O problema pode (mas existe um problema de rácio Praças/Sargentos/Oficiais) nem ser a % que se gasta com pessoal, pois para isso acontecer basta que o resto das rubricas seja muito baixo para a % gasto com pessoal aumentar para estes valores.
O problema, seja de que forma se veja, é a falta de orçamento. Se conseguisses reduzir a despesa com pessoal, tirando esse valor do orçamento, naturalmente que a percentagem gasta em equipamento aumentava, mas mesmo assim, não deixava de ser pouco dinheiro.
Não podemos também ignorar que temos dos salários mais baixos de toda a NATO, e ainda temos falta de pessoal. Dos países da nossa dimensão/população, todos pagam muito mais (Dinamarca, Holanda, Bélgica, etc), e mesmo nesses casos, onde seria compreensível uma disparidade entre investimento em equipamento e despesas com pessoal, o caso não é tão grave como o nosso.
Nós conseguimos quase o impossível, salários baixos e falta de pessoal, e ainda assim a despesa com pessoal representar a maior percentagem do PIB de toda a NATO. É obra.
Temos o maior rácio de generais da NATO, acho que é fácil de perceber
Sustentar esses manfios todos não é fácil
A redução do numero desses srs generais, é a primeira reforma, reestruturação, nas FFAA, que venho defendendo há anos.
Nada justifica o numero de oficias generais/Almirantes que possuimos, a sua redução para 1/3 do actual numero, implicando com isso toda uma redução nas quotas dos restantes oficiais e sargentos, faz todo o sentido, e redundaria numa redução dos custos com pessoal que permitiria, no caso do exército, melhores condições para os militares no activo, e, reforçar muito significativamente o tão reduzido numero de praças !
Ninguém, no seu perfeito juizo, consegue justificar a presença de mais de 6.000 oficiais e sargentos num Exercito com um efectivo total,
militar, de 13.500 elementos.
Para este total o máximo dos máximo seria o Exercito possuir 1300 Oficiais e cerca de 1700 sargentos, completando o total actual com 10.500 Praças, esse sim seria um rácio aceitável permitindo ter unidades operacionais se não a 100%, pelo menos, muito perto desse valor, e não como actualmente se encontram abaixo dos 50% !
Abraços