Em relação ao preços vai depender do nível de modificações e da quantidade necessária de meios necessários.
Se as modificações necessários forem de tal forma extensas que impeçam a utilização do MC-130/KC-390 para transporte logístico ou que o tempo de remover o kit Boom (caso seja removível) seja demasiado elevado e a quantidade de meios necessária seja demasiado grande.
Pode não ser benéfico para a USAF retirar C-130 das frotas de transporte e converter para tanker, pois podem fazer falta (iram fazer de certeza num cenário de conflito), ou certas versões mais antigas não suportem as alterações estruturais necessárias.
E aí pode haver a necessidade de a USAF adquirir meios novos, e penso que seja aí que o KC-390 pode ser opção.
Em relação ao preço unidade, não esquecer que adquirimos um simulador e todo material de suporte e "apenas" 5 unidades, se a Embraer conseguisse o contrato com a USAF certamente que não seriam apenas 5 unidades (secalhar estamos a falar de mais unidades do que todas as encomendas até agora), e para garantir o contrato acho que facilmente a Embraer baixava o preço por unidade (ainda mais pk nessa altura o R&D deverá estar quase todo pago, e futuras vendas serão só "lucro").
Contudo isto é tudo especulação pois acho que ainda nem existe concurso, nem requisitos escritos.
Na chance remota desta nova versão do KC vir a ser a escolhida pela USAF, eles devem tentar fazer de tudo para que seja fabricado lá, principalmente se for numa quantidade considerável. O que aumenta os custos.
Quanto aos nossos, no contrato (e de memória), está estipulado cerca de 600 milhões para os 5 KCs + simulador, e isto exclui o valor dos sistemas da Elbit, da manutenção, etc. É apenas das aeronaves simples mais o simulador. O que no mínimo dá um valor de 100 milhões cada uma, se o simulador também custar o mesmo (o que duvido).
Mas é esperar para ver.
Agora pergunto-me porque é que sai uma notícia de algo que pode beneficiar as FAs portuguesas (disse "pode") e a primeira coisa que fazem é tentar arranjar problemas, desvalorizar e embirrar com questiúnculas.
Em primeiro, não podemos olhar para isto como "hopes and dreams". Há que ser realista, e perceber que, para já, nada mais é que uma ideia, que nos próximos anos gerará um protótipo e logo se vê. Entretanto já falam como se a versão em causa já estivesse ao serviço da USAF. Depois é uma aeronave em si que tem limitações, nomeadamente no raio de acção.
Este tipo de ideia, tem um enorme potencial de vendas inclusive fora dos EUA, porque o que não faltam são países que operam/vão operar o F-35*, e não têm aeronave AAR para os abastecer. E é aqui que entra, não o KC-390, mas o conceito em si, que poderá ganhar muitos interessados. E nisto, certamente que os fabricantes americanos não vão ficar de braços cruzados e deixar ganhar o KC.
Para nós, só será bom em 3 cenários:
-o Boom ser fácil de instalar sem grandes modificações, tornando qualquer um dos 5 viável para tal (o que muito dificilmente será o caso)
-comprarmos unidades extra do KC com Boom
-ou (quanto a mim a melhor opção) modificar dois dos KCs nosso, tendo em mente a ideia já falada dos A-400M, passando a FAP a ter 3 C-390, 2 KC-390 com Boom e 2 A-400M.
Mas até isto, é dar um passo maior que a perna, já que não passa da teoria esta variante do KC. Se ganha o KC-130, é para esquecer, e mais vale irmos logo para MRTT e entrar no tal consórcio multinacional.
*Se querem que eles voem mais longe em configuração stealth, não podem ter tanques externos, e aí um AAR táctico pode safar.