Tensão em Moçambique

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Lusitan

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #60 em: Setembro 18, 2020, 11:39:05 am »
https://www.bbc.com/news/world-africa-54183948

Mozambique's jihadists and the 'curse' of gas and rubies
...
For 15 years, Mozambique's GDP rose by more than 6% a year, largely thanks to coal, titanium, hydro-electricity and other natural resources. Yet the majority of people did not benefit; poverty and inequality both increased.
Discoveries of a huge ruby deposit and a giant gas field in Cabo Delgado in 2009-10, raised hopes of jobs and a better life for many local people, but those hopes were soon dashed.
It was alleged that any benefits were being taken by a small elite in the Frelimo party, which has governed Mozambique since independence in 1975.
...
Cabo Delgado is majority Muslim and the new Islamist preachers, both East Africans and Mozambicans trained abroad, established mosques and argued that local imams were allied to Frelimo and its grabbing of the wealth.
Some of these new mosques provided money to help local people start business and create jobs - and the Islamists argued the society would be fairer under Sharia.
As President Nyusi now admits, this proved attractive.
...
It is ironic that Frelimo's independence war began on 25 September 1964 in Chai, just 60km west of Mocimboa da Praia.
Frelimo recruited young fighters with a very similar rhetoric - the Portuguese colonial authorities were taking all the wealth and independence would be more equitable.
Two leaders of the independence war, Alberto Chipande and Raimundo Pachinuapa, are both now 81 years old and are the most powerful men in Cabo Delgado.
They are also both members of the Frelimo Political Commission, the party's key decision-making body. But they face an insurgency which labels them in the same way they labelled the colonisers 55 years ago.
The origins of the new war go back a decade.
In 2009 one of the largest ruby deposits in the world was discovered in Montepuez and initially artisanal miners and local farmers and traders benefitted.
...
But the concession was awarded to Mr Pachinuapa in partnership with a major mining company.
Thousands of small miners and farmers in the huge concession area were affected.
Last year, Gemfields agreed to pay £5.8m ($7.5m) to settle a London court case brought by 273 people alleging human rights abuses in the clearing of the land. Its subsidiary, which says it has complied with Mozambican resettlement laws, announced in August that 105 residential houses had been completed for a village that is being relocated.
Then in 2010 one of the largest natural gas fields in Africa was discovered off the coast of Cabo Delgado.
Again members of the elite profited by servicing the gas companies, while local people lost out. Environmental campaign groups like Justica Ambiental say the compensation offered has been inadequate.
Local farmers who grow food with no tools other than a hoe lost their land; fishers with tiny boats or only nets on the beach were pushed out.
Young people with some education who hoped for a life better than their illiterate parents lost those hopes.
...
On 17 July 2020 a $14.9bn loan agreement was signed to fund the gas project:
UK Export Finance will guarantee $1bn, which it proudly says will support 2,000 jobs in the UK
The US Export-Import Bank approved a $4.7bn loan, which will support 16,700 US jobs.
The construction project itself will employ only 2,500 Mozambicans.
So more than seven times as many jobs are being created in the US and UK as in Mozambique.
Most of the Mozambican jobs will not be filled by people from Cabo Delgado.
Thus this will not end the feeling of marginalisation and hopelessness of many young men in Cabo Delgado, who will continue to join the insurgents.
The result is a failing, resource-curse state with increasing poverty and inequality, but with profits and jobs for foreign companies and money for key people in government and in Frelimo.
Mozambique is still looking for a military solution. It already has South African mercenaries flying helicopters, and it is talking to South Africa, France, the US and other countries about possible military support - including naval patrols.
But that does not solve the problem of impoverished young men with no hope.
Without redressing the grievance and creating many jobs, the war will continue - and so will the profits.
 
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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #61 em: Setembro 22, 2020, 06:48:46 pm »
Violência extrema no norte de Moçambique


 

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Lusitano89

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #62 em: Setembro 24, 2020, 02:42:45 pm »
Portugal acredita que UE vai ajudar Moçambique


 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #63 em: Setembro 24, 2020, 03:58:06 pm »
Claro que vai!
Aliás, vejo mais noticias sobre a situação em Moçambique na France 24 que na RTP.

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #64 em: Setembro 25, 2020, 06:19:51 pm »
Desde que não nos chamem para ir lá limpar a porcaria
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #65 em: Novembro 06, 2020, 10:50:07 am »
Número de deslocados aumenta em Cabo Delgado


 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #66 em: Novembro 10, 2020, 04:20:27 pm »
Grupo do Estado Islâmico decapitou mais de 50 pessoas em Moçambique

Militares de um grupo ligado ao Estado Islâmico decapitaram mais de 50 pessoas no norte do Moçambique. Num aldeia, o grupo montou um campo de extermínio, onde decapitava fugitivos.



Militares de um grupo ligado ao Estado Islâmico decapitaram mais de 50 pessoas, no norte de Moçambique, entre a passada sexta-feira e o passado domingo. Foi o pior ataque levado a cabo por um grupo islâmico em Moçambique de que há memória, avança a BBC.

Na passada sexta-feira, o grupo islâmico atacou de surpresa a aldeia de Nanjaba, na província de Cabo Delgado, disparando contra várias pessoas e incendiando várias habitações. Duas pessoas foram imediatamente decapitadas e várias mulheres violadas. Os atacantes gritaram “Allahu Akbar” (Alá é grande) antes de dispararem.

Depois, o grupo islâmico atacou a aldeia de Muatide, tendo a ofensiva atingido níveis nunca antes vistos: os militares transformaram um campo de futebol nos arredores num campo de extermínio. Os habitantes que tentavam fugir eram transportados para o antigo campo de futebol e eram decapitados, sendo o resto dos corpos conservados no local, ao que avança a BBC, citando a Pinnacle News. Neste ataque, mais de meia centena de pessoas foram decapitadas.

Já não é a primeira vez que o Estado Islâmico ataca de surpresa zonas de Moçambique e no sul de África, sendo que, para além de deixar um rasto de destruição por onde passa, os grupos tentam recrutar jovens para aumentar a influência islâmica na zona.

O governo moçambicano já pediu ajuda internacional para ajudar a travar a insurreição. Mais de 2.000 pessoas já foram mortas por grupos islâmicos e cerca de 430 mil ficaram sem casa em Moçambique, devido aos ataques, diz a BBC.

Em abril, outro ataque do género vitimou mais 50 pessoas e no início deste mês nove pessoas também foram decapitadas na província de Cabo Delgado.

https://observador.pt/2020/11/10/grupo-islamico-decapitou-mais-de-50-pessoas-em-mocambique/

Moçambique um estado falhado?  ???
 

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Lusitano89

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #67 em: Novembro 14, 2020, 04:56:41 pm »
ONU pede intervenção urgente em Cabo Delgado


 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #68 em: Novembro 26, 2020, 02:41:53 pm »
 :arrow: https://www.plataformamedia.com/2020/11/25/portugal-admite-enviar-militares-para-combater-terroristas-em-mocambique/  ::)

Durante muitos anos o bando armado que agora está no poder andou a matar portugueses nesta zona. Agora que outro bando armado anda a matá-los e nós vamos a correr ajudá-los?!

Desenrasquem-se.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Dekas

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #69 em: Novembro 28, 2020, 12:28:54 pm »
:arrow: https://www.plataformamedia.com/2020/11/25/portugal-admite-enviar-militares-para-combater-terroristas-em-mocambique/  ::)

Durante muitos anos o bando armado que agora está no poder andou a matar portugueses nesta zona. Agora que outro bando armado anda a matá-los e nós vamos a correr ajudá-los?!

Desenrasquem-se.

Eu como Português oponho-me veemente ao envio de forças militares sem ser no âmbito de formação. Ora para além da evidente falta de meios para lidar com o tipo de ameaça presente, não sei onde vão encontrar evidencias para suportar a afirmação de que somos países irmãos.

Por outro lado é-me humanamente difícil testemunhar atrocidades contra inocentes e apenas acenar. Uma situação um pouco complexa.
« Última modificação: Novembro 28, 2020, 12:30:51 pm por Dekas »
 
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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #70 em: Novembro 28, 2020, 05:01:32 pm »
Vamos enviar Comandos ? Paras ? Pandur ? ST5?


Fuzos está fora de hipótese, não possuem equipamento adequado, jeeps sem blindagem, coletes anti balas leves ou até armas modernas.


Restam os de sempre...


A menos que se lembrem de enviar F-16MLU....
 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #71 em: Novembro 28, 2020, 05:52:15 pm »
F-16... :o

Como já disse no face mandava-se o RG 1 e 2 e dizia-se a cada um que os de lá eram do outro Regimento. Até arrancavam as cabeças aos Turras à dentada! :mrgreen:

Ou então manda-se umas equipas para formar pessoal e o resto eles que arranjem noutro estamine.


7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #72 em: Novembro 28, 2020, 06:52:47 pm »
Segundo o CM, são precisamente os fuzileiros que devem ir, mas apenas para formação e assessoria.

Aliás eu creio que Portugal não irá enviar tropas para combate, só se a situação ficar mais complicada e mesmo assim só iriam se inseridas numa missão internacional, até porque não temos meios para ir sozinhos.

Citar
Portugal prepara tropas para combater terrorismo em Moçambique

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, admitiu esta quarta-feira que Portugal deverá enviar militares para ajudar Moçambique a combater o terrorismo que, no norte do país, já fez mais de dois mil mortos e meio milhão de deslocados. O CM sabe que em cima da mesa está a possibilidade de enviar algumas dezenas de Fuzileiros para darem assessoria e formação, no âmbito de uma missão de treino da União Europeia. Isto porque as unidades combatentes do Exército já se encontram “esticadas” com as missões atualmente em curso.

Fonte: https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/portugal-prepara-tropas-para-combater-terrorismo-em-mocambique
 

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tenente

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #73 em: Novembro 28, 2020, 08:47:15 pm »
Vamos enviar Comandos ? Paras ? Pandur ? ST5?


Fuzos está fora de hipótese, não possuem equipamento adequado, jeeps sem blindagem, coletes anti balas leves ou até armas modernas.

Restam os de sempre...

A menos que se lembrem de enviar F-16MLU....

Se lermos o que escreveste lá estamos a debater a realidade das limitações das nossas FT, SÓ são os Paras os Comandos, de vez em quando uns Fuzos e quanto a material agora são os Pandur e os Vamtac, sem AAA e sem ATGM nas viaturas e sem apoio de fogos dedicados, os PM, continuam em falta nas duas frotas, mas como vamos tendo uns morteiretes de 60, tudo bem !! :bang:




A realidade de Moçambique é muito diferente da da RCA.
Os turras de lá estão muito mais mentalizados para o combate, melhor armados e enquadrados que os grupos armados da RCA!
Se porventura ali empenhassemos um contigente terrestre para possivel combate, teria de ter um efectivo superior ao que está na RCA, pois teria que ser verdadeiramente independente em todos os sentidos, com várias, pelo menos duas, subunidades de manobra, apoio de fogos em todas as vertentes, parte logistica, MNT reforçadas, e não esquecer o apoio aéreo, que deveria ser constituído por um destacamento nunca inferior a três/quatro helis.





Para constituir tal força, estaremos a falar, no minimo dos minimos, de uns 300 elementos, e para mais e não para menos.

Se fossem os Fuzos a serem os escolhidos, o que acho ser o indicado, porque não atribuir-lhes uns 25 ST5 como VBL's, para equipar uma FFZ ??
Aliás quando foram adquiridos os Vamtac, teria sido correcto, claro que ainda vamos a tempo, colocar no CF um par de ST5, para que os Fuzos se familiarizassem na operação deste tipo de Blindado ligeiro, e, num futuro próximo se venham a adquirir mais umas quantas, já que os Fuzos nunca tiveram a sorte de ter os Pandur ao serviço, para serem atribuídas ao CF.




Abraços
« Última modificação: Novembro 28, 2020, 09:02:25 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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typhonman

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Re: Tensão em Moçambique
« Responder #74 em: Novembro 28, 2020, 08:57:34 pm »
Vamos enviar Comandos ? Paras ? Pandur ? ST5?


Fuzos está fora de hipótese, não possuem equipamento adequado, jeeps sem blindagem, coletes anti balas leves ou até armas modernas.

Restam os de sempre...

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Se lermos o que escreveste lá estamos a debater a realidade das limitações das nossas FT, SÓ são os Paras os Comandos, de vez em quando uns Fuzos e quanto a material agora são os Pandur e os Vamtac, sem AAA e sem ATGM nas viaturas e sem apoio de fogos dedicados, os PM, continuam em falta nas duas frotas, mas como vamos tendo uns morteiretes de 60, tudo bem !! :bang:

A realidade de Moçambique é muito diferente da da RCA.
Os turras de lá estão muito mais mentalizados para o combate, melhor armados e enquadrados que os grupos armados da RCA!
Se porventura ali empenhassemos um contigente terrestre para possivel combate, teria de ter um efectivo superior ao que está na RCA, pois teria que ser verdadeiramente independente em todos os sentidos, com várias, pelo menos duas, subunidades de manobra, apoio de fogos em todas as vertentes, parte logistica, MNT reforçadas, e não esquecer o apoio aéreo, que deveria ser constituído por um destacamento nunca inferior a três/quatro helis.



Para constituir tal força, estaremos a falar, no minimo dos minimos, de uns 300 elementos, e para mais e não para menos.

Se fossem os Fuzos a serem os escolhidos, o que acho ser o indicado, porque não atribuir-lhes uns 25 ST5 como VBL's, para equipar uma FFZ ??
Aliás quando foram adquiridos os Vamtac, teria sido correcto, claro que ainda vamos a tempo, colocar no CF um par de ST5, para que os Fuzos se familiarizassem na operação deste tipo de Blindado ligeiro, e, num futuro próximo se venham a adquirir mais umas quantas, já que os Fuzos nunca tiveram a sorte de ter os Pandur ao serviço, para serem atribuídas ao CF.

Abraços

Nesta situação, ST5, Pandur II, UH-60V com armamento (foguetes, metralhadoras) e UAV, do estilo Raven, seria os mínimos.

Agora vemos a necessidade de LPD, A-400M e A-330MRTT.

E mais não digo, porque estou farto de bater no cego.