A questão é que não existe necessidade de se adquirir um meio especializado para COIN, mesmo que essa aeronave desenrasque para treino, porque COIN estaria encarregue dos UH-60 (com reforço do seu número). Ou seja, nem ST, nem hélis de ataque, ficávamos era com uma força de uns 12 a 16 UH-60 militarizados. Não é a solução perfeita, mas é a mais realista e que consome menos recursos (que fazem falta noutros lados).
Consome menos recursos na aquisição. Mas a 10 anos provavelmente já não. Porque os custos de operação dos Hélis são muito, MUITO, superiores aos do ST e isso acumula rapidamente.
O viajante está a avaliar só parte do problema e da solução.
Mesmo que a HV dos helis fosse o dobro dos 314, que não é, os helis executam pelo menos seis missões enquanto que os ST, são dedicados a apenas uma.
Uma frota de por exemplo 16 helis mdios tipo UH-60L/V conseguiria executar todas as missões desde CAS, CSAR, SAR, Transporte táctico, Medevac e instrução.
Numa frota de 16 ST, a aeronave ficaria reduzida à sua missão primária e quando muito a de instrução se fosse efectuado investimento, em quantas aeronaves ?
Seriam suficientes oito ?
O que deixaria outras tantas para o CAS.
Ora a frota de helis com o mesmo numero de unidades, consegue por exemplo, quando a missao CAS, não estiver em cima da mesa poder converter mais unidades para o SAR, ou auxiliar na instrução do pessoal da BRR, ou fazer transporte tactico ou evacuações inter ilhas sempre que os 101 estivessem empenhados, por exemplo, em missoes LSAR.
Se por exemplo a missão COIN necessitar em simultâneo unidades para assalto aereo como se resolve essa situação se se optasse pela aeronave de asa fixa para o COIN?
O heli medio, seja ele qual for, é e será sempre muito mais versátil e ÚTIL que o ST, e a Medio/longo prazo uma opção mais barata, pelos motivos referidos.
Termino adicionando o factor instrução no tipo de heli que mencionei, porque quando a Marinha adquirir novos helis, se tanto a FAP como provávelmente o EXÉRCITO tiverem esse modelo o indicado seria adquirir o seahawk e essa escolha resultaria numa enorne economia de custos na formação de PilAv, dos mecanicos e sobretudo de linha logística de sobressalentes.
Convira lembrar que os primeiros seis blackhawks vem para os FF, e adianto, que esta aquisição não foi por acaso.
Abraços