Concordo plenamente que quaisquer versões AEW&C, tanque, ISR ou MPA só farão sentido se vierem e forma de kit e puderem ser mudadas entre células. Quanto à versão tanque aéreo com boom, claro que ainda não existe e, possivelmente, nunca existirá, se a USAF não se interessar. Mas, SE vier a existir e SE for um kit (como a Embraer parece querer) seria uma boa opção para Portugal, melhor e mais barata que o MRTT para as missões em território nacional ou no triângulo estratégico. A minha proposta seria entrarmos num futuro consórcio MRTT sul europeu, contratando as horas que forem consideradas necessárias, E SIMULTÂNEAMENTE ter 2-3 kits de reabastecimento com boom para os KC, estes sim, inteiramente nacionais.
Quanto às versões MPA/ISR, não consigo perceber porque um eventual A321 MPA seria melhor que o C-390 MPA, ou mais barato, ou onde entraria a indústria nacional. Tens algum dado que possa confirmar ou pelo menos fundamentar essa teoria? Além de que a versão para o C-390 está já a ser desenvolvida e acho que a do A321 ainda não saiu do papel (mas posso estar enganado, e terei muito gosto em ser corrigido).
O mais provável, era se viesse a existir uma versão com boom do KC, e esta for adquirida (seja uma versão dedicada com boom fixo, sejam kits que obriguem à compra de aeronaves adicionais que possam receber estes kits), dificilmente haverá verba para entrar num programa MMF ou MMF2.
A versão AEW&C quase de certeza que não será modular. Terá que ser uma aeronave dedicada com radar fixo, seja através de painéis laterais (como o G550 CAEW), seja com um radar "externo" como um E-2 ou E-99. A não ser que fosse usada uma solução tipo MQ-9, com radares montados em pods, mas com algumas limitações, nomeadamente de alcance (dos radares), algo difícil de justificar para uma aeronave muito maior que um MQ-9.
Quanto ao MPA/ISR, convém não confundir as 2 coisas. A versão ISR do 390 em desenvolvimento, é para usar equipamento roll-on/roll-off, que assentará essencialmente em utilizar módulos internos, equipamento em pylons e pouco mais, sem realizar modificações às aeronaves. Até o radar deverá ser o que está em uso nos KCs normais, que deverá ter limitações no seu campo de visão. O número de pylons dificilmente excederá os 6 (2-4 é o mais provável), nem possuirá uma baía para armamento.
Uma variante MPA, exigiria muito mais modificações, para acomodar sensores de raiz, provavelmente uma adaptação da fuselagem para melhor aproveitamento, de modo a poder receber os ditos sensores e uma baía para armamento adicional. Isto teria obviamente custos, e mesmo assim não garantia que a aeronave chegasse ao nível do P-8, sobretudo em alcance e payload para munições.
Relativamente ao A321 MPA, os franceses andam à procura de parceiros. Para Portugal, só fazia sentido entrar no programa se houvesse participação nacional. Não havendo, então a opção P-8 e Kawasaki P-1 ganham força. Este último então, é um B-52 dos pobres.
O A321 MPA está num estágio mais avançado que o 390 MPA. A versão ISR do modelo da Embraer é que está mais avançada, mas não é um MPA puro.