Enquadramento Politico-Estratégico
Marrocos é o pais de religião islâmica mais próximo da Europa ocidental tendo fronteiras marítimas com o Reino Unido (Gibraltar), Espanha e Portugal possuindo mesmo fronteiras terrestres com a Espanha (Ceuta e Mellila) tendo havido no passado um grave incidente fronteiriço no Rochedo de Perejil.
Marrocos tem sido um importante aliado do Ocidente e dos EUA tendo mesmo o estatuto de aliado privilegiado da NATO.
É deste pais que partem emigrantes ilegais provenientes de toda África para tentar alcançar as costas de Espanha, dos seus portos saem também lanchas rápidas de tráfico de droga em direcção as praias espanholas e portuguesas.
Possui uma difícil relação com a Argélia, mantém um conflito armado de décadas com a Frente Polisário no Sahara Ocidental que anexou na sequência da retirada espanhola.
Possui uma população de aproximadamente 33 milhões de habitantes, umas forças armadas com compostas por 325 mil homens a que se juntam 45 mil homens numa força paramilitar e ainda 130 mil reservistas totalizando mais de 500 mil homens e cerca de 2500 tanques.
A sua Força Aérea possui cerca de 60 F-5, 50 Mirage (F-1 e 2000), 20 Alpha-Jet tendo chegado já os primeiros F-16 de um lote de mais de 20. A estes meios somam dezenas de helicópteros provenientes dos EUA e de França (Puma,Gazele,Chinook,BlackHawk).
A sua economia assenta no turismo, na agricultura, na exploração mineira e na indústria transformadora.
Portugal e Espanha possuem fortes interesses em áreas tão diversas como a construção civil, energia, telecomunicações, turismo ou pescas sendo juntamente com os EUA, a França e a Alemanha os principais parceiros comerciais de Marrocos.
Em termos geoestratégicos Marrocos domina o sul do Estreito de Gibraltar (apenas 11kms separam a Europa Ocidental da África Islâmica), tem amplo acesso à bacia do mediterrâneo, possui uma grande área de costa atlântica e por ultimo o importantíssimo gasoduto Magreb-europa atravessa o seu território vindo da Argélia.
Em termos políticos Marrocos possui um modelo de organização muito especifico visto que o parlamento é eleito e o Rei exerce um grande poder sobre o governo.
Golpe de Estado
A Frente Democrática do Islão com forte implementação no meio religioso, nos jovens, nas zonas rurais, nas camadas mais desfavorecidas e nas forças armadas desencadeou um golpe de estado ao fazer explodir o Parlamento aquando de uma sessão parlamentar com o Governo.
A FDI tomou o Palácio Real, assassinou o Rei e aprisionou o herdeiro do trono, invadiu as Embaixadas de Portugal, Espanha, França, Reino Unido e EUA, assegurou o controlo da Rádio Nacional bem como da TV Marroquina onde o General Al Khassar, sobrinho do Rei, apresentou-se como líder da FDI, acusou os EUA de terem disparado um Míssil sobre o Parlamento mostrando imagens dos destroços de um míssil Américano .
O reputado General Al Khassar acusou ainda os EUA de terem assassinado o Rei revelando as filmagens de corpos ocidentais envergando os uniformes típicos das empresas de mercenários e afirmou que as Forças Armadas estão prontas a deter uma invasão dos EUA. O General anunciou por último a formação de um Governo de Unidade Nacional e a realização de eleições gerais dentro de 3 meses tendo apresentado o seu programa político onde consta a defesa do Islão e a afirmação de Marrocos como motor do progresso no Magreb.
Países como Cuba, a Venezuela, a Dinamarca, a Líbia, a Coreia do Sul ou o Irão já reconheceram o novo Governo e alguns destes países já condenaram de forma pública e violenta o que apelidaram de monstruoso terrorismo americano contra o mundo árabe.
Os EUA negaram de forma enérgica as acusações e afirmam que se trata de um Golpe de Estado em Marrocos e que os EUA estão ser utilizados como bode expiatório.
Junto a diversas Embaixadas dos EUA concentraram-se violentas manifestações anti-EUA, em Marrocos o povo invade as ruas com conturbados protestos contra os EUA e contra os traidores a Marrocos e ao Islão. Correm rumores de diversos linchamentos públicos.
Algumas oposições democráticas aos governos de diversos países ocidentais condenaram também os EUA pelo seu horrível ataque à nação soberana de Marrocos, outras solicitam o devido esclarecimento do sucedido e alguns governos recusam-se a comentar o grave incidente internacional.
A FDI controla a Força Aérea, concentrou as aeronaves nos dois principais e bem defendidos aeroportos do país e colocou radares e baterias anti-aéreas perto da costa.
Os militares do Exercito Real capturados são mantidos presos num campo de prisioneiros, o terminal do Pipeline de Gás Natural foi encerrado e é controlado pela FDI que tomou ainda controlo da principal fabrica de produtos químicos e da principal central eléctrica.
A FDI concentrou os turistas ocidentais na zona costeira onde colocou os seus Mísseis Terra-Terra (alcance de 600kms) podendo assim atingir Lisboa e Madrid e deslocou Artilharia Pesada para a zona do estreito donde pode facilmente atingir Ceuta, Gibraltar, Algeciras bem como ameaçar toda a navegação entre o atlântico e o mediterrâneo.
Mais a leste um agrupamento de Artilharia posicionou-se perto de Melilla.
A única componente do Real Exercito Marroquino que se mantém coesa encontra-se no Sahara Ocidental contudo o carismático General Mohamed Idn está sem logística e sem meios aéreos, porém desencadeou um amplo movimento de incorporação de “voluntários”.
O General Mohamed Idn solicitou a muito urgente intervenção ocidental de forma a destruir ou a enfraquecer a FDI ainda nas horas iniciais do Golpe de Estado abrindo caminho para as suas forças, para o esclarecimento da população e para o regresso do país ao anterior status quo. Contudo o mesmo General colocou como condição prévia que os EUA não participassem visto que tal seria totalmente desastroso pois iria provocar a solidariedade do mundo islâmico e o incontornável reforço do apoio popular ao FDI.
No entendimento do referido General a operação para ter sucesso teria que ser discreta, limitada, ser imediatamente executada por tropas portuguesas e espanholas e de estar concluída em menos de 48 horas com a retirada de todas as forças cristãs.
A Argélia decretou a mobilização geral das suas Forças Armadas e na fronteira começam a chegar os primeiros refugiados marroquinos que são concentrados pelos militares em improvisados campos de refugiados.
Em Ceuta e em Melilla os civis estão a ser evacuados numa improvisada ponte aérea e marítima, o exercito espanhol formou um cordão sanitário em redor destes territórios e os refugiados marroquinos estão a montar acampamentos á volta, começaram a chegar às costas espanholas e algarvias as primeiras embarcações a transbordar de refugiados trazendo consigo histórias de prisões em massa e do inicio de uma guerra civil.
Rumores não confirmados de fuzilamentos desembarcaram também com os refugiados.
Operação Levante
O Golpe de Estado apanhou totalmente desprevenidos os Serviços Secretos ocidentais o que conciliado com o facto de que uma intervenção pública dos EUA poder efectivamente congregar todo o mundo islâmico num movimento internacional de solidariedade com a FDI e lançar o Magreb numa longa guerra de desgaste fez com que os EUA dessem luz verde à Operação Levante efectuada por forças especiais portuguesas e espanholas com o discreto apoio dos meios aéreos dos EUA, do Reino Unido e da França.
Estes três países irão secretamente enviar pequenos destacamentos de Operações Especiais para resgatar os respectivos Embaixadores.
Entretanto a NATO encontra-se a preparar uma vasta operação militar em Marrocos para o caso da Operação Levante não conseguir atingir os seus objectivos.
Noite de Sexta-Feira
Os meios aéreos britânicos concentram-se em Gibraltar onde num voo civil aterra secretamente o SAS.
Os meios aéreos dos EUA concentram-se na base aérea de Beja onde também aterra a Delta Force trajando uniformes portugueses.
Na Base Aérea de Morón concentram-se meios aéreos franceses bem como um destacamento da Legião estrangeira envergando uniformes espanhóis.
Em Portugal e Espanha as respectivas Forças Aéreas estão em alerta total e efectuam sucessivas missões de reconhecimento junto às costas marroquinas em articulação próxima com os outros meios aéreos da Nato.
As Forças Especiais de ambos os países estão também em alerta máximo verificando equipamentos e realizando exercícios de carácter muito específico.
Ao largo das costas do Algarve e da Andaluzia concentram-se vasos de guerra da NATO e muitos outros meios navais estão já a caminho visando salvaguardar essencialmente a segurança da navegação no estreito de Gibraltar.
O comando operacional luso-espanhol encontra-se a preparar a Operação Levante e a todo o momento poderá receber Luz Verde.
QUALQUER SEMELHANÇA COM A REALIDADE É MERA COINCIDÊNCIA.
(TRATA-SE DO CENÁRIO DE UM JOGO IBÉRICO DE AIRSOFT MILSIM QUE SE VAI REALIZAR NO ALGARVE)