A questão é exactamente essa.
O conjunto, neste momento é (ainda) favorável à FAB por causa da capacidade AEW dada pelos EMB-145/Erieye, mas essa situação, foi prevista anteriormente às aquisições que ocorreram na América Latina.
No papel, a FAB tem realmente a vantagem, mas essa vantagem é-lhe dada por um numero muito reduzido de aeronaves, das quais depende a capacidade brasileira.
Ou seja: Os aviões de vigilância do espaço aéreo, tornam-se o primeiro alvo a atingir, seja porque meio for, porque a sua destruição torna possível o controlo do espaço aéreo.
Assim, em qualquer conflito, os primeiros alvos de forças irregulares, seriam os aviões EMB-145.
Para o Brasil, é um risco muito grande, ter a sua defesa aérea nas mãos de um numero muito pequeno de aeronaves, porque não há um "plano B" eficiente.
A FAB vai sempre precisar de aviões AEW, mas se por algum acaso não puder contar com eles, precisa de um numero de aeronaves modernas que possam fazer pesar os pratos da balança, mesmo sem as aeronaves AEW.
Por isso o próprio programa FX já não fazia sentido. A verdade é que os 12 aviões a adquirir são já muito pouco para que o Brasil mantenha uma capacidade de dissuasão adequada.
Essa necessidade, é mais importante, quando importante é o factor prestigio.
Da forma como vão as coisas, o Brasil pode ser muito maior que a Venezuela, mas o prestigio em termos de opinião pública na região acaba ficando muito "chamuscado" quando um país mais pequeno consegue acenar com uma força aérea com aeronaves mais poderosas e eficientes.
Cumprimentos