O que quis dizer é que para que é que Espanha necessita, por exemplo de um porta-aviões? Em termos objectivos não. Em termos políticos sim.
Ben, isto tamén xa se discutíu no foro, pero podo repeti-la idea da Armada sobre o tema:
Podemos estar dacordo en que unha misión importante da Armada de calquera pais é defende-las rutas marítimas que pasan polas súas augas territoriais.
O caso é que a distancia entre a Iberia e as Canarias é demasiado grande como para que poida ser defendida esa ruta polo aire desde as Canarias ou desde a península, posto que os F-18 de Gando ou os de Morón non chegan a toda a ruta das Canarias, por iso se pensou que un portaaeronaves podía axudar a facelo.
É indissociável o poderio militar e o político. Sempre o foi.
Os EUA são o exemplo mais cabal disso.
Non se crea. Penso no exemplo alemán ou xaponés. Teñen unha grande influencia política nas súas respectivas áreas, pero as súas FAS non se poden usar máis que para a autodefensa.
O seu poder, máis ben influencia, porque poder só o ten EE.UU, provén das súas inversións no estranxeiro.
E xa que fala de EE.UU, a seu poder en Europa non se basea na VI frota, senón en que Europa lle vende preto do 50% das súas mercadorías ós EE.UU, logo en Europa o poder americano ven de que exerce un control nas nosas vendas ó exterior.
Evidentemente, noutras partes do mundo, o poder americano provén das armas, sen dúbida.
Ora, para mim, esse é o caso de Espanha, que necessita projectar a sua imagem, a sua economia, perante a Europa e o mundo.
Pode ser certo, non llo nego, pero póñolle o exemplo chinés. Ten unha economía enorme e últimamente está mellorando moito as súas FAS, de feito é o meirande consumidor mundial de aceiro de barcos e cada pouco JLRC coloca novas dos avances chineses.
Pero esta mellora das súas FAS (Forzas ArmadaS) non se corresponde cunha mellora da súa imaxe internacional, que todavía vemos na China unha dictadura cruel, e miramos con sospeitas esas melloras nas FAS que nos fan pensar en Taiwan, por exemplo.
Isto ven ó caso de que a mellora da imaxe dos exércitos é consecuencia da mellora social do país, non das melloras económicas. Xeralmente as 2 van xuntas, pero o caso Chino penso que amosa que economía e sociedade non sempre van da man.
Mas em tempos de paz há que justificar os meios operacionais, concordo.
Tampouco é caso de xustificar nada. A nosa Policía e Garda Civil non teñen capacidade para poder apreixar barcos en alta mar, e ese traballo debe facelo a Armada. Non porque lle corresponda ou se deba xustificar, senón porque non hai outros que o poidan facer
Un saudo para todos.
Em relação a um post anterior, penso um exército espanhol com 380 mil efectivos é um exagero. Talvez salvo as grandes potencias só o Iraque em tempo de guerra com o Irão (e vice versa) possuiam números desses.
Quanto à necessidade da espanha defender as rotas marítimas e para isso precisar de uma forte presença no mar é um assunto que só uma guerra fria poderia desencadear. Onde está essa ameaça? Há algum país nos tempos modernos que o faça? são as rotas marítimas espanholas importantes para que potência em afirmação? e em nome do quê?
Quando às FA serem fruto de uma afirmação política, assim como muitos teoricos o defendem, é de facto um factor decisivo seja em que tempo for, sempre o foram. A Alemanha e o Japão (pós-guerra) não o fizeram, por um lado porque ainda estão limitados, por outro lado contam e contavam com a presença militar americana, o que não quer dizer que não o façam no futuro.
A questão não é o que um exército moderno pode fazer por uma projecção económica de um país, mas que trunfos possui a política para vincar as suas posições. É a velha questão do: preocupa-te com o que tens, quando não tiveste o que querias...
A questão de defender um país, a meu ver, nos dias que correm, na Europa que conhecemos, é uma questão secundária, porque o futuro está na projecção das forças europeias e não na defesa de um país em concreto, contra que outro país membro da UE?
É conhecida a expressão: europa um gigante económico, mas um anão político.
O futuro da afirmação europeia no mundo está na sua capacidade de intervir no espaço global, como bloco com interesses legítimos, contrapondo ou ajudando a liderança americana.
É dessa afirmação, primeiro interna (UE), que surge a necessidade espanhola de estar entre as maiores potencias militares europeias, dar para receber, possuir para pressionar. Volto a dizer, em termos objectivos, de ameaça, não há necessidade para por exemplo um porta-aviões.
Quanto à ameaça Norte de África, penso que muita gente faz alguma confusão.
Não há no Norte de África nenhum país (salvo a Argélia) capaz de cair nas mãos de um governo fundamentalista. O caso de Marrocos é disso exemplo, pelo que muitas vezes empolado. Marrocos é um país cujos islamicos moderados são maioria, estão no poder, por oposição a islamicos fundamentalistas presseguidos e em pouco número em termos de expressão percentual da população.
Caso, algum dia isso se passar, dar-se-á (se se der) um problema bélico assimétrico e não onde haja um confronto clássico entre FA, a não ser que os terroristas passem a comprar navios, porta-aviões, ou submarinos... (resta saber onde os comprar?)...
Penso que Espanha olha com desdem para Marrocos, criando inimigos onde não os há, um pouco como dom quixote. Claro que nada seria assim se a questão dos enclaves estivesse resolvida.
Cumprimentos a todos.