Portugal Ultramarino

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legionario

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« Responder #195 em: Março 26, 2009, 08:10:39 pm »
FoxTroop, vc tem direito a dois pontos Godwin pelo seu ultimo post , parabens ! :)
 

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dremanu

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« Responder #196 em: Março 26, 2009, 08:20:13 pm »
Hoje em dia já se pode, pelo menos para alguns, chegar-se à conclusão que o 25 de Abril foi completamente desnecessário. Só serviu para arrasar Portugal, e ainda mais as ex-colónias. Puderia se ter feito uma transição para um sistema democrático, e a descolonização, ser ter que se atravessar todo aquele periodo.

Do meu ponto de vista pessoal eu culpo o Salazar por ter "permitido" que a situação social/económica/política em Portugal chegou ao ponto em que foi necessário, na mente de alguns, ter que se ter um 25 de Abril para se efectuar uma mudança no país.

O Salazar foi "bom" admnistrador do governo, mas ao mesmo foi um líder sem visão, um empata. Enquanto o resto da Europa e América do Norte, e até América Latina progrediam, industrializavam-se, construiam infraestruturas nacioanaís modernas, ampliavam os serviços do estado, e procuravam melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, o nosso país era um atraso de vida, com a maioria da população a viver da agricultura e da pesca.

Era impossível manter esse sistema a longo-prazo, a única coisa que era possível fazer, e foi o que o Salazar fez, foi procurar prolongar o periodo até que algum evento impusesse a necessidade de efectuar a mudança do mesmo.

O Salazar teve toda oportunidade para deixar um legado fantástico. Revolucionar o país, contruir estradas, hospitaís, escolas, etc, etc, etc....Havia recursos para isso tudo, sem precisar de pedir nada a ninguém, mas foi o que foi, lamentávelmente.
« Última modificação: Março 26, 2009, 08:43:35 pm por dremanu »
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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FoxTroop

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« Responder #197 em: Março 26, 2009, 08:31:35 pm »
Caro Dremaru  :G-Ok:

Sr. legionário faça um favor ao seu neurónio e veja a entrevista que o sr.Tomsk colocou. Pode ser que entenda umas coisinhas.

Já agora, não querendo sobrecarregar o seu neuronio, essa lei também se aplica aos que vêm comunistas em qualquer um que seja anti-fascista (ou anti-qualquer extremo)?
 

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legionario

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« Responder #198 em: Março 26, 2009, 08:39:27 pm »
Vc agora deu-lhe para falar de comunistas nem sei porquê ...ontem falava de nazis, hoje fala de comunistas, em ambos os casos se aplica a lei de Godwin , é a conversa dos que ja nao têm inspiraçao  :)
 

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FoxTroop

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« Responder #199 em: Março 26, 2009, 08:42:58 pm »
Citar
Vc agora deu-lhe para falar de comunistas nem sei porquê ...ontem falava de nazis, hoje fala de comunistas, em ambos os casos se aplica a lei de Godwin , é a conversa dos que ja nao têm inspiraçao


Inspiração?!!!! Ora essa meu caro!!!! De si é que ainda não vi uma opinião fundamentada. E tem razão, essa lei aplica-se também em sentido inverso. Ou seja, também já se auto-atribuiu uns pontinhos  :lol:   :twisted:
 

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legionario

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« Responder #200 em: Março 26, 2009, 08:47:06 pm »
Ai Ambrosio, apetece-me algo ...
 

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P44

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« Responder #201 em: Março 26, 2009, 08:51:39 pm »
quando vai ser o casamento? :mrgreen:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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« Responder #202 em: Março 26, 2009, 09:00:10 pm »
:lol:  Não sei se vai haver casório, caro P44. É que para isso tinha de me desfazer da estatueta do Lenin que tenho à mesa de cabeceira e retirar o quadro do Stalin que tenho na sala. (isto para não falar das garrafas de Stolichnaya e Moskovskaya que tenho no frigorifico)

Também não quero trocar Das Kapital do mau grande idolo Marx, por um livreco qualquer, à minha cabeceira. Enfim todo um oceano de imcompatibilidades que só poderia dar em divorcio (daqueles litigiosos, com pancadaria e tudo). Coisa horrivel :snip:  :lol:
 

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Duarte

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« Responder #203 em: Março 26, 2009, 09:05:49 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Quer comparar o quê, afinal?

Que paralelismos quer encontrar?

Qualquer comparação entre o Estado novo e Singapura, na mente de qualquer pessoa, excepto a sua, é irrealista e nem com a maior das manipulações dos factos consegue arranjar um só paralelismo.

Posso relatar-lhe mil e um factos de Singapura durante a minha presença lá, desde o governo devolver aos cidadãos o excedente dos impostos (creio que em 2004 ou 2005), ou a todos os cidadãos ser proporcionado um nivel de vida capaz e seguro.

Aqui guardava-se o ouro, mantinha-se o povo na ignorancia, deixava-se quem tinha estudos emigrar e proibia-se os iletrados de sair do país, etc, etc.... A corrupção nem é bom falar e sobre o nivel de vida proporcionado então...... Dois mundos tão diferentes como terra e Marte (isso agora se acredita nos marcianos é lá consigo)

Meu caro Duarte nem me vou alongar mais, que o assunto já está fora do tópico, mas tentar essa comparação é completamente ridiculo. (Para mais, Malasia é uma coisa e Singapura, no seu extremo, é outra)

Caro Foxtroop, Singapura foi um dos estados federados da Malásia em 1963. Mais tarde saiu desta federação. São países contíguos. Um dos 3 grandes grupos étnicos de Singapura são os Malaios. Na altura da insurreição comunista, Singapura fazia parte da colónia britância da União Malaya. Não são a mesma coisa, mas já foram, por várias ocasiões, especialmente durante a "Emergency" do comunismo.



Citar
Malaysia as a unified state did not exist until 1963. Previously, a set of colonies were established by the United Kingdom from the late-18th century, and the western half of modern Malaysia was composed of several separate kingdoms. This group of colonies was known as British Malaya until its dissolution in 1946, when it was reorganised as the Malayan Union. Due to widespread opposition, it was reorganised again as the Federation of Malaya in 1948 and later gained independence on 31 August 1957.[10] Singapore, Sarawak, British North Borneo and the Federation of Malaya joined to form Malaysia on 16 September 1963.[11] The early years of the new union were marred by an armed conflict with Indonesia and the expulsion of Singapore on 9 August 1965.[12][13]

Paralelos são muitos enumero-os todos. Não se deu ao trabalho de ler?

1- ambos estados de partido único (na prátcia) PAP - UN /ANP
2- Singapura estado neo-corporativo  - Estado Novo corporativo
3- limitações das lberdades de expressão e imprensa, censura
4- ISD - PIDE / DGS, ambos com poderes especiais de detenção
5- ambos estados capitalistas, fortemente anti-comunistas
6- reservas moeda / ouro
7- estados multi-étnicos , multi-raciais
8- valores de família, pátria, nacionalismo
9- ambos estados totalitários "soft"
10- ambos com orgãos legislativos uni-câmara: Parlamento - Assembleia Nacional
11- ambos dão uma importância extrema à soberania nacional e segurança interna
12- regime de direita com iniciativas de apoio social, apoio à habitação social
13- ambos regimes com nível de segurança dos cidadãos acima da média
14- feroz repressão da criminalidade e subversão
15- combateram insurreições comunistas

Quer mais?...



Então acha que o governo de Singapura é assim tão bondoso?

Olhe que a esquerda liberal acha que não. Dizem que é um regime totalitário. Então é a favor de regimes totalitários?
Estou deveras confuso..

http://www.google.com/search?client=saf ... 8&oe=UTF-8

Informe-se sobre o PAP..




Citar
The PAP symbol is similar to the old Flash and Circle used by British Union of Fascists under Sir Oswald Mosley, and later under the Union Movement with the same leader. The meaning assigned to these symbols is also similar. The BUF and UM version (which was white and blue on red) was supposed to represent "the flash of action inside the circle of unity", while the PAP symbol (which is red and blue on white) stands for action inside "interracial unity".
« Última modificação: Março 27, 2009, 03:35:15 pm por Duarte »
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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« Responder #204 em: Março 26, 2009, 09:44:11 pm »
Citação de: "FoxTroop"
:lol:  :Combate:  :G-bigun:

 :lol:  :lol:
 

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Duarte

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« Responder #205 em: Março 27, 2009, 01:38:51 am »
Citação de: "FoxTroop"
É que para isso tinha de me desfazer da estatueta do Lenin que tenho à mesa de cabeceira e retirar o quadro do Stalin que tenho na sala. (isto para não falar das garrafas de Stolichnaya e Moskovskaya que tenho no frigorifico)

Também não quero trocar Das Kapital do mau grande idolo Marx, por um livreco qualquer, à minha cabeceira.

 :lol: E não esquecer o pin-up da Odete, nua e crua?


слава Україна!

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zeNice

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« Responder #206 em: Março 27, 2009, 12:27:29 pm »
 

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teXou

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« Responder #207 em: Março 27, 2009, 12:32:01 pm »
Citação de: "Morkanz"
Antigos Combatentes atirados para a probreza
:censurado:  :G-beer2:
Citação de: "TOMSK"
...
Entrevista na TVI24 ao Professor Adriano Moreira,  ...
:roll:
Citar
...
“A questão da emigração era abafada pelo Estado Novo”
“A forte emigração que se fez sentir durante as décadas de 60 e 70 para os países industrializados da Europa, como a França e Alemanha, foi uma questão que o Estado Novo nunca gostou de mediatizar e de desenvolver”, sobretudo porque muitos portugueses “saíram do país por questões de sobrevivência económica”, lembra Conceição Meireles.
...
“Se os portugueses emigravam é porque não havia ‘pão’ em Portugal”, e por isso, “o Estado Novo nunca quis reconhecer a emigração que, nos anos 60 e 70, estava a ser fortíssima por razões de sobrevivência, por questões de exílio político e de fuga à guerra colonial”. ... JPN

Citar
“QUANDO OS PORTUGUESES PARTIAM A SALTO PARA FRANCA” ...
Sabendo que em Portugal a censura[7] controlava a imprensa e que não eram bem-vindos temas como “emigração”, críticas ao sistema político, social ou económico do país, todos os artigos publicados ou livros que saíram nos anos 60 (auge da emigração clandestina) retiveram toda a nossa atenção aguçando a nossa curiosidade. A censura prévia amordaçava os jornais mas também os livros, inclusivamente, após estarem em exposição e à venda nas livrarias, desencadeando situações perversas, ambíguas, arbitrárias, incompreensíveis, ou mesmo surpreendentes, obrigando os escritores e jornalistas à auto-censura. José Cardoso Pires denunciando a censura afirmou que ela “fez-nos viver num país alienado”, Maria Teresa Horta ficou “marcada para sempre” e Luiz Francisco Rebello foi “civilmente assassinado”. Para mais, Manuel Ramos, redactor do Jornal de Notícias responde à pergunta “A emigração também era tabú para Salazar ?” salientando que :

Nos anos 60 houve muita emigração. As pessoas não tinham condições de vida e emigravam. ...

Emigrantes e Taxa Bruta de Emigração (TBE) segundo o ano de saída de 1960 a 1988: Até 13,1% da população em 1966  :idea:

Boa reflexão !  :wink:
"Obviamente, demito-o".

H. Delgado 10/05/1958
-------------------------------------------------------
" Não Apaguem a Memória! "

http://maismemoria.org
 

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Duarte

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« Responder #208 em: Março 27, 2009, 03:30:08 pm »
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deixava-se quem tinha estudos emigrar e proibia-se os iletrados de sair do país, etc, etc....


Então quer dizer que os educados e inteligentes emigravam e só ficaram aí os ignorantes? :lol:
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« Responder #209 em: Março 27, 2009, 07:48:00 pm »
Sr. Duarte, para alem das suas comparações, que só podem ser feitas numa optica tão especial que ainda não consegui entender (não sei se existe mais alguem nessa situação) também fiquei a saber que não conhece muitos dos factos sobre o qual quer falar.  :roll:

Mas assim sendo aqui vai:
Decreto de lei nº 33918 de 5 Setembro 1944

Entenda que a propria Constituição Portuguesa não reconhecia o direito à imigração, mas para atribuição do passaporte era necessário saber ler e escrever além de não poder ser operário ou trabalhador rural, mas se houvesse a suspeita de que a pessoa requeria o passaporte para emigrar este mesmo era negado e a pessoa em questão sujeita a detenção, assim como quaisquer terceiros que se suspeitassem estarem envolvidos. Foi revogada a pena de crime e prisão em 1969 passando para multa, excepto nos casos de suspeita de fuga ao serviço militar.

Tem muito mais leitura sobre o assunto se se der ao trabalho de se informar em vez de disparar bacoradas. Talvez consiga entender muitas das coisas que se passavam e as rupturas que se formaram nessa altura na nossa sociedade.