Nova organização do nosso Exército

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Miguel

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« Responder #45 em: Setembro 25, 2005, 03:47:36 pm »
Pode descrever um pouco melhor qual seria o seu dispositivo ideal?

aparentemente concordamos em muitos pontos, mas já agora gostava de ver qual seriam as suas "pimentas" :wink:

já agora estive a fazer pesquisa e podemos ter já um Orbat aproximado

BMecanizadaInd: igual quase!

BReacção Rapida:
-1° BParas AMSJ
-2° BParas RI3
-BComandos(2 cias)RI1
-Cia ReconhecimentoLRRP (não sei se sera fornecida pelo CIOE ou Paras)
-GAviaçãoLigeiraExército(Tancos)
-BApAeroTerrestre(logistica/manutenção)RI15
-QG

BIntervenção:
-1°BInf RI13
-2°BInf RI14
-ERec/RC3
-CEng
-BAAA
-GAC/RA4
-BApSvc
-QG
 

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papatango

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« Responder #46 em: Setembro 25, 2005, 04:45:50 pm »
Miguel:
Eu não tenho nenhuma ideia pré-concebida, ainda mais que a minha ideia é pensar o que deveria ser, partindo do principio que se deveria fazer aquilo que se fez no fim do século XVIII. Ou seja: Reorganizar completamente as Forças Armadas. Foi essa reorganização, que nos permitiu derrotar os espanhois nas ultimas batalhas antes de 1668, quando os espanhóis desistiram de nos incorporar na "Coroa Castelhana".
Essas batalhas foram provavelmente mais importantes que Aljubarrota, e na maior parte dos casos esquecemo-nos completamente delas.

= = =

Seguindo a sua ideia, eu acho que os 9 batalhões deverão ser uma espécie de espinha dorsal, mas devem naturalmente ser complementedos.

No entanto, do meu ponto de vista, a sua utilização pode ser considerada um pouco complicada.
Eu considero que não temos capacidade para nos opormos aos espanhois no Alentejo, dada a óbvia desvantagem do ponto de vista dos armamentos pesados, mas também por causa da superioridade aérea.

Parto do principio de que a FAP não terá capacidade para contestar os ceus, e que portanto os espanhóis teriam superioridade aérea. A superioridade aére dos espanhóis, coloca naturalmente em causa a nossa capacidade de movimentar tropas.

Por isso, há um "busilis"no que respeita a este tipo de unidades, porque se por um lado as juntamos para reduzir custos, por outro também não as podemos ter colocadas no terreno, onde sería necessário para agirem da forma que achamos mais correcta, ou seja, garantindo o corte de abastecimentos ao IN de forma a poder estrangular as ofensivas.

Nós não temos capacidade para enfrentar um exército invasor (e tomemos por exemplo o espanhol), mas temos capacidade para deixa-lo entrar e "seca-lo" utilizando a velha máxima de Sun Tzu para quando se enfrenta uma força superior:

Se o inimigo recua, persegue-o.
Se o inimigo para: Assedia-o.
Se o inimigo avança: Foge.

O meu dilema: expressa-se no caso de Vila Real:

Se colocamos uma força de três batalhões (1500 homens) armada e com capacidade para se dissimular e atacar a retagurda do IN, então temos que pensar o que é qu o IN faz para deduzir a nossa capacidade de reacção.

Se eu fosse espanhol, a primeira coisa que fazia, seria, uma operação aerotransportada para tomar as pontes em Amarante, e impedir qualquer reforço vindo de Vila Real, ao mesmo tempo que avançaria sobre o Porto.

Portanto, neste momento ainda não tenho uma ideia concreta sobre como se deveriam dispor essas unidades.
Deveriam estar a sul do Douro?
O Regimento de Artilharia da Serra do Pilar, foi ali colocado, para se os espanhóis se dirigissem ao Porto, fosse possivel bombardea-los na aproximação, com a protecção do Rio Douro.

Por outro lado, hoje não serviria de nada, porque seria possivel colocar essa unidade fora de acção quer com ataques aéreos quer com golpes de mão, efectuados por unidades helitransportadas.

= = =
Para que conste, estas questões fazem parte de alguns mapas que tenho feitos, com a disposição ideal de tropas, e que serão uma proposta de reorganização das Forças Armadas.

Eu estou apenas na discussão destas unidades "nucleares" porque a ideia é determinar quantos Oficiais, Sargentos e Praças são necessários, para poder calcular por alto os custos.

Qualquer opinião sobre esta questão é bem vinda.


A ideia base para desenvolver um sistema defensivo é esta:


Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Miguel

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« Responder #47 em: Setembro 25, 2005, 06:31:16 pm »
outra proposta de Unidade Ligeira
(mais economica$$$$$)

Batalhão Caçadores:500 efectivos

CCS:
-comando/Major ou TenCoronel
-pel Transmissões 30 efectivos
-pel Logistico/Administrativo 30 efectivos
-pel Medical 30 efectivos
-pel Morteiros 30 efectivos e 6 Morteiros81mm

Companhia Atiradores:120h x 3 companhias
-comando Capitão
3 pelotões atiradores:
3 secções cada com 8 homens cada com 2 MG3 e 6 G3
secção de comando com:
Tenente
ajudante radio
enfermeiro
mecanico
2 atiradores

Pelotão anticarro da companhia 30 efectivos com 6 PanserfaustIII


portanto total por Unidade Caçadores=
500 Efectivos
6 Morteiros 81mm
18 PanserfaustIII ou por enquanto Karl Gustav
54 MetrelhadorasMG3
480 EspingardasG3 ou G36 algumas com lançagranadas
vehiculos ligeiros 4x4 Ivecos/Unimogs

Estas Unidades seriam uma teia de aranha aonde as forças IN seriam sempre ameaçadas

No fundo era como se era 9 CIOE :wink: )

Mantinha-se a BMI como principal força de combate,
e a BAI como força intervenção rapida e missões exteriores
e acabava-se com todos os Regimentos actuais que afinal são messes para oficiais sem nenhuma unidade operacional

PS: no site do exército no RA5 já não esta o GArtilharia com obuseiros 105 :?
 

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papatango

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« Responder #48 em: Setembro 25, 2005, 07:20:50 pm »
Citação de: "Miguel"
OK PT vamos la

9 Unidades de Manobra que chamamos Bat Caçadores e 3 Quarteis Generais Logistico/Administrativos/Base/Deposito/Hospital

 :arrow: Centro:
Lisboa QG
Santarem
Coimbra
Tomar(unidade paraquedista)
 :arrow: Sul:
Vendas Novas QG
Estremoz
Beja(unidade paraquedista)
Faro



Porquê um QG no Porto e as unidades espalhadas?
Este tipo de unidade é suposto ficar cercado nas primeiras horas da invasão. Além disso se o objectivo é exactamente cortar as linhas de apoio do IN, para que é que unidades com esta importância estão longe?
A ideia não é enfrentar um invasor, mas irrita-lo, desconcerta-lo, cortar-lhe a água, o combustível, a comida, e entrar em combate directo, só em última instância.

Não fará mais sentido que o QG (que na prática é como se fosse um QG regimental, ficasse com uma das unidades de tipo Batalhão?

Miguel:
Do meu ponto de vista um dos problemas que temos actualmente, é o da super multiplicação de estruturas de comando. Não podemos ter unidades militares espalhadas por todo o país. O Exército não é a Guarda Repúblicana.

O próprio ministo, se queixou das múltiplas capelinhas nas Forças Armadas, em que cada uma quer ter o seu próprio poder de decisão, e a sua área de acção exclusiva.

Sempre que pulverizamos unidades pelo país fora, estamos a criar "tachos" e a reduzir a operacionalidade das tropas e claro, a aumentar as táis capelinhas.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Duarte

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Um novo conceito para o Exército
« Responder #49 em: Setembro 25, 2005, 08:06:45 pm »
Miguel,
Acho que se deve considerar um novo conceito de organização para o Exército: os tão badalados 'battle groups" ou agrupamentos tácticos serão a chave deste novo conceito. Prefiro chamalá-los Regimentos de Armas Combinadas ou regimentos inter-armas. De facto já se explorou este conceito um puco com os regimentos de guarnição com subunuidades de infantaria e artilharia. Seriam verdaderias mini-brigadas, capazes de actuar de forma independente, ou em conjunto, formando brigadas ou integrando outras GU.

Gosto de associar um conceito novo com uma designação antiga e já considerada obsoleta: regimentos :) Assim mantêm-se tradições, algumas seculares, sem prezuízo da modernização tão necessária.

A BriMecIndep. poderia ser partilhada em dois ou três destes regimentos de armas combinadas: um ou dois mecanizados, e um blindado.

O regimento de armas combinadas teria um Comando e E-M,

Companhia de
Comando (Pel. Trms, Pel. Eng., Pel. PE, Dest. GE, Dest. Def. NBQ, etc..)

2-4 companhias/esquadrões de combate/manobra (atiradores Mec. / Moto.) Caçadores (infa. ligeira), CC/ERec, páras, Comandos, etc..)

1 Bataria de Bocas de Fogo (155mm Ap, 105mm rebocada)

1 Companhia de apoio de combate (pel. AC, Pel. Mort. pesados, Pel. AA, Pel. recto.)

1  Dest. Apoio Logístico (Pel. Man., Pel. Reab. e Transpotes, Pel. Apoio Médico, Pel. Admin.)

estes meios podem ser reforçados ou reduzidos consoante as missões, etc.. sendo todas as unidades modulares e capazes de intercâmbio com outros regimentos.

pode ainda ser reforçado com Pel. de At. Mec, CC ou de Rec. etc.. doutros regimentos

Assim teríamos:

a Brigada Mecanizada "Nun'Alvares"

com 3 battle groups (regimentos de armas combinadas):

2 de infantaria mecanizada (1 CComando, 2-3 CATMec, 1 ECC), 1 BBF 155mm AAP, 1 pel. AAA AP, Dest. Apoio Servicos);  1 de cavalaria blindada (1 EComando, 2 ECC, 1 CAt. Mec, 1 ERec, 1 BBF 155mm AP, 1 pel. AA AP, etc..)

a Brigada de Reacção Rápida

com 2 battle groups de páras e um de forcas especiais

2 regimentos de caçadores paraquedistas (1 e 2)
com CCmdo, 3 CCaç. Paras, 1 Comp. AC e  1 Comp. Mort. pes.,  Pel. AA, Pel. rec, 1 CApoio AeroTerrestre, 1 Dest. Apoio Logístico


1 Regimento de Forças especiais

1 CCmdo, 2 CComandos, 2 COpEsp. (1 LRRP e uma Acção Directa)
CAp. Combate, 1 Dest. Apoio Logístico

A Brigada de Intervenção

com 2 regimentos de infantaria moto em VBR:
cada um com 1 CCmd, 3 CAtMoto, 1 CAp.Combate, 1 BBF 105mm Light Gun, 1 ERec VBR, 1 Dest. Apoio Logístico


e agora as unidades de defesa territorial:

podem atá chamar-se  de "batalhões de caçadores" ou regimentos de guarnição:

terão uma orgânica semelhantes aos outros regimentos inter-armas:


CCmdo, com os elementos de Trms. Eng.,  PE, etc..

3 CCaç. (normalmente uma a 90%, uma a 60% e uma a 30%)
estas seriam completadas por mobilização, seriam undidades de infantaria ligeira, mas bem equipada

1 CAp. combate com Pel. AC, Pel. Mort. pesados, Pel. AA, PEl. Recto.

1 Dest. Apoio Logístico

1 BBF e/ou Btr. AA

Na minha opinião haveria 9 destes regimentos; 6 no continente e 3 nos arquipélagos.

Mantém-se a centralização em grandes undidades, sem prezuízo de poderem actuar de forma mais independenete our no exterior, grande flexibilidade e acabam-se com vários quartéis periféricos e redundantes.

Os regimentos de Caçadores podem constituir-se em brigadas para actuar de forma convencional ou dispersarem-e ainda mais para acções de guerrilha.
« Última modificação: Setembro 26, 2005, 04:06:06 am por Duarte »
слава Україна!

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Duarte

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Parece que de facto a BrigInt terá um GRec
« Responder #50 em: Setembro 25, 2005, 09:02:12 pm »
"FOGOS REAIS COM A VBL V-150

    Após um longo interregno de nove anos, o Esquadrão de Reconhecimento do REGIMENTO DE CAVALARIA N.º 6 (Núcleo Recuado) realizou no passado dia 28 de Abril, na Serra da Cabreira, uma sessão de FOGOS REAL com a peça de 90 mm das VBR V-150.

    Esta actividade visou uma dupla finalidade; materializar a intenção de se relevar a componente operacional da Unidade e demonstrar a capacidade efectiva deste sistema de armas para fazer tiro em condições de segurança.

    Não obstante persistir a necessidade de se realizar uma revisão geral dos sistemas da torre, ficou demonstrado que é possível assegurar o treino dos procedimentos da escola de guarnição e desenvolver um programa de treino operacional com estas VBR, tendo em vista o levantamento do Grupo de Auto-Metralhadoras, para a Brigada de Intervenção.

    Paralelamente ressaltou a necessidade de, em sede própria, se propor a programação de verbas destinadas a garantir padrões de operacionalidade compatíveis com a missão atribuída aos encargos operacionais do Regimento, a equipar com estas VBR e com as da família “CHAIMITE”, numa opção idêntica à adoptada para as VBL da família M113, tendo por referência o prazo previsto para a sua total substituição pelas futuras VBR 8x8."
слава Україна!

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Miguel

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« Responder #51 em: Setembro 25, 2005, 10:17:29 pm »
Sim Duarte também tinha visto essa noticia no site do RC6

sendo assim podemos dizer que a futura Brigada Intervenção :

GRec (2 Esq) com as futuras VBR peça 105(30) RC3+RC6
1°BI/RI13 com os Pandur VBR transporte tropas
2°BI/RI14 """"""""""""""
GAC/RA4 com os 18 light gun105mm
CEng/RE3
BAA/RAA1
CTM
CCS e QG
BApSvc

Brigada Reacção Rapida:

BComandos(2 cias)
1°BPara/RI15
2°BPara/AMSJ
GALE/Tancos
CEng/EPE
BAA/RAA1
CTM
CCS e QG
BApSvc

 :idea:  estamos quase Duarte :wink:
 

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papatango

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« Responder #52 em: Setembro 25, 2005, 10:51:36 pm »
Duarte Mendonça ->
Anotei as sugestões

No entanto, para já, algumas perguntas:

Qual é a função da sua Brigada Mecanizada Independente e onde a vai colocar?

Qual é a função dos Regimentos de Armas Ciombinadas, os quais, por terem várias armas têm necessáriamente que multiplicar a sua capacidade de suporte e manutenção?

Qual é a função da artilharia de 105mm rebocada, nas mesmas unidades onde está a Artilharia Auto-Propulsada, sabendo-se que, em caso de necessidade as peças de 155mm M-109A5 têm uma mobilidade que não pode ser acompanhada pela artilharia rebocada?

Do meu ponto de vista, as armas combinadas, são acima de tudo uma dor de cabeça, para quem tem que coordenar uma operação.
Para fazer saír de um quartel unidades com um numero reduzido de equipamentos diferentes já é complicado. Regimentos de armas combinadas, numa força pequena, pode chegar ao ponto de a fazer parar.

Em caso de conflito em Portugal Continental, a operacionalidade dessa força pode ser problemática, com partes da unidade combinada a seguirem por um lado e outras a seguir por outro, não por razões de carácter táctico, mas por pura necessidade decorrente da grande mistura de armas, por causa de diferentes níveis de operacionalidade, muito comuns em unidades com vários tipos de armas diferentes.

= = =

Para finalizar:
Normalmente consideramos a unidade base (pelotão), os quais constituem companhias/esquadrões, as quais constituem batalhões, os quais constituem regimentos.

As brigadas, caracterizam-se (normalmente) por serem constituidas por varias unidades dos tipos anteriores Ou seja, uma Brigada, pode ter três batalhões, duas companhias e cinco pelotões.
A forma de comando de uma brigada é que é diferente.

Creio que  sería importante pensar numa organização mais eficiente, sem pensar no que existe presentemente.

Por exemplo:
Valerá a pena ter uma Brigada Mecanizada Independente?
Se vale, qual é a sua função?
Para que serve?
Em caso de ataque directo a Portugal o que poderá fazer?

O problema com este exercicio académico, é que à medida que vão surgindo ideias, surgem cada vez mais perguntas... :)

Cumprimentos

Isto é importante, porque um regimento e um batalhão, têm complementos de oficiais sargentos e praças algo diferentes.
Nós mantemos neste país alguns regimentos, apenas para justificar o numero de oficiais e sargentos colocados nas unidades.

A ideia de ter regimentos por causa da tradição é muito poética, mas garanto-lhe que não há nada de poético por detrás da manutenção de alguns regimentos e unidades militares actuais.
São razões bem mais comezinhas...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Duarte

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« Responder #53 em: Setembro 25, 2005, 11:27:28 pm »
Qual é a função da sua Brigada Mecanizada Independente e onde a vai colocar?

-A mesma que tem no presente, manter-se-á em Sta. Margarida

Qual é a função dos Regimentos de Armas Ciombinadas, os quais, por terem várias armas têm necessáriamente que multiplicar a sua capacidade de suporte e manutenção?

-Como disse, são "battle groups"- agrupamentos tácticos, capazes de actuarem sós, ou em conjunto. A logística não será nem mais, nem menos. Os meios serão or mesmos. Não estou a propor separar a BMI em duas e deslocalá-las para lugares diferentes.

Qual é a função da artilharia de 105mm rebocada, nas mesmas unidades onde está a Artilharia Auto-Propulsada, sabendo-se que, em caso de necessidade as peças de 155mm M-109A5 têm uma mobilidade que não pode ser acompanhada pela artilharia rebocada?

-Não foi isso que disse. Um regimento de armas combiandas terá uma BBF  (pode ser de 105mm rebocada- ou 155mm AP) mas a BMI continua a ter apenas artilharia AP, e a BrigInt terá apenas Art. rebocada).

Do meu ponto de vista, as armas combinadas, são acima de tudo uma dor de cabeça, para quem tem que coordenar uma operação.
Para fazer saír de um quartel unidades com um numero reduzido de equipamentos diferentes já é complicado. Regimentos de armas combinadas, numa força pequena, pode chegar ao ponto de a fazer parar.

-Discordo. Apenas estou a formalizar o que na realidade já acontece.
Assim, as unidades mantêm-se juntas, treinam juntas, aquartelam-se juntas, etc.. Acabam-se as brigadas que apenas existem no papel, pois as suas subunidades estão dispersas pelo território e raramente treinam juntas (2-3 veze ano) não desenvolvem o tão desejado espírito de corpo, nem alcançam níveis de prontidão credíveis. Eliminam-se quarteis e unidades territoriais desnecesárias.

Em caso de conflito em Portugal Continental, a operacionalidade dessa força pode ser problemática, com partes da unidade combinada a seguirem por um lado e outras a seguir por outro, não por razões de carácter táctico, mas por pura necessidade decorrente da grande mistura de armas, por causa de diferentes níveis de operacionalidade, muito comuns em unidades com vários tipos de armas diferentes.

- Julgo que nãos seria este o caso. De facto o conjunto de brigadas de que dispomos agora talvez criasse a situação de que fala. Com a excepçõa da BMI, a BAI e BLI estão muito dispersas, e esta distribuição nem faz sentido. Na realidade a minha proposta concentraria a BRR em Tancos / S. Jacinto e a BrigINT em Vila Real/Viseu/Chaves

= = =

Para finalizar:
Normalmente consideramos a unidade base (pelotão), os quais constituem companhias/esquadrões, as quais constituem batalhões, os quais constituem regimentos.

-sei perfeitamente a hierarquia de unidades militares.

As brigadas, caracterizam-se (normalmente) por serem constituidas por varias unidades dos tipos anteriores Ou seja, uma Brigada, pode ter três batalhões, duas companhias e cinco pelotões.
A forma de comando de uma brigada é que é diferente.

Creio que  sería importante pensar numa organização mais eficiente, sem pensar no que existe presentemente.

Por exemplo:
Valerá a pena ter uma Brigada Mecanizada Independente?
-SIM!

Se vale, qual é a sua função?
-a mesma que tem hoje (mas com meios modernos e actualizados)

Para que serve?
-força de manobra mecanizada/blindada-ponta de lança

Em caso de ataque directo a Portugal o que poderá fazer?
-serve de força de contra-ataque


O problema com este exercicio académico, é que à medida que vão surgindo ideias, surgem cada vez mais perguntas... :)

Cumprimentos

Isto é importante, porque um regimento e um batalhão, têm complementos de oficiais sargentos e praças algo diferentes.
Nós mantemos neste país alguns regimentos, apenas para justificar o numero de oficiais e sargentos colocados nas unidades.

-de facto os regimentos de armas combinadas serão batalhões reforçados com meios que normalmente pertencem a uma GU tipo brigada. Tal qual o BLD da Marinha é um agrupamento de forças anfíbias.

A ideia de ter regimentos por causa da tradição é muito poética, mas garanto-lhe que não há nada de poético por detrás da manutenção de alguns regimentos e unidades militares actuais.
São razões bem mais comezinhas...

-não estou a propor a manutenção de regimentos tal como estão agora.
Proponho a criação de agrupamentos tácticos, com meios de apoio logísticos próprios, apoio de fogos próprios, e chamá-los, por razões hstóricas e de tradição, de regimentos.
слава Україна!

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papatango

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« Responder #54 em: Setembro 26, 2005, 02:29:38 pm »
Estive a ver a O.B. do Duarte Mendonça e notei uma coisa que está de fecto em contradição com o meu conceito (cada cabeça sua sentença :)  )

A principal diferença tem a ver com o facto de eu considerar que nós não temos capacidade de impedir uma entrada em força de tropas estrangeiras no nosso território.

Independentemente da actualidade ou não actualidade da ameaça espanhola, no caso de ataque dos espanhóis, não é possível considerar a possibilidade de resistir numa primeira fase.

Portanto, os Batalhões de Caçadores, como se lhes referiu o Miguel, são unidades de primeira linha. As mais importantes no esforço de defesa.

Não se incluem no estafado conceito das "Unidades de Defesa Territorial", que já constavam nos planos de organização do exército, desde o tempo da 1ª Guerra Mundial.

Os Batalhões de Caçadores, não são unidades que possam ser complementadas por unidades de reserva ou por mobilização. Aliás com o fim do SMO, a mobilização é uma coisa cada vez mais complicada, porque há cada vez menos pessoas com formação militar.

Os Batalhões de Caçadores, não sendo Forças Especiais, seriam forças especializadas em acções rápidas, destinadas a desorganizar e enfraquecer as unidades inimigas. As suas comnpanhias coinstituintes, não servem para atacar abertamente ninguém. São unidades móveis furtivas, conectadas por radio e com um comando central, de forma a poderem actuar de forma tão coordenada quanto possível.

Os Batalhões de Caçadores são uma Teia-de-aranha que se espalha pelos montes e vales próximos das principais linhas de comunicação inimigas, cortando-as.
= = =

A função da actual BMI (de ataque) é presentemente absolutamente inutil. Mesmo que em vez de M-60A3 a BMI estivesse equipada com LEOPARD-II, o problema xseria sempre o mesmo.

Uma unidade relativamente grande, é o primeiro e principal alvo (e também o alvo mais fácil) para uma força aérea espanhola, que controlaria os céus praticamente desde o primeiro momento, mesmo que todos os 40 F-16MLU estivessem operacionais. O numero tem uma qualidade muito especial, e o número não está do nosso lado.

Além disto, quem é que a BMI atacava?

Os espanhóis poderiam organizar um ataque em mais que uma frente (até três frentes) e manter em qualquer delas superioridade táctica em termos de numero de homens e material.

As nossas unidades mecanizadas não teriam nenhuma hipótese. A única coisa que poderiam fazer, sería uma resistência simbólica, antes de serem completamente destruidas, e acima de tudo ultrapassadas.

O objectivo principal do ataque, é tomar os portos de Sines, Setubal, Lisboa, Figueira da Foz, Aveiro, Porto/Matosinhos e Viana do Castelo, além dos aeroportos de Porto, Lisboa, Faro e as bases de Beja, Tancos e Monte Real.  A BMI, vai fazer o quê? Vai ataquer o quê, quando se espera um ataque em várias frentes?

A realidade é que nós não podemos enfrentar uma invasão espanhola sem  reduzir de alguma maneira a capacidade das forças atacantes.

Não podemos contar com "Unidades Territoriais" constituidas por tropas de segunda linha e por mobilização. Aliás, provavelmente nem haveria tempo de mobilizar o que quer que fosse.

As forças chamadas territoriais, faziam sentido há 60 anos, qando a qualidade das estradas tornava o avanço complicado. Hoje com a nossa rede de auto-estradas, é possível acontecer em Lisboa o que aconteceu em Bagdad. De um momento para o outro havia tanques no centro da cidade.

É essa a realidade com que nos defrontariamos. Carros de combate espanhóis em Vila Franca ou em Amarante, ou mesmo na segunda Circular ou na VCI do Porto,  passadas 24 horas. No entanto, com unidades como os Batalhões de Caçadores, esses carros que estariam em Lisboa em 24 horas, não teriam garantido o seu abastecimento.

Além disso, o inimigo ao saber da existência destas unidades, teria que alterar a sua estratégia.
Isso, daria às nossas forças mais tempo de organização, permitindo mesmo às forças pesadas uma coordenação de esforços com as forças ligeiras.

= = =

Reconheço no entanto que é uma visão muito diferente daquela que existe neste momento.

Sabendo como as coisas se passam, acho se uma ideia destas for colocado a muito oficial das Forças Armadas, a resposta será imediatamente :"Isso não se pode fazer".
Mas não se pode fazer não porque seja impossível, mas sim porque há muita gente nas F.A. com as ideias cristalizadas, e que já não tem capacidade para ver a realidade de outra maneira. Além de que, naturalmente esta organização tem custos elevados no inicio, porque por exemplo exige novas instalações.

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« Responder #55 em: Setembro 26, 2005, 04:26:00 pm »
Com unidades relativamente pequenas, altamente móveis, com sistemas de comando, comunicações e controlo, mísseis antiaéreos e sistemas anti-tanque de última geração, além de umas bases aéreas decentemente protegidas, garanto-vos que dificilmente alguém teria capacidade de entrar muitos quilómetros em território nacional.

Os custos? Muitíssimo baixos, se comparados com um esquema defensivo “tradicional”.

Não sou dos que pensa que é um dado adquirido que perderíamos o controlo do espaço aéreo ou que teríamos carros de combate nas principais cidades em poucos dias.

Se qualquer força “invasora” tivesse a noção de que em qualquer ponto do país (geograficamente pequeno) poderia surgir um míssil antiaéreo ou anti-tanque, duvido sequer que se animassem a avançar.

É só uma questão de estudar como algumas grandes potências foram derrotadas quando em teoria tinham tudo ou quase tudo para vencer.

Perguntem aos oficiais soviéticos o que sentiram no Afeganistão. :wink:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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« Responder #56 em: Setembro 26, 2005, 04:45:17 pm »
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Do meu ponto de vista, as armas combinadas, são acima de tudo uma dor de cabeça, para quem tem que coordenar uma operação.
Para fazer saír de um quartel unidades com um numero reduzido de equipamentos diferentes já é complicado. Regimentos de armas combinadas, numa força pequena, pode chegar ao ponto de a fazer parar.



Hmmm, desde os tempos de Napoleão que uma força de combate independente moderna exige uma doutrina de emprego de armas combinadas. Se não tiver estas componentes "acessórias" a sua efectivadade reduz-se muito, e quase é apenas possível realizar missõe reduzidas de pequena escala, sempre reactivas ao inimigo.

Uma brigada é talvez o tamanho menor para uma unidade de armas combinadas moderna. Não sei se será possível ter esse feito num batalhão de infantaria

Uma brigada também não precisao de ser tão inflexível como parece. Pelo menos no exército britânico (não faço ideia como seja em Portugal), os comandos de batalhão de infantaria ou de regimento de tanques funcionam mais como "battlegroup headquarters", havendo muito "cross-attachment", isto é para missões específicas cada battegroup hq recebe ou troca pels/comps/esqs de infantaria/tanques, apoio de artilharia/AA ou engenharia.

Por outro lado não se esqueçam que a organização actual implica quê, 8 batalhões de infantaria operacionais (nas brigadas) ?? E mesmo assim com o equipamento que se conhece. Portanto a estrutura brigadas + bats caçadores é mais uma expansão do exército, e todos sabemos quais as probabilidades de isso acontecer.

Não quero com isto dizer que este esquema de forças de infantaria ligeira de bloqueio não faça sentido. Talvez algumas companhias independentes, sobre o agrupamento administrativo de um batalha comum ( Comandos ?) ?

Renunciar completamente à organização em brigada é quase como que negar ao exército a capacidade de participar num conflito em média escala. Claro que podemos especular na inexistência futura deste tipo de conflictos, mas isso já nos leva para outros caminhos.  :wink:
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Miguel

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« Responder #57 em: Setembro 26, 2005, 06:00:18 pm »
ainda bem que o papatango me percebeu :idea:
- em caso de invasão de Portugal por força superior :wink: como eu escrevo menos bém :?
enfim sou patriota é isso o principal.

Exército Ideal é:

1 Brigada Independente para participação NATO etc...
com 3 Battlegroups, forças apoio servicios, artilharia, engenharia etc..

9 Unidades territoriais , escalão batalhão

comando logistico administrativo e instrução
 

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typhonman

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« Responder #58 em: Setembro 26, 2005, 06:19:45 pm »
Eu aposto em sistemas como o SPIKE-ER/JAVELIN, misseis anti-aereos Stinger2, peças de AAA em reparos móveis dissumuladas no terreno, baterias de misseis Rapier2 em reparos moveis, espalhadas pelo país.

Forças Especiais bem equipadas, com NVGoogles,Veiculos PANDUR com armas -anticarro e anti-aereas.

Equipas anti-carro equipadas com os SPIKER/JAVELIN.

Uns RPG7 também davam jeito.
 

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Miguel

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« Responder #59 em: Setembro 26, 2005, 08:55:18 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Com unidades relativamente pequenas, altamente móveis, com sistemas de comando, comunicações e controlo, mísseis antiaéreos e sistemas anti-tanque de última geração, além de umas bases aéreas decentemente protegidas, garanto-vos que dificilmente alguém teria capacidade de entrar muitos quilómetros em território nacional.

Os custos? Muitíssimo baixos, se comparados com um esquema defensivo “tradicional”.

Não sou dos que pensa que é um dado adquirido que perderíamos o controlo do espaço aéreo ou que teríamos carros de combate nas principais cidades em poucos dias.

Se qualquer força “invasora” tivesse a noção de que em qualquer ponto do país (geograficamente pequeno) poderia surgir um míssil antiaéreo ou anti-tanque, duvido sequer que se animassem a avançar.

É só uma questão de estudar como algumas grandes potências foram derrotadas quando em teoria tinham tudo ou quase tudo para vencer.

Perguntem aos oficiais soviéticos o que sentiram no Afeganistão. :idea:  
-Vehiculos 4X4 para transportar até zona , depois MARCHAS,EMBOSCADAS,CAMUFLAGEM

por exemplo:

no mapa de PT vemos uma força vir de Norte para Porto , ora bem
uma companhia mete-se em emboscada a espera do IN , na zona de Viana, os Morteiros batem o terreno a partir das montanhas , as Roquettes anticarro fazem danos , depois de algum tempo a unidade desaparece para a serra do Géres e volta a aparecer....notro lugar...

Não foi apenas o Afganistão
 :arrow: Vietname
 :arrow: Ultramar Portugués
etc....

Agora eu não digo que devemos transformar todo o Exército numa força de guerrilheiros , mas devemos equilibrar as forças numa componente mixta, como atras referi.

Hoje sem Duvida Portugal não receia nenhum problema com seus vizinhos, mas dentro de 20 anos???
A Arte do Militar e evitar e preparar a proxima guerra.

Papatango temos muitos Coroneis e Generais, durante a guerra fria e preciso ter quadros para a mobilização....
Agora com o fim do SMO e naturalmente dos reservistas , deve-se explicar se faz falta tanto Quadro????
« Última modificação: Setembro 26, 2005, 09:09:41 pm por Miguel »