Para que o Mundo não esqueça

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Paisano

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« Responder #60 em: Dezembro 31, 2004, 10:58:31 am »
Uruguai e Bolívia endurecem relações com os Estados Unidos

Fonte: Agência Carta Maior*

Citar
Governo eleito no Uruguai quer rever acordo que protege investimentos dos EUA. Na Bolívia, Congresso recusa pedido do governo de ratificar um convênio de imunidade para militares norte-americanos.

Montevidéu e La Paz – Após o adesismo chapa branca dos anos 90, a América Latina continua redesenhando suas relações com os Estados Unidos neste início do século 21. A criação do G-20 durante a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC) de Cancún, em setembro de 2003, foi um marco dessa nova fase. A eleição de governos com perfil de esquerda em diversos países da região tem dado força a novos enfrentamentos.

Semana passada, o vice-presidente eleito do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, da esquerdista Frente Ampla, anunciou que o novo governo irá rever os termos do Acordo Bilateral de Investimentos, firmado em outubro deste ano pela atual administração e que protege investimentos norte-americanos.

Inspirado em artigos do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) - firmado entre EUA, Canadá e México -, o acordo permite, entre outras coisas, que empresas cobrem indenizações milionárias de governos caso se julguem prejudicadas por legislações ambientais, sanitárias ou trabalhistas. Segundo Novoa, a revisão será facilitada pelo fato de o acordo não ter passado ainda pelo Congresso.

No último dia 23, foi a vez de o Congresso boliviano recusar o pedido do governo de ratificar um convênio de imunidade para militares norte-americanos no país. A informação foi dada pelo presidente da Comissão de Constituição, Carlos Sandy, que deplorou a ameaça de diminuição das ajudas econômicas de Washington.

"Essa lei não vai passar", declarou Sandy. "No legislativo, tomamos o planejamento do governo nem sequer como uma exortação a agir de determinada maneira, mas como uma infâmia", acrescentou Sandy, senador do Movimento ao Socialismo (MAS), que tem a segunda força parlamentar.

O legislador concordou com o monsenhor Jesús Juarez, um dos mais influentes membros da Conferência Episcopal boliviana, ao qualificar como "uma chantagem" o condicionamento da ajuda norte-americana a que seja ratificado o convênio.

Esse acordo foi firmado em março de 2003 pelo governo do ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada entre seu chanceler Carlos Saavedra Bruno, e o embaixador dos Estados Unidos, David Greenlee.

* Com informações da agência Ansa.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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papatango

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« Responder #61 em: Dezembro 31, 2004, 12:03:01 pm »
Citação de: "Spectral"
Esse maravilhoso exemplo para todo o mundo, com leis eleitorais caricatas (eleições à 3ª feira), um sistema eleitoral que elimina completamente quaisquer forças fora dos 2 grande partidos, em que os congressistas e os senadores têm todos as mãos atadas às empresas que pagaram as suas campanhas, em que os partidos redesenham constantemente os círculos eleitorais para roubar votos ao outro, um sistema político mais próprio do século XVIII, etc... etc...


Spectral, eu não disse que o sistema americano era maravilhoso. Aliás, não me lembro de ter lido ninguém neste fórum a dizer que América é maravilhosa. A única coisa que digo (e não sou só eu) é que deveríamos ter um pouco mais de respeito pela maneira de ser dos americanos e que deveríamos tentar entende-la em vez de aplicarmos estereótipos.

Veja o sistema eleitoral:
O nosso sistema eleitoral não é o americano, no entanto também produziu dois partidos que não passam de associações de interesses, que recolhem dinheiro para as campanhas eleitorais, através de sistemas ilegais, que muitas vezes parecem ligados ao crime organizado. Portanto, esse problema não terá a ver com o sistema eleitoral, é influenciado.

De outra forma, nos Estados Unidos você pode concorrer a qualquer coisa, cá, normalmente tem que ir através do partido. O problema também é o dinheiro, não apenas o sistema eleitoral.

A verdade é que o sistema eleitoral americano tem mais de 200 anos e nunca foi mudado. O nosso tem apenas 30 anos e está de tal forma gasto e desacreditado, que é um dos factores que faz com que muitos portugueses pura e simplesmente tenham deixado de acreditar num regime que foi vergonhosamente corrompido pelo próprio sistema de partidos, com o auxilio de um sistema eleitoral, feito para permitir ás famílias politicas de Lisboa, continuar a receber o salariozito que metem ao bolso.

<sarcasm>
O Dantas de Eça de Queiroz, continua por aí, seboso, cheio de brilhantina. Veste fatos Armani, perfuma-se com perfumes caros e não toma banho. Vai à sede do partido cumprimentar o líder com as suas mãos gordurosas, e com sorrisos porcinos, garantir mais quatro anos de subsidio de deputado, garantidos com um lugar discreto, numa lista nalgum distrito da província, onde nunca sequer se dignou por os pés.

O Dantas consegue o lugarzinho na lista do PS ou do PSD e exclama: Credo! Vila Real, Chaves, Viseu, Beja, Braga. Pobre gente!
Agarra apressado no mapa de Portugal e procura para ver se encontra o distrito pelo qual concorre. Olha espantado e verifica AAAi. Não há auto-estrada.
Imediatamente pega no telefone e pede auxilio aos outros Dantas sebosos. Arranjem-me um avião pede em desespero, qual José Castelo Branco que tem que carregar uma lata de agua para a sanita. Um helicóptero já!!!. Não estão à espera que eu vá pela estrada normal pois não?
E logo os outros deputados adiposos e porcinos, que também já pediram favores para as suas ninhadas se apressam a por um ar sério e a fazer telefonemas justificando a necessidade para a nação de arranjar helicóptero ou avião para que o Senhor Candidato, visite o SEU círculo eleitoral e esteja em contacto com as populações.
Este grande povo que vai ter a possibilidade de olhar de relance para os tão distintos deputados de Lisboa, pessoas brilhantes e viajadas, que até já foram ao Paris da França e a Bruxelas, lá muito longe, onde o povo é inteligente, muito diferente desta raça de bestas analfabetas que há cá em Portugal e á qual é preciso pedir votos. Que nojo, exclama o Dantas!

- Valha-nos o sistema eleitoral. Se estas bestas algum dia pudessem escolher, havia de ser bonito. Lá tinha eu que imigrar.


Precisamos em Portugal de um novo George Orwell, para re-escrever o Triunfo dos Porcos. que em Portugal, se chamará, O Triunfo dos Dantas.


</end sarcasm>

O sistema eleitoral americano (com todas as suas falhas) aguentou uma democracia por mais de 200 anos. O nosso, se durar mais dez, afastará os portugueses dos políticos de tal maneira, que sufocará a democracia e a destruirá sem apelo nem agravo.

O sistema eleitoral americano elege pessoas. O sistema eleitoral português, finge que o povo elege alguém (excepção para o presidente).

Quanto ás distorções que permitem que um candidato seja eleito com menos votos que outro, é uma situação decorrente das distorções provocadas por diferentes taxas de participação, em diferentes círculos eleitorais. Mesmo em Portugal, em 1979 a AD Aliança Democrática, com 42.2% dos votos, obteve maioria absoluta no parlamento.

Depois, não nos esqueçamos que o sistema americano, que se baseia no inglês, é um sistema de vencedor simples. Eles dizem “Running for president”. A eleição é uma corrida e ganha quem chegar em primeiro. A questão da maioria absoluta, é vista como uma questão secundária..

Resta dizer que também sou contrário ao sistema de círculos uninominais, exactamente pelo problema das alterações demográficas que implicam a necessidade de redesenhar o mapa dos círculos eleitorais a cada eleição. O sistema que defendo, é o actual (método de Hondt). A única coisa que digo é que deveríamos poder escolher os deputados dentro da lista, porque se não, o nosso voto pode acabar indo (contra a nossa vontade) para bandidos, ladrões, pedófilos, e toda a sorte de gente, que encontra na vida de deputado uma forma simples de subir na vida, não para defender o povo, mas para se defender a si próprio.

Nem todos os políticos são bandidos. Há muita gente honesta. A maioria das pessoas são honestas. Essa é a grande verdade. Eu por mim quero ter o direito de decidir em qual das pessoas honestas votar, impedindo que aqueles que acho que são incompetentes sejam eleitos contra a vontade do povo.

Só um desabafo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Yosy

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« Responder #62 em: Dezembro 31, 2004, 12:07:15 pm »
Vejam este artigo sobre a democracia americana, escrito por um ex-Marine: http://www.fredoneverything.net/DemocracyText.shtml

O fim do artigo é especialmente interessante:

Citar
11) Finally, people do not want freedom. They want comfort, two hundred channels on the cable, sex, drugs, rock-and-roll, an easy job and an SUV. No country with really elaborate home-theater has ever risen in revolt. An awful lot of people secretly like being told what to do. We would probably be happier with a king.


Eu não sou assim, e duvido que muitos aqui (e nas forças armadas) sejam, mas nós estamos em minoria.
 

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soultrain

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« Responder #63 em: Dezembro 31, 2004, 01:00:30 pm »
Bom dia,

O sistema Norte Americano não é mudado há 200 anos porque manteve o status quo de uma elite.

Para concorrer a qualquer cargo é necessário dinheiro, ou próprio, ou angariado. Os candidatos são logo filtrados aqui! E por tal os candidatos são mais permeáveis a ser fantoches de outros interesses.

O método que preconiza papatango, tem as suas desvantagens, vejo logo à partida personagens regionais como o Sr.. Avelino Ferreira Torres e outros caciques uma subida rápida. Embora concordo consigo que deva ser o caminho a seguir, será o mal menor.

O nosso sistema tem quanto a mim um erro fulcral, ser possível uma pessoa sem experiência de vida "civil", só conhecendo toda a vida o partido poder ocupar qualquer cargo. Mas pronto, sempre temos os independentes.

cump.
 

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JLRC

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« Responder #64 em: Dezembro 31, 2004, 01:27:50 pm »
Citação de: "soultrain"
O nosso sistema tem quanto a mim um erro fulcral, ser possível uma pessoa sem experiência de vida "civil", só conhecendo toda a vida o partido poder ocupar qualquer cargo. Mas pronto, sempre temos os independentes.
cump.


Na sua opinião qual seria o melhor sistema para nós? Qual a sua opinião sobre um sistema "misto", com listas uninominais e uma lista nacional? Qual a melhor maneira de responsabilizar os deputados e de estes terem ligação com os seus eleitores?
Cumpts
 

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emarques

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« Responder #65 em: Dezembro 31, 2004, 01:29:53 pm »
Citação de: "papatango"
De outra forma, nos Estados Unidos você pode concorrer a qualquer coisa, cá, normalmente tem que ir através do partido. O problema também é o dinheiro, não apenas o sistema eleitoral.


Cá também é possível candidatar-se a um cargo sem o apoio de qualquer partido. O problema, aqui e nos EUA, é que para ganhar uma eleição é preciso dinheiro e uma máquina partidária organizada.Nos EUA um independente até pode ser eleito "sheriff" ou"mayor" de uma terreola (como aqui uma lista independente pode ganhar uma junta de freguesia), mas para chegar a esses cargos em terras maiores, ou para chegar ao congresso, já será preciso o apoio partidário. Pelas regras ninguém o impede de tentar formar uma lista de candidatos à AR por Setúbal, penso.

Não acho que o nosso sistema vá entrar em colapso dentro dez anos (já toda a gente "sabe" que os políticos são um bando de sacanas que não fazem nenhum, que mais desencanto é que vai acontecer?), mas como a única maneira de descobrir é esperar...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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papatango

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« Responder #66 em: Dezembro 31, 2004, 02:24:28 pm »
Pode-se apresentar uma lista em qualquer municipio para presidente da camara municipal, para a assembleia municipal ou para a junta de freguesia.

Não se pode fazer a mesma coisa para lugares de deputados.

São demasiado valiosos.

O sistema não tem que ser misto. Tem apenas que ser igual ao que já é, permitindo aos eleitores escolher o partido em que querem votar, e dentro do partido, escolher qual o deputado desse partico.
´
O problema é que as Máfias das distritais não querem esse sistema, porque aí, é o próprio povo que vota, dentro dos próprios partidos. Quem conseguiu chegar a um lugar de relevo numa distrital, através de conversa, pressão, un s presentinhos por debaixo da mesa, não suporta a ideia de ter que pedir votos e depois prestar contas.

Afinal , isto está tudo tão bem feito, por estes senhores que fizeram a constituição de 1976 (que nunca foi referendada), que não vale a pena mudar.

A própria constituição de 1976, é um insulto a todos os portugueses. Como é que a nossa lei fundamental não foi referendada?
A pouca vergonha há de ter limites.

= = =
Á medida que as pessoas vão tendo um pouco mais de conhecimento, vão entendendo as várias possibilidades que se lhes oferecem. Vai chegar a um ponto em que vamos acabar explodindo.

Explodiremos nós como expolodiram os Áustriacos ao votarem num partido de extrema-direita. Mas nós não somos Áustriacos. Somos por natureza um povo insatisfeito e rebelde. Nunca estamos contentes. Essa é a nossa fraqueza, mas ao mesmo tempo, uma das nossas forças.

cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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soultrain

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« Responder #67 em: Dezembro 31, 2004, 02:47:44 pm »
JLRC,

Sinceramente não tenho uma opinião totalmente formada, mas não desgosto do Alemão:

"existem fórmulas mistas, como o modelo alemão "Representação Proporcional Personalizada", no qual metade dos mandatos do Bundestag são eleitos através de listas uninominais em circunscrições uninominais pelo sistema maioritário simples e, outra metade, eleitos pelo sistema de representação proporcional, mediante listas plurinominais com círculos eleitorais de "Land", havendo ainda recurso a cláusula barreira.

Cada eleitor dispõe de dois votos a que correspondem dois boletins, sendo os mandatos atribuídos com recurso a uma combinação de regras."

Mas complicar as coisas tem um grave perigo:

Hoje em dia uma grande parte da população não vota e temos um sistema bastante simples e compreensivel. Corremos o perigo de uma minoria de eleitores eleger contra a vontade da população.(onde é que eu já vi isto?).
O que aconteceu em Itália é prova disso.
Em 1997 estava em Veneza e vi um grande corropio de gente, puseram-me um pin no peito a dizer "Padania livre" e lá fui eu atrás... Já tinha ouvido falar do Sr. Humberto Bossi e tive curiosidade, era um comício.

Pois meus senhores, ainda hoje quando me lembro, percorre-me um arrepio na espinha.
Era exactamente como os filmes do regime Nazi, salvo é claro as proporções e as cores dos estandartes. O homem não disse nada de jeito, só gritava aqualas frases feitas que levavam a multidão ao rubro, até uma cidadã italiana que pôs a bandeira Italiana á janela foi apedrejada. Pensei para comigo que este tipo de charlatões não teriam lugar na nova Europa... Pois como me enganei, passado uns anos formava governo com um tipo do mais duvidoso que há.

Isto é o preço por ter um sistema, que os eleitores não compreendem.

Por isso entre um simples que todos compreendem (como já referiram em portugal, infelizmente, a percentagem de analfabetos  dava uns lugares no Parlamento) e um complicado que só uma percentagem percebe... venha o diabo e escolha.

Cump.

editado: o sistema que o papatango refere já é um compromisso e mantem a sua simplicidade. Agora os partidos aceitarem isso...
 

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JLRC

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« Responder #68 em: Dezembro 31, 2004, 03:28:05 pm »
Citação de: "soultrain"
Por isso entre um simples que todos compreendem (como já referiram em portugal, infelizmente, a percentagem de analfabetos  dava uns lugares no Parlamento) e um complicado que só uma percentagem percebe... venha o diabo e escolha.


Soultrain

Eu penso que o sistema que mais se coaduna com a mentalidade dos portugueses, era um regime presidencialista, do tipo francês. É claro que os candidatos com hipóteses de serem eleitos seriam normalmente apoiados pelos partidos, no entanto permitia que independentes podessem concorrer ao mais alto cargo da nação e até poderia haver candidatos suprapartidários. Eu participei nos GDUP (Grupos de Unidade Popular) aquando da candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho e a participação popular foi indescritivel. Mesmo agora, as vozes que se levantam contra o Sampaio, são oriundas do aparelho partidário do PPD/PSD (como o santanaz gosta de dizer) e não do povo. Este último aceitou muito bem a atitude do presidente, até porque o povo revê-se mais na figura do presidente (foi eleito directamente pelo povo), que no primeiro-ministro (especialmente no último que lhe foi imposto, sem que o povo fosse consultado) e nos restantes políticos. Por isso penso que um presidente eleito por sufrágio universal e com mais poderes que actualmente, seria mais aceite e respeitado pelo povo, que os primeiros-ministros do actual sistema. É a minha opinião e como tal discutível, mas é o que penso. O governo tem de ser forte e ser respeitado pelo povo e esse respeito vai buscá-lo ao facto de ter sido eleito directamente pelo próprio povo.
Cumpts
 

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Tiger22

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« Responder #69 em: Dezembro 31, 2004, 03:33:51 pm »
Citação de: "JLRC"
(como o santanaz gosta de dizer)


Penso que um pouco de respeito e boa edução não lhe ficavam nada mal, alias, estas duas qualidades ficam bem a qualquer pessoa.

Se a intenção foi de fazer uma piada aconselho-o a escolher uma que realmente a tenha.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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emarques

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« Responder #70 em: Dezembro 31, 2004, 03:53:27 pm »
Citação de: "papatango"
Pode-se apresentar uma lista em qualquer municipio para presidente da camara municipal, para a assembleia municipal ou para a junta de freguesia.

Não se pode fazer a mesma coisa para lugares de deputados.


Tem razão, é preciso fazer parte de uma lista partidária. Claro que um grupo que tivesse força para eleger um deputado também podia criar um partido para isso, mas sem partido não se pode.

Quanto ao "desencanto pela vida política", acho que a situação não será muito diferente da de outros países. Abstenções altas parecem ser a norma. Afinal, "eles são todos iguais". Não sei quais serão os níveis de abstenção nas eleições americanos, mas segundo me lembro também são bastante altos. O nosso problema é que achamos sempre que somos muito diferentes dos outros.
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« Responder #71 em: Dezembro 31, 2004, 04:27:07 pm »
JLRC,

Assusta-me o poder centralizado num só homem sem um garante da democracia como o é o nosso presidente. Em França, os presidentes dissolvem o Parlamento para acomodar a maioria parlamentar à maioria presidencial além disso é um facilitador de politicas populistas.

 Embora não concorde com as ultimas decisões do nosso Presidente, não é que apoie ou até goste do Santana, mas foi muito teatral e  pouco racional(mas isso é outra conversa).

Não era boa ideia abrir um novo tópico com um resumo do que foi dito? É que isto já se afastou um bocado do assunto inicial e é bastante interessante. Uma vez que sou novato aqui e vou sair para a borga, deixo-vos o trabalh..err a HONRA!!

Cump. e boas entradas em 2005. Que a qualidade do nosso MDN se mantenha, não é essa, é a qualidade do Jose Castello Branco que tudo o que vê compra, do melhor e de grife(Material para as nossas FA entenda-se ).
 

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P44

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« Responder #72 em: Dezembro 31, 2004, 06:53:25 pm »
Bommmmmmm

Voltando ao que desencadeou este tópico...a foto dos soldados americanos mortos, se em vez de "EUA" estivesse escrito "Espanha", e em vez de "Iraque", "Portugal"...faço ideia quantos não mudavam logo de trincheiras...e talvez compreendesem a resistência Iraquiana aos "libertadores"...claro que para alguns se nós nos tornassemos o 51ºestado dos EUA seria "ouro sobre azul" (mas nós somos uma raça inferior, como a francesa...o máximo a que puderiamos aspirar era a um estado-livre associado ao Texas...) :mrgreen: Piada emitida do Tonight Show do Jay Leno

(outra boa foi: postal a dizer na frente: PEACE ON EARTH com uma pomba, e ao abrir-se: JUST KIDDING!!! signed, Donald Rumsfeld) :twisted:  8)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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JLRC

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« Responder #73 em: Dezembro 31, 2004, 07:03:47 pm »
Amigo Ricardo Nunes

Fazendo minhas as palavras do companheiro soultrain, será possível abrir um tópico sobre os sistemas eleitorais e transferir para lá o que já foi dito sobre o assunto. Eu podia abrir o tópico, mas só conseguia transferir as minhas intervenções. Faça uma forcinha. Desde já o meu obrigado.
Um BOM 2005 para o Ricardo e para todos os companheiros deste forum
Um forte abraço
 

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« Responder #74 em: Janeiro 01, 2005, 05:57:15 am »
Citar
Bommmmmmm

Voltando ao que desencadeou este tópico...a foto dos soldados americanos mortos, se em vez de "EUA" estivesse escrito "Espanha", e em vez de "Iraque", "Portugal"...faço ideia quantos não mudavam logo de trincheiras...e talvez compreendesem a resistência Iraquiana aos "libertadores"...claro que para alguns se nós nos tornassemos o 51ºestado dos EUA seria "ouro sobre azul" (mas nós somos uma raça inferior, como a francesa...o máximo a que puderiamos aspirar era a um estado-livre associado ao Texas...)  



Que comparação mais absurda, nós não vivemos numa ditadura amigo P44. Porque se assim fosse, eu fazia duas coisas:

Juntava-me aos rebeldes independentes portugueses contra o regime dictatorial e apoiava os Espanhois.(só não os apoiava se eles quisessem anexar o país). A presença de tropas espanholas se viessem para nos libertar de um regime dictatorial só seria benefeciário, penso eu. A ditadura não poderia ser restablecida.

Se eles quisessem quisessem não libertar mas anexar o país, então vamos num tudo contra a todos e aí sim, eu mudaria de trincheira.