Invasão da Ucrânia

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Lightning

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #195 em: Outubro 06, 2022, 10:44:23 pm »
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Os EUA sozinhos conseguem destruir o Planeta inteiro...mas a Rússia também consegue, estás a perceber porque razão a UE não se vai meter ?

Eu estava a falar em capacidade convencional, principalmente poder aéreo, não estava a falar em capacidade nuclear, acho que não tem lógica a resposta a uma ataque nuclear russo na Ucrânia ser um ataque nuclear americano na Ucrânia, o governo ucraniano não ia gostar muito dessa "ajuda".

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Os russos não estão sozinhos , temos a quase totalidade do mundo não-ocidental (incluindo as ex províncias ultramarinas portuguesas  Angola e Moçambique) que, no mínimo se abstêm. Estão todos desertinhos para se vingar da velha Europa conquistadora .

Pois, na ONU essa "quase totalidade do mundo não-ocidental" que se absteve são 35 paises, em comparação tivemos 141 paises que apoiaram a resolução contra a Rússia.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_ES-11/1
« Última modificação: Outubro 06, 2022, 10:47:07 pm por Lightning »
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #196 em: Outubro 06, 2022, 10:49:52 pm »
Pois, na ONU essa "quase totalidade do mundo não-ocidental" que se absteve são 35 paises, em comparação tivemos 141 paises que apoiaram a resolução contra a Rússia.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_ES-11/1

A matemática é "fake"!!!  Obviamente 35 de 193 países são a quase totalidade!! 
 

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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #197 em: Outubro 07, 2022, 12:02:56 am »
Existem informações de que na Russia estão a recrutar homens de meia idade. As empresas estão a começar a levantar objeções porque não podem trabalhar sem funcionários chave e experientes. Este problema foi já dos ucranianos, mas na Ucrania toda a gente entende o porquê, na Russia não faz sentido que uma simples e pequena operação militar especial, esteja a provocar tantos problemas.

Os estropiados começaram já a voltar a casa. Esses são os mais dificeis de calar. Em Portugal no inicio da década de 70, os mutilados de guerra criticavam o regime abertamente no meio da rua. A PIDE tinha dificuldade em controlar pessoas que se tinham afinal, sacrificado pelo país.
Ao contrário do que se pensa, não são os mortos da guerra que levam as pessoas a criticar o regime, são os vivos, mutilados que regressam a casa.

Há muita gente que segue as regras e cumpre as leis da mobilização, mas há uma contestação gritante entre os mais jovens.
(Em Portugal, quando começaram a enviar  à força universitários contestatários para a guerra, todos sabemos no que isso deu).

Os russos começaram a discutir na rua, a possibilidade de a Ucrania atacar a Crimeia. Neste momento, um ataque à Crimeia é visto com mais probabilidade na Russia que fora dela.

Tudo isto, remete para o passado, como já referi, remete para a I guerra mundial.

Mais que nunca, Putin não pode ir para lado nenhum.
Se o Putin desaparece, as republicas vão todas começar à porrada umas com as outras.
A esta hora o terrorista islamico Kadirov, já está a meter as suas vastas barbas de molho e já deve ter reservado uma duzia de mísseis com ogivas nucleares tácticas, porque a Chechenia será das primeiras a sair da federação russa.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #198 em: Outubro 07, 2022, 12:51:01 am »
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Os EUA sozinhos conseguem destruir o Planeta inteiro...mas a Rússia também consegue, estás a perceber porque razão a UE não se vai meter ?

Eu estava a falar em capacidade convencional, principalmente poder aéreo, não estava a falar em capacidade nuclear, acho que não tem lógica a resposta a uma ataque nuclear russo na Ucrânia ser um ataque nuclear americano na Ucrânia, o governo ucraniano não ia gostar muito dessa "ajuda".

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Os russos não estão sozinhos , temos a quase totalidade do mundo não-ocidental (incluindo as ex províncias ultramarinas portuguesas  Angola e Moçambique) que, no mínimo se abstêm. Estão todos desertinhos para se vingar da velha Europa conquistadora .

Pois, na ONU essa "quase totalidade do mundo não-ocidental" que se absteve são 35 paises, em comparação tivemos 141 paises que apoiaram a resolução contra a Rússia.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_ES-11/1

Entre os países que votaram contra a agressão russa quantos é que se associaram às sanções ?
Na realidade, a maioria dos países ,mesmo condenando a agressão, não assumiram na pratica qualquer tipo de sanção ; mesmo entre os países da UE temos países que levantam obstáculos às sanções. Em África e na América do Sul, a maioria condenou a "ação" mas não o autor da mesma, e porquê ?

Se os EUA atacarem diretamente a Rússia e estes se virem apertados,  o vector nuclear deixa de ser unicamente dissuasivo.
Ao anexar as regiões separatistas incorporando-as de facto no território nacional,  a Rússia automaticamente colocou as ditas regiões debaixo do seu guarda-chuva nuclear, e isto significa exatamente o quê ?  Ficam-se pelo convencional se forem batidos e humilhados ?
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #199 em: Outubro 07, 2022, 12:58:20 am »
Se os EUA atacarem diretamente a Rússia e estes se virem apertados,  o vector nuclear deixa de ser unicamente dissuasivo.
Ao anexar as regiões separatistas incorporando-as de facto no território nacional,  a Rússia automaticamente colocou as ditas regiões debaixo do seu guarda-chuva nuclear, e isto significa exatamente o quê ?  Ficam-se pelo convencional se forem batidos e humilhados ?

Os ucranianos estão fartos de reconquistar território nas regiões "anexadas", além disso a ucrania já atacou por várias vezes a crimeia e até território russo (belgorod, por exemplo).
Onde está a reacção nuclear russa?  Cão que ladra não morde...
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #200 em: Outubro 07, 2022, 01:12:56 am »
Existem informações de que na Russia estão a recrutar homens de meia idade. As empresas estão a começar a levantar objeções porque não podem trabalhar sem funcionários chave e experientes. Este problema foi já dos ucranianos, mas na Ucrania toda a gente entende o porquê, na Russia não faz sentido que uma simples e pequena operação militar especial, esteja a provocar tantos problemas.

Os estropiados começaram já a voltar a casa. Esses são os mais dificeis de calar. Em Portugal no inicio da década de 70, os mutilados de guerra criticavam o regime abertamente no meio da rua. A PIDE tinha dificuldade em controlar pessoas que se tinham afinal, sacrificado pelo país.
Ao contrário do que se pensa, não são os mortos da guerra que levam as pessoas a criticar o regime, são os vivos, mutilados que regressam a casa.

Há muita gente que segue as regras e cumpre as leis da mobilização, mas há uma contestação gritante entre os mais jovens.
(Em Portugal, quando começaram a enviar  à força universitários contestatários para a guerra, todos sabemos no que isso deu).

Os russos começaram a discutir na rua, a possibilidade de a Ucrania atacar a Crimeia. Neste momento, um ataque à Crimeia é visto com mais probabilidade na Russia que fora dela.

Tudo isto, remete para o passado, como já referi, remete para a I guerra mundial.

Mais que nunca, Putin não pode ir para lado nenhum.
Se o Putin desaparece, as republicas vão todas começar à porrada umas com as outras.
A esta hora o terrorista islamico Kadirov, já está a meter as suas vastas barbas de molho e já deve ter reservado uma duzia de mísseis com ogivas nucleares tácticas, porque a Chechenia será das primeiras a sair da federação russa.

Uma nação de cerca de 150 milhões de habitantes não precisa de mobilizar homens de meia-idade para reunir um exército de  2 ou  3 milhões de soldados  . Basta calcular a capacidade de mobilização de um país em relação ao numero dos seus habitantes.
Uma mobilização geral na Rússia significa mais de 10 milhões de militares (homens aptos dos 20 aos 40 anos) , assim por alto. 
Um país com a população da Rússia, mobilizar 1 000 000 de homens (falam de 300 000 o que é um logro) não precisa absolutamente nada de recrutar pessoal com mais de 40 anos. Depois temos todos os erros que foram ou são cometidos pelos distritos de recrutamento que chamam gente que não deveriam chamar por razões de idade, inaptidão, etc. estes erros são aproveitados pelo outro lado que, claro está, afirmam que os russos chegaram ao ponto de recrutar "velhos" para completar as suas brigadas.

Se houver um desmoronamento do regime acredito que vai acontecer o que o PT disse : o desmembramento do império...este é o verdadeiro objetivo dos anglo-saxões : acabar com um "gigante"  que se não for destruído será sempre um adversário à sua altura, para não falar dos recursos que passarão a estar à disposição tal como aconteceu na Ucrânia onde parte considerável das terras agrícolas são propriedade de empresas estrangeiras.
« Última modificação: Outubro 07, 2022, 01:34:28 am por legionario »
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #201 em: Outubro 07, 2022, 02:12:58 am »
Entretanto, vamos lá usar um pouco o cérebro. Não acham coincidência a mais que, depois da sabotagem do Nordstream, se ouvem acusações entre os países do Ocidente? E agora vão-me explicar quem ganha com estas discórdias?  ::)

Reparem também que, para muitos, a conversa anda sempre em torno do gás. Gás, gás, gás. Crimes de guerra? Invasão de um país soberano? Não importa, gás, gás, gás.

E eu agora pergunta, se a Rússia invadisse a Finlândia, sob mais um pretexto da treta de "territórios separatistas", o que os amigos do gás aconselham? O Ocidente ficar parado a ver? A Finlândia não se defender, para o resto da Europa não "sofrer" sem os luxos a que está habituada? Até quando é que se atinge o limite do aceitável, e se faz alguma coisa?

Se acham que o gás é problemático, esperem até o dia em que haja guerras por água potável ou por alimentos, esses sim essenciais para a sobrevivência. Imaginem se um só país tivesse todo o monopólio de água ou alimentos da Europa, era uma bela merda não era?

Entretanto, acho curioso ver aqueles argumentos de "os anglo-saxões não são de confiança", pelas mesmas pessoas que dizem que devíamos abraçar a Rússia, e aceitar sem pensar duas vezes em nos tornar-mos totalmente dependentes deles a nível de energia. Então uns não são de confiança, mas os russos já são?  ::)

Também acho curioso que muitos que criticam a deslocalização da indústria para a China, por ser barato, têm um critério diferente para a dependência europeia da Rússia, pelo gás ser mais barato.

Entretanto, ainda antes da guerra, fez-se uma pergunta, que era: porque é que não se tenta depender menos do gás russo, para evitar uma posição de chantagem no futuro? À qual os gásodependentes nunca souberam responder.

Para além da Europa precisar dos recursos russos (quais as alternativas  quando caminhamos para uma penúria a nível global ?)   há outros fatores a levar em conta, um deles prende-se com a nossa falta de meios para fazer de justiceiro e castigar os maus da fita : a Europa não tem exército, lembra-se ?  e mesmo que tivesse, acredite que uma guerra com uma potência nuclear não iria restabelecer a justiça e o direito internacionais. Seríamos destruídos, tem duvidas ? Ficava-nos a fraca consolação de não perecer sozinhos, os maus morreriam também... mas qual a vantagem para nós ?

Os países que, tão descaradamente, invadem outros países devem ser "punidos", aliás já deveríamos ter pensado nisso há mais tempo, mas como restabelecer o direito internacional se não temos força para isso ?
 
As sanções contra a Rússia castigam mais duramente os europeus do que os russos ; os americanos não se importam nada pois para eles tem sido tudo lucro. 
Nós europeus temos que reconhecer que perdemos e vamos continuar a perder se persistimos num conflito e numa escalada de sanções que nos destroem. Fazemos o quê ? indignados com a injustiça e os crimes vamo-nos suicidar contra a Rússia ?

Perdemos e resta-nos aprender com a derrota e mudar as coisas .Podemos certamente continuar com a escalada de sanções, veremos no que vai dar.
Acredito também que o agravar das condições de vida dos europeus vai levar a um extremar de posições, na prática isso vai-se refletir no voto dos cidadãos com governos anti UE a subir ao poder.

A Rússia que tantos pecados espalhou pelo mundo  também é Europa, não nos esqueçamos disso.
Idealmente a UE  e a Rússia deveriam, se sobreviverem a este conflito,  criar no futuro condições para uma aproximação pois ambos precisam  um do outro.
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #202 em: Outubro 07, 2022, 11:29:29 am »
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Uma nação de cerca de 150 milhões de habitantes não precisa de mobilizar homens de meia-idade para reunir um exército de  2 ou  3 milhões de soldados  . Basta calcular a capacidade de mobilização de um país em relação ao numero dos seus habitantes.
Uma mobilização geral na Rússia significa mais de 10 milhões de militares (homens aptos dos 20 aos 40 anos) , assim por alto.

Portanto a Ucrania terá capacidade para reunir facilmente um exército de até 800.000 homens e uma mobilização geral na Ucrânia levaria a um exército de quase 3 milhões de homens ...
Às vezes esquecemo-nos da dimensão demográfica da Ucrânia. E esquecemos que 3 milhões de pessoas irritados por lhe terem queimado a casa, e invadido o seu país, vão sempre lutar mais e melhor ...


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Os países que, tão descaradamente, invadem outros países devem ser "punidos", aliás já deveríamos ter pensado nisso há mais tempo, mas como restabelecer o direito internacional se não temos força para isso ?
Se um criminoso invadir a nossa casa, e nos roubar porque é mais forte e está armado, isso não dá razão ao criminoso. Deste ponto de vista, quando o assaltante é mais forte, a culpa é nossa (onde é que eu já ouvi isto).  :mrgreen:
A razão e o direito existem sempre, mesmo se forem postos em causa e não forem respeitados.

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As sanções contra a Rússia castigam mais duramente os europeus do que os russos ; os americanos não se importam nada pois para eles tem sido tudo lucro.
Esta afirmação não faz o mais pequeno sentido. As sanções como toda a gente no governo da Russia sabia, serão devastadoras sempre a medio e longo prazo. Os europeus sabiam que a Russia sabia disto e foram vivendo nesta ilusão.
Os russos, nunca acreditaram que a fraca e assustada Europa implementasse as sanções.

As sanções são devastadoras, o que se pode dizer, não é que as sanções afetam mais os europeus, o que é um total absurdo, mas que os Russos, porque vivem debaixo da pata de uma ditadura, são obrigados a resistir melhor (ou mais) que os europeus. Um europeu pode protestar contra as sanções com o voto, um russo, cala e come.

E sim, todas as ditaduras têm esta vantagem. Podem reprimir a opinião pública e matar a oposição, mas isso não quer dizer que o povo não sofra brutalmente mais.

Portanto: É absolutamente absurdo afirmar que sanções que cortam o abastecimento de combustíveis, acabam com a industria automóvel, destroem o turismo, arruinam o sistema financeiro são menos graves, que sanções que aumentam o preço dos combustiveis.
Agora, os russos estão mais habituados a sofrer, que os europeus... (e mesmo que não estejam, não têm escolha)

O problema, é que os ucranianos estão ainda mais habituados a sofrer que os russos.
Estão mil vezes mais motivados que os russos, e atrás deles, têm não só a industria europeia, como a britânica e claro a americana.
E essas industrias, ainda que a preços mais caros, vão continuar a produzir.


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Nós europeus temos que reconhecer que perdemos e vamos continuar a perder se persistimos num conflito e numa escalada de sanções que nos destroem. Fazemos o quê ? indignados com a injustiça e os crimes vamo-nos suicidar contra a Rússia ?
Mais do mesmo.
Eu estou certo que o Putin e o camarada Jerónimo gostariam disso. Aliás este tipo de ladainha já vem do tempo da guerra fria. Nós não tinhamos como resistir à União Soviética, era uma questão de tempo até a gloria do socialismo triunfar sobre a sociedade podre do capitalismo americano.

Estou certo que render-se é a solução, completamente...  :mrgreen:  :mrgreen:  :mrgreen:  mas é que, completamente ... É que é já ...

- Render-se perante um exército que no terreno, foge, abandona material sem o destruir, e que perde terreno para um país três vezes mais pequenos.
- Render-se à chantagem do governo titere de um país amordaçado e aterrorizado pela violencia de uma oligarquia atroz e cruel.
- Render-se perante um país que nos chantageia e nos ameaça a toda a hora.
- Render-se perante um império que para existir tem que continuar a expandir-se (como todos os impérios) e que ou é travado agora, ou continuará a agredir.

Sim,
Devemos render-nos ao bully da escola, devemos render-nos ao assaltante que nos rouba a casa, devemos entregar a carteira ao carteirista... Essa é sem dúvida a opção.

Devemos ser uns carneiros domesticados que baixam a cabeça.

Eu por mim, nasci num país que contra uma enorme superioridade numérica, ainda assim insistiu em lutar, e depois de 28 anos de guerra acabou por ganhar. Hoje é até difícil de entender o que são 28 anos de guerra, e não foi a guerra dos 100 anos, entre países divididos pelo mar.

E todos os países da atual UE de uma forma ou de outra sofreram na carne a guerra, a fome e a miséria, por muito que muitos tenham esquecido isso.

As guerras não são jogos de computador, em que quando atingimos uma determinada situação sabemos que não é possível recuperar.

Mas claro, o inimigo vai sempre aconselhar a que baixemos os braços, baixemos a cabeça, nos ajoelhemos e peçamos desculpa por querermos ser livres.
« Última modificação: Outubro 07, 2022, 11:31:40 am por papatango »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #203 em: Outubro 07, 2022, 02:46:19 pm »
Boa tarde,

Gabo a paciência de repetir vezes em conta, o mesmo aos mesmos, nomeadamente o simples' facto de um povo ter direito a resistir, a lutar pelo seu pais, etc. e que isso ultrapassa muitas vezes a geopolítica, as teorias de conspirações etc...

Sobre esse assunto a um saída rápida para guerra , como disse hoje a primeira ministra da Finlândia.

"  Perguntaram p/a primeira-ministra finlandesa Sanna Marin se haveria uma "saída honrosa" de Putin da Ucrânia. Ela responde: "A única saída da Rússia da Ucrânia é a Rússia se retirar da Ucrânia"."

Posto isto, li e concordando até, com que a Ucrânia poderá estar a chegar ao seu ponto de culminação, mas não tendo dados sobre as reais forças da Ucrânia atualmente, o que se tem assistido no redes socias, e até nas comunicação social, é o contrario, nomeadamente desde a Rússia ser o maior de fornecedores de armas da Ucrânia.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/a-russia-e-quem-mais-armas-fornece-a-ucrania-tropas-fogem-e-deixam-tudo-para-tras

https://pbs.twimg.com/media/FeeBvlPXEAIhYte?format=jpg&name=medium

Até a vários comentários e rumores  de a possibilidade da grande ofensiva da Ucrânia ainda estar por acontecer,  e que esta será na zona zaprogiia com intuído de conquistar Melitopol, e aqui inclui-o coronel Mendes Dias, que afirmou que “especulando” que tinha um filing que iria existir um terceira ofensiva nesta zona

Apesar de fazer sentido em termos estratégicos, após duas ofensivas nos flancos,  iniciar uma terceira ofensiva nesta zona ( meio), será um bluff, ou a Ucrânia tem mais “supressas” na manga tal como tem vindo a habituar?

off topic
https://1tv.ge/lang/en/news/georgian-defence-forces-get-nato-standard-armoured-vehicles-from-turkey/

Georgian Defence Forces will procure NATO-standard armoured vehicles from Turkey, following an agreement inked between the two nations at the Georgian Defense Ministry.

ASFAT Company, a Turkish state-owned defence contractor overseen by the Turkish Ministry of National Defense, will supply the armoured vehicles.

“Equipping the Georgian Defence Forces with the indicated armoured vehicles would greatly assist in improving Georgia’s defence capabilities and enhancing Georgia-Turkey cooperation,” the Defense Ministry stated.
« Última modificação: Outubro 07, 2022, 07:17:12 pm por Malagueta »
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #204 em: Outubro 07, 2022, 03:04:03 pm »
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Os EUA sozinhos conseguem destruir o Planeta inteiro...mas a Rússia também consegue, estás a perceber porque razão a UE não se vai meter ?

Eu estava a falar em capacidade convencional, principalmente poder aéreo, não estava a falar em capacidade nuclear, acho que não tem lógica a resposta a uma ataque nuclear russo na Ucrânia ser um ataque nuclear americano na Ucrânia, o governo ucraniano não ia gostar muito dessa "ajuda".

Citar
Os russos não estão sozinhos , temos a quase totalidade do mundo não-ocidental (incluindo as ex províncias ultramarinas portuguesas  Angola e Moçambique) que, no mínimo se abstêm. Estão todos desertinhos para se vingar da velha Europa conquistadora .

Pois, na ONU essa "quase totalidade do mundo não-ocidental" que se absteve são 35 paises, em comparação tivemos 141 paises que apoiaram a resolução contra a Rússia.
https://en.m.wikipedia.org/wiki/United_Nations_General_Assembly_Resolution_ES-11/1

Entre os países que votaram contra a agressão russa quantos é que se associaram às sanções ?
Na realidade, a maioria dos países ,mesmo condenando a agressão, não assumiram na pratica qualquer tipo de sanção ; mesmo entre os países da UE temos países que levantam obstáculos às sanções. Em África e na América do Sul, a maioria condenou a "ação" mas não o autor da mesma, e porquê ?


Tu tens a certeza nisto?
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #205 em: Outubro 07, 2022, 03:05:36 pm »
Entretanto, vamos lá usar um pouco o cérebro. Não acham coincidência a mais que, depois da sabotagem do Nordstream, se ouvem acusações entre os países do Ocidente? E agora vão-me explicar quem ganha com estas discórdias?  ::)

Reparem também que, para muitos, a conversa anda sempre em torno do gás. Gás, gás, gás. Crimes de guerra? Invasão de um país soberano? Não importa, gás, gás, gás.

E eu agora pergunta, se a Rússia invadisse a Finlândia, sob mais um pretexto da treta de "territórios separatistas", o que os amigos do gás aconselham? O Ocidente ficar parado a ver? A Finlândia não se defender, para o resto da Europa não "sofrer" sem os luxos a que está habituada? Até quando é que se atinge o limite do aceitável, e se faz alguma coisa?

Se acham que o gás é problemático, esperem até o dia em que haja guerras por água potável ou por alimentos, esses sim essenciais para a sobrevivência. Imaginem se um só país tivesse todo o monopólio de água ou alimentos da Europa, era uma bela merda não era?

Entretanto, acho curioso ver aqueles argumentos de "os anglo-saxões não são de confiança", pelas mesmas pessoas que dizem que devíamos abraçar a Rússia, e aceitar sem pensar duas vezes em nos tornar-mos totalmente dependentes deles a nível de energia. Então uns não são de confiança, mas os russos já são?  ::)

Também acho curioso que muitos que criticam a deslocalização da indústria para a China, por ser barato, têm um critério diferente para a dependência europeia da Rússia, pelo gás ser mais barato.

Entretanto, ainda antes da guerra, fez-se uma pergunta, que era: porque é que não se tenta depender menos do gás russo, para evitar uma posição de chantagem no futuro? À qual os gásodependentes nunca souberam responder.

Para além da Europa precisar dos recursos russos (quais as alternativas  quando caminhamos para uma penúria a nível global ?)   há outros fatores a levar em conta, um deles prende-se com a nossa falta de meios para fazer de justiceiro e castigar os maus da fita : a Europa não tem exército, lembra-se ?  e mesmo que tivesse, acredite que uma guerra com uma potência nuclear não iria restabelecer a justiça e o direito internacionais. Seríamos destruídos, tem duvidas ? Ficava-nos a fraca consolação de não perecer sozinhos, os maus morreriam também... mas qual a vantagem para nós ?

Os países que, tão descaradamente, invadem outros países devem ser "punidos", aliás já deveríamos ter pensado nisso há mais tempo, mas como restabelecer o direito internacional se não temos força para isso ?
 
As sanções contra a Rússia castigam mais duramente os europeus do que os russos ; os americanos não se importam nada pois para eles tem sido tudo lucro. 
Nós europeus temos que reconhecer que perdemos e vamos continuar a perder se persistimos num conflito e numa escalada de sanções que nos destroem. Fazemos o quê ? indignados com a injustiça e os crimes vamo-nos suicidar contra a Rússia ?

Perdemos e resta-nos aprender com a derrota e mudar as coisas .Podemos certamente continuar com a escalada de sanções, veremos no que vai dar.
Acredito também que o agravar das condições de vida dos europeus vai levar a um extremar de posições, na prática isso vai-se refletir no voto dos cidadãos com governos anti UE a subir ao poder.

A Rússia que tantos pecados espalhou pelo mundo  também é Europa, não nos esqueçamos disso.
Idealmente a UE  e a Rússia deveriam, se sobreviverem a este conflito,  criar no futuro condições para uma aproximação pois ambos precisam  um do outro.

Para algumas pessoas parece que vestem palas todos os dias!
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #206 em: Outubro 07, 2022, 05:28:28 pm »
A Rússia faz parte do pequeno grupo de potências que ao longo das últimas décadas invadiu, ocupou e pilhou outras nações e os seus recursos. A reação a esta invasão por parte da comunidade internacional é de uma amplitude nunca antes vista ; tal reação não foi constatada quando os EUA invadiram , ocuparam e pilharam o Iraque. Acredito que, com este precedente, os EUA pensarão duas vezes antes de invadir novamente outro país.

Portugal, no passado,  também foi vitima das ações da Rússia... ou não foi este país que exportou, para além da sua ideologia, armas e dinheiro para alimentar os movimentos terroristas na antiga África portuguesa ?
Não foram só os russos a alimentar o terrorismo contra Portugal, mas foram eles quem mais se empenhou contra nós.
Eu sei que foram os nossos aliados americanos que financiaram a UPA, responsável pelos massacres de 61 em Angola, mas a verdadeira força contra Portugal provinha de Moscovo e a ideologia que animava os terroristas também tinha o seu berço em Moscovo ; desengane-se quem, aqui no Forum, me associa ao Jerónimo ou a marxistas ; estão redondamente enganados !!
Desengane-se também quem pensa que tenho uma especial simpatia pela Rússia, apesar de reconhecer em Putin um verdadeiro líder...um verdadeiro chefe... mas de uma equipa adversária. 

Explicação dada sobre a minha posição voltemos ao tabuleiro do jogo :
- Que trunfos temos para sairmos inteiros deste conflito ?  Uma reação militar da nossa parte é impensável pois não temos os meios para isso, viramo-nos então para uma reação de cariz econômico : as sanções.
O PT (e outros lacaios dos states) afirmam que estas sanções estão a penalizar os russos e a pô-los de rastos mas isso serve-nos de consolação quando nós europeus também estamos de rastos  ?

- Que sanções são estas que nos obrigam a comprar a energia russa mas passando por intermediários (como a Índia e a Arábia Saudita, entre muitos) que nos revendem a energia que compraram à Rússia . Estamos, tal e qual como antes a comprar produtos russos mas, para salvaguardar as aparências, revendidas por especuladores que, au passage, enchem os bolsos.
Acham estas sanções aceitáveis ou acham tal como eu, que há países , empresas e traficantes a lucrar fortunas à custa dos europeus com as mais-valias que encaixam com a revenda da mercadoria russa ?

Já escrevi antes que eu sou e sempre serei leal à minha equipa (Portugal e a Europa), apoiarei a minha equipa sejam quais foram as circunstancias mas não me sinto obrigado a concordar com todas as  iniciativas da oligarquia não eleita que nos subjuga.

Não simpatizo mesmo nada com o Elon Musk   mas concordo inteiramente com o seu "plano" para a paz : reconhecimento da anexação da Crimeia e dos territórios russófonos.
 
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papatango

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #207 em: Outubro 07, 2022, 08:09:49 pm »
Citação de: Malagueta
Posto isto, li e concordando até, com que a Ucrânia poderá estar a chegar ao seu ponto de culminação, mas não tendo dados sobre as reais forças da Ucrânia atualmente, o que se tem assistido no redes socias, e até nas comunicação social, é o contrario, nomeadamente desde a Rússia ser o maior de fornecedores de armas da Ucrânia.

Naturalmente não temos como saber se os ucranianos ainda têm ou não capacidade para mais ofensivas.
A possibilidade de uma ofensiva no setor central na região de Zaporizhia, sinceramente vejo-a como remota, no entanto os fornecimentos continuam, por parte dos americanos e dos britânicos.

O que posso dizer é que ...
Se a Ucrânia ainda tiver algum trunfo na manga, então da mesma forma que eu disse nos primeiros dias da guerra, com base no comportamento das tropas russas «Como é que os russos querem ganhar esta guerra», eu teria que dizer, «Como é que os russos podem evitar perder a guerra»

Se esses recursos existirem, isso implicaria que os ucranianos, dosearam à perfeição os recursos gastos tanto na ofensiva a norte como a sul. E implicaria que, mesmo que os russos recrutassem mais 600.000 homens, isso não tivesse qualquer relevância.

Ou seja, eu acho que não se deve subestimar os adversários e os russos, quando encostados à parede são teimosos. O problema para eles, é que os ucranianos são pelo menos tão teimosos quanto eles e têm uma razão para lutar.


E a razão para lutar é neste momento a maior dor de cabeça para o ditador russo. Eles tentam dizer que estão a ser atacados pela NATO e que é tudo um grande plano dos malvados ocidentais para tomar a Rússia sagrada, mas não está a resultar muito bem.

Os russos querem uma Russia grandiosa, beligerante, orgulhosa, mas não querem morrer por ela.
À boa maneira dos tempos de Estaline, o recrutamento está a correr tão mal, que já há milhares de soldados recrutados, armados e fardados, que estão a ser mandados de volta porque não estão em condições de lutar.

E cada vez mais, a Russia terá um exército de coxos e aleijados. As coisas poderão estar a preparar-se para o grupo terrorista Wagner assumir posições na retaguarda para assassinar os soldados russos. Mas isso só vai provocar mais problemas.


Putin está neste momento encostado à parede e acuado.
A facilidade da vitória na Georgia, o esquema dos homenzinhos verdes na Crimeia, a invasão do Don Bass em 2014, levaram-no a fazer uma jogada perigosa, que poderia ser um glorioso triunfo, mas também poderia ser uma catástrofe, que poderia levar à implosão da Russia.

As coisas estão mais para a segunda hipótese que para a primeira.

O grande problema dos ditadores, tanto os comunistas como os fascistas, é que não são capazes de entender a opinião publica numa democracia.

Para eles, basta tentar convencer o eleitor que fica melhor e mais descansado se não fizer nada. Render-se é a melhor possibilidade, porque custa menos dinheiro, ninguém morre...

Mas não é assim que a mente da maior parte das pessoas numa democracia funciona.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #208 em: Outubro 07, 2022, 08:47:29 pm »
 

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Lusitaniae

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #209 em: Outubro 08, 2022, 02:44:08 am »
Aqui estão os 113 tugas na Ucrânia!

https://twitter.com/i/status/1578107761652539392
Abbati, medico, potronoque intima pande