O aumento de decibéis entre o Ministro que tutela a TAP e os accionistas privados (principalmente David Neeleman e Pedro Pedrosa), colocam o futuro da TAP no cutelo.
Os 2 accionistas privados não têem dinheiro para injectar na TAP (principalmente agora em plena época da crise pandémica), o estado a contra-gosto vai injectar os 1,2 mil milhões de euros, mas com condições.
O governo não quer nacionalizar a TAP, porque ao fazê-lo, os sindicatos vão ganhar um poder de influência tremendo, com um governo de esquerda e ao mesmo tempo a TAP passaria a ser gerida por boys partidários!!!!!!
Mas se os accionistas privados não aceitarem, a TAP caminha para a falência.
A alternativa da nacionalização, pelos motivos que já referi, não são apelativos para nenhum governo moderado (excepto para a extrema esquerda que ganhava mais um braço armado para combater o governo). Além de que a nacionalização traria custos semelhantes ao Novo Banco, que iriam agravar ainda mais as contas públicas. Quanto custaria a nacionalização para as contas públicas? 4 mil milhões de euros? E depois o estado mantinha o tamanho da TAP exactamente igual a antes da crise para fazer a vontade à geringonça? Não estou a ver a geringonça aceitar a dieta da TAP (menos aviões, menos pilotos, menos funcionários, menos rotas........)
O melhor caminho para o estado (e para nós), é a solução do empréstimo dos 1,2 mil milhões (não conta para o défice, ao contrário da nacionalização) e que estes sejam pagos quando a TAP puder. Com a ressalva de que não sendo o empréstimo pago em meio ano, a UE vai obrigar a TAP a encolher (se esta receita da UE vai ser mais ou menos dolorosa, depende da habilidade do governo negociar com Bruxelas)......
Venham os próximos episódios!!!!!
Não sei se o Governo deu conta que Portugal tem outra companhia pública que certamente estará muito atenta ao desenrolar destes episódios. A SATA vai ficar a ver sem ir de mão estendida a Lisboa?