É verdade, todas aquelas cordas, a famosíssima janela, etc… nos fazem lembrar uma certa aproximação ao que foram os páras de outro tempo e a sua célebre pista vermelha. Mal de nós se nada nos fizesse lembrar …
Para quem conheceu essa pista posso adiantar que lá estive há pouco tempo e pelo menos em parte dela há indícios de não ser utilizada, ou de o sê-lo muito pouco.
Quanto à presença dos carros de combate convém lembrar que o GOE é uma “produção” de militares ingleses, os famosos SAS, que ministraram os primeiros cursos (e formaram os primeiros graduados) com material deles à semelhança do que faziam na sua própria unidade e com base naquilo que eram à altura a missão e as exigências que lhe eram acometidas enquanto unidade e militares do exército britânico. Com o decorrer dos tempos existem as naturais adaptações às nossas realidades e necessidades. Constou-me que com a saída dos ingleses, ou pouco depois da sua saída, acabou a instrução com aqueles carros de combate … mas não a instrução anti-carro, essa continua. Entretanto foram adoptados outros módulos, como a protecção de altas entidades em ambientes de guerrilha, e outros, muitos outros…
Hoje o GOE é já muito diferente da do desse tempo; e é na sua essência e no seu mérito uma unidade portuguesa. A título de curiosidade posso adiantar que nos concursos internacionais onde tem participado por norma fica à frente dos SAS, ou seja, fica à frente do “pai” ou “tutor”…
Os níveis e tipos de ameaças à segurança que levam à existência de unidades daquele tipo estão em permanente mudança e constante acompanhamento e estudo. Isso reflecte-se de imediato no tipo de instrução. Naturalmente com o tempo há módulos de instrução que vão sendo introduzidos e outros abandonados. Estagnação e domínio pela rotina é que não pode existir numa casa daquelas…