UAVs na FAP

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Re: UAVs na FAP
« Responder #120 em: Agosto 13, 2021, 02:16:44 pm »
É o Caos:

https://www.dn.pt/sociedade/incendios-drones-da-forca-aerea-de-novo-em-terra-voltam-a-falhar-missoes-de-vigilancia-14028385.html

Este projecto, devia ser todo redefinido, querer por o carro à frente dos bois dá nisto, os Drones não estavam prontos nem desenvolvidos, muito menos testados ao ponto de ficarem operacionais.

O que está a acontecer é o que deveria acontecer numa campanha de testes, muito antes do produto ficar disponível comercialmente.

Façam um concurso internacional, com concorrência, onde entrem outros protagonistas com provas dadas, provavelmente, vamos ficar sem drones e sem o dinheiro em pouco tempo, por isso mais vale começar a fazer a coisa bem feita desta vez.

Não é verdade, a versão de assa fixa já tinha sido operado pela FAP na Croácia. Mesmo a versão VTOL foi desenvolvida em conjunto com a Marinha e já tinha feitos testes quer em Troia quer embarcado num NPO.

A grande alteração neste contrato foi o motor, que foi escolhido um mais barato.

Mas os drones não são tão seguros como aviões:
https://dronewars.net/drone-crash-database/
 

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MATRA

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Re: UAVs na FAP
« Responder #121 em: Agosto 13, 2021, 03:30:12 pm »
É o Caos:

https://www.dn.pt/sociedade/incendios-drones-da-forca-aerea-de-novo-em-terra-voltam-a-falhar-missoes-de-vigilancia-14028385.html

Este projecto, devia ser todo redefinido, querer por o carro à frente dos bois dá nisto, os Drones não estavam prontos nem desenvolvidos, muito menos testados ao ponto de ficarem operacionais.

O que está a acontecer é o que deveria acontecer numa campanha de testes, muito antes do produto ficar disponível comercialmente.

Façam um concurso internacional, com concorrência, onde entrem outros protagonistas com provas dadas, provavelmente, vamos ficar sem drones e sem o dinheiro em pouco tempo, por isso mais vale começar a fazer a coisa bem feita desta vez.

Não é verdade, a versão de assa fixa já tinha sido operado pela FAP na Croácia. Mesmo a versão VTOL foi desenvolvida em conjunto com a Marinha e já tinha feitos testes quer em Troia quer embarcado num NPO.

A grande alteração neste contrato foi o motor, que foi escolhido um mais barato.

Mas os drones não são tão seguros como aviões:
https://dronewars.net/drone-crash-database/

Isso não muda nada ao que disse, são mais de 4m do erário público em que um quarto já foi ao chão, responsabilidades exigem-se, se os motores não são os apropriados para voar 4h a 8h de um drone que foi contratado para isso mesmo, de quem é a responsabilidade de os aceitar e dar como operacionais para a missão proposta?

A este ritmo temos drones para 2 ou 3 anos e depois não vai haver dinheiro para os reparar ou substituir.



“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
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Red Baron

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Re: UAVs na FAP
« Responder #122 em: Agosto 13, 2021, 06:43:58 pm »
É o Caos:

https://www.dn.pt/sociedade/incendios-drones-da-forca-aerea-de-novo-em-terra-voltam-a-falhar-missoes-de-vigilancia-14028385.html

Este projecto, devia ser todo redefinido, querer por o carro à frente dos bois dá nisto, os Drones não estavam prontos nem desenvolvidos, muito menos testados ao ponto de ficarem operacionais.

O que está a acontecer é o que deveria acontecer numa campanha de testes, muito antes do produto ficar disponível comercialmente.

Façam um concurso internacional, com concorrência, onde entrem outros protagonistas com provas dadas, provavelmente, vamos ficar sem drones e sem o dinheiro em pouco tempo, por isso mais vale começar a fazer a coisa bem feita desta vez.

Não é verdade, a versão de assa fixa já tinha sido operado pela FAP na Croácia. Mesmo a versão VTOL foi desenvolvida em conjunto com a Marinha e já tinha feitos testes quer em Troia quer embarcado num NPO.

A grande alteração neste contrato foi o motor, que foi escolhido um mais barato.

Mas os drones não são tão seguros como aviões:
https://dronewars.net/drone-crash-database/

Isso não muda nada ao que disse, são mais de 4m do erário público em que um quarto já foi ao chão, responsabilidades exigem-se, se os motores não são os apropriados para voar 4h a 8h de um drone que foi contratado para isso mesmo, de quem é a responsabilidade de os aceitar e dar como operacionais para a missão proposta?

A este ritmo temos drones para 2 ou 3 anos e depois não vai haver dinheiro para os reparar ou substituir.
Citar
"Apesar de a empresa garantir que é normal a oscilação observada, a FAP decidiu parar os voos e recuar para uma nova fase de testes e de adaptação dos pilotos", revelou ao DN uma fonte daquela base.
...
O EMGFA, por seu lado, garante que "os VTOL voltarão a voar assim que terminar a requalificação dos pilotos, prevendo-se que estejam disponíveis a curto prazo", sem avançar datas concretas.

Nem tudo é culpa da UAVision.

Já na Croácia tinha caído um por erro humano na aproximação para aterrar.
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #123 em: Agosto 13, 2021, 09:51:58 pm »
Que preocupação com o erário público, quando temos uma extinta EMA, Kamovs a apodrecer etc... :G-beer2:
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #124 em: Agosto 13, 2021, 11:40:12 pm »
A despesa é o mal menor. 4.5 milhões para financiar o desenvolvimento de um UAV nacional, e com versão VTOL, não era um gasto mal feito e é um valor minúsculo quando comparado com o investimento que os outros países fazem no sector. O problema é a trafulhice e a burrice envolvida neste programa, a pressa, as más decisões, o empurrar de culpas.
 
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Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #126 em: Agosto 30, 2021, 11:10:49 am »
https://uas.tekever.com/wp-content/uploads/2019/09/Tekever_AR5.pdf

https://expresso.pt/sociedade/2020-09-29-Vigilancia.-Drones-portugueses-dao-cartas-no-mundo

Tekever AR 5 e mesmo o AR 3 em vigilancia maritima seriam muito mais capazes. Mas decerto "muito complexos". Faz lembrar coisas na Marinha

O AR5 lançou com exito jangadas insuflaveis no mar.

O êxito em vários pontos do mundo e a sua adopção pelo exercito inglês. As capacidade superiores nomeadamente a autonomia.
Ligação satélite, todo o tipo de câmaras e carga util maior.

o AR5 a operar desde a Madeira ou Porto Santo, daria um suporte de vigilancia até as Selvagens, reforçando a vigilancia dessa extensa zona maritima.
Nos incendios, o muito maior tempo de operação daria mais flexibilidade de emprego, não só na vigilancia mas acompanhamento das operações de combate.

Entretanto comprou-se de atacado e pelos vistos à pressa, uma duzia de brinquedos que umas vezes funcionam outras nem por isso.

Os negócios militares em grande

 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #127 em: Agosto 30, 2021, 12:16:11 pm »
Nem sequer se tratou de um negócio militar, foi mais uma brincadeira política, em que tanto as FA como a Ogassa levaram por tabela com a incompetência do Governo. Infelizmente as negociatas estão acima do interesse nacional.

O que deveria ter sido feito era optar por modelos das duas empresas, o que facilitava a resposta aos exigentes prazos de entrega (prazos de entrega que foram, mais uma vez, incompetência do Governo). Depois sendo dois modelos de dois fabricantes diferentes, se por algum azar uma das frotas tivesse de ser "grounded" a outra poderia continuar a operar sem problema, não criando um vazio operacional. Por fim, eu não tenho problema com a escolha dos OGS, o investimento devia sim ter sido para financiar o desenvolvimento e maturação dos ditos, nomeadamente a versão VTOL, que é única no país. Os Tekever seriam mais caros, mas com menos riscos e com mais capacidade, e podiam tanto fazer vigilância florestal, como marítima.

É óbvio que isto não resolvia as lacunas de um UCAV, de um UAV MALE/HALE, de um UAV a jacto furtivo e de um UAV "loyal wingman", mas já era um primeiro passo a nível da complexidade dos UAVs.
 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #128 em: Agosto 30, 2021, 02:15:42 pm »
Nem sequer se tratou de um negócio militar, foi mais uma brincadeira política, em que tanto as FA como a Ogassa levaram por tabela com a incompetência do Governo. Infelizmente as negociatas estão acima do interesse nacional.

O que deveria ter sido feito era optar por modelos das duas empresas, o que facilitava a resposta aos exigentes prazos de entrega (prazos de entrega que foram, mais uma vez, incompetência do Governo). Depois sendo dois modelos de dois fabricantes diferentes, se por algum azar uma das frotas tivesse de ser "grounded" a outra poderia continuar a operar sem problema, não criando um vazio operacional. Por fim, eu não tenho problema com a escolha dos OGS, o investimento devia sim ter sido para financiar o desenvolvimento e maturação dos ditos, nomeadamente a versão VTOL, que é única no país. Os Tekever seriam mais caros, mas com menos riscos e com mais capacidade, e podiam tanto fazer vigilância florestal, como marítima.

É óbvio que isto não resolvia as lacunas de um UCAV, de um UAV MALE/HALE, de um UAV a jacto furtivo e de um UAV "loyal wingman", mas já era um primeiro passo a nível da complexidade dos UAVs.


Mais caraos mais muito superiores. Iso é como anguém andar de BMW ou de FIAT.
Cá sabem bem escolher entre dois dois quando se trata de mordomias.

Claro que ficaria ainda uma lacuna ofensiva, mas para vigilancia maritima e florestal já ficavamos bem. A parte ofensiva será sempre mais investimento devido aos sistemas envolvidos.
O VTOL faz sentido embarcados para a Marinha, mas para a Força Aérea não vejo vantagens, poisando os outros modelos em pistas muito limitadas e tendo uma autonomia imensamente superior. Então a parte de largar jangadas insuflaveis esta muito bem pensado.

Mas quando ouvimos coisas como EUA lança concurso entre fabricantes para ......(algo que estipula o ramo a que se destina) . Não poderia o governo fazer o mesmo cá. Havendo dois fabricantes estipular caracteristas e mete-los a concorrer entre si.
Será que não tentariam fazer algo na linha do SAAB por exemplo?

As empresas fazem prospecção de mercado e por vezes não fazem algo porque não vêm saída suficiente.
Acredito que não estejam dispostas a lançar algo fiando-se na Marinha Portuguesa. A Marinha dos NPO desarmados e cegos muito complexos.

Compromissos sérios é o que falta
« Última modificação: Agosto 30, 2021, 05:19:27 pm por Pescador »
 

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Re: UAVs na FAP
« Responder #129 em: Agosto 30, 2021, 03:16:16 pm »
Portugal não tem nem mercado (Estado) nem capacidade instalada para poder fazer concurso e esperar 2 ou mais empresas nacionais... o concurso, por pressão do Governo, é que pedia o impossível para os fornecedores nacionais.

Pelo que eu entendo, para além de voar e "ver", o UAV também tem de ter capacidades de especificas para fogos florestais; e que temos uma empresa aparentemente muito mais avançada em vigilância marítima e o processo apanhou a outra empresa, que estava a desenvolver o seu produto com as Forças Armadas, ainda em uma fase muito inicial. Mas acredito que após os problemas - normais - de desenvolvimento e testes vamos ter algo que se veja.

Não estou a ver "massa critica" (capital, mercado, vontade, etc) para irmos desenvolver UAVC, mas para FF e controle marítimo... temos hipóteses, se cliente (Estado), empresas e universidades colaborarem.         
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Re: UAVs na FAP
« Responder #130 em: Agosto 30, 2021, 05:28:55 pm »
Portugal não tem nem mercado (Estado) nem capacidade instalada para poder fazer concurso e esperar 2 ou mais empresas nacionais... o concurso, por pressão do Governo, é que pedia o impossível para os fornecedores nacionais.

Pelo que eu entendo, para além de voar e "ver", o UAV também tem de ter capacidades de especificas para fogos florestais; e que temos uma empresa aparentemente muito mais avançada em vigilância marítima e o processo apanhou a outra empresa, que estava a desenvolver o seu produto com as Forças Armadas, ainda em uma fase muito inicial. Mas acredito que após os problemas - normais - de desenvolvimento e testes vamos ter algo que se veja.

Não estou a ver "massa critica" (capital, mercado, vontade, etc) para irmos desenvolver UAVC, mas para FF e controle marítimo... temos hipóteses, se cliente (Estado), empresas e universidades colaborarem.       

O que me parce ver desde o inicio é os habituais interesses de alguns.

Neste País vive gente que acima do interesse nacional estão interesses pessoais de amigos, familias, cohecidos que depois passam a amigos, afins.
Sempre os "contactos" em primeiro.

A difrença entre as duas e os modelos que projectam é muito significativa. Veja-se  aprojecção internacional.
A Tekever nem deve estar ralada, esta representada em 5 paises lá fora e é exito em cima de exito. Menos dores de cabeça com trapalhões e trfulhas.

Mas como em outras aquisições, militares, policiais ou civis, manda outros interesses. Por isso somos pequeninos....de espirito. 

Perde o País

 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #131 em: Agosto 30, 2021, 11:47:25 pm »
Portugal não tem nem mercado (Estado) nem capacidade instalada para poder fazer concurso e esperar 2 ou mais empresas nacionais... o concurso, por pressão do Governo, é que pedia o impossível para os fornecedores nacionais.

Pelo que eu entendo, para além de voar e "ver", o UAV também tem de ter capacidades de especificas para fogos florestais; e que temos uma empresa aparentemente muito mais avançada em vigilância marítima e o processo apanhou a outra empresa, que estava a desenvolver o seu produto com as Forças Armadas, ainda em uma fase muito inicial. Mas acredito que após os problemas - normais - de desenvolvimento e testes vamos ter algo que se veja.

Não estou a ver "massa critica" (capital, mercado, vontade, etc) para irmos desenvolver UAVC, mas para FF e controle marítimo... temos hipóteses, se cliente (Estado), empresas e universidades colaborarem.       

Nós por cá, pelo menos numa fase inicial da implementação de UAVs, nem sequer precisamos de fazer grandes concursos. É fazer ajuste directo para as empresas nacionais e simplesmente adquirir os modelos mais adequados. Se eventualmente as FAs tivessem que ter o AR5 e as duas versões do OGS42 (convencional e VTOL), que assim fosse. Cada um teria a sua função. Francamente não vejo razão para não termos já adquirido pelo menos 2 ou 3 AR5, mesmo que à parte dos UAV para os fogos florestais.

Não sei se os Ogassa terão assim características muito específicas para os fogos florestais. Só se tivessem algum tipo de resistência especial ao calor e fumo gerado pelos incêndios (o que duvido) ou sensores próprios para a função (que certamente poderão ser instalados noutros meios). Em teoria sim, os problemas lá se resolverão. A questão é quando. É que continuamos a atrasar-nos face a todos os outros, que já vão de UCAV, MALE/HALE, stealth, swarms, loyal wingman, AI, loitering munition, e por aí fora. Mais uma vez o AR5 encurtava distâncias, pelo menos na capacidade de vigilância marítima.

Não vamos desenvolver o nosso próprio UCAV. Só os custos de testar e certificar o lançamento de armas ficava mais caro que o desenvolvimento de todo o projecto do UAV em si. A única hipótese seria um trabalho conjunto, por exemplo Tekever com a MBDA ou a Thales, para pegar no AR5 e militarizá-lo, com a inclusão de, por exemplo, mísseis Martlet (os mesmos mísseis da famosa foto do Lynx Wildcat, a carregar 20 deles), com o intuito de desenvolver um UCAV low cost capaz de competir com os modelos turcos. Fora isso, um projecto conjunto, estaremos dependentes de comprar algo "off the shelf", tipo MQ-9 Reaper.
 
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Re: UAVs na FAP
« Responder #132 em: Agosto 31, 2021, 11:16:19 am »
Portugal não tem nem mercado (Estado) nem capacidade instalada para poder fazer concurso e esperar 2 ou mais empresas nacionais... o concurso, por pressão do Governo, é que pedia o impossível para os fornecedores nacionais.

Pelo que eu entendo, para além de voar e "ver", o UAV também tem de ter capacidades de especificas para fogos florestais; e que temos uma empresa aparentemente muito mais avançada em vigilância marítima e o processo apanhou a outra empresa, que estava a desenvolver o seu produto com as Forças Armadas, ainda em uma fase muito inicial. Mas acredito que após os problemas - normais - de desenvolvimento e testes vamos ter algo que se veja.

Não estou a ver "massa critica" (capital, mercado, vontade, etc) para irmos desenvolver UAVC, mas para FF e controle marítimo... temos hipóteses, se cliente (Estado), empresas e universidades colaborarem.       

Nós por cá, pelo menos numa fase inicial da implementação de UAVs, nem sequer precisamos de fazer grandes concursos. É fazer ajuste directo para as empresas nacionais e simplesmente adquirir os modelos mais adequados. Se eventualmente as FAs tivessem que ter o AR5 e as duas versões do OGS42 (convencional e VTOL), que assim fosse. Cada um teria a sua função. Francamente não vejo razão para não termos já adquirido pelo menos 2 ou 3 AR5, mesmo que à parte dos UAV para os fogos florestais.

Não sei se os Ogassa terão assim características muito específicas para os fogos florestais. Só se tivessem algum tipo de resistência especial ao calor e fumo gerado pelos incêndios (o que duvido) ou sensores próprios para a função (que certamente poderão ser instalados noutros meios). Em teoria sim, os problemas lá se resolverão. A questão é quando. É que continuamos a atrasar-nos face a todos os outros, que já vão de UCAV, MALE/HALE, stealth, swarms, loyal wingman, AI, loitering munition, e por aí fora. Mais uma vez o AR5 encurtava distâncias, pelo menos na capacidade de vigilância marítima.

Não vamos desenvolver o nosso próprio UCAV. Só os custos de testar e certificar o lançamento de armas ficava mais caro que o desenvolvimento de todo o projecto do UAV em si. A única hipótese seria um trabalho conjunto, por exemplo Tekever com a MBDA ou a Thales, para pegar no AR5 e militarizá-lo, com a inclusão de, por exemplo, mísseis Martlet (os mesmos mísseis da famosa foto do Lynx Wildcat, a carregar 20 deles), com o intuito de desenvolver um UCAV low cost capaz de competir com os modelos turcos. Fora isso, um projecto conjunto, estaremos dependentes de comprar algo "off the shelf", tipo MQ-9 Reaper.

Concordo

Quanto ao AR5 consegue levar 50 quilos de material. Nenhum outro nacional chega perto disso.
Misseis, claro, se a Tekever estiver aliciada a ir nesse caminho por necessidade nacional, com parceirias. Afinal sendo um empresa já com projecção internacional decerto conseguia isso sem muita dificuldade.

Quanto a combate a fogos ou equipamentos de vigilancia supera todos os outros até ligação satélite tem e as 20 horas de voo davam uma margem de actuação como nehum outro.

Mas mesmo o AR3, mais pequeno tem 10 horas (ou mais consoante a versão)de voo e equipamentos de vigilancia semelhantes embora muito menos capacidade de carga. Seria muito bom para vigilancia e superior aos actuais brinquedos.

Deixo link do mais recente AR3
  http://uas.tekever.com/ar3/

Uma outra versão deste já foi testada a bordo de um NPO. Pois é lançado de rampa e recolhido por "rede".
Uma solução maritima também com validade para as Ilhas, por exemplo.

Há soluções e outras podem advir de parceirias como é dito. Importa é limpar interesses pessoais e colocar o interesse maior em cima da mesa, o País.

 

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LuisPolis

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Re: UAVs na FAP
« Responder #133 em: Setembro 12, 2021, 01:00:48 am »
Como é que se traduz para português as loitering munitions ? São considerados uavs?
 

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NVF

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Re: UAVs na FAP
« Responder #134 em: Setembro 12, 2021, 03:51:47 am »
Uma tradução simplificada seria munições sem-abrigo.
Talent de ne rien faire