Este tópico nasce de uma premissa que não acredito que hoje em dia (e em diante) seja possivel, que é uma areonave de apoio num espaço aereo não contestado.
Qualquer tipo de envolvimento que tenhamos ou venhamos a ter, seja em que cenário for, dificilmente não será contestado. Em especial se analisarmos o contexto na Europa.
As hipoteses apresentadas inicialmente foram:
- AH-1Z
- A-29N
- UH-60 DAP
- AC-295
- A-10C ex-USAF
- MH-6 Little Bird
- OH58D ex-US Army
- H-145 H-Force
Em função disto poderemos debater qual a melhor aeronave que em função do custo vs beneficio desempenha melhor a função.
Atendendo à versatilidade de missões que pode desempenhar, a poder utilizar o terreno a seu favor, ao facto de existir muito stock para peças e sobretudo por já existir know-how interno criado relativamente ao UH-60 este é o meu favorito comparativamente aos restantes candidatos.
Como o tempo passa, acaba por faltar sempre qualquer coisa nas opções apresentadas no tópico. Na altura ninguém imaginava um UCAV, como o Mojave ou MQ-9B STOL, capaz de operar de pistas semi-preparadas, sendo esse o principal argumento a favor das avionetas.
Relembro que os pontos a favor do ST e outras aeronaves similares eram:
-custo de operação
-capacidade de operar em pistas semi-preparadas
-velocidade superior aos helicópteros
-tempo on station (loitering) superior a um helicóptero
-podiam fazer treino
Hoje, um MQ-9B STOL e/ou Mojave fazem praticamente o mesmo, excepto o treino, duplicando ainda a capacidade de loitering face ao ST, ganham a vantagem de não colocar um piloto em risco, e podem executar muitas outras missões tanto de vigilância, como de combate em variados TOs.
Aqui entramos é naquilo que devia ser a verdadeira discussão, não apenas CAS, mas
o apoio aéreo a FNDs. E aqui, devia-se considerar 2 fases, uma de curto prazo, de baixo custo e de rápida execução, e outra bem mais pensada para um meio dedicado ao apoio aéreo às FNDs portuguesas.
Na primeira fase, isto é, a curto prazo, não tenho dúvidas:
-UH-60 armados, tirando partido de uma frota mais abrangente destes helicópteros para uso nas FNDs
-apoiados por drones nacionais, tipo AR3 para fazerem reconhecimento, seguimento de alvos, etc (também seria uma boa publicidade para eles, perante outros países participantes)
E na segunda fase, a médio prazo:
-MQ-9B STOL, ou similar, como principal meio aéreo de reconhecimento e ataque nas FNDs
-os UH-60 continuariam presentes, mas menos focados nas funções de combate e mais no resto, podendo alguns ser armados quando é necessário escoltar outros em missões de transporte ou MEDEVAC por exemplo
-os drones nacionais continuariam presentes, para complementar os UCAVs
-caso não existam infraestruturas (ou segurança para as utilizar) que permitam a utilização de UCAVs, ou a missão decorrer a partir de navios, repetia-se o que acontecia na primeira fase, com UH-60 + drones nacionais