Classe Iowa - Monstro dos mares

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Lightning

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« Responder #15 em: Novembro 21, 2008, 04:13:21 pm »
Citação de: "nelson38899"
Eu achei um pouco tendencioso essa escolha feita por este canal, à navios russos e japoneses  que também podiam entrar nessa escolha. O navio yamato podia clamaramente entrar nessa lista


Pois também acho que o material americano tenha preferencia em relação ao material de outras nações, em relação aos navios Japoneses penso que podia bem ter ai um, em relação aos Russos já não concordo, apesar de eles terem grandes navios penso que não participaram em nenhum acção de especial relevo.

Mas isso também varia de equipamento para equipamento, por exemplo no top ten Submarinos, já tem submarinos japoneses, alemães, britânicos e russos.
 

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emarques

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« Responder #16 em: Novembro 21, 2008, 04:35:00 pm »
Citação de: "psaa"
Citação de: "emarques"
Citação de: "psaa"
O Yamato e o seu irmão Musashi, foram os maiores couraçados alguma vez construidos, que pertenciam a uma classe que era a mais avançada na época.
Nem por isso. Eram os maiores, tinham uma bataria principal de um calibre impressionante, mas fora isso não eram particularmente "avançados".

Não eram particularmente rápidos ("só" 27 nós, contrastando com os 33 dos Iowa), tinham AAA insuficiente (veja-se a diferença entre 1941 e 1945, de 24 peças AA de 25mm passou para 162)...

Quando a guerra começou, o couraçado mais avançado que existia, era o Bismarck, e nada se lhe comparava (foi comissionado a 24 Agosto 1940). A 16 Dezembro de 1941 é superado pelo Yamato (nesta altura o Bismarck já tinha sido afundado no Atlântico Norte - 27 Maio 1941).
Até o Iowa ser comissionado em 22 Fevereiro de 1943, é o Yamato o maior e mais avançado navio, no cenário da 2º Grande Guerra.   :wink:

Há quem diga que o Bismarck também não era particularmente avançado.

Parece que as subdivisões internas do navio, o sistema de limitação de danos, e certas opções tomadas na questão do armamento eram saídas directamente da 1ª Guerra Mundial, porque os projectistas alemães, por causa do tratado de Versalhes, não tinham podido seguir convenientemente a evolução no desenho de couraçados.

E algumas partes avançadas do desenho, como os sistemas de seguimento de alvos das peças anti-aéreas, acabaram por funcionar contra o navio. As peças tinham sistemas que permitiam o seguimento semi-automático do alvo, só que a velocidade mais baixa do sistema era mais alta do que a velocidade a que operavam os aviões Swordfish que atacaram o navio, por isso a defesa AA do navio não foi capaz de impedir os ataques dos torpedeiros britânicos que lhe destruíram o leme.

O que levou à exposição de outra limitação importante do navio, que por erro de projecto não podia manobrar com o leme avariado, usando só os veios propulsores. Por isso, o Bismarck ficou a andar em círculos, incapaz de tentar escapar aos couraçados britânicos que se aproximavam.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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zé do bone

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« Responder #17 em: Novembro 21, 2008, 06:01:53 pm »
Citação de: "emarques"
...Parece que as subdivisões internas do navio, o sistema de limitação de danos, e certas opções tomadas na questão do armamento eram saídas directamente da 1ª Guerra Mundial, porque os projectistas alemães, por causa do tratado de Versalhes, não tinham podido seguir convenientemente a evolução no desenho de couraçados.

E algumas partes avançadas do desenho, como os sistemas de seguimento de alvos das peças anti-aéreas, acabaram por funcionar contra o navio. As peças tinham sistemas que permitiam o seguimento semi-automático do alvo, só que a velocidade mais baixa do sistema era mais alta do que a velocidade a que operavam os aviões Swordfish que atacaram o navio, por isso a defesa AA do navio não foi capaz de impedir os ataques dos torpedeiros britânicos que lhe destruíram o leme.

O que levou à exposição de outra limitação importante do navio, que por erro de projecto não podia manobrar com o leme avariado, usando só os veios propulsores. Por isso, o Bismarck ficou a andar em círculos, incapaz de tentar escapar aos couraçados britânicos que se aproximavam.


Posso perguntar-lhe no que se baseia para tirar essas (um pouco erradas) conclusões ?
É fácil ser idealista quando se tem os bolsos cheios. Com eles vazios, a conversa já é outra...
 

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Lightning

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« Responder #18 em: Novembro 21, 2008, 06:33:34 pm »
Citação de: "zé do bone"
Posso perguntar-lhe no que se baseia para tirar essas (um pouco erradas) conclusões ?


A parte do desenho do Navio desconheço, mas também vi num documentário da TV que disse o mesmo que o emarques falou em relação ao armamento do Bismarck e ao modo como foi destruido.

Eu penso que o Bismarck tem o direito a estar no Top Ten, talvez não por ser o mais avançado ou ter o melhor armamento, mas porque pôs toda a Royal Navy a suar.

Então o HMS Hood é que não sei o que faz no Top Ten...
 

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zé do bone

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« Responder #19 em: Novembro 21, 2008, 06:51:25 pm »
Sobre o "Top Ten", abstenho-me de fazer comentários.  :?
Sobre o "Bismarck", não quero pôr em causa algumas das coisas que aqui foram ditas sobre o mesmo, mas há outros factores mais importantes a ter em conta na destruição do mesmo, que aqui não foram referidos, como as condições climatéricas, os danos sofridos anteriormente (infligidos pela dupla Hood/Prince of Wales) na batalha do Estreito da Dinamarca, ou ainda a inexistência de uma verdadeira capacidade de detecção radar por parte do "Bismarck".
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papatango

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« Responder #20 em: Novembro 21, 2008, 07:56:31 pm »
Citação de: "zé do bone"
Posso perguntar-lhe no que se baseia para tirar essas (um pouco erradas) conclusões ?


As conclusões são absolutamente correctas. Os couraçados da classe Bismarck como o emarques referiu, são resultado de a Alemanha não ter (como os outros países com capacidade para isso) construído uma classe intermédia de navios. Por isso os Bismark são muito parecidos aos «super Dreadnought» alemães da I Guerra Mundial.

Os dois navios eram bastante protegidos, mas tinham uma protecção deficiente na superestrutura, pois a blindagem vertical (a que impedia ataques a grandes distâncias ) estava a um nível muito baixo para não prejudicar a estabilidade do navio.

O resultado, foi a destruição rápida dos sistemas de controlo de tiro do Bismarck, que deixaram o navio cego quando os britânicos se aproximaram.

======

Quanto aos navios russos, não conheço nenhum couraçado russo que pudesse participar em qualquer lista de Top Ten, excepção aos couraçados da classe Borodino, por serem tão bons que se perderam quatro, numa só batalha. E esse estaria na lista Top Ten dos mais azarados navios da História.

= = = = = =

O Yamato era um navio monstruoso, que nunca conseguiria superiorizar-se aos Iowa americanos. A principal razão dessa superioridade eram os directores e radares de tiro dos navios americanos e acima de tudo, o facto de os canhões dos Iowa terem um alcance superior ao dos Yamato (38km contra 30km).
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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zé do bone

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« Responder #21 em: Novembro 21, 2008, 08:10:23 pm »
Citação de: "papatango"
As conclusões são absolutamente correctas. Os couraçados da classe Bismarck como o emarques referiu, são resultado de a Alemanha não ter (como os outros países com capacidade para isso) construído uma classe intermédia de navios. Por isso os Bismark são muito parecidos aos «super Dreadnought» alemães da I Guerra Mundial.

Os dois navios eram bastante protegidos, mas tinham uma protecção deficiente na superestrutura, pois a blindagem vertical (a que impedia ataques a grandes distâncias ) estava a um nível muito baixo para não prejudicar a estabilidade do navio.

Concordo a 100% com isso. Não contesto.

Citação de: "papatango"
..O resultado, foi a destruição rápida dos sistemas de controlo de tiro do Bismarck, que deixaram o navio cego quando os britânicos se aproximaram.


Já não concordo. A razão para a "cegueira" do Bismarck estava muito no quase inexistente (e ineficaz) radar (se é que assim lhe podemos chamar) que possuia. O mesmo acontecia com os britânicos, á excepção dos cruzadores Suffolk e Norfolk, que eram os que na altura providenciavam a informação mais credível à "Royal Navy" sobre a posição do Bismarck. Obviamente que quando começaram a "chover" os primeiros projécteis, este sistema primitivo de radar foi logo, literalmente, ao ar.
E não esquecer que nunca houve, nem nunca há-de haver, um navio que aguente tamanha quantidade de meios utilizados contra ele. Como foi o caso do Bismarck, com a utilização de navios, aviões e submarinos. O Yamato é outro desses exemplos.
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papatango

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« Responder #22 em: Novembro 21, 2008, 09:09:28 pm »
O Bismarck, é um navio muito sobrevalorizado, muito por culpa da propaganda Nazi e também pela propaganda britânica que pretendia demonstrar que o HMS Hood tinha sido afundado porque o Bismarck era o senhor dos mares e o mais poderoso navio de guerra do mundo.

A maioria das pessoas ignora por exemplo que durante o primeiro recontro, o Bismarck acertou 8 (oito) vezes com projecteis de 380mm no couraçado britânico «HMS Prince of Wales», o qual retirou com uma torre encravada e porque o comandante do navio recebeu ordem directa para preserva-lo.

Eu já ouvi várias criticas ao Bismarck mas confesso que nenhuma a radares. Normalmente uma das críticas é aos directores de tiro e à incapacidade demonstrada pela artilharia anti-aérea alemã em abater um único dos patéticos Swordfish que foram enviados contra ele.

Eu creio que você se deve estar a referir ao telemetro do armamento secundário. Mas o que acabou com o navio, foi o facto de as instalações de controlo de tiro, estarem na parte menos protegida do navio.
As quatro torres deixaram de ter coordenação possível e passaram a disparar cada uma por si.

o problema, foi a fraca blindagem do navio e a colocação da sala de controlo de tiro numa área pouco protegida.
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zé do bone

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« Responder #23 em: Novembro 21, 2008, 09:53:28 pm »
Citação de: "papatango"
...Eu já ouvi várias criticas ao Bismarck mas confesso que nenhuma a radares. Normalmente uma das críticas é aos directores de tiro e à incapacidade demonstrada pela artilharia anti-aérea alemã em abater um único dos patéticos Swordfish que foram enviados contra ele....


Realmente, a incapacidade de abater os Swordfish está directamente ligada com a capacidade de os detectar (a qualquer alcance), pois os tectos baixos e visibilidade fraca (que predominavam naquela altura do ano e naquela zona) jogavam a favor das tripulações dos Swordfish, que apenas baixavam o nível de vôo o suficiente para largar os torpedos, já muito próximo do "Bismarck". E aí se revela a ineficácia da capacidade de detecção aérea do "Bismarck" com mau tempo, e por consequência a ineficácia dos directores de tiro (ópticos).
Quanto ao "Prince of Wales", o encravamento deu-se em parte aos impactos recebidos (pelo Bismarck e pelo Prinz Eugen), mas também porque o navio ainda não estava totalmente operacional. Não me recordo em concreto o que se passou (posso investigar, com tempo), mas investigações posteriores vieram a revelar que os problemas que afectaram o "PoW" NÃO decorreram directamente dos impactos sofridos, mas sim de deficiências na concepção/construcção das torres.

PS - A discussão está interessante, mas não nos estaremos a afastar do tema deste tópico? Talvez continuar noutro tópico separado?
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papatango

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« Responder #24 em: Novembro 21, 2008, 10:53:55 pm »
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zé do bone

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« Responder #25 em: Novembro 21, 2008, 11:40:44 pm »
...e já segui para lá... :arrow:
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emarques

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« Responder #26 em: Novembro 22, 2008, 01:39:14 am »
Citação de: "papatango"
Quanto aos navios russos, não conheço nenhum couraçado russo que pudesse participar em qualquer lista de Top Ten, excepção aos couraçados da classe Borodino, por serem tão bons que se perderam quatro, numa só batalha. E esse estaria na lista Top Ten dos mais azarados navios da História.


Os couraçados da classe Novgorod também poderiam estar numa lista dos navios mais inovadores da história...

Couraçados Novgorod.



Só tinham o pequeno problema de o disparo das peças os fazer rodar sobre si próprios... Bom, tinham mais alguns problemas. Mas foi uma ideia inovadora.
Ai que eco que há aqui!
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É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Lusitano89

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Re: Classe Iowa - Monstro dos mares
« Responder #27 em: Outubro 09, 2022, 12:52:18 am »