro e lançou agora uma página eletrónica http://www.landinportugal.org (http://www.landinportugal.org)  com dados novos, outros atualizados, sobre os aviões, pilotos e tripulações militares que combateram na II Guerra Mundial e que, por vários motivos, ficaram em solo português.

De acordo com o autor do livro "Aterrem em Portugal", Carlos Guerreiro, durante o conflito mundial de 1939 e 1945, os "primeiros pilotos a cá chegar foram os franceses e os belgas", que fugiram da ocupação nazi na Europa, os "últimos foram os alemães que fugiam da investida dos aliados, contra os nazis".

Num só dia - 15 de janeiro de 1943 - aterraram em Lisboa "11 aviões Bell 'P-39/P-400 Aircobra' e um em Aveiro, devido a um erro de navegação do avião guia (B-25), quando seguiam para o norte de África". Os caças ficaram sem gasolina e tiveram de aterrar na Portela e em São Jacinto, refere o autor.

Estes caças, de origem norte americana, "acabaram por ficar em Portugal e o Governo de Salazar pagou posteriormente 20 mil dólares por cada um" para integrarem a força aérea, de acordo com os documentos recolhidos pelo investigador.

Com o número crescente de tripulações "internadas", designação técnica dada pelo Governo aos pilotos e tripulações estrangeiras, "Salazar teve que arranjar um local controlado, fechado e longe dos olhares dos adidos e espiões estrangeiros, tendo escolhido a cidade de Elvas, no Alentejo", na pensão Internacional, referiu o autor.

Na opinião de Carlos Guerreiro, Portugal podia ter sido esmagado pelas potências envolvidas na Guerra, mas neste caso, "Salazar geriu de forma muito hábil e inteligente a questão dos pilotos", já que estavam cá (em Portugal) todos e o Governo negociava com todas as potências envolvidas no conflito.

Cerca de meia centena de pilotos acabaram mesmo por morrer em Portugal, devido à "queda das aeronaves ou por combates aéreos, ficando ingleses e alemães sepultados no país", nos cemitérios de Aljezur e Beja (alemães) e em Sagres, Lisboa, Porto e Loriga, na Serra da Estrela (ingleses), com os americanos a levarem os restos mortais dos seus pilotos.

A passagem de aviões e comboios de navios ao largo de Portugal levou a estórias de espionagem "muito curiosas", como por exemplo a do faroleiro do Cabo de São Vicente, que comunicava via rádio para a embaixada alemã em Lisboa a "passagem de navios aliados ao largo da costa algarvia", referiu o autor.

Os alemães, com as informações do faroleiro, davam ordens aos seus bombardeiros estacionados no sul de França para afundar os cargueiros com mantimentos e armamento, à entrada do mar Mediterrâneo, tendo alguns acabado por cair ou aterrar no Alentejo.

Já no final do conflito, Portugal "acolheu um avião alemão, um protótipo Junker, quando a tripulação fazia testes de gelo" e aproveitou para fugir para território nacional, trazendo roupas civis e malas de viagem consigo.

Carlos Guerreiro continua a recolher documentos, estando agora a analisar os depoimentos do tribunal de Nuremberg, contendo actividades de roubo de componentes de aviões que caíram em território nacional, por pessoas de várias aldeias alentejanas.

Com a informação disponível na Internet, em língua inglesa e em português, o autor tem "recebido muito material novo, de familiares de pilotos que passaram ou estiveram em Portugal durante o período da II Grande Guerra".

Lusa
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: HSMW em Outubro 02, 2010, 02:54:49 pm
E ainda tivemos de pagar pelos P-39  :shock:
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 02, 2010, 06:09:45 pm
:arrow: http://www.britishpathe.com/record.php?id=12437 (http://www.britishpathe.com/record.php?id=12437)
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: nelson38899 em Outubro 11, 2010, 10:23:39 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg31.imageshack.us%2Fimg31%2F1808%2Fartilleriaportuguesa25.jpg&hash=4b733483d0c1aeb623539b9bad0d6e26)

mais info: http://www.elgrancapitan.org/foro/viewt ... =7&t=14028 (http://www.elgrancapitan.org/foro/viewtopic.php?f=7&t=14028)
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Lusitano89 em Março 28, 2021, 03:07:46 pm
PORTUGAL E A SEGUNDA GUERRA - Viagem na História


Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: P44 em Março 29, 2021, 09:03:55 am
Ganda desenterranço  :mrgreen:
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Lusitano89 em Maio 06, 2023, 03:50:33 pm
Título: Re: Portugal e a 2ª GM
Enviado por: Lusitano89 em Agosto 01, 2023, 12:21:01 pm
Salazar, Lisboa e a 2.ª Guerra Mundial