Corrupção em Portugal

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123go

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« Responder #195 em: Março 19, 2009, 11:31:21 am »
A Justiça em Portugal só funciona com o Mário Machado até já o prendem sem haver queixa e a suposta vítima nega que tenha sido ele. :lol:

Realmente parece ter sido vingança depois da divulgação feita por Mário Machado no Fórum Nacional de documentos bancários de familiares do primeiro-ministro José Sócrates relacionados com offshores e corrupção.

Ele no fórum disse que já esperava ser preso por causa da divulgação daqueles factos contra a família do 1º ministro, e isso deve ter feito acelerar os processos criminais que existem contra ele.

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Lancero

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« Responder #196 em: Março 19, 2009, 11:39:52 am »
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Justiça/Luís Vilar: Financiamento ao PS de empreiteiro envolvido em alegada corrupção de presidente da Académica    

   Coimbra, 19 Mar (Lusa) -- Luís Vilar, vereador socialista na Câmara  de Coimbra, é acusado de crime de tráfico de influências por receber financiamento  para campanha eleitoral de um empreiteiro que figura num processo de corrupção  com o presidente da Académica.  

 

      O empreiteiro Emídio Mendes terá feito donativos para a campanha socialista  autárquica socialista em 2005 colocando o autarca, e presidente da concelhia  do PS na altura, em infracção à lei.  

 

      O mesmo empresário, conhecido na cidade pelo polémico empreendimento  Jardins do Mondego, é referenciado num outro processo em que José Eduardo  Simões, presidente da Académica, e na altura director municipal da Administração  do Território (DMAT), é pronunciado pelo crime de corrupção passiva.  

 

      O responsável autárquico pelo urbanismo mantinha certas relações privilegiadas  com alguns construtores civis, deles recebendo avultados donativos para  a Académica, e até beneficiado da colocação de futebolistas financiados  por aqueles.  

 

      No processo, que começará a ser julgado em Coimbra a 22 de Maio, e  onde Luís Vilar é pronunciado por tráfico de influências, Emídio Mendes  terá entregue em Julho de 2005 um donativo para a campanha autárquica no  valor de 10 mil euros.  

 

      "A solicitação e a entrega de valores pelo referido empresário teria  por fim a intervenção daquele (Luís Vilar) em assuntos do seu interesse  no sentido de influenciar decisões a assumir nos diversos órgãos autárquicos  competentes, ainda que lícitas", lê-se nos autos, a que a agência Lusa teve  acesso.  

 

      Segundo o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra, ambos sabiam  que, pelo facto de Luís Vilar ser presidente da Comissão Política Concelhia  do PS, a "supremacia que daí resultava em termos de poder influir decisivamente  na orientação da acção dos eleitos locais nas listas do partido".  

 

      O empresário, nos autos, alega que o autarca insistiu para que fizesse  outros donativos, argumentando até com uma obrigação financeira do partido  de 100 mil euros, que não correspondia à verdade.  

 

      Há ainda referências a alegados encontros do dirigente socialista com  a filha do empresário, e a supostos recebiementos de quantias não apuradas.  

 

      Luís Vilar, que abandonou as funções de presidente da concelhia do  PS em 2008, conservando ainda o cargo de vereador, incorre por estes actos  em autor material de crime de tráfico de influências, de acordo com o tribunal.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Luso

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« Responder #197 em: Março 19, 2009, 11:57:04 am »
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"Não me recordo", "não tenho presente", "não lhe posso precisar", "os nomes não me estão a vir à memória" foram várias das frases utilizadas por Francisco Comprido na Comissão de Inquérito ao BPN.


"Não posso precisar se fui o presidente do fundo desde o início mas posso dizer-lhe que presidi à sua liquidação. Aliás, tenho quase a certeza que estava à frente do fundo desde o início", afirmou.


Também não se recordou com clareza de quem o escolheu para presidir ao fundo. "Não lhe posso precisar por quem fui escolhido para presidir ao fundo mas penso que foi pelo ex-presidente do banco [Oliveira e Costa]", acrescentou.


- Fosga-se! Impressionante!
Que lata! :shock:

Ai o Cavaquinho, ai o Cavaquinho que há-de estar bem trilhadinho...

Ainda haverá republicanos?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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TOMSK

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« Responder #198 em: Março 19, 2009, 01:10:51 pm »


"Isto é um circo!"

 :Esmagar:  :lol:
 

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P44

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« Responder #199 em: Março 19, 2009, 03:00:18 pm »
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Polémica
'Eles comem tudo', diz Nascimento Rodrigues

Em entrevista à VISÃO, Nascimento Rodrigues critica o "apetite" do PS pelo cargo de provedor de Justiça
Tiago Fernandes
11:14 Quinta-feira, 19 de Mar de 2009



Ao longo dos anos, foi sempre um homem comedido e alérgico a polémicas ou afirmações contundentes.

E asim tem continuado a desempenhar o seu cargo de provedor de Justiça, desde que, em julho de 2008, terminou o mandato, sem que o PS e o PSD consigam entender-se quanto ao seu sucessor. Oito meses depois, a paciência e a contenção de Nascimento Rodrigues parecem terem acabado: a VISÃO colocou-lhe, por escrito, duas questões sobre o tema e recebeu de volta um surpreendente manifesto de indignação. Em que a artilharia pesada é disparada contra o PS, cujo "apetite" pelo seu lugar lhe merece críticas afiadas. O ainda provedor invoca mesmo Os Vampiros, um dos hinos do mais célebre dos cantores de intervenção: "O PS já ocupa todos os altos cargos públicos, faz lembrar o Zeca Afonso: 'eles comem tudo'", diz o homem que chegou a ser dirigente do PSD, nos anos 70, ministro do Trabalho, em 1981, e que foi nomeado para a Provedoria, em 2000, pelo socialista António Guterres. Alega que, dada a maioria governativa do PS, "deveria caber ao segundo partido [o PSD] a escolha", de forma a obter-se um "quadro mais vasto de equilíbrio democrático de poderes".

Sendo que um candidato a este cargo que assenta no patrocínio de queixas dos cidadãos em relação aos organismos do Estado necessita de ser aprovado por uma maioria de dois terços, no Parlamento, é obrigatório um entendimento entre os dois maiores partidos.

Que está ainda muito longe de ocorrer.

Durante os últimos meses, nomes como Freitas do Amaral, António Arnaut e Rui Alarcão, propostos pelos socialistas, foram rejeitados pelos sociais-democratas, enquanto a hipótese Laborinho Lúcio, indicada pelo PSD, terá sido descartada no Largo do Rato, embora a VISÃO saiba que a escolha do ex-ministro de Cavaco Silva não desagradaria a José Sócrates.

Certo é que, na última reunião a dois entre o líder do PS e Manuela Ferreira Leite, o impasse manteve-se, continuando PS e PSD a não abdicar de que o sucessor de Nascimento Rodrigues, que atingiu o limite de oito anos à frente da Provedoria, provenha da sua órbita.

Todo um longo braço-de-ferro que o provedor classifica, em jeito de glosa, como "uma comédia à portuguesa". Embora a sua vontade de rir seja pouca: "O País acha admissível que o provedor continue refém destas circunstâncias até ao fim do ano ou, quem sabe, até depois?!" Eis o depoimento integral de Nascimento Rodrigues à VISÃO, escrito em Lisboa, 13 de Março de 2009:

Que tipo de ocupação profissional e/ou pessoal tinha planeado abraçar a partir de Julho de 2008 e que, por via deste impasse, estará presente ou mesmo futuramente hipotecada? "Vou a caminho dos sessenta e nove anos de idade e já ultrapassei os 44 anos de actividade profissional ininterrupta, no Estado, em empresas e em profissão liberal. Olhando para o meu passado, poucos são, felizmente, os momentos de que não guardo gratas recordações. Deixarei o cargo de Provedor de Justiça tranquilo comigo e com os meus concidadãos, consciente de que valeu a pena o esforço e o entusiasmo que lhe dediquei.

"Por isto tudo, nunca admiti voltar a abraçar qualquer actividade profissional.

Quero dedicar tempo a mim próprio, à minha família e aos meus amigos, ao estudo da História de Portugal sinais da crise...

e a uma mera participação cívica nos problemas do País por exemplo, com um blogue de comentários, que me ajude a ultrapassar a minha iliteracia informática e me obrigue a reflectir sobre as razões por que sinto tanto desencanto com a visível degradação da qualidade da vida política no nosso país.

"Dito isto, é verdade que não estou satisfeito e acomodo-me mal por me ver obrigado a permanecer no exercício de um mandato cujo prazo legal está longamente excedido. Ao fim e ao cabo, sou Provedor de Justiça desde 9 de Junho de 2000. Sou uma espécie de 'Provedor Matusalém'...

Mas não façamos disto uma tragédia grega.

É apenas um comédia à portuguesa! Quanto tempo mais acha sustentável manter esta situação sem que isso comece a afectar de forma notória, quer o funcionamento interno da Provedoria, quer os níveis de confiança da comunidade neste organismo, cujo rumo persiste em não ser definido? "Sejamos claros: este impasse desprestigia os decisores políticos, intranquiliza o funcionamento normal da Provedoria e deixa os cidadãos cada vez mais descrentes da qualidade da nossa democracia.

Desconheço as razões do PS e do PSD ou melhor, só as conheço pela comunicação social.

Confesso que percebo mal o apetite do PS pelo lugar do Provedor de Justiça, por três razões simples de enunciar: "1.ª -O PS já ocupa todos os altos cargos públicos, faz lembrar o Zeca Afonso: 'eles comem tudo'.

"2.ª -Sendo o PS o partido maioritário e praticamente ocupante dos poderes, deveria caber ao segundo partido a escolha, embora por consenso, num quadro mais vasto de equilíbrio democrático de poderes. Foi o que fez Cavaco Silva como primeiro-ministro e também Guterres e Durão Barroso (aliás, a minha primeira eleição foi no tempo de Guterres e acho justo recordar isso).

"3.ª -Sendo o Provedor de Justiça membro do Conselho de Estado, por inerência, não pode desligar-se a eleição da conexão que ela tem no quadro da composição actual do Conselho de Estado. É inaceitável, do ponto de vista da equidade e da transparência democráticas, pretender-se alterar, agora, o equilíbrio institucional daquele Conselho.

"Sendo este o enquadramento das questões, é nessa linha que importa a sua discussão.

Não interessa a 'espuma' dos conflitos mediáticos. Interessa muito, ao invés, que a nossa comunicação social exerça o seu papel fulcral de informação aos cidadãos e de revelador do sentido das questões que se colocam na vida política do País. Esse é um contributo insubstituível, se o souberem prestar.

"Por isso mesmo, deixe-me ser eu a fazer a pergunta: quanto tempo entende o País que esta situação pode ser prolongada? Sabendo-se que, em breve, vamos entrar em longos períodos de pré-campanhas eleitorais, o que objectivamente torna mais difícil uma solução de consenso entre PS e PSD, o País acha admissível que o Provedor continue refém destas circunstâncias até ao fim do ano ou, quem sabe, até depois?! "Por favor, não me venham com o estafado estribilho salazarento do sacrifício pela Pátria..."


http://aeiou.visao.pt/eles-comem-tudo-d ... es=f500707
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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typhonman

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« Responder #200 em: Março 20, 2009, 12:11:48 am »
O que um cidadão comum pode fazer ?

É uma pergunta séria, o voto já não é solução..
 

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Daniel

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« Responder #201 em: Março 20, 2009, 08:40:01 am »
Typhonman
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O que um cidadão comum pode fazer ?

É uma pergunta séria, o voto já não é solução..


Outro 25 de abril :!:  c34x
 

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P44

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« Responder #202 em: Março 20, 2009, 11:25:36 am »
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20 Março 2009 - 00h30
Interrogatório: Ex-autarca questionado sobre reuniões com Sócrates
Caso Freeport: Polícia insiste no nome de José Sócrates
Os quatro investigadores da Polícia Judiciária de Setúbal que ontem ouviram durante três horas o antigo presidente da Câmara de Alcochete Miguel Boieiro centraram as questões nas relações deste com José Sócrates, Manuel Pedro e Charles Smith. Ao que o CM apurou, em cima da mesa esteve também um documento no qual, segundo fonte ligada ao processo, "era sugerido aos investidores ingleses a possibilidade de darem algum dinheiro para quatro forças políticas, onde estava incluído o PS, na altura partido do Governo".

Conheça todos os pormenores em exclusivo, na edição do 'Correio da Manhã' desta sexta-feira.


http://www.correiodamanha.pt/Noticia.as ... A2BC9A3069
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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« Responder #203 em: Março 20, 2009, 12:08:25 pm »
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O presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Garcia Leandro, afirmou hoje, em declarações ao Rádio Clube, que a legislação que existe contra a corrupção é mal feita e acusa os partidos políticos de bloquearem intencionalmente a criação de leis eficazes.

“As leis contra a corrupção são mal feitas. Todas as tentativas que têm sido feitas para as corrigir, nomeadamente pelo deputado João Cravinho, que agora já não é deputado, têm sido bloqueadas na Assembleia da República”, diz o responsável, acrescentando que não é possível fazer praticamente nada para condenar alguém por corrupção.

Garcia Leandro frisa que são os membros do Parlamento que não querem que estas leis vão para a frente e critica ainda a promiscuidade entre quem passa do poder económico para o poder político e vice-versa, defendendo que evitar esta promiscuidade tem de passar não só pela via legal mas também comportamental.


Nada que não se saiba mas fica sempre bem vir dizer estas coisinhas. Assim o pessoal sempre acredita que vai havendo quem tenta fazer alguma coisa.

P44, já viste a transcrição das escutas onde um "rapazinho" ao ser questionado sobre assuntos no Freeport diz para irem chatear o "Socas" que eele é que recebeu a 500.000 "lecas"? Está uma noticia sobre isso no Expresso.


Caro Daniel. O 25A foi feito por militares, que o povinho covarde e mantido na ignorância, falava, falava, mas não fazia nada. Coisa típica de português. "Devia haver, devia-se fazer, etc, etc" mas mexer-se, vai lá tu. Infelizmente....
 

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TOMSK

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« Responder #204 em: Março 20, 2009, 12:15:51 pm »
Este João Cravinho não foi aquele que começou a chatear os senhores deputados por causa da denúncia de casos de corrupção, e que depois disto, foi "transferido"(ou será exilado) para Londres?

Foi, foi...

Lá está. "Quem deve falar não fala, porque está à espera para entrar nas listas da Europa ou para ser colocado no novo tacho. E os poucos que falam, são mandados para um exílio dourado".

Depois admiram-se quando o PR diz que não tem soluções. Pois claro.
Para haver soluções primeiro teria que haver uma "purga política".
E isso não interessa aos que estão no poleiro, obviamente.

Por conseguinte, vamos embarcar todos nas fantasias e ilusões do Sócrates, que é o que o povo gosta!
 

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123go

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« Responder #205 em: Março 20, 2009, 12:26:11 pm »
Citação de: "Typhonman"
O que um cidadão comum pode fazer ?

É uma pergunta séria, o voto já não é solução..


Educar as pessoas e combater a ignorância.

Ensiná-las a pensar pela própria cabeça e a tomar decisões.

Divulgar as falsidades e expor os incompetentes.

Ter interesse pela cidadania e ser activo políticamente.

Acompanhar a vida política/económica/social em Portugal e no mundo e ter em conta os factos históricos para votar de forma verdadeiramente consciente e informada.

Se não resultar há sempre um plano B para tudo na vida.
« Última modificação: Março 20, 2009, 01:04:59 pm por 123go »
 

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FoxTroop

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« Responder #206 em: Março 20, 2009, 12:42:40 pm »
Caro Tomsk o que tenho em mente é que o povo português não muda. E quando falo em mudar, estou a falar de aperceber-se do que está mal e atempadamente ajustar-se tomando um rumo. Mas não, estão a alta velocidade direitos a uma parede, estão a ver a parede, dizem que está ali uma parede e que vão bater, mas, incrivelmente não fazem nada para o evitar. Só depois de baterem, claro, é que dizem que bateram por culpa de A, B ou C e porque é que ninguém fez nada, etc.

Foi assim em toda a nossa História. A Monarquia não se soube reciclar, foi preciso um golpe. A 1ª República foi um forrobodó de corrupção e constantes guerras civis, foi preciso um golpe. O Estado Novo, incapaz de adaptar-se e mudar, foi preciso um golpe. Este regime encaminha o país para um abismo, mas não vai mudar. Quando cairmos no poço, vai ser preciso um golpe. A nossa História desde a fundação tem sido assim, e não vejo que possa ser diferente e no meio de isto tudo, a cada golpe, vamos ficando mais para trás.....
 

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Daniel

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« Responder #207 em: Março 20, 2009, 12:52:54 pm »
FoxTroop
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Caro Daniel. O 25A foi feito por militares, que o povinho covarde e mantido na ignorância, falava, falava, mas não fazia nada. Coisa típica de português. "Devia haver, devia-se fazer, etc, etc" mas mexer-se, vai lá tu. Infelizmente....


Caro FoxTroop, o que vale o povo contra o poder politico e militar, nada, agora dizer que o povo português é cobarde, é falta de bom senso, para ser o povo a fazer um 25A, vai depender sempre de muitos factores, pois assim como no 25A nem todos os militares estavam de acordo, assim também é com o povo, agora o povo deve estar com os militares exactamente como foi no 25A, agora o povo contra os militares. :roll:
 

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FoxTroop

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« Responder #208 em: Março 20, 2009, 01:00:46 pm »
Caro Daniel, eu não estou a chamar covarde ao povo português no aspecto de ser um povo que tem medo de lutar ou defender-se. Estou a chamar covarde no aspecto de ter medo da mudança e ser acomodado. Por não querer mudar, por achar que antes estava melhor, e pensar sempre que o que vem a seguir é sempre pior. Era esse tipo de covardia histórica que sempre perseguiu o nosso povo.

Outra coisa que lhe quero dizer é que os militares nada farão contra o povo caso se chegue a um extremo desses. Uma coisa é lutar contra forças estranhas. Outra coisa muito diferente é lutar contra os próprios quando para mais podem lá estar os seus familiares no meio. Dos militares não esperaria uma reacção a uma acção popular , mas da GNR altamente politizada.....Por essa razão chego a pensar que o reforço e duplicação de meios na GNR, junto com a deslapidação dos meios militares é a forma do governo controlar qualquer acto popular.
 

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123go

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« Responder #209 em: Março 20, 2009, 01:16:28 pm »
A revolução militar do 25 de Abril só aconteceu porque os militares eram directamente afectados pela guerra colonial.
Muitos jovens militares doutrinados pela esquerda não queriam ir combater ou perder a vida em África e por isso fizeram um golpe de estado.