É que existe um dado na equação também importante. A Hungria já possui uma aeronave ao seu serviço com capacidade estratégica, o C-17A. A opção do Millennium tem a ver com uma lacuna e necessidade premente nas missões de reabastecimento em vôo que o país tinha e
que vai ser a sua missão principal. E a missão secundária, o transporte de carga e de tropas como aeronave complementar do C-17 e em que a missão não justifique a utilização da aeronave maior. Daí a opção por um nº reduzido de aeronaves.
Agora o facto da Embraer conseguir vender estes 2 KC-390 à Hungria em nada altera a decisão errada e o erro clamoroso do governo português em optar por esta aeronave. A situação mantém-se: Portugal optou por uma aeronave que nada tem a ver com os interesses nacionais, missões da FAP e dos contribuintes. Sendo uma decisão meramente política como foi os kamov's, siresps etc. E não sustentada em nenhum critério objectivo de nível operacional e estratégico. Recorrendo apenas à justificação falaciosa e de propaganda de Portugal ter participação activa no projecto.