Entretanto, já fui fazendo um apanhado de ideias para os 3 ramos que vou aqui expor. Programas estes que considero plausíveis de originar resultados dentro do prazo, que elevem o nível das FA em "short notice". É claro que estas ideias, envolvem um orçamento suplementar, fora da LPM, e que visa uma preparação para a iminência de um conflito.
E é fácil de justificar à população: este investimento é a única alternativa a uma mobilização "forçada" em caso de conflito.
Na Marinha.
Classe Tridente:
Não há muito que possa ser feito em tão pouco tempo.
-destaco o reforço do stock de munições, nomeadamente os Blackshark e os Harpoon;
-estudar a incorporação de um míssil de cruzeiro (Tomahawk ou MdCN por exemplo), e perceber quanto tempo demorariam a ser implementados. Se tal for possível, o objectivo seria ter, dentro do prazo, um lote a rondar os 20 mísseis. (O número é pequeno, mas estou a ser realista, e vai fazer mais sentido quando se somar tudo o resto que vou propor)
Classe BD:
Essencialmente um MLU 2.0, que visa incluir o que devia ter sido incluído no MLU que foi feito, e que possa ser realizado de forma rápida. E proponho:
-aquisição de ESSM Block II, e tendo em conta possíveis demoras nas entregas, procurava ESSM "Block I" para colmatar a lacuna;
-munições especializadas para as 76mm;
-substituição dos Harpoon por NSM. Em alternativa, fazer upgrade aos Harpoon para Block II;
-substituição de pelo menos 1 dos radares principais por radares mais modernos. Idealmente substituição de ambos;
-upgrade aos torpedos, que creio que não sofreram nenhuma modernização.
-equacionava seriamente a compra da Van Speijk (para o lugar da VdG), e no processo fazia os mesmos upgrades.
Classe VdG:
Cancelava o MLU que está planeado, que vai demorar demasiado tempo, canalizava esforços numa nova classe. Fazia apenas melhorias pontuais que possam ser implementadas em pouco tempo e por baixo custo.
E propunha:
-aceitar que a VdG já não volta ao serviço;
-ia buscar o Mk-29 da Vasco, comprava um Mk-29 adicional, e colocava um na "posição B" de cada fragata. Em alternativa, instalava um segundo Phalanx;
-procurava incorporar os ESSM Block I nestas fragatas, passando os Sea Sparrow a mísseis de reserva/C-UAS;
-estudava a incorporação de um novo CMS;
-pegava nos radares retirados das BD, como mencionei em cima, e substituía o radar equivalente a bordo das duas VdG. Os radares das BD actuais são superiores aos das VdG, logo esta transição seria um upgrade.
Classe VdC:
Não são navios de guerra, mas serão usados num conflito, logo os 4 NPO originais precisam de upgrades. Com a proximidade de navios "científicos" russos perto das nossas águas, e a possibilidade destes tentarem sabotar cabos submarinos, o armamento dos NPO deixou de ser suficiente para lidar com a ameaça.
Proponho:
-substituir o radar principal, por um radar na classe do Sea Giraffe 1X. Provavelmente exige modificações do mastro principal, mas pouco mais;
-comprava as 2 Marlin que faltam e os sistemas EO;
-incorporava 2 RWS, com capacidade de receber os mísseis LMM, conferindo capacidade C-UAS;
-estudava a incorporação dos lançadores de Harpoon, caso estes fossem retirados das BD após serem substituídos (neste caso, haveriam 3 Mk-141 disponíveis, com o da VdG);
-incorporava um lançador próprio (à frente da ponte) para mísseis "anti-tanque", conferindo poder de fogo superior para lidar com embarcações pequena/médias e USVs. Hellfire, Spike, MMP entre as opções;
-olhava para a possibilidade de aumentar ligeiramente a resiliência a danos dos navios.
Helicópteros:
Tentava perceber até que ponto vai a situação da frota Lynx, o seu nível operacional, se cumprem ou não. Com base na resposta a isto:
-mantém-se os 5 Lynx, mas modernizava os sonares de todos eles, e não apenas 2. Idealmente, instalava o FLIR;
-estudava a possibilidade de adquirir um lote adicional de 2 ou 3 Lynx em segunda-mão (com FLIR);
-caso a frota Lynx esteja com dificuldades em cumprir, estudava a compra de SH-60 em segunda-mão. Com esta compra, adicionava ao upgrade das BD o reforço do convés de voo para os receber. As VdG operariam principalmente os Lynx (com vantagem de operar 2), as BD os SH-60;
-com a hipótese SH-60, e caso entrasse no prazo, olharia então para as opções de armamento que este heli oferece, nomeadamente os Hellfire. Quiçá o míssil de cruzeiro Delilah pudesse ser incorporado;
UAV/USV/UUV:
Se há "arma" que pode ser adquirida e incorporada rapidamente numa força, são os drones.
-comprava UUVs para diversos navios, para ASW e guerra de minas;
-USVs pequenos;
-UAVs embarcáveis nos navios actuais, nomeadamente os drones nacionais VTOL e lançados de catapulta e uns Camcopter S100;
-loitering munitions, que tenham lançadores modulares que possam ser instalados nos navios existentes. Switchblade e Harop são opções interessantes, tal como o Elanus nacional.
Fuzileiros:
Reforçar as capacidades existentes, sabendo que não haverá tão depressa um navio anfíbio.
-novo míssil anti-carro (adquirir o mesmo modelo do EP);
-adquiria mais viaturas tipo ATV, incluindo uma versão equipada com o radar RPS-42, conferindo uma componente C-UAS/V-SHORAD;
-mísseis Stinger, ou outro MANPADS, como LMM/Starstreak ou Piorun, conectando com o ponto anterior;
-adquiria um pequeno número (10-20 unidades) de ST5;
-comprava um lote de lanchas de ataque rápido, tipo CB-90.
O próximo ramo será a FAP, que é onde existe mais potencial para expandir capacidades rapidamente, graças à possibilidade de incorporação de armamento nos F-16 e não só.