Preparar as FA para um conflito no curto prazo

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sivispacem

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #60 em: Dezembro 06, 2024, 08:41:16 am »
Não há suficientes logicamente, mesmo nas raras imagens de Comandos/Paras a treinar com eles, é quase sempre só 1 ou 2 com PVS-14.... ::)

É preciso aqui um grande investimento, tal como na capacidade de miras térmicas, que é das coisas mais espetaculares que se pode ter  :mrgreen:

O Exército atual acho que não tem mesmo noção de como está atrás na capacidade combater de noite

Pode-se sempre treinar com as luzes acesas :mrgreen:


Pois..... Ainda bem que o IN é meio cego e não nos vê galhardamente e com toda a cagança de luzes acesas, assim tipo t short branca dos COmandos  :mrgreen: :mrgreen:

Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
E tentem equipar primeiros os PQ, COmandos, FZ, agora até há uma empresa espanhola que produz uns que me pareceram interessantes.... Depois é muito treino, é uma realidade diferente e requer habituação
Cumprimentos,
 

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Drecas

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #61 em: Dezembro 06, 2024, 03:04:26 pm »
O SCS tem como objetivo a compra de ~1500 monóculos......nem digo nada desta "modernização"

Excelente canal com bastantes coisas sobre thermals, um investimento muito necessário
 

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PTWolf

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #62 em: Dezembro 06, 2024, 03:54:10 pm »
Eu que estou de fora tinha a ideia que isto era algo tão essencial ou basico como um camuflado....

Pelos vistos isto bateu mesmo no fundo
 

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Lightning

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #63 em: Dezembro 06, 2024, 05:55:50 pm »
Os meus 5 cent, se posso....

Há uma questão que me parece essencial: treino realista!
Que treino em ambiente noturno faz o nosso Exército ou Fuzileiros, tirando OE/DAE e pouco mais? Que meios de visão noturna em quantidade estão disponíveis? Fazem treinos sempre de dia mas quanto tempo durariam nesse cenário?
PVS-5B/C ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:) para as CAt e algumas unidades de reconhecimento
PVS-14 para algumas unidades de reconhecimento, Comandos, Paras ,Fuzileiros (?) e DAE ( :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:)
PVS-21 para Rangers e talvez DAE(?)
PVS-31 (ou similar) para Ranger, DAE e uma unidade de mergulhadores que me falta o nome

Deves querer dizer o DMS1, eles agora são Special Operations Support, são os EOD da Marinha e podem apoiar o DAE.


Este pessoal tem curso de paraquedismo.
https://www.exercito.pt/pt/informacao-publica/noticias/6483
 
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papatango

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #64 em: Dezembro 11, 2024, 07:29:11 am »
Citação de: sivispacem
Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
De noite os espanhóis estão a dormir...
Eles até dormem durante a tarde, à noite então nem se fala...


...
Não aparentamos ter a noção do que significou a geringonça em termos de abandono de qualquer investimento digno desse nome, na defesa do país.
Mas não foi apenas a geringonça, o periodo da Troika não foi melhor, ainda que aí, haja alguma justificação.
Não é por acaso que há um motim a bordo do NRP Tejo.

Depois do motim, o almirante veio dizer que era um absurdo, que os navios têm sistemas de redundância e mais não sei quê...

Citar
O almirante veio para a televisão dizer que um barco militar é como um gato que tem nove vidas e que por isso, se cair de um terceiro andar não morre ...
... Atira um gato do terceiro andar para mostrar que tem razão ...
Esqueceu-se de escutar o gato, a miar a dizer que já tinha gasto as vidas todas.

Esta é a razão pela qual eu acho que o almirante CEMA não deve ter nada a ver com a politica.

Os aviões da Força Aérea ainda voam ...
Os que voam, claro ...


E isto não vai lá com 2% do PIB...
Os 2% era para manter o que havia...Agora, é preciso fazer muito, de raiz...



E neste aspecto coisas como fardas, roupas para climas frios, reserva de munições mesmo de pequenos calibres.
O primeiro objetivo deveria ser o de ter capacidade para manter uma unidade militar operacional no leste da Europa.
Eu lembro que deveriamos ter pelo menos capacidade para manter uma brigada inteira na Romenia, e não uma companhia reforçada.
Os Pandur-II precisam de reforços, e deveriamos ter soluções para isto, mesmo que fossem de emergência...
Mas não precisamos de protótipos, mas sim de qualquer coisa que se possa começar a produzir.

As BTR russas desde há dois anos, foram alvo de uma razia, principalmente por causa da fraquíssima blindagem...
Calculo que mesmo as Pandur-II sejam melhores, mas com os drones tipo Lancet, não acredito que não sejam um caixão sobre rodas.

...
« Última modificação: Dezembro 11, 2024, 07:38:29 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #65 em: Dezembro 11, 2024, 10:44:08 am »
Na RCA houve combates ferocíssimos de noite e o pessoal dos BIParas tinham NVG. É claro que são poucos (Companhia reforçada) e levaram o melhor que temos por cá.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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sivispacem

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #66 em: Dezembro 11, 2024, 12:12:23 pm »
Citação de: sivispacem
Isto (a aquisição de sistemas de visão noturna) é alqo que devia ter sido objecto do programa de modernização do soldado, ou lá como se chama. Mas não, às tantas ainda confiam nos dispositivos IR....
De noite os espanhóis estão a dormir...
Eles até dormem durante a tarde, à noite então nem se fala...


...
Não aparentamos ter a noção do que significou a geringonça em termos de abandono de qualquer investimento digno desse nome, na defesa do país.
Mas não foi apenas a geringonça, o periodo da Troika não foi melhor, ainda que aí, haja alguma justificação.
Não é por acaso que há um motim a bordo do NRP Tejo.

Depois do motim, o almirante veio dizer que era um absurdo, que os navios têm sistemas de redundância e mais não sei quê...

Citar
O almirante veio para a televisão dizer que um barco militar é como um gato que tem nove vidas e que por isso, se cair de um terceiro andar não morre ...
... Atira um gato do terceiro andar para mostrar que tem razão ...
Esqueceu-se de escutar o gato, a miar a dizer que já tinha gasto as vidas todas.

Esta é a razão pela qual eu acho que o almirante CEMA não deve ter nada a ver com a politica.

Os aviões da Força Aérea ainda voam ...
Os que voam, claro ...


E isto não vai lá com 2% do PIB...
Os 2% era para manter o que havia...Agora, é preciso fazer muito, de raiz...



E neste aspecto coisas como fardas, roupas para climas frios, reserva de munições mesmo de pequenos calibres.
O primeiro objetivo deveria ser o de ter capacidade para manter uma unidade militar operacional no leste da Europa.
Eu lembro que deveriamos ter pelo menos capacidade para manter uma brigada inteira na Romenia, e não uma companhia reforçada.
Os Pandur-II precisam de reforços, e deveriamos ter soluções para isto, mesmo que fossem de emergência...
Mas não precisamos de protótipos, mas sim de qualquer coisa que se possa começar a produzir.

As BTR russas desde há dois anos, foram alvo de uma razia, principalmente por causa da fraquíssima blindagem...
Calculo que mesmo as Pandur-II sejam melhores, mas com os drones tipo Lancet, não acredito que não sejam um caixão sobre rodas.

...

O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples
« Última modificação: Dezembro 11, 2024, 12:15:16 pm por sivispacem »
Cumprimentos,
 

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #67 em: Dezembro 11, 2024, 12:27:10 pm »
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #68 em: Dezembro 11, 2024, 06:07:34 pm »
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
Os parasitas tinham sempre resolvido os nossos problemas e os problemas dos outros países todos.

Há algo a acontecer em Portugal que é digno de nota.
A economia portuguesa depois da chegada ao poder de D.João I (o homem que ganhou em Aljubarrota) a economia portuguesa continuava estagnada e nada ou quase nada funcionava.

A solução final foi atacar Ceuta, tentando assim controlar e ganhar algum dinheiro com impostos sobre o comércio do ouro vindo do centro de África.
A partir daí todos conhecemos (ou deveriamos conhecer) a História.
Os três grandes ciclos imperiais, com uma terceira dinastia em que literalmente andámos às costas dos castelhanos (sacámos muito mais deles que eles de nós) terminaram em 1974 e depois o dinheiro foi vindo da União Europeia.

Mas aí, as coisas começaram a piar mais fino. Com a entrada no Euro, então ficou tudo muito mais complicado. Ainda tentámos justificar o endividamento e os tradicionais orçamentos deficitários, e isto resultou na bancarrota de José Socrates.

Desde há alguns anos, que Portugal consegue um superavit nas suas contas. Isto é extremamente importante e é a primeira vez que o temos sem ter império (Salazar conseguiu-o, mas nessa altura ainda tinhamos colónias) A primeira vez desde os reinados da primeira dinastia.

Os cortes necessários para atingir estes valores, não são estranhos à situação a que chegaram as forças armadas.

Todos os países europeus têm que andar no fio da navalha, entre a necessidade de se rearmarem e a necessidade de manter uma politica de subsidios e benesses, e jogando contra o poder das corporações que vão sempre criar instabilidade, como é o caso dos professores, que continuam alegremente em greve, mesmo depois de lhes terem dado o tempo de serviço (um ignominia, do meu ponto de vista).
Agora até temos greves da CP, por causa da honra dos maquinistas, que nunca na vida tocaram numa gota de alcool.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: (só no garrafão cheio)

Gerir países nunca foi fácil, e o nosso é e sempre foi complicado. Já os romanos diziam que, para lá da Ibéria, nos confins da Hispânia, há um povo que não se governa nem se deixa governar.

 

De qualquer das formas, há sempre coisas que seriam possíveis.

Estudar se deveriamos ter uma quarta brigada no exército por exemplo,

Desenvolver capacidade de projeção para uma brigada, que é complicado, mas durante a I guerra, deslocámos duas divisões.

Não temos meios para ter duas brigadas pesadas, mas seria possível ter duas brigadas mecanizadas equipadas com viaturas sobre rodas e capazes de grande mobilidade.

O problema é que em todos os setores deparamo-nos com o miserabilismo que se instalou essencialmente a nivel politico.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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sivispacem

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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #69 em: Dezembro 11, 2024, 09:30:16 pm »
O dinheiro para sustentar parasitas que não querem trabalhar já devia dar para alguma coisa mas vocês não estão preparados para esta conversa.
Os parasitas tinham sempre resolvido os nossos problemas e os problemas dos outros países todos.

Há algo a acontecer em Portugal que é digno de nota.
A economia portuguesa depois da chegada ao poder de D.João I (o homem que ganhou em Aljubarrota) a economia portuguesa continuava estagnada e nada ou quase nada funcionava.

A solução final foi atacar Ceuta, tentando assim controlar e ganhar algum dinheiro com impostos sobre o comércio do ouro vindo do centro de África.
A partir daí todos conhecemos (ou deveriamos conhecer) a História.
Os três grandes ciclos imperiais, com uma terceira dinastia em que literalmente andámos às costas dos castelhanos (sacámos muito mais deles que eles de nós) terminaram em 1974 e depois o dinheiro foi vindo da União Europeia.

Mas aí, as coisas começaram a piar mais fino. Com a entrada no Euro, então ficou tudo muito mais complicado. Ainda tentámos justificar o endividamento e os tradicionais orçamentos deficitários, e isto resultou na bancarrota de José Socrates.

Desde há alguns anos, que Portugal consegue um superavit nas suas contas. Isto é extremamente importante e é a primeira vez que o temos sem ter império (Salazar conseguiu-o, mas nessa altura ainda tinhamos colónias) A primeira vez desde os reinados da primeira dinastia.

Os cortes necessários para atingir estes valores, não são estranhos à situação a que chegaram as forças armadas.

Todos os países europeus têm que andar no fio da navalha, entre a necessidade de se rearmarem e a necessidade de manter uma politica de subsidios e benesses, e jogando contra o poder das corporações que vão sempre criar instabilidade, como é o caso dos professores, que continuam alegremente em greve, mesmo depois de lhes terem dado o tempo de serviço (um ignominia, do meu ponto de vista).
Agora até temos greves da CP, por causa da honra dos maquinistas, que nunca na vida tocaram numa gota de alcool.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: (só no garrafão cheio)

Gerir países nunca foi fácil, e o nosso é e sempre foi complicado. Já os romanos diziam que, para lá da Ibéria, nos confins da Hispânia, há um povo que não se governa nem se deixa governar.

 

De qualquer das formas, há sempre coisas que seriam possíveis.

Estudar se deveriamos ter uma quarta brigada no exército por exemplo,

Desenvolver capacidade de projeção para uma brigada, que é complicado, mas durante a I guerra, deslocámos duas divisões.

Não temos meios para ter duas brigadas pesadas, mas seria possível ter duas brigadas mecanizadas equipadas com viaturas sobre rodas e capazes de grande mobilidade.

O problema é que em todos os setores deparamo-nos com o miserabilismo que se instalou essencialmente a nivel politico.

Parte da questão. IMHO, reside no facto de neste país agradar mesmo muito pouco aos políticos o investimento em sectores nos quais não têm o poder de colocar 'afilhados', como é o caso da Defesa - não conseguem colocar um boy à frente de um batalhão nem a comandar um navio, quando muito têm a capacidade de escolher chefias militares pouco incómodas e/ou vagamente subservientes.
COmo tem sido o caso nas últimas décadas, salvo uma ou outra honrosa excepção.

Ora isto não agrada ao aparelho partidário, sempre ávido de colocar amigalhaços e/ou manipular o orçamento do Estado que julga ser seu. Portanto, e a coberto da "austeridade" (que nunca impediu os resgates bancários, subsídios para a Tap, investimentos desastrosos em várias empresas, desvios astronómicos ao orçamento de inúmeras obras públicas e, em geral, atirar dinheiro para cima dos problemas que não souberam ou não tiveram interesse em resolver) as FA's foram submetidas a uma asfixia financeira, embora também não estejam isentas de culpas (ausância de reformas, racionalização do aparelho e dispositivo territorial, pirâmide hierárquica, relutância em reduzir alguns gastos sumptuosos, incapacidade de gestão adequada do seu recurso mais importante (e aqui puxi pela minha 'dama' - os recursos humanos) etc, etc)

E eis-nos aqui chegados.....
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #70 em: Dezembro 11, 2024, 11:45:25 pm »


Parte da questão. IMHO, reside no facto de neste país agradar mesmo muito pouco aos políticos o investimento em sectores nos quais não têm o poder de colocar 'afilhados', como é o caso da Defesa - não conseguem colocar um boy à frente de um batalhão nem a comandar um navio, quando muito têm a capacidade de escolher chefias militares pouco incómodas e/ou vagamente subservientes.
COmo tem sido o caso nas últimas décadas, salvo uma ou outra honrosa excepção.

Ora isto não agrada ao aparelho partidário, sempre ávido de colocar amigalhaços e/ou manipular o orçamento do Estado que julga ser seu. Portanto, e a coberto da "austeridade" (que nunca impediu os resgates bancários, subsídios para a Tap, investimentos desastrosos em várias empresas, desvios astronómicos ao orçamento de inúmeras obras públicas e, em geral, atirar dinheiro para cima dos problemas que não souberam ou não tiveram interesse em resolver) as FA's foram submetidas a uma asfixia financeira, embora também não estejam isentas de culpas (ausância de reformas, racionalização do aparelho e dispositivo territorial, pirâmide hierárquica, relutância em reduzir alguns gastos sumptuosos, incapacidade de gestão adequada do seu recurso mais importante (e aqui puxi pela minha 'dama' - os recursos humanos) etc, etc)

E eis-nos aqui chegados.....

e qualquer partido que fizer cortes na saúde, educação, segurança social, e Deus nos livre na Função Pública, etc para reforçar a defesa vai perder as próximas eleições.
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #71 em: Dezembro 13, 2024, 10:26:03 am »
O ministro já admite que o patamar dos 2% seja superado antes de 2029, como estava originalmente previsto:
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/miranda-sarmento-afasta-risco-de-contagio-da-crise-francesa-a-zona-euro-e-muito-forte

Isto numa altura em que é a própria NATO a dizer que o mínimo terá de ser 3% ou mais e onde se fala - por causa dos mais recalcitrantes, como nós - em estabelecer objectivos em tanques, armamento, etc.

E dado o meu interesse por números, gostaria de saber quanto é que custou o recente  (muito merecido e necessário) aumento dos militares e qual a percentagem do aumento do orçamento da Defesa que em 2025 que irá absorver.... cá por coisas.....
PS: podem dar a evolução da percentagem de gastos com pessoal, se for mais simples

Como diz o povo, vão ter de começar a dar corda aos sapatos. Com Trump de um lado e o "falcão" Mark Rutte do outro, muito provavelmente 3% do PIB será em breve o novo mínimo.

Aliás, basta acompanhar a conta do Twitter do novo Secretário-Geral da NATO para percebermos que as coisas vão ter doravante de se processar de maneira diferente: https://x.com/SecGenNATO

Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.
« Última modificação: Dezembro 13, 2024, 11:12:54 am por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #72 em: Dezembro 13, 2024, 11:25:51 am »
Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Os mesmos de sempre. Tem funcionado bastante bem, até ao momento. Para quê mudar?
Agora até somos "modernos", usando conceitos linguísticos como "holístico" e "disruptivo".

 
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #73 em: Dezembro 13, 2024, 12:01:37 pm »
Curioso para ver por cá que subterfúgios e malabarismos vão usar, ou poder continuar a usar, para mascarar as contas para a NATO.

Os mesmos de sempre. Tem funcionado bastante bem, até ao momento. Para quê mudar?
Agora até somos "modernos", usando conceitos linguísticos como "holístico" e "disruptivo".

Eu acrescento outro conceito em que nós somos experts, a Contabilidade Criativa :)
Poderá ajudar a dar resposta ao número que vai ser reportado à NATO.
Quem olha para o Orçamento de Estado Português, constata imediatamente que o país investe na Defesa menos de 1% do seu PIB, e sem cativações!!!!! (o PIB em 2023 foi de cerca de 280 mil milhões de Euros). Tudo o que for reportado a cima desse número (1%) é recorrendo à Contabilidade Criativa  :mrgreen:
« Última modificação: Dezembro 13, 2024, 12:02:26 pm por Viajante »
 
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Re: Preparar as FA para um conflito no curto prazo
« Responder #74 em: Dezembro 13, 2024, 01:17:08 pm »
É um jogo do "gato e do rato", a NATO também deve ir apreendendo - espero.  :mrgreen:
Quidquid latine dictum sit, altum videtur