Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3195 em: Dezembro 09, 2023, 07:25:42 pm »
Ah sim os chineses. Estou mesmo a ver a nato a autorizar a aquisição de equipamento ou munições deles

Larga o vinho  :mrgreen:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lightning

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3196 em: Dezembro 09, 2023, 10:02:16 pm »
A minha questão é académica. Na maioria dos cenários de conflito em que os militares consideram que opções tomar, considera-se que as ilhas são sempre um último reduto.
Se as ilhas cairem, acabou-se...

Daí a minha dúvida.

Realmente as ameaças sempre vieram de terra, nunca do lado do mar.
Mas não vejo problema nenhum em equacionar uma ameaça vinda do mar, por exemplo submarinos russos...

Só se equacionarmos que os americanos nunca vão permitir que as ilhas sejam tomadas/atacadas por alguma potência hostil e não precisamos de nos preocupar.
« Última modificação: Dezembro 09, 2023, 10:04:48 pm por Lightning »
 

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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3197 em: Dezembro 09, 2023, 10:38:26 pm »
Citar
Não só, também pelo facto de ser a nação necessitar de defender o seu triângulo geoestratégico...Pois se as bases dos Açores e Madeira forem destruídas, é preciso alimentar a luta com combustível...
Outra dimensão que está a ser estudada, é a defesa aérea de pontos chave, mas...neste caso "no money"...

Se as bases na Madeira (calculo que  Porto Santo) e nos Açores (quais delas) foram destruidas, estariamos a lutar contra quem ?
E a luta seria onde, na Madeira ?
Ou seria a batalha da Lagoa das Sete Cidades, depois de Ponta Delgada ter sido tomada ?

Caro PT, está um gozão ...
Cps,

Eu não costumo ser gozão. Sarcástico ou cáustico às vezes, admito.
A minha questão é académica. Na maioria dos cenários de conflito em que os militares consideram que opções tomar, considera-se que as ilhas são sempre um último reduto.
Se as ilhas cairem, acabou-se...

Daí a minha dúvida.

A ideia de ter meios AAR, passa essencialmente por dar às FA, e mais concretamente à FAP, mais opções. A actual estratégia, contempla que um potencial inimigo é um porreiraço, e que só vai atacar depois de nos informar, permitindo-nos posicionar os meios para a defesa do território alvo. Na questão das ilhas, não há milagres, a capacidade de combate de qualquer caça português para operar sobre os nossos arquipélagos, estará severamente limitada ("tirania da distância"), e hoje está totalmente dependente da infraestrutura local. A destruição desta infraestrutura, faz com que não consigamos fazer nada sem se ser enviar caças prontos para combate e carregados de combustível, para fazer a viagem, e perante combates aéreos (largada de drop tanks), não tenham combustível suficiente para voltar a casa.

Os Açores ou a Madeira não deverão ser atacados tão depressa. Mas isto é com o mundo de hoje. Se os EUA e China entram em confronto, algo que tornará a invasão da Ucrânia geopoliticamente irrelevante em comparação, o nível de segurança dos nossos arquipélagos pode mudar.

De frisar também que, ter aeronaves AAR, oferece uma muito maior projecção geopolítica. Permitiria exercer soberania a distâncias muito maiores do território nacional, permitia auxiliar países aliados com caças, que de outra forma não seria possível. F-16 na Madeira podiam operar sobre Cabo Verde (na hipotética defesa deste país contra um potencial invasor), ou F-16 em Cabo Verde operar em qualquer parte do Golfo da Guiné.

A minha questão é académica. Na maioria dos cenários de conflito em que os militares consideram que opções tomar, considera-se que as ilhas são sempre um último reduto.
Se as ilhas cairem, acabou-se...

Daí a minha dúvida.

Realmente as ameaças sempre vieram de terra, nunca do lado do mar.
Mas não vejo problema nenhum em equacionar uma ameaça vinda do mar, por exemplo submarinos russos...

Só se equacionarmos que os americanos nunca vão permitir que as ilhas sejam tomadas/atacadas por alguma potência hostil e não precisamos de nos preocupar.

As invasões não se dão por mar, porque poucos países têm capacidade para isso.
Mas para atacar ilhas, não há outro remédio, e no meio do caos que o mundo se está a tornar, não seria impensável que um qualquer país considerasse um dos nossos arquipélagos um alvo apetecível.
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3198 em: Dezembro 10, 2023, 12:57:05 pm »
Ah sim os chineses. Estou mesmo a ver a nato a autorizar a aquisição de equipamento ou munições deles

Larga o vinho  :mrgreen:

A OTAN não tem de autorizar, até porque seria somente munição e num sistema de armas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3199 em: Dezembro 10, 2023, 02:33:35 pm »
Lá anda o pessoal a achar que a NATO manda no material militar que os países compram (se calhar em Portugal devia  :mrgreen:), então os gregos e os turcos não compraram material russo no passado? Não me parece que foram pedir permissão à NATO.

O dinheiro é de quem? São países soberanos.

É verdade que é algo incompatível com o material dos outros países NATO, mas podem comprar.
« Última modificação: Dezembro 10, 2023, 02:35:49 pm por Lightning »
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3200 em: Dezembro 10, 2023, 02:38:56 pm »
Tá bem pronto. Não batam mais no ceguinho
queria ver isso acontecer
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3201 em: Dezembro 10, 2023, 02:42:03 pm »
Não pode ser sequer opção. Comprar munição ao (potencial) inimigo seria completamente absurdo. Ainda por cima estar a comprar munições para uma arma que é inferior ao que se faz na NATO.  :o
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3202 em: Dezembro 10, 2023, 02:45:12 pm »
O pouco material que Portugal compra tem forçosamente de ser compatível com os aliados, mas (e era aqui o importante do meu texto) não tenho conhecimento que exista qualquer tipo de vistoria ou pedido de autorização previo, por nenhuma entidade da NATO à compra de material militar.

Perguntamos à NATO se podiamos comprar o KC390 ao Brasil?
« Última modificação: Dezembro 10, 2023, 02:47:39 pm por Lightning »
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3203 em: Dezembro 10, 2023, 02:55:07 pm »
Mesmo que as aquisições fossem equivalentes, a nível geopolítico é bem diferente. Em que o Brasil ainda goza do estatuto de parceiro estratégico (e que dependendo da presidência, até se aproxima mais como "aliado" da NATO), já a China é um adversário declarado.

A NATO tipicamente não diz nada, mas ao ver um estado membro a comprar munições à China, as reacções devem ser algo deste género:
 

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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3204 em: Dezembro 10, 2023, 03:01:59 pm »
Entretanto, aqui há dias falava-se por aqui sobre as funções dos navios portugueses no SNMG, e essencialmente dizia-se que as fragatas actuais servem perfeitamente para as ameaças prováveis.

Entretanto vemos aqui mais um exemplo de como missões "simples", obrigam a navios muito mais capazes do que os que possuímos:
https://x.com/hoje_no/status/1733643925783457925?s=20

Hoje é no Mar Vermelho e no Golfo de Adem, amanhã pode ser no Mediterrâneo ou na costa ocidental de África.
 

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CruzSilva

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3205 em: Dezembro 10, 2023, 03:12:57 pm »
Lá anda o pessoal a achar que a NATO manda no material militar que os países compram (se calhar em Portugal devia  :mrgreen:), então os gregos e os turcos não compraram material russo no passado? Não me parece que foram pedir permissão à NATO.

O dinheiro é de quem? São países soberanos.

É verdade que é algo incompatível com o material dos outros países NATO, mas podem comprar.
Que eu saiba esse material foi comprado antes de a OTAN declarar a Rússia adversário estratégico - algo que só aconteceu o ano passado.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3206 em: Dezembro 10, 2023, 03:29:17 pm »
Nós até despachámos munições dessas quando vendemos as JB ao Uruguai
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3207 em: Dezembro 10, 2023, 04:16:16 pm »
Eu só estava a falar do ponto de vista formal ser preciso qualquer tipo de autorização, um documento do género "A NATO (entidade X) autoriza o governo de Portugal a comprar o equipamento Y ao pais Z".

Também não acredito que vamos comprar munições à China, acredito que se precisarmos a França ainda tenham muitas, logo eles que são tão cuidadosos com a sua autonomia, que não querem depender de terceiros, quando acabarem com essas armas nos navios deles ainda deverão ter um bom lote armazenado.
« Última modificação: Dezembro 10, 2023, 04:16:43 pm por Lightning »
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3208 em: Dezembro 10, 2023, 07:50:45 pm »
A propósito dos drones tão em voga

Citar
On December 9, the Languedoc Multi-Mission Frigate (FREMM) of the French Navy shot down two drones that were heading straight towards it, coming from the coast of Yemen.

The interception and destruction of these two identified threats took place around 9:30 p.m. then around 11:30 p.m. (French time) 110 km from the coast of Yemen, near Al Hudaydah.

The Languedoc multi-mission frigate operates in the Red Sea under national chain of command.



https://www.navalnews.com/naval-news/2023/12/french-fremm-frigate-languedoc-intercepts-two-drones-off-yemen/
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #3209 em: Dezembro 10, 2023, 07:58:20 pm »
Noticia em português relatando o abate dos drones:

https://observador.pt/2023/12/10/fragata-francesa-abate-dois-drones-oriundos-do-iemen-no-mar-vermelho/

Pergunto . As nossas teriam capacidade para tal?
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