O Reapetrechamento da Marinha

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Malagueta

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1020 em: Janeiro 13, 2024, 11:02:20 am »

A posição de Portugal na NATO - considerando o reativar do perigo russo - leva a crer que a  nossa principal mais-valia, é a capacidade de apoiar a logística, quer através de meios navais, quer através de meios aéreos reforçados.

(../..)

Logo, o Atlântico é sempre secundário. A única coisa que vai andar no Atlantico vão ser alguns submarinos SSBN (com mísseis balísticos) para atacar os americanos).


Acho que as compras dos KC-390  ( carga ) a compra do 3-Pc orion ( patrulhamento , e luta sumarina ), o plano apresentado pela marinha para Reapetrechamento, com foco nos reabastecedores ( 2 ) e nos patrulhas equipados para ADW, são o confirmar do exposto do citado, nomeadamente teremos duas tarefas na nato, o transporte e a luta anti submarina na parte do atlântico.

As fragatas e os submarinos, é só uma tentativa dos nossa marinha não se ver reduzida a esse papel.....

A única duvida que tenho, relativamente à marinha é que se o plano foi "imposto", recomendado, ou foi a própria marinha a ver que só por ai é que terá alguns equipamentos novos.

nota:
E explica também por exemplo o exercito não ter nenhum plano, ou programas a decorrer de rearmamento.
« Última modificação: Janeiro 13, 2024, 11:24:41 am por Malagueta »
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1021 em: Janeiro 13, 2024, 04:19:36 pm »
Concordo com tudo o que dizes, o meu reparo tinha que ver com o tom da tua mensagem, que dava a entender que era um desperdício gastarmos dinheiro no resto da frota quando as fragatas estão a cair de podre, e eu acho que vale a pena sim, porque os dois não são, ou não deveriam ser, mutuamente exclusivos… o grande problema aqui é que os famosos 17 navios em processo de aquisição mais eventualmente o JdW custam todos juntos (700-800 milhões) o mesmo que uma singela fragatinha nova, por isso a opção para já é óbvia, e depois é rezar para que apareça um governo num futuro próximo que aceite o custo político de gastar mais de 3000 milhões só em 4 fragatas…

Eu sou da opinião que, a compra de fragatas, devia ser faseada em 2 décadas distintas. Se necessário, o tal tão falado "hi-low", com 3 fragatas na classe de umas Meko A200/Mogami/Sigma/AH140 e depois duas "high" sob a forma de umas A300/Mogami XL/ASWF/AH140 "full" (isto apenas para dar alguns exemplos, havendo mais opções no mercado, como todos sabemos).

A ideia de comprar uma só classe, uniformizada, é boa no papel, mas em termos de orçamentação, é extremamente complicado comprar 4 ou 5 fragatas de uma vez (ainda por cima quando a Marinha estima que cada fragata custe 1000 milhões). Pior ainda, é ter esta dispendiosa compra "planeada" exactamente para a mesma altura da substituição dos F-16. Este problema é óbvio à vista de todos, menos das chefias que ajudaram a elaborar a LPM de 2019 e a sua revisão de 2023.

Eu bem tentei colocar exemplos de um planeamento mais espalhado no tempo, com a modernização de 19 F-16 ASAP (devia ter começado logo em 2020), com a compra de 3 fragatas "médias" em 2025, compra do primeiro lote de 12 F-35 no prazo 2030-35, substituição das BD em 2035, e substituição dos restantes F-16 modernizados em 2040.
Agora compara isto acima, com a realidade actual, que contempla fragatas e F-35, tudo para 2035.

Atingir os 2% do PIB também ajudava.

Acho que as compras dos KC-390  ( carga ) a compra do 3-Pc orion ( patrulhamento , e luta sumarina ), o plano apresentado pela marinha para Reapetrechamento, com foco nos reabastecedores ( 2 ) e nos patrulhas equipados para ADW, são o confirmar do exposto do citado, nomeadamente teremos duas tarefas na nato, o transporte e a luta anti submarina na parte do atlântico.

As fragatas e os submarinos, é só uma tentativa dos nossa marinha não se ver reduzida a esse papel.....

A única duvida que tenho, relativamente à marinha é que se o plano foi "imposto", recomendado, ou foi a própria marinha a ver que só por ai é que terá alguns equipamentos novos.

nota:
E explica também por exemplo o exercito não ter nenhum plano, ou programas a decorrer de rearmamento.

Não, a compra do KC-390 vem da necessidade de substituir os C-130, que já é bem antiga. Peca por estar a ser feita exactamente ao mesmo tempo que os C-130 estão a ser modernizados.
A compra dos P-3 em segunda-mão vem da necessidade de manter a frota de P-3 operacional durante mais tempo, pois não há intenção de investir o dinheiro necessário na sua substituição.
Reabastecedor para a MGP já era uma necessidade, e sempre esteve planeado, a novidade é preferirem 2 mais pequenos em vez de 1 grande.
Os NPOs com capacidade ASW, é simplesmente um aproveitar da plataforma e militarizar um pouco mais, sem gastar muito dinheiro, e para reforçar uma missão em que pura e simplesmente não temos meios suficientes para tanto mar.

E não, não foi imposto por ninguém. Se a NATO fosse impor a que as FA adquirissem determinados tipos de meios:
-impunha a compra de A-400 e MRTT, e a integração (destes últimos) na MMF.
-impunha a compra de AORs maiores, como está a fazer a Holanda, Itália, França, Espanha, etc.

Na NATO, não teriam razão para impor meios logísticos, sabendo que fazem falta meios de combate, e quantos mais países os tiverem, melhor. Não teria cabimento nenhum chegarem aqui e dizer "comprem lá os logísticos e outras m*rdinhas baratas, que nós gastamos milhares de milhões nos meios caros para tapar o buraco deixado por vocês, e ainda usaremos estes meios caríssimos para escoltar e defender os vossos meios baratuchos". Mesmo a capacidade logística, depende de protecção, e portanto, mesmo um reforço da capacidade logística da MGP, este não pode ser feito sem os meios necessários para proteger esta capacidade (com fragatas e submarinos no mar, e com defesas AA em terra).


Convém também esclarecer que, o facto de nós termos que definir prioridades, como a nossa função primária dentro da aliança, não pode nem deve significar que deixamos de investir em tudo o resto. A ideia é sempre ter umas FA capazes e equilibradas, com especial reforço das capacidades chave, como ASW, não é abdicar de A para ter B. Independentemente da nossa "especialização", aeronaves de combate e combatentes de superfície e submarinos, serão sempre pilares centrais nas FA de um país como o nosso.

PS: a ideia de que o país não conseguiria manter e operar fragatas modernas, é treta. Lembram-se daquele gráfico da apresentação da Marinha, sobre o retorno para a economia de todos aqueles programas ser 68%? O retorno para a economia da manutenção dos navios da Marinha, será ainda maior, se continuar a ser feita em Portugal. Quer se gastem 1000 euros, ou 1000 milhões/ano, há sempre retorno. Claro que se não investirem e não modernizarem o Alfeite, a manutenção terá que ser feita lá fora, e aí perde-se este retorno, e é isto que se pretende evitar.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1022 em: Janeiro 13, 2024, 04:40:27 pm »
Concordo com tudo o que dizes, o meu reparo tinha que ver com o tom da tua mensagem, que dava a entender que era um desperdício gastarmos dinheiro no resto da frota quando as fragatas estão a cair de podre, e eu acho que vale a pena sim, porque os dois não são, ou não deveriam ser, mutuamente exclusivos… o grande problema aqui é que os famosos 17 navios em processo de aquisição mais eventualmente o JdW custam todos juntos (700-800 milhões) o mesmo que uma singela fragatinha nova, por isso a opção para já é óbvia, e depois é rezar para que apareça um governo num futuro próximo que aceite o custo político de gastar mais de 3000 milhões só em 4 fragatas…
Concordo inteiramente DC.

Eu sou da opinião que, a compra de fragatas, devia ser faseada em 2 décadas distintas. Se necessário, o tal tão falado "hi-low", com 3 fragatas na classe de umas Meko A200/Mogami/Sigma/AH140 e depois duas "high" sob a forma de umas A300/Mogami XL/ASWF/AH140 "full" (isto apenas para dar alguns exemplos, havendo mais opções no mercado, como todos sabemos).

A ideia de comprar uma só classe, uniformizada, é boa no papel, mas em termos de orçamentação, é extremamente complicado comprar 4 ou 5 fragatas de uma vez (ainda por cima quando a Marinha estima que cada fragata custe 1000 milhões). Pior ainda, é ter esta dispendiosa compra "planeada" exactamente para a mesma altura da substituição dos F-16. Este problema é óbvio à vista de todos, menos das chefias que ajudaram a elaborar a LPM de 2019 e a sua revisão de 2023.

Eu bem tentei colocar exemplos de um planeamento mais espalhado no tempo, com a modernização de 19 F-16 ASAP (devia ter começado logo em 2020), com a compra de 3 fragatas "médias" em 2025, compra do primeiro lote de 12 F-35 no prazo 2030-35, substituição das BD em 2035, e substituição dos restantes F-16 modernizados em 2040.
Agora compara isto acima, com a realidade actual, que contempla fragatas e F-35, tudo para 2035.

Atingir os 2% do PIB também ajudava.

Acho que as compras dos KC-390  ( carga ) a compra do 3-Pc orion ( patrulhamento , e luta sumarina ), o plano apresentado pela marinha para Reapetrechamento, com foco nos reabastecedores ( 2 ) e nos patrulhas equipados para ADW, são o confirmar do exposto do citado, nomeadamente teremos duas tarefas na nato, o transporte e a luta anti submarina na parte do atlântico.

As fragatas e os submarinos, é só uma tentativa dos nossa marinha não se ver reduzida a esse papel.....

A única duvida que tenho, relativamente à marinha é que se o plano foi "imposto", recomendado, ou foi a própria marinha a ver que só por ai é que terá alguns equipamentos novos.

nota:
E explica também por exemplo o exercito não ter nenhum plano, ou programas a decorrer de rearmamento.

Não, a compra do KC-390 vem da necessidade de substituir os C-130, que já é bem antiga. Peca por estar a ser feita exactamente ao mesmo tempo que os C-130 estão a ser modernizados.
A compra dos P-3 em segunda-mão vem da necessidade de manter a frota de P-3 operacional durante mais tempo, pois não há intenção de investir o dinheiro necessário na sua substituição.
Reabastecedor para a MGP já era uma necessidade, e sempre esteve planeado, a novidade é preferirem 2 mais pequenos em vez de 1 grande.
Os NPOs com capacidade ASW, é simplesmente um aproveitar da plataforma e militarizar um pouco mais, sem gastar muito dinheiro, e para reforçar uma missão em que pura e simplesmente não temos meios suficientes para tanto mar.

E não, não foi imposto por ninguém. Se a NATO fosse impor a que as FA adquirissem determinados tipos de meios:
-impunha a compra de A-400 e MRTT, e a integração (destes últimos) na MMF.
-impunha a compra de AORs maiores, como está a fazer a Holanda, Itália, França, Espanha, etc.

Na NATO, não teriam razão para impor meios logísticos, sabendo que fazem falta meios de combate, e quantos mais países os tiverem, melhor. Não teria cabimento nenhum chegarem aqui e dizer "comprem lá os logísticos e outras m*rdinhas baratas, que nós gastamos milhares de milhões nos meios caros para tapar o buraco deixado por vocês, e ainda usaremos estes meios caríssimos para escoltar e defender os vossos meios baratuchos". Mesmo a capacidade logística, depende de protecção, e portanto, mesmo um reforço da capacidade logística da MGP, este não pode ser feito sem os meios necessários para proteger esta capacidade (com fragatas e submarinos no mar, e com defesas AA em terra).


Convém também esclarecer que, o facto de nós termos que definir prioridades, como a nossa função primária dentro da aliança, não pode nem deve significar que deixamos de investir em tudo o resto. A ideia é sempre ter umas FA capazes e equilibradas, com especial reforço das capacidades chave, como ASW, não é abdicar de A para ter B. Independentemente da nossa "especialização", aeronaves de combate e combatentes de superfície e submarinos, serão sempre pilares centrais nas FA de um país como o nosso.

PS: a ideia de que o país não conseguiria manter e operar fragatas modernas, é treta. Lembram-se daquele gráfico da apresentação da Marinha, sobre o retorno para a economia de todos aqueles programas ser 68%? O retorno para a economia da manutenção dos navios da Marinha, será ainda maior, se continuar a ser feita em Portugal. Quer se gastem 1000 euros, ou 1000 milhões/ano, há sempre retorno. Claro que se não investirem e não modernizarem o Alfeite, a manutenção terá que ser feita lá fora, e aí perde-se este retorno, e é isto que se pretende evitar.
 

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Pescador

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1023 em: Janeiro 13, 2024, 07:25:24 pm »
Concordo com tudo o que dizes, o meu reparo tinha que ver com o tom da tua mensagem, que dava a entender que era um desperdício gastarmos dinheiro no resto da frota quando as fragatas estão a cair de podre, e eu acho que vale a pena sim, porque os dois não são, ou não deveriam ser, mutuamente exclusivos… o grande problema aqui é que os famosos 17 navios em processo de aquisição mais eventualmente o JdW custam todos juntos (700-800 milhões) o mesmo que uma singela fragatinha nova, por isso a opção para já é óbvia, e depois é rezar para que apareça um governo num futuro próximo que aceite o custo político de gastar mais de 3000 milhões só em 4 fragatas…

Eu sou da opinião que, a compra de fragatas, devia ser faseada em 2 décadas distintas. Se necessário, o tal tão falado "hi-low", com 3 fragatas na classe de umas Meko A200/Mogami/Sigma/AH140 e depois duas "high" sob a forma de umas A300/Mogami XL/ASWF/AH140 "full" (isto apenas para dar alguns exemplos, havendo mais opções no mercado, como todos sabemos).

A ideia de comprar uma só classe, uniformizada, é boa no papel, mas em termos de orçamentação, é extremamente complicado comprar 4 ou 5 fragatas de uma vez (ainda por cima quando a Marinha estima que cada fragata custe 1000 milhões). Pior ainda, é ter esta dispendiosa compra "planeada" exactamente para a mesma altura da substituição dos F-16. Este problema é óbvio à vista de todos, menos das chefias que ajudaram a elaborar a LPM de 2019 e a sua revisão de 2023.

Eu bem tentei colocar exemplos de um planeamento mais espalhado no tempo, com a modernização de 19 F-16 ASAP (devia ter começado logo em 2020), com a compra de 3 fragatas "médias" em 2025, compra do primeiro lote de 12 F-35 no prazo 2030-35, substituição das BD em 2035, e substituição dos restantes F-16 modernizados em 2040.
Agora compara isto acima, com a realidade actual, que contempla fragatas e F-35, tudo para 2035.

Atingir os 2% do PIB também ajudava.

Acho que as compras dos KC-390  ( carga ) a compra do 3-Pc orion ( patrulhamento , e luta sumarina ), o plano apresentado pela marinha para Reapetrechamento, com foco nos reabastecedores ( 2 ) e nos patrulhas equipados para ADW, são o confirmar do exposto do citado, nomeadamente teremos duas tarefas na nato, o transporte e a luta anti submarina na parte do atlântico.

As fragatas e os submarinos, é só uma tentativa dos nossa marinha não se ver reduzida a esse papel.....

A única duvida que tenho, relativamente à marinha é que se o plano foi "imposto", recomendado, ou foi a própria marinha a ver que só por ai é que terá alguns equipamentos novos.

nota:
E explica também por exemplo o exercito não ter nenhum plano, ou programas a decorrer de rearmamento.

Não, a compra do KC-390 vem da necessidade de substituir os C-130, que já é bem antiga. Peca por estar a ser feita exactamente ao mesmo tempo que os C-130 estão a ser modernizados.
A compra dos P-3 em segunda-mão vem da necessidade de manter a frota de P-3 operacional durante mais tempo, pois não há intenção de investir o dinheiro necessário na sua substituição.
Reabastecedor para a MGP já era uma necessidade, e sempre esteve planeado, a novidade é preferirem 2 mais pequenos em vez de 1 grande.
Os NPOs com capacidade ASW, é simplesmente um aproveitar da plataforma e militarizar um pouco mais, sem gastar muito dinheiro, e para reforçar uma missão em que pura e simplesmente não temos meios suficientes para tanto mar.

E não, não foi imposto por ninguém. Se a NATO fosse impor a que as FA adquirissem determinados tipos de meios:
-impunha a compra de A-400 e MRTT, e a integração (destes últimos) na MMF.
-impunha a compra de AORs maiores, como está a fazer a Holanda, Itália, França, Espanha, etc.

Na NATO, não teriam razão para impor meios logísticos, sabendo que fazem falta meios de combate, e quantos mais países os tiverem, melhor. Não teria cabimento nenhum chegarem aqui e dizer "comprem lá os logísticos e outras m*rdinhas baratas, que nós gastamos milhares de milhões nos meios caros para tapar o buraco deixado por vocês, e ainda usaremos estes meios caríssimos para escoltar e defender os vossos meios baratuchos". Mesmo a capacidade logística, depende de protecção, e portanto, mesmo um reforço da capacidade logística da MGP, este não pode ser feito sem os meios necessários para proteger esta capacidade (com fragatas e submarinos no mar, e com defesas AA em terra).


Convém também esclarecer que, o facto de nós termos que definir prioridades, como a nossa função primária dentro da aliança, não pode nem deve significar que deixamos de investir em tudo o resto. A ideia é sempre ter umas FA capazes e equilibradas, com especial reforço das capacidades chave, como ASW, não é abdicar de A para ter B. Independentemente da nossa "especialização", aeronaves de combate e combatentes de superfície e submarinos, serão sempre pilares centrais nas FA de um país como o nosso.

PS: a ideia de que o país não conseguiria manter e operar fragatas modernas, é treta. Lembram-se daquele gráfico da apresentação da Marinha, sobre o retorno para a economia de todos aqueles programas ser 68%? O retorno para a economia da manutenção dos navios da Marinha, será ainda maior, se continuar a ser feita em Portugal. Quer se gastem 1000 euros, ou 1000 milhões/ano, há sempre retorno. Claro que se não investirem e não modernizarem o Alfeite, a manutenção terá que ser feita lá fora, e aí perde-se este retorno, e é isto que se pretende evitar.

Quero só lembrar que além de meios de transporte podemos enviar comodoros para os navios a sério deles, para fazer uns turnos mais tranquilos.
200 milhas marítimas, ou quiçá um dia 300 milhas, com fragatas que nem capacidade têm para ir agora escoltar navios no mar vermelho.
Uma situação holística
 
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fgs

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1024 em: Janeiro 16, 2024, 03:29:52 pm »
Boa tarde,
Alguém já leu a Revista da Armada de JAN24? Na página 10 fala de um projeto de Lancha de desembarque pequena. Ideias ou comentários ?

Abraço a todos

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf


 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1025 em: Janeiro 16, 2024, 03:37:05 pm »
Boa tarde,
Alguém já leu a Revista da Armada de JAN24? Na página 10 fala de um projeto de Lancha de desembarque pequena. Ideias ou comentários ?

Abraço a todos

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

Parece aquela lancha onde o GeM andou e que o pessoal se fartou de gozar.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1026 em: Janeiro 16, 2024, 03:44:36 pm »
Usando o mesmo link e na mesma página:

PROGRAMA DA CAPACIDADE DE REABASTECIMENTO NO MAR

Foi desenvolvido na DN em 2023 a conclusão da Especificação Técnica de Construção para o Navio Reabastecedor de Esquadra com capacidades logísticas acrescidas. Este navio, detentor não apenas de capacidade de efetuar reabastecimento no mar de unidades navais com combustível, água e combustível de aéreos, possui amplas funções logísticas, de que se destacam o transporte de viaturas e seu desembarque com rampa RO-RO, o transporte de carga paletizada e de viaturas de assalto ligeiras num espaço multimissão reconfigurável, o transporte de até seis contentores de vinte pés, de duas lanchas, de carga geral e munições, e ainda de veículos não tripulados aéreos. O concurso público internacional para a construção dos navios que constituem esta capacidade será lançado em janeiro de 2024.

 :arrow: https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

O NRP D. João II também irá transportar contentores de vinte pés, parece-me que há uma tentativa de padronizar os contentores nessa dimensão em todos os novos projetos da Marinha.
« Última modificação: Janeiro 16, 2024, 03:46:27 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1027 em: Janeiro 16, 2024, 03:49:27 pm »
Boa tarde,
Alguém já leu a Revista da Armada de JAN24? Na página 10 fala de um projeto de Lancha de desembarque pequena. Ideias ou comentários ?

Abraço a todos

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1028 em: Janeiro 16, 2024, 05:54:52 pm »
NOVOS PROJETOS - PROGRAMA DA  PLATAFORMA MULTIFUNCIONAL


No primeiro trimestre de 2023 toda a documentação contratual  da Plataforma Naval Multifuncional (PNM) foi revista e adaptada
ao novo volume financeiro (132M€), mantendo o alinhamento  necessário com as exigências do PRR de forma a iniciar um novo
concurso internacional por prévia qualificação, no primeiro  semestre de 2023. Em 29 de maio foi lançado o novo concurso
para o projeto e construção da PNM, tendo-se, depois de toda  a tramitação processual, assinado o contrato com os estaleiros
DAMEN” dos Países Baixos a 24 de novembro de 2023. No dia  útil seguinte, toda a documentação contratual foi enviada para
o Tribunal de Contras a fim de obter do visto prévio e possiblitar que o contrato entre em vigor. Nesta fase, espera-se que o
visto seja concedido durante o mês de janeiro de 2024, possibilitando assim, dar-se início ao projeto e à construção da PNM cuja
entrega se prevê para 2026 com o nome NRP D. João II.


https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1029 em: Janeiro 16, 2024, 09:47:35 pm »
Boa tarde,
Alguém já leu a Revista da Armada de JAN24? Na página 10 fala de um projeto de Lancha de desembarque pequena. Ideias ou comentários ?

Abraço a todos

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

Visto que o interesse no NAVPOL se mantém por parte da Marinha, este tipo de navio precisaria de lanchas de desembarque. Portanto é possível que seja por aí que surgiu esta nova lancha. Não sei até que ponto também poderá ser utilizada a partir do PNM ou até outros navios (como os AORs).
 

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mafets

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1030 em: Janeiro 16, 2024, 10:44:15 pm »
As LDP por norma são pequenas e pouco mais leva que um veículo (se tanto). Quanto muito para ser usado num AOR ou na Bimby Naval, mas no deck, sendo colocado no mar por Grua. Para um LPD/AOR é pequena demais.  ;)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lanchas_de_desembarque_pequenas



Saudações

P.S. Parece ser uma versão nova da antiga LDP 300.


   
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_LDP_300
 
« Última modificação: Janeiro 16, 2024, 10:48:24 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1031 em: Janeiro 16, 2024, 11:01:00 pm »
É difícil perceber as dimensões reais da lancha apresentada pela Marinha. Mas os holandeses usam destas a partir dos seus LPDs:

https://www.damen.com/vessels/defence-and-security/landing-crafts/lcvp-1604

Que complementam as LCU maiores.

As da Marinha até poderão ser ainda mais pequenas que as LCVP, e pelo desenho não tripuladas (?).
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1032 em: Janeiro 16, 2024, 11:14:45 pm »
Boa tarde,
Alguém já leu a Revista da Armada de JAN24? Na página 10 fala de um projeto de Lancha de desembarque pequena. Ideias ou comentários ?

Abraço a todos

https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

Os dois navios reabastecedores poderão levar duas lanchas de desembarque segundo um artigo na revista da Armada.

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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nelson38899

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1033 em: Janeiro 16, 2024, 11:30:07 pm »
É maior do que parece no desenho 3D.

pelo menos parecem capazes de levar pelo menos dois carrinhos de golfe!
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lightning

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1034 em: Janeiro 16, 2024, 11:48:38 pm »
 
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