Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"

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faica

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #375 em: Agosto 09, 2016, 06:31:15 pm »
Há novidades relativamente aos outros "tejo"?

Não há nada de novo para os outros,o "Douro" vai se fazendo alguma coisa mas nada de extraordinário,se nem para o "Tejo"há dinheiro para o acabar.
 

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Crypter

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #376 em: Agosto 09, 2016, 07:46:08 pm »
Há novidades relativamente aos outros "tejo"?

Não há nada de novo para os outros,o "Douro" vai se fazendo alguma coisa mas nada de extraordinário,se nem para o "Tejo"há dinheiro para o acabar.

Como não há €? Já não estava alocado em orçamento o dinheiro para classe toda??

Ah já sei.. tinhamos que aumentar e por a trabalhar menos horas esta malta (Ups.. o que eu fui dizer!)
 

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #377 em: Agosto 09, 2016, 08:02:15 pm »
Há novidades relativamente aos outros "tejo"?

Não há nada de novo para os outros,o "Douro" vai se fazendo alguma coisa mas nada de extraordinário,se nem para o "Tejo"há dinheiro para o acabar.

Como não há €? Já não estava alocado em orçamento o dinheiro para classe toda??

Ah já sei.. tinhamos que aumentar e por a trabalhar menos horas esta malta (Ups.. o que eu fui dizer!)

Sim, até porque o problema do país são os Funcionários Públicos!..
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #378 em: Agosto 09, 2016, 10:54:42 pm »

Sim, até porque o problema do país são os Funcionários Públicos!..

Não são os funcionários públicos. Tens razão. Mas sim o excesso de funcionários públicos..

Os funcionários públicos são precisos, mas uma maior e melhor organização que permitisse uma melhor rentabilização (e a consequente diminuição) da mão-de-obra é o que realmente precisamos. Porque sim, o excesso de funcionário público e a despesa adjacente a ele é O grande problema desta país.

P.s. - Para mim acabou o off-topic. Voltemos ao tejo e à crónica "falta de guita"
« Última modificação: Agosto 09, 2016, 10:57:44 pm por Crypter »
 

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NVF

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #379 em: Agosto 09, 2016, 11:21:51 pm »
Assim rapidamente. Peso do sector publico em percentagem do mercado de trabalho:

Portugal - 16%
Média OCDE - 21%
Holanda - 21 %
Bélgica - 21%
Brexit - 23%
Dinamarca - 35%
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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #380 em: Agosto 10, 2016, 10:47:24 am »
Assim rapidamente. Peso do sector publico em percentagem do mercado de trabalho:

Portugal - 16%
Média OCDE - 21%
Holanda - 21 %
Bélgica - 21%
Brexit - 23%
Dinamarca - 35%

No meu serviço deveriam estar 7 pessoas e hoje às 10h35 estão apenas 2. As restantes foram transferidas, reformaram-se ou estão de férias. Vai a um quartel, a uma base aérea ou naval e depois diz-me se encontras o número de militares do quadro de orgânico de efectivos aprovado superiormente. E sim, isso afecta tremendamente tanto as Forças Armadas como qualquer serviço público. Por isso é que tens Enfermeiros e médicos com o banco de horas cheia até a cima, FP de governo central e local nas mesma situação (eu esta semana vou ter que fazer mais uma hora por dia, todos os dias) e missões em que se tem ir buscar militares a toda uma série de subunidades para compor a situação.
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Edu

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #381 em: Agosto 10, 2016, 11:27:13 am »
Existem funcionários públicos muito competentes, infelizmente existe um grande número de outros que não o são, infelizmente já tive o azar de lidar com muitos desse tipo.

Posso-vos deixar até um exemplo. Um cidadão português casa-se com uma cidadã estrangeira, o casamento apesar de não ser em Portugal necessita de uma série de procedimento efectuados cá. No registo civil português estão mais de 10 funcionários, mas apenas um conservador.

Para tratar da situação a pessoa primeiro dirigi-se a um funcionário. Esse funcionário não está familiarizado com a situação e encaminha o cidadão para outro funcionário.
O segundo funcionário também não percebe muito bem o procedimento e chama um terceiro funcionário.
O terceiro funcionário acha que sabe do assunto mas tudo o que diz vai contra o que está escrito na lei. Confrontado com os artigos da lei impressos em papel decide chamar pelo senhor conservador.
Vem o senhor conservador que não concorda com o que está escrito, e após consultar ele próprio a lei compreende que não percebe do assunto e decide telefonar para Lisboa.
Após isto foi preciso marcar um dia para se dar inicio ao processo de casamento.

Isto decorreu ao longo de vários dias. Se o interessado não tivesse consultado ele próprio as leis o processo iria custar 5 vezes mas devido à necessidade de tradução oficial de documentos.

No outro país (país da UE) o processo necessitou apenas de duas idas ao registo civil, foi tratado sempre pela mesma pessoa, ela própria com qualificação equivalente à do senhor conservador. E a mesma pessoa sempre que tinha dúvidas consultava ela as leis e estudava a situação.

Eu sei que é um off-topic enorme, peço as minhas desculpas por isso. Mas esta é a imagem que fica, injustamente para alguns, do funcionário público português. Um trabalhador que se esforça o mínimo possível para ajudar o cidadão.
 

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #382 em: Agosto 10, 2016, 12:01:08 pm »
Existem funcionários públicos muito competentes, infelizmente existe um grande número de outros que não o são, infelizmente já tive o azar de lidar com muitos desse tipo.

Certo e a diferença para o privado é?...

Citar
Posso-vos deixar até um exemplo. Um cidadão português casa-se com uma cidadã estrangeira, o casamento apesar de não ser em Portugal necessita de uma série de procedimento efectuados cá. No registo civil português estão mais de 10 funcionários, mas apenas um conservador.

Para tratar da situação a pessoa primeiro dirigi-se a um funcionário. Esse funcionário não está familiarizado com a situação e encaminha o cidadão para outro funcionário.
O segundo funcionário também não percebe muito bem o procedimento e chama um terceiro funcionário.
O terceiro funcionário acha que sabe do assunto mas tudo o que diz vai contra o que está escrito na lei. Confrontado com os artigos da lei impressos em papel decide chamar pelo senhor conservador.
Vem o senhor conservador que não concorda com o que está escrito, e após consultar ele próprio a lei compreende que não percebe do assunto e decide telefonar para Lisboa.
Após isto foi preciso marcar um dia para se dar inicio ao processo de casamento.

Isto decorreu ao longo de vários dias. Se o interessado não tivesse consultado ele próprio as leis o processo iria custar 5 vezes mas devido à necessidade de tradução oficial de documentos.

No outro país (país da UE) o processo necessitou apenas de duas idas ao registo civil, foi tratado sempre pela mesma pessoa, ela própria com qualificação equivalente à do senhor conservador. E a mesma pessoa sempre que tinha dúvidas consultava ela as leis e estudava a situação.

Eu sei que é um off-topic enorme, peço as minhas desculpas por isso. Mas esta é a imagem que fica, injustamente para alguns, do funcionário público português. Um trabalhador que se esforça o mínimo possível para ajudar o cidadão.

Pois bem aqui estás a bater um ponto também ele muito interessante. Pois bem, as leis em Portugal mudam de uma forma perfeitamente assustadora, quem tem que lidar com esses processos das duas uma, ou vai actualizando-se por sua iniciativa, ou fica desactualizado em pouco tempo. Depois há as questões das politicas internas de cada instituição. Onde trabalho há toda uma série de formalismos/burocracias que são impensáveis a apenas 30km de distância. A questão é que quando tu ou qualquer Português vai a um serviço público e é mau atendido, a culpa é do FP, se o mesmo acontecer numa empresa privada já não são os "privados", mas sim o funcionário da empresa X ou Y. Essa é a grande diferença e do qual é impossível combater. Tanto eu como os meus colegas temos formação especifica para a área, temos um elevado número de colegas com formação superior mas que continuam como Assistentes Técnicos. Temos as carreiras congeladas, os ordenados congelados e banco de horas muito antes de existir no privado. Em suma, vi nos últimos 10 anos colegas a irem-se embora porque encontraram coisa melhor (tanto no Público como no Privado), colegas a reformarem-se, colegas a falecer, mas só entrou um único colega. Eu sou dos mais novos e vou a caminho dos "entas". Daqui a nada vamos ser a brigada do reumático.
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tenente

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #383 em: Agosto 10, 2016, 12:21:38 pm »

Tanto eu como os meus colegas temos formação especifica para a área, temos um elevado número de colegas com formação superior mas que continuam como Assistentes Técnicos. Temos as carreiras congeladas, os ordenados congelados e banco de horas muito antes de existir no privado. Em suma, vi nos últimos 10 anos colegas a irem-se embora porque encontraram coisa melhor (tanto no Público como no Privado), colegas a reformarem-se, colegas a falecer, mas só entrou um único colega. Eu sou dos mais novos e vou a caminho dos "entas". Daqui a nada vamos ser a brigada do reumático.

Bem vindo ao clube rapaz, cada idade tem as suas vantagens e desvantagens, podes crer, nada de desesperar, desde que a cabeça funcione bem, e se nada mais houver, haja língua e dedo,........................ :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir:.
Olha quanto a mim já tenho mais uns anitos,  f2x2x f2x2x f2x2x f2x2x f2x2x  mas ainda ontem fiz uma hora e quarenta de footing cerca de dezasseis kms no parque do cabeço de Montachique, e fogo á peça, que venham eles.
Boa sorte no Serviço.

PS. este post nada tem de offtopic, nada mesmo, sorry. 8)

Abraços
« Última modificação: Agosto 10, 2016, 12:27:49 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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NVF

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #384 em: Agosto 10, 2016, 12:21:43 pm »
Assim rapidamente. Peso do sector publico em percentagem do mercado de trabalho:

Portugal - 16%
Média OCDE - 21%
Holanda - 21 %
Bélgica - 21%
Brexit - 23%
Dinamarca - 35%

No meu serviço deveriam estar 7 pessoas e hoje às 10h35 estão apenas 2. As restantes foram transferidas, reformaram-se ou estão de férias. Vai a um quartel, a uma base aérea ou naval e depois diz-me se encontras o número de militares do quadro de orgânico de efectivos aprovado superiormente. E sim, isso afecta tremendamente tanto as Forças Armadas como qualquer serviço público. Por isso é que tens Enfermeiros e médicos com o banco de horas cheia até a cima, FP de governo central e local nas mesma situação (eu esta semana vou ter que fazer mais uma hora por dia, todos os dias) e missões em que se tem ir buscar militares a toda uma série de subunidades para compor a situação.

Estava a responder ao Crypter. Eu estou do teu lado, não acho que haja FP a mais, antes pelo contrário. O que há em demasia é má distribuição de recursos humanos e materiais, orçamentos diminutos e uma campanha feroz de certos interesses contra tudo o que é público. Infelizmente, essas campanhas são extremamente eficazes e muita gente acredita nelas, sem se aperceberem que se não fosse o contínuo resgate de bancos mal geridos, há muito não existiriam deficits excessivos.
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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #385 em: Agosto 10, 2016, 12:47:30 pm »
Assim rapidamente. Peso do sector publico em percentagem do mercado de trabalho:

Portugal - 16%
Média OCDE - 21%
Holanda - 21 %
Bélgica - 21%
Brexit - 23%
Dinamarca - 35%

No meu serviço deveriam estar 7 pessoas e hoje às 10h35 estão apenas 2. As restantes foram transferidas, reformaram-se ou estão de férias. Vai a um quartel, a uma base aérea ou naval e depois diz-me se encontras o número de militares do quadro de orgânico de efectivos aprovado superiormente. E sim, isso afecta tremendamente tanto as Forças Armadas como qualquer serviço público. Por isso é que tens Enfermeiros e médicos com o banco de horas cheia até a cima, FP de governo central e local nas mesma situação (eu esta semana vou ter que fazer mais uma hora por dia, todos os dias) e missões em que se tem ir buscar militares a toda uma série de subunidades para compor a situação.

Estava a responder ao Crypter. Eu estou do teu lado, não acho que haja FP a mais, antes pelo contrário. O que há em demasia é má distribuição de recursos humanos e materiais, orçamentos diminutos e uma campanha feroz de certos interesses contra tudo o que é público. Infelizmente, essas campanhas são extremamente eficazes e muita gente acredita nelas, sem se aperceberem que se não fosse o contínuo resgate de bancos mal geridos, há muito não existiriam deficits excessivos.

Não é inteiramente verdade.
Não se consegue explicar que Sócrates e o seu governo tenham conseguido duplicar a dívida pública portuguesa de menos 100 para 200 mil milhões de euros em 6 anos!?!?! E quantos bancos resgatou? 1 (erradamente, devia ter deixado falir) Nacionalizou o BPN, quando devia ter deixado falir o banco, com um custo para nós de perto de 3 mil milhões de euros! E essas contas nem entraram nos déficits do Sócrates, que chegou quase a 11%, entraram sim no governo posterior, quando se criaram os veículos financeiros para gerirem os bens do ex-BPN.

Aliás é um erro toda esta guerra público/privado. Sem a riqueza criada pelas empresas privadas, onde é que o estado vai cobrar impostos para criar serviços públicos condignos?
A gestão dos bancos privada não foi boa? A de alguns não foi certamente, mas e a do banco público que já nos limpou 10 mil milhões em aumentos de capital desde 1974 foi melhor?

Os bancos são um caso excepcional e que deve ser gerido com pinças. Vivemos um momento terrível para os bancos (taxas de juro negativas, não sei se deu conta) e o BCE a exigir cada vez mais capital aos bancos, para além de obrigar os mesmos a tirar todos os esqueletos dos armários (dívidas que os bancos nunca mais vão recuperar).... Os bancos têem a capacidade de "multiplicar" o dinheiro (efeito multiplicador. Numa outra ocasião posso explicar como funciona o efeito multiplicador) e emprestar a quem precisa, em vez de estar guardado numa offshore ou num colchão sem criar emprego!

Como já foi dito, há bons e maus funcionários públicos e bons e maus funcionários nas empresas privadas, no entanto acho que há agora um tremendo erro de criar uma "guerra" público/privado. E caro NVF, há hoje alguns grupos neste momento com muita influência que atacam tudo o que é privado, como o mal do mundo......

Se os funcionários públicos pagaram com cortes salariais e regalias com a crise, os funcionários das empresas pagaram com o desemprego e salários em atraso (não imagina a angústia de muita gente que não sabe quando e se vai receber o seu salário)!!!!

Pessoalmente tenho o que é mau dos 2 mundos, trabalho numa empresa privada, mas como o accionista maioritário é público, também tive cortes!!!! E como a empresa é privada, esses cortes serviram para gerar lucro na empresa!!!!!!!
« Última modificação: Agosto 10, 2016, 12:51:23 pm por Viajante »
 

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #386 em: Agosto 10, 2016, 01:24:58 pm »
Bem como tempo não abunda por estas bandas, aqui vai mais uma 'rapidinha'. Do capítulo Prospects for the World Economy, escrito por um tal Martin Wolf (comentador sénior desse pasquim de esquerda que dá pelo nome de Financial Times e grande amigo do 'socialista' Fócrates), parte do livro Global Governance at Risk:

Citar
In contrast, the pre-crisis public debt positions shown in Figure 2.9 for Portugal, Ireland and Spain, were quite confortable. In each of these cases, public debt exploded after the crises, not before.
« Última modificação: Agosto 10, 2016, 01:31:34 pm por NVF »
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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #387 em: Agosto 10, 2016, 02:33:59 pm »

Tanto eu como os meus colegas temos formação especifica para a área, temos um elevado número de colegas com formação superior mas que continuam como Assistentes Técnicos. Temos as carreiras congeladas, os ordenados congelados e banco de horas muito antes de existir no privado. Em suma, vi nos últimos 10 anos colegas a irem-se embora porque encontraram coisa melhor (tanto no Público como no Privado), colegas a reformarem-se, colegas a falecer, mas só entrou um único colega. Eu sou dos mais novos e vou a caminho dos "entas". Daqui a nada vamos ser a brigada do reumático.

Bem vindo ao clube rapaz, cada idade tem as suas vantagens e desvantagens, podes crer, nada de desesperar, desde que a cabeça funcione bem, e se nada mais houver, haja língua e dedo,........................ :rir: :rir: :rir: :rir: :rir: :rir:.
Olha quanto a mim já tenho mais uns anitos,  f2x2x f2x2x f2x2x f2x2x f2x2x  mas ainda ontem fiz uma hora e quarenta de footing cerca de dezasseis kms no parque do cabeço de Montachique, e fogo á peça, que venham eles.
Boa sorte no Serviço.

PS. este post nada tem de offtopic, nada mesmo, sorry. 8)

Abraços

Eu estou a envelhecer muito mal, passei de "jovem Deus Grego" a pançudo em pouco tempo. O casamento está-me a fazer mal... :-[

Assim rapidamente. Peso do sector publico em percentagem do mercado de trabalho:

Portugal - 16%
Média OCDE - 21%
Holanda - 21 %
Bélgica - 21%
Brexit - 23%
Dinamarca - 35%

No meu serviço deveriam estar 7 pessoas e hoje às 10h35 estão apenas 2. As restantes foram transferidas, reformaram-se ou estão de férias. Vai a um quartel, a uma base aérea ou naval e depois diz-me se encontras o número de militares do quadro de orgânico de efectivos aprovado superiormente. E sim, isso afecta tremendamente tanto as Forças Armadas como qualquer serviço público. Por isso é que tens Enfermeiros e médicos com o banco de horas cheia até a cima, FP de governo central e local nas mesma situação (eu esta semana vou ter que fazer mais uma hora por dia, todos os dias) e missões em que se tem ir buscar militares a toda uma série de subunidades para compor a situação.

Estava a responder ao Crypter. Eu estou do teu lado, não acho que haja FP a mais, antes pelo contrário. O que há em demasia é má distribuição de recursos humanos e materiais, orçamentos diminutos e uma campanha feroz de certos interesses contra tudo o que é público. Infelizmente, essas campanhas são extremamente eficazes e muita gente acredita nelas, sem se aperceberem que se não fosse o contínuo resgate de bancos mal geridos, há muito não existiriam deficits excessivos.

Eu sei, estava apenas a reforçar o teu post. ;)
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #388 em: Agosto 10, 2016, 02:42:09 pm »
Bem como tempo não abunda por estas bandas, aqui vai mais uma 'rapidinha'. Do capítulo Prospects for the World Economy, escrito por um tal Martin Wolf (comentador sénior desse pasquim de esquerda que dá pelo nome de Financial Times e grande amigo do 'socialista' Fócrates), parte do livro Global Governance at Risk:

Citar
In contrast, the pre-crisis public debt positions shown in Figure 2.9 for Portugal, Ireland and Spain, were quite confortable. In each of these cases, public debt exploded after the crises, not before.

Sim, está correcto. Mas a crise não passou só nos 3 países, passou também por todos os países nórdicos sem aumentar demasiado a dívida (mesmo o caso da Irlanda e da Islãndia (que nem faz parte da UE), pediram ajuda para ajudar os seus bancos que tinham uma dimensão demasiado grande para os pequenos países que são.....)

Eu lembro-me muito bem do aumento dado em 2009 (só por acaso ano de eleições), para logo no ano seguinte o mesmo governante aplicar um corte de 5% a salários a cima de 1.500€!!!!! E íamos ter TGV (com um custo estimado de perto de 12 mil milhões de euros!!!!!!!), ter mais uns aeroportos novos, mais umas auto-estradas...........

E eu próprio penitencio-me porque votei nele pela 1ª vez, mas estava capaz de o encher de pontapés na 2ª candidatura dele............
 

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Re: Patrulhas Costeiros Classe "Tejo"
« Responder #389 em: Agosto 10, 2016, 02:56:53 pm »
O que se passou nos outros países e porquê, nomeadamente nos países nórdicos, também está descrito no livro acima mencionado. Vale a pena ler.
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