Generais pedem corte de efectivos

  • 11 Respostas
  • 5032 Visualizações
*

Creoula

  • Membro
  • *
  • 155
  • +0/-0
Generais pedem corte de efectivos
« em: Abril 27, 2007, 05:49:24 pm »
Citar
Forças Armadas
Generais pedem corte de efectivos
Ex-chefes militares dos três ramos das Forças Armadas aconselham o ministro da Defesa a diminuir número de militares e a contratar, em alguns casos, civis porque saem mais baratos.

«Se não se sacrificar alguma dimensão do pessoal, então, não será possível pôr termo a sucessivos adiamentos de investimentos necessários para substituir material em avançado estado de obsolescência operacional e logística», sustenta o estudo.

O grande desafio da defesa entregue ao ministro Nuno Severiano Teixeira e que é subscrito por uma série de generais e ex-chefes militares – como o ex-vice-Chefe de Estado-Maior da Armada, Reis Rodrigues, o ex-subchefe do Estado-Maior do Exército Mateus da Silva, o ex-Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Mendes Dias, bem como o ex-governador de Timor, Lemos Pires. Todos pertencem ao Instituto Humanismo e Desenvolvimento.

Se o Governo não tiver coragem de impor um corte de efectivos, «será difícil» haver folga financeira para «corrigir a degradação de salários, que se tem verificado de há alguns anos a esta parte» e todo o dinheiro gasto na manutenção dos equipamentos velhos será «um esforço irracional e antieconómico», sustentam.

Os generais consideram que as Forças Armadas gastam muito no pessoal e pouco no equipamento. Assim, a única forma de ultrapassar essa situação será o país começar a investir mais na Defesa ou, então, – o que se afigura mais razoável – optar pela redução dos efectivos, já que «as medidas pontuais» que têm sido tomadas para corrigir a situação não têm resolvido nada.

 Ao «fim de décadas de persistência do problema», os militares mais experientes reconhecem que não há outra via.

Valença Pinto contra

As despesas com pessoal no Exército atingem os 78%, chegando aos 69,9% na Marinha e aos 56% na Força Aérea. O memorando sugere ainda que, em várias funções, os militares possam ser substituídos por civis, uma vez que custam menos ao Estado: em média, são 25% mais baratos.

Este estudo vai contra as declarações públicas do actual Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas. Perante as notícias sobre funcionários excedentários em vários ministérios, Valença Pinto tem dito que as Forças Armadas têm falta de pessoal.

Helena Pereira (SOL) http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politi ... t_id=31577


Cumprimentos
 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #1 em: Abril 27, 2007, 07:12:29 pm »
E se pedissem o corte dos "n" generais e coronéis na reserva?
 

*

Artic Fusion

  • Membro
  • *
  • 148
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #2 em: Abril 28, 2007, 04:09:34 pm »
Citação de: "Yosy"
E se pedissem o corte dos "n" generais e coronéis na reserva?
:lol:  :twisted:
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7484
  • Recebeu: 962 vez(es)
  • +4582/-871
(sem assunto)
« Responder #3 em: Maio 06, 2007, 11:20:53 pm »
A necessidade do corte de efectivos é uma evidência.

Lembremo-nos sempre de que para ter um militar numa situação operacional de combate, são necessários de dois a três outros militares em operações de apoio.

Muita gente não tem noção da complexidade logistica que implica ter mesmo uma pequena força num lugar qualquer. Os americanos no Iraque, segundo um recente livro, são na realidade muito mais que o que se diz, porque só se contam os militares, quando o governo americano privatizou grande parte dos serviços que podem ser efectuados por empresas privadas.

Aqui há uns tempos, eu disse neste fórum que não acho aceitável que os quarteis das Forças Armadas tenham soldados a fazer guardas, porque ficava mais barato ter Securitas a guardar o quartel.

Isto pode parecer um exagero, mas no Iraque já está a acontecer, e aquilo é uma zona de guerra.

Este pedido de redução é tão óbvio, que só não se entende porque é que não veio mais cedo.

Muitos dos generais estão absolutamente cientes e conscientes de que também há demasiada gente na estrutura que está a mais.

Infelizmente a actual situação não é boa nem propícia a qualquer modernização com pés e cabeça das forças armadas. O principal problema é que com este governo corremos o risco de acontecer o que já aconteceu noutras vezes:

Os militares reduzem efectivos, apertam o cinto, poupam dinheiro, e depois a poupança vai para outro lado qualquer.
Essa é uma das razões que leva muitos sectores da administração pública a não fazer reduções de efectivos e modificaões internas, porque muito barulho dá direito a análise mais aturada da situação e normalmente a racionalização (AKA redução) de verbas.

Mas uma coisa é certa. As coisas não estão bem, e eu sou favorável a que mudem. Mesmo que mudem para pior devem mudar. Só assim entendemos os problemas e só assim eles podem vir a ser resolvidos.

Não fazer isso é viver numa eterna Paz podre.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #4 em: Maio 07, 2007, 12:03:09 am »
Citação de: "papatango"

Mas uma coisa é certa. As coisas não estão bem, e eu sou favorável a que mudem. Mesmo que mudem para pior devem mudar.



 :shock:

Sou o único que acha que esta part do post do PT vai contra o mais básico bom senso?
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2271
  • Recebeu: 527 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +836/-827
(sem assunto)
« Responder #5 em: Maio 07, 2007, 12:36:28 am »
Não ligue. Com tanta coisa "bonita" que escreveu acabou por se perder.

Citação de: "papatango"
Muita gente não tem noção da complexidade logística que implica ter mesmo uma pequena força num lugar qualquer. Os americanos no Iraque, segundo um recente livro, são na realidade muito mais que o que se diz, porque só se contam os militares, quando o governo americano privatizou grande parte dos serviços que podem ser efectuados por empresas privadas.

Aqui há uns tempos, eu disse neste fórum que não acho aceitável que os quartéis das Forças Armadas tenham soldados a fazer guardas, porque ficava mais barato ter Securitas a guardar o quartel.

Isto pode parecer um exagero, mas no Iraque já está a acontecer, e aquilo é uma zona de guerra.
Já tinha visto um documentário sobre isso mas agora fiquei surpreendido quando me diz que os EUA utilizam empresas privadas para fazerem a segurança de quartéis - sei que isso já acontece no Iraque, mas agora, nos EUA? Ou será que percebi mal?
Temos também que ver que o objectivo dos norte-americanos em contratar privados é também de reduzir ao máximo o número de tropas "deles" que estão lá - pois se um militar morrer é dada uma grande cobertura, mas se for um privado a morrer já ninguém sabe de nada. Mas que os norte-americanos exageram, exageram, ao ponto de terem civis lá contratados só para coisas simples como anotar e gerir durante quanto tempo é que um soldado se liga à internet quando há lá soldados livres que podiam muito bem fazer isso. Também num documentário lembro-me dum militar a se queixar que no Iraque esteve mais tempo ocupado a treinar "privados" para fazerem o trabalho dele do que ele mesmo fazer esse trabalho.

Citação de: "papatango"
Os militares reduzem efectivos, apertam o cinto, poupam dinheiro, e depois a poupança vai para outro lado qualquer.
Essa é uma das razões que leva muitos sectores da administração pública a não fazer reduções de efectivos e modificações internas, porque muito barulho dá direito a análise mais aturada da situação e normalmente a racionalização (AKA redução) de verbas.

Lembrei-me agora dum oficial da FAP se "queixar" um pouco disso, em que conseguiram reduzir os seus custos e nem chegaram a ver se quer um tostão desse dinheiro poupado a ser investido nesse mesmo ramo, ou sequer nas FA.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7484
  • Recebeu: 962 vez(es)
  • +4582/-871
(sem assunto)
« Responder #6 em: Maio 07, 2007, 12:44:46 am »
:mrgreen:

Quando estamos numa situação de marasmo, até uma mudança para pior pode ser positiva, porque numa situação de marasmo o problema não são as coisas que se fazem, mas sim as que não se fazem por causa desse mesmo marasmo.

Quando um carro do pelotão de M-60 do 10 de Junho do ano passado, começou a deitar fumo, vimos isto ocorrer. A instituição militar, foi ridicularizada em directo e a cores na televisão.

Para ter feito aquela figura era melhor nem terem feito desfile.

Mas o desfile não terá servido para nada ?
 ... ? ... :mrgreen:

Não sei se me expliquei.


Aliás, neste momento, estamos perante uma situação idêntica que está a ser colocada em prática pelo actual governo, para facilitar a regionalização dentro de alguns anos.

Alguém quer comentar o que se está a passar e que vai fazer os portugueses quererem a regionalização ? (no tópico sobre a regionalização plieze)
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

papatango

  • Investigador
  • *****
  • 7484
  • Recebeu: 962 vez(es)
  • +4582/-871
(sem assunto)
« Responder #7 em: Maio 07, 2007, 12:50:09 am »
Citar
Já tinha visto um documentário sobre isso mas agora fiquei surpreendido quando me diz que os EUA utilizam empresas privadas para fazerem a segurança de quartéis - sei que isso já acontece no Iraque, mas agora, nos EUA? Ou será que percebi mal?
Eu estava a referir-me ao Iraque (zona de guerra) não aos Estados Unidos.

Sinceramente não sei como é que as coisas estão nos Estados Unidos, mas sei por exemplo que em grandes complexos militares em alguns estados eles nem têm guardas (no sentido tradicional do termo) exceptuando as portas principais.
O resto é assegurado por circuitos internos de TV e por uma ronda de carro.
E estão a testar robots. [1]

Cumprimentos


[1] Tantos miudos com miolos em cursos de robótica que há em Portugal e que passam o tempo a fazer robots para jogar à bola...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

*

p_shadow

  • Perito
  • **
  • 448
  • +2/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #8 em: Maio 07, 2007, 04:31:39 am »
Aproveitando o off-topic, não sei se já conhecem.
http://resistir.info/eua/privatizacao_do_estado.html


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

*

nosso cabo

  • 75
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #9 em: Maio 07, 2007, 07:16:38 pm »
Só se for nas FFAA, porque na GNR os generais parece que vão aumentar para o dobro. os oficiais generais também estão previstos nos cortes, ou será que não?
PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 20230
  • Recebeu: 2983 vez(es)
  • Enviou: 2233 vez(es)
  • +1328/-3462
(sem assunto)
« Responder #10 em: Maio 07, 2007, 08:24:44 pm »
Paulo eu juro que não é perseguição da minha parte, mas segundo artigos que vieram nos media Portugueses com o fim das Brigadas Territoriais na GNR muitos Oficiais do Exército Português vão ter que sair dessa instituição. Tem informações contrárias?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

*

nosso cabo

  • 75
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #11 em: Maio 08, 2007, 07:16:50 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Paulo eu juro que não é perseguição da minha parte, mas segundo artigos que vieram nos media Portugueses com o fim das Brigadas Territoriais na GNR muitos Oficiais do Exército Português vão ter que sair dessa instituição. Tem informações contrárias?

Segundo a LOGNR, aprovada em Conselho de Ministros (CM),  a GNR vai ter:
1 General (Cmdt - geral);
1 Tenente - general (2.º Cmdt - geral);
4 Majores - generais (inspector da GNR*, comandante operacional*, comandante da adminnistração e recursos internos*, comandante da doutina e formação*);
2 Brigadeiros - generais (comandante da unidade de intervenção e comandante da Escola Prática).
 O ante projecto previa ainda o facto de a direcção dos serviços no comando operacional, que são seis, ser desempenhada por brigadeiros - generais, a que foi aprovada em CM é omissa. É esperar para ver.
* Estas funções podem ser desempenhada por tenentes - generais, nos termos do Art.o 50
PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS