Os 30 F16A/B MLU da FAP

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Lightning

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1950 em: Março 13, 2020, 12:38:39 pm »
é muito mais lógico teres mais P3C nos Açores que no continente.

Sim, eu acho é que pelo pequeno número de aeronaves, elas têm que estar juntas, seja no continente ou seja nos Açores. A missão de patrulha no Mediterrâneo também seria feita na mesma a partir das Lajes, descolava, reabastecia em Beja ou até na costa de Espanha, e depois ia pelo Mediterrâneo a dentro.

Só para comparar, ainda no tempo dos ultramar, com 12 P2V5, eles sempre estiveram concentrados numa única Esquadra, mas com vários destacamentos temporários pelos nossos territórios africanos consoante a necessidade.
https://altimagem.blogspot.com/2014/01/94a-lockheed-p2v-5-neptune-segunda-parte.html?m=1
« Última modificação: Março 13, 2020, 12:39:56 pm por Lightning »
 

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LM

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1951 em: Março 13, 2020, 12:42:26 pm »
Ou seja, realisticamente (muito uso eu a palavra e sou republicano), deslocar em permanência uma estrutura para permitir ter baseado nos Arquipélagos os nosso (poucos) P3 Orion não é lógico - têm de estar centralizados e usar as bases nos arquipélagos para reabastecimento... ficam aí baseados os C-295, pois para missões SAR o tempo é essencial.         

é muito mais lógico teres mais P3C nos Açores que no continente.

Abraços

Parti do principio que, tendo de ficar concentrados, era em uma base do Continente... mas sim, pode ser nos Açores (do ponto de vista apenas operacional).
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1952 em: Março 13, 2020, 03:49:05 pm »
Isto de termos esquadras só com um tipo de aeronave já deu o que tinha a dar, no caso das esquadras 552 e 751, a sua flexibilização
e emprego de meios para várias missões exige que tenham não um mas pelo menos dois tipos de heli ao serviço, ( a 552 deveria ter o Kualita Civil, o futuro EvaKuativo e os quatro 101 CSAR ) quanto á 751 deveria ter os oito 101 restantes e pelo menos uns três/quatro EvaKuativos.

Quanto ás ESQ 501 e 502, porque não fundi-las numa só ESQ com os dois tipos de aeronaves ??
O que impede que tal aconteça ???
O seu desempenho fica fragilizado ???

Do que eu conheço, a organização actual é para facilitar a gestão de pessoal e material. A nível operacional, todos obedecem ao Comando Aéreo, como vemos nos Açores e Madeira, nada impede meios de diferentes esquadras de operar em conjunto, por vezes até os P3 por lá aparecem.

Essa ideia de agrupar os meios pela missão, tudo o que faz SAR numa esquadra, tudo o que faz táctico noutra, seria necessário uma certa duplicação, de tripulações e técnicos para ambos os tipos de aparelhos.

Por exemplo ao tirarmos tripulações dos EH101 para a parte táctica na Esquadra 552, a escala dos pilotos SAR que ficam na 751 fica mais pequena e sobrecarrega os que ficam.

Ou a nível de aeronaves, a 751 precisa de 5 aeronaves prontas permanentemente para o SAR nacional entre aeronave de alerta e de reserva (2 no Montijo, 2 nos Açores e 1 na Madeira), nessa organização de 8 aeronaves significa que só pode ter 3 paradas. Num país com dinheiro provavelmente isto é um "não problema", mas em Portugal dificilmente temos apenas 3 parados, o normal é ter 4, 5, 6 helicópteros parados, na realidade os 4 CSAR alinham no SAR como qualquer outro EH101.

Tudo isto está longe do ideal, os aparelhos SAR, os P3 que se falou antes, mas é a realidade.
« Última modificação: Março 13, 2020, 04:10:30 pm por Lightning »
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1953 em: Março 19, 2020, 04:36:50 pm »
A necessidade de uma aeronave AAR capaz de abastecer os F-16 já é de há muito. Mesmo que para isso fossemos buscar um par de KC-135 usados para colmatar esta lacuna e criar a doutrina, e mais tarde substituir por duas aeronaves novas. Infelizmente o KC-390 é o Salvador da pátria, faz tudo, até o impossível, e ter a tal capacidade AAR para um dos métodos usados, os entendidos acham que não é preciso outro KC para os Fs.

Quanto a interceptar bombardeiros russos, se ainda tivéssemos fragatas com capacidade AA a sério, o problema dos F16 podia ser compensado pela capacidade de seguimento dos radares que este tipo de navio possui. Um avião AAR servia também como um multiplicador de força.

Quanto ao assunto da patrulha dos Açores, tenho a solução. Destacamento de Global Hawk ou Triton nacionais nas Lajes. Não precisam de pilotos, apenas de pessoal de terra, e são muito mais baratos de manter e voar que um P-3. Permitia inclusive libertar horas de voo dos P-3 e dos MPA. Digo isto assumindo que se refiram apenas à missão de patrulha e não ASW ou ASuW.
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1954 em: Março 19, 2020, 09:00:07 pm »
Triton? Mais vale por o Triteron, com um par de binóculos e um walkie-talkie, num balão. Ao menos sempre servia para alguma coisa.  :mrgreen:
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1955 em: Março 21, 2020, 11:47:02 am »
A necessidade de uma aeronave AAR capaz de abastecer os F-16 já é de há muito. Mesmo que para isso fossemos buscar um par de KC-135 usados para colmatar esta lacuna e criar a doutrina, e mais tarde substituir por duas aeronaves novas. Infelizmente o KC-390 é o Salvador da pátria, faz tudo, até o impossível, e ter a tal capacidade AAR para um dos métodos usados, os entendidos acham que não é preciso outro KC para os Fs.

Quanto a interceptar bombardeiros russos, se ainda tivéssemos fragatas com capacidade AA a sério, o problema dos F16 podia ser compensado pela capacidade de seguimento dos radares que este tipo de navio possui. Um avião AAR servia também como um multiplicador de força.

Quanto ao assunto da patrulha dos Açores, tenho a solução. Destacamento de Global Hawk ou Triton nacionais nas Lajes. Não precisam de pilotos, apenas de pessoal de terra, e são muito mais baratos de manter e voar que um P-3. Permitia inclusive libertar horas de voo dos P-3 e dos MPA. Digo isto assumindo que se refiram apenas à missão de patrulha e não ASW ou ASuW.

Um RQ-4 ou MQ-4 custam tanto como um P-8. Se a Tekelever não for a falecia ainda se arranja uns AR5.

Quanto aos P-3 nos Açores, se calhar não era má ideia comprar uns EP-3E Aries II que vão ser retirados do serviço, para fazer missões de ELINT e idas a Polónia que os P-3 tem andado a fazer. Se calhar assim já dava para destacar um ou dois P-3 em permanecia nos Açores.
 

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dc

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1956 em: Março 21, 2020, 12:58:52 pm »
O preço base talvez seja semelhante a um P8, mas em tudo o resto é mais barato. Custo da hora de voo, zero tripulação tirando a equipa de terra, autonomia de voo, sem obrigar ao desgaste de tripulações dos P-3 com voos de longa duração. Nenhum UAV nacional terá as capacidades deste dois, seja pela autonomia como pelos sensores instalados.

E não havia falta de tripulações de P-3? Sendo o caso, tenho dúvidas que neste aspecto aumentar o número de aeronaves fizeste grande diferença. No entanto a capacidade Elint era uma mais valia, mas também julgo que o A330 MRTT tem esta valência.
 

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tenente

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1957 em: Março 23, 2020, 08:00:17 pm »
Está oficialmente explicada pela FAP a presença ontem no AHD e AT1 de uma parelha de F-16AM. Excelentes fotos acompanham e documentam esta peça do site da Força Aérea.  :)

https://www.emfa.pt/noticia-2909-formacao-e-treino-na-rececao-de-f16m-no-aeroporto-lisboa

o que é que eu te tinha dito ????
O camarada que eu te tinha referido, o do mesmo curso do……...é o grande da foto.

Abraços

Cá está o filmezito que eu tinha referido, fraquito mas, na minha opinião não está mal de todo.

https://www.facebook.com/PortugueseAirForce/videos/210603186714758/

Abraços e protejam-se
« Última modificação: Março 23, 2020, 08:06:28 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1958 em: Março 24, 2020, 05:54:19 pm »
Mais AIM-9X Block II/II+ via FMS para toda a gente, menos Portugal como é óbvio (novidade seria se lá estivéssemos). Até a Roménia que só havia adquirido uma dezena em 2017 irá receber mais uns quantos.  ::)

https://www.defense.gov/Newsroom/Contracts/Contract/Article/2120442/#RAYTHEON032020

Que ao menos se adquirissem os IRIS-T à Noruega depois do abate dos seus MLU, já que continua a não estar planeada a sua integração no F-35 e como tal serão certamente para colocar à venda os mísseis que sobrarem. Isto de ter JHMCS sem ter uma arma HOBS não lembra a ninguém.  ::)
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1959 em: Março 24, 2020, 11:55:02 pm »
Mais AIM-9X Block II/II+ via FMS para toda a gente, menos Portugal como é óbvio (novidade seria se lá estivéssemos). Até a Roménia que só havia adquirido uma dezena em 2017 irá receber mais uns quantos.  ::)

https://www.defense.gov/Newsroom/Contracts/Contract/Article/2120442/#RAYTHEON032020

Que ao menos se adquirissem os IRIS-T à Noruega depois do abate dos seus MLU, já que continua a não estar planeada a sua integração no F-35 e como tal serão certamente para colocar à venda os mísseis que sobrarem. Isto de ter JHMCS sem ter uma arma HOBS não lembra a ninguém.  ::)

Isso é como termos o maior número de ignições e área ardida da Europa e não termos Canadairs ou Fire-Boss na FAP, é mais uma "tuguice" parola.
 

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1960 em: Março 25, 2020, 11:52:35 pm »
Mais AIM-9X Block II/II+ via FMS para toda a gente, menos Portugal como é óbvio (novidade seria se lá estivéssemos). Até a Roménia que só havia adquirido uma dezena em 2017 irá receber mais uns quantos.  ::)

https://www.defense.gov/Newsroom/Contracts/Contract/Article/2120442/#RAYTHEON032020

Que ao menos se adquirissem os IRIS-T à Noruega depois do abate dos seus MLU, já que continua a não estar planeada a sua integração no F-35 e como tal serão certamente para colocar à venda os mísseis que sobrarem. Isto de ter JHMCS sem ter uma arma HOBS não lembra a ninguém.  ::)

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1961 em: Março 26, 2020, 12:01:00 am »
Preferia uns MICA. c56x1

O ASRAAM também é uma opção bastante interessante, não ficávamos nada mal com esse. ;)

Citar
The AIM-132 Advanced Short Range Air-to-Air Missile (ASRAAM) is an infrared homing (“heat seeking”) air-to-air missile, produced by MBDA. It is currently in service in the Royal Air Force (RAF) and Royal Australian Air Force (RAAF), replacing the AIM-9 Sidewinder. The ASRAAM is designed to outrange and outrun any other IR missile in service, allowing the pilot to fire and then turn away long before the opposing aircraft can close for a shot. It flies at well over Mach 3 to ranges as great as 50 kilometres (31 mi). It retains a 50g manoeuvrability provided by body lift technology coupled with tail control.

https://nationalinterest.org/blog/buzz/britains-f-35b-getting-new-toys-aim-132-asraam-missile-and-paveway-iv-bomb-75286
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1962 em: Março 31, 2020, 10:29:00 am »
Aqui fica a razão porque a FAP quase não tem misseis.

"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Charlie Jaguar

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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1963 em: Março 31, 2020, 10:51:35 am »
Aqui fica a razão porque a FAP quase não tem misseis.



Continuo a achar que se trata tudo de uma questão de prioridades e vontades. Um exemplo, a Roménia: adquiriu 10 AIM-9X Block II em 2017 que só agora começou a receber, e entretanto encomendou outra dezena de Block II+; em contas de merceeiro gastou pouco mais de 9 milhões de euros à cotação actual. É assim tanto? Não acho de maneira nenhuma, mas quando se tem de alienar células para poder ter verba para manter a voar em segurança as restantes ou se lançam concursos para aquisição de equipamento com a fasquia nos 20M€, penso estar tudo dito.
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Re: Os 30 F16A/B MLU da FAP
« Responder #1964 em: Março 31, 2020, 02:10:29 pm »
Estou curioso para saber como se compara o custo, por exemplo,, do Asraam ou do IRIS-T.

Mas é aqui que entra o conceito de adquirir apenas uma quantidade suficiente para uma resposta imediata e os respectivos mísseis de treino. Por exemplo o AGM-88, 4 da versão inerte e outros 6 da versão real, já davam para qualquer coisa, não só tinhas um meio extra de dissuasão, como capacidade de formar os pilotos para uso destes tipo de arma. Os AIM-9X ou os AIM-120D, não precisamos de 200 de cada, mas 20 de cada já era um começo, e permitia criar valências no uso destes armamentos. Para o QRA os L servem, mas para patrulhar o Báltico ou qualquer situação mais complicada já não.

O mesmo se aplica às JASSM, JSOW, SDB, ou até Hellfire para o tal heli de evacuação. Uma capacidade mínima para dissuadir e treinar. Em caso de guerra, actualmente temos de os ir comprar à pressa, e os pilotos têm de os saber usar de um dia para o outro?