REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS

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Kalil

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #885 em: Julho 21, 2020, 10:58:06 pm »
No caso em particular do exército, o principal será arrumar a casa.
Uma reorganização logística e de recursos humanos e ajustar as infraestruturas à sua dimensão.
 Se as poucas unidades que existem actualmente já estão em tão mau estado talvez o melhor fosse mesmo acabar com algumas. Seria preferível ter apenas meia dúZia de batalhões verdadeiramente completos, autonomos e possíveis de mobilizar.
O caso dos cc não faz muita diferença, o que está errado é não existir um batalhão completo de infantaria mecaniZada.
Ter unidades reduZidas a companhias só para manter o nome e o número de oficiais, e a "escola", não servirá de muito em caso de real necessidade.

Há valências que me parece não terem espaço num exército de tão pequena dimensão, mas pelo menos se as que estiverem activas, o forem verdadeiramente, então parece me mais acertado.

Cumprimentos.
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #886 em: Julho 21, 2020, 11:28:35 pm »
Acabo por me questionar da viabilidade de juntar a Infantaria Mecanizada das duas principais brigadas, numa só. Isto é, o pessoal ser o mesmo, mas em vez de ser cada um no seu canto, a infantaria tirava partido dos meios que mais se adequavam ao TO e não com base numa orgânica fixa.

Existe alguma diferença entre infantaria transportada em Pandur vs infantaria transportada em M-113? Nomeadamente a nível doutrinário e de equipamento?
 

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LM

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #887 em: Julho 21, 2020, 11:45:50 pm »
Antes de liquidar capacidades (CC, IFV lagartas - no fundo a brigada "pesada"), para tentar ajustar aos homens que temos, tem de ser feito um esforço para aumentar a quantidade dos homens... claro que se pode e deve racionalizar o dispositivo, diminuir unidades e posições do tempo da "mão de obra" abundante; claro que a "brigada pesada" pode ter um indice de "prontidão" menor, ter apenas os trinta CC e 1 BInf (L), face à maior "prontidão" e um quadro organico mais completo de dos BInf (R) - mas deve haver capacidade de projectar um "GTIA PT" treinado sem grande custo e com todas as valências (radares, capacidade AC, morteiros, etc).
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HSMW

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #888 em: Julho 22, 2020, 12:52:53 am »
Volto a lembrar o que já foi dito tanta vez sobre as brigadas.

Estas não são feitas apenas por meios de combate.

O que temos são 3 comandos de Brigada!

Com vocações diferentes mas que na prática mobilizam uma força que se reforça com meios das restantes e com as forças de apoio geral que são partilhadas.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #889 em: Julho 22, 2020, 01:19:14 pm »
É por isso que digo que em vez de termos dois batalhões de infantaria independentes, devíamos ter um com o efectivo dos dois anteriores, e os meios de projecção adequavam-se assim ao TO.
Entre ter dois batalhões a meio gás, ou um o mais perto possível do "full", prefiro o último cenário.
 

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tenente

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #890 em: Julho 22, 2020, 06:53:14 pm »
Nós temos carências a todos os níveis, umas mais óbvias que outras. Não creio que riscar os CCs do Exército fosse mudar alguma coisa, apenas se perderia esta arma e o resto ficava na mesma.

Creio sim que perdendo os CCs, deixaria de haver argumentação a favor de IFVs de lagartas. A necessidade de ter um IFV moderno de lagartas advém da necessidade de ter um meio capaz de acompanhar os CCs (algo em que os M-113 estão limitados), não havendo CCs, das duas uma, ou mantinham apenas os M-113 até não dar mais, ou até os M-113 eram abatidos para poupar recursos, acabando-se os blindados de lagartas em Portugal, como fizeram os Belgas.

Esta é a minha leitura, sem CCs, nunca haverá IFV de lagartas para ninguém.

Quanto aos efectivos, alguém tem uma ideia de quantos militares, nomeadamente praças, são sub-aproveitados por exercerem funções em quartéis fantasma espalhados pelo país?

a arma da cavalaria em Portugal, não é composta somente por sub unidades de CC, também ainda vamos tendo alguns, poucos ERecs.

Os CC quando empenhados necessitam de ter uma infantaria de acompanhamento, de preferência embarcada em VBCI(L) e não em VBTP(L), como acontece actualmente, se essa infantaria não existir os CC pura e simplesmente não sobrevivem em qq TO, durante muito tempo sem o dito apoio.
Os ERecs possuem vantagens em relação aos ECC, e a mais importante é serem uma sub-unidade que possui a sua infantaria, que se bem que pouca, cerca de um pelotão, por vezes reforçado, permite proteger/apoiar com alguma eficácia, os pelotões de exploração e, no caso do ERec da Brigada dar apoio ao PelCC existente no Esquadrão.   

Já a Infantaria, embarcada ou não em VBCI, ou VBTP, consegue sobreviver em qq TO, sem apoio dos CC durante muito mais tempo, que os CC's sem o apoio da arma da Infantaria.

Isto para concluir que pelo facto de um País, como por exemplo a Holanda, não possuir unidades de CC no seu inventário, apenas tem integrada num batalhão de Carros alemão, O Panzerbataillon 414, uma companhia, não significa que não possa ter unidades de infantaria blindada, pois na realidade tem alguns vatalhoes, e, até há pouco tempo atrás alienou cerca de 45 CV90 á Estónia, que muito jeito davam a Portugal, mas isso são outros cinco tostões.

https://www.defensie.nl/onderwerpen/materieel/voertuigen/leopard-2a6-gevechtstank

No nosso caso seria muito mais útil, a BriMec possuir dois Bimec(L) completos em vez do seu actual estado operacional pois não tem nem CC suficientes para um GCC, nem um BiMec completo.
Se com os CC's não conseguiriamos o seu emprego fora das nossas fronteiras, em numero superior a um pelotão se tanto, já com os VBCI(L) tal emprego seria muito mais viável e em numero muito mais efectivo que um simples pelotão de CC´s.

https://www.army-technology.com/projects/cv90/

Quanto ao aproveitamento das praças que não estão em funções operacionais, esse aproveitamento nunca seria suficiente, para suprir as enormes faltas de praças que grassam no Exército.
Se o ano passado o Exército tinha pouco mais de 6500 praças para um efectivo total de cerca de 13.000 elementos basta fazer as contas ás necessidades das três brigadas existentes, e tirar as conclusões.

as 3 brig são compostas, de acordo com os organogramas, por 19 batalhões, se cada batalhão para estar completo necessita de cerca de 450 praças, serão cerca de 350 nos batalhões de Forças especiais, basta somar e ver que como actual numero de praças não se conseguem colocar as três GU com efectivos completos, como tal só o Exército necessita de ter mais 5000/6000 praças e dispensar cerca de 800 oficiais e 1000 sargentos.

Abraços 
« Última modificação: Julho 22, 2020, 08:11:43 pm por tenente »
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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #891 em: Julho 22, 2020, 11:36:24 pm »
Eu não conheço os números, 13000 é o total de efectivos do exército actualmente?
E qual é a percentagem aproximada de oficiais e suboficiais dentro desse número?

Mera curiosidade.
 

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dc

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #892 em: Julho 22, 2020, 11:40:09 pm »
Eu não estou a dizer extinguir a infantaria de lagartas, mas sim pegar nos efectivos de ambas as infantarias mecanizadas (R e L) e fundir as duas. A vantagem é que deixa de haver duas unidades fraturadas com um baixo nível de prontidão. Vejamos que mesmo que a infantaria de lagartas tivesse uma taxa de prontidão de 100% dificilmente seria aproveitada, pois a grande maioria dos TOs actuais não justifica o uso de meios de lagartas. Ou seja, estas unidades de infantaria estariam sub-aproveitadas.

Isto em nada impede que se comprem uns CV-90 ou outro IFV, que fazem todo o sentido.
 

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tenente

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #893 em: Julho 23, 2020, 06:13:45 am »
Eu não conheço os números, 13000 é o total de efectivos do exército actualmente?
E qual é a percentagem aproximada de oficiais e suboficiais dentro desse número?

Mera curiosidade.

Os praças não chegam aos 6500 logo em termos de oficiais e sargentos teremos mais de 50%, entre is 51 e os 54%.

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Kalil

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #894 em: Julho 23, 2020, 09:43:32 am »
É uma percentagem grande, portanto.

Para comparação, no exército francês os praças representam cerca de 55%, e no caso da legião estrangeira em particular, ficam próximo dos 70%.
 
 

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asalves

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #895 em: Julho 23, 2020, 06:58:27 pm »
(...)

É pura perda de tempo estarmos a debater quais sao as missões, as doutrinas de defesa em termos Nacionais, quando não existem as capacidades/valências mininas para que essas missões ou doutrinas tenham o minimo de possibilidades de vingar.

Este debate interessa apenas aos responsáveis teoricos que vao gerindo à vista as FFAA, e que se deliciam quando vem os organogramas das unidades com nones pomposos como Brigada de Reação Rápida, etc, etc, mas que mais não sao que os pretextos do Exército, por exemplo, ter quase quarenta Generais, para quê, pergunto eu.
(...)


Eu concordo consigo, sem praça e sem meios não há Forças Armadas, mas acho que é preciso pensar-se e decidir-se o que se quer das forças armadas para as próximas décadas e depois adaptar as mesmas a esses objetivos.

Eu sou dos que gostava ver as FA do meu País modernas, na liderança e a desempenhar um papel forte e fundamental no exterior. Mas a verdade é que não temos nem mentalidade nem economia para isso enquanto País. E com sou meio pragmático acho que devíamos fazer poucas coisas mas bem feitas e de forma eficiente do que tentar fazer tudo e nunca chegar a lado nenhum.

O Exemplo dos CC, foi só um exemplo, que comprovou o que estava a tentar dizer, cada um de nós tem a sua opinião (umas mais afastadas que outras), e isso deve-se porque não estamos a falar a "mesma língua", primeiro temos de saber o que queremos fazer, só depois podemos decidir e ai sim discutir qual a melhor forma de atingir os nossos objectivos sem com CC ou sem CC ou outra estratégia.

Dando a minha opinião, a meu ver e partilhando  a opinião com outros, devíamos ter uma marinha forte para defesa do Atlântico (parte dele pelo menos) e missões NATO/ONU (A meu ver seria através da marinha que dávamos o nosso contributo principal), e devíamos ter a Força Aérea e Exercito com capacidades para apoiar a marinha, e defesa do território nacional, numa lógica ter as condições mínimas (escola, capacidade de formação) para preparar a defesa nacional num prazo de 1 ano (1 ano é um exemplo de tempo, a questão é que não existe invasões surpresa de 1 dia para outro, e com inteligência seria possível ir aumentando o nível de alerta e capacidade).

Ou seja não havia capacidade expedicionária tanto Exercito como FAP, estas serviriam apenas para apoio e defesa da marinha e do território nacional, isto não significa que ficassem reduzidas a nada apenas que se optimizava os meios/treino/aquisições a estas capacidades.

PS: Eu sei que isto é um pouco rebuscado, mas a meu ver preciso ter uma boa capacidade marítima do que andar a investir em meios para missões que nunca vamos ter (duvido que algum dia venhamos a ter um meio de lagartas numa missão no exterior)
« Última modificação: Julho 23, 2020, 07:03:15 pm por asalves »
 

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typhonman

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #896 em: Julho 23, 2020, 07:31:14 pm »
(...)

É pura perda de tempo estarmos a debater quais sao as missões, as doutrinas de defesa em termos Nacionais, quando não existem as capacidades/valências mininas para que essas missões ou doutrinas tenham o minimo de possibilidades de vingar.

Este debate interessa apenas aos responsáveis teoricos que vao gerindo à vista as FFAA, e que se deliciam quando vem os organogramas das unidades com nones pomposos como Brigada de Reação Rápida, etc, etc, mas que mais não sao que os pretextos do Exército, por exemplo, ter quase quarenta Generais, para quê, pergunto eu.
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Eu concordo consigo, sem praça e sem meios não há Forças Armadas, mas acho que é preciso pensar-se e decidir-se o que se quer das forças armadas para as próximas décadas e depois adaptar as mesmas a esses objetivos.

Eu sou dos que gostava ver as FA do meu País modernas, na liderança e a desempenhar um papel forte e fundamental no exterior. Mas a verdade é que não temos nem mentalidade nem economia para isso enquanto País. E com sou meio pragmático acho que devíamos fazer poucas coisas mas bem feitas e de forma eficiente do que tentar fazer tudo e nunca chegar a lado nenhum.

O Exemplo dos CC, foi só um exemplo, que comprovou o que estava a tentar dizer, cada um de nós tem a sua opinião (umas mais afastadas que outras), e isso deve-se porque não estamos a falar a "mesma língua", primeiro temos de saber o que queremos fazer, só depois podemos decidir e ai sim discutir qual a melhor forma de atingir os nossos objectivos sem com CC ou sem CC ou outra estratégia.

Dando a minha opinião, a meu ver e partilhando  a opinião com outros, devíamos ter uma marinha forte para defesa do Atlântico (parte dele pelo menos) e missões NATO/ONU (A meu ver seria através da marinha que dávamos o nosso contributo principal), e devíamos ter a Força Aérea e Exercito com capacidades para apoiar a marinha, e defesa do território nacional, numa lógica ter as condições mínimas (escola, capacidade de formação) para preparar a defesa nacional num prazo de 1 ano (1 ano é um exemplo de tempo, a questão é que não existe invasões surpresa de 1 dia para outro, e com inteligência seria possível ir aumentando o nível de alerta e capacidade).

Ou seja não havia capacidade expedicionária tanto Exercito como FAP, estas serviriam apenas para apoio e defesa da marinha e do território nacional, isto não significa que ficassem reduzidas a nada apenas que se optimizava os meios/treino/aquisições a estas capacidades.

PS: Eu sei que isto é um pouco rebuscado, mas a meu ver preciso ter uma boa capacidade marítima do que andar a investir em meios para missões que nunca vamos ter (duvido que algum dia venhamos a ter um meio de lagartas numa missão no exterior)

Já tivemos os M-113 no Kosovo.
 

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asalves

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #897 em: Julho 23, 2020, 07:45:25 pm »
(...)

É pura perda de tempo estarmos a debater quais sao as missões, as doutrinas de defesa em termos Nacionais, quando não existem as capacidades/valências mininas para que essas missões ou doutrinas tenham o minimo de possibilidades de vingar.

Este debate interessa apenas aos responsáveis teoricos que vao gerindo à vista as FFAA, e que se deliciam quando vem os organogramas das unidades com nones pomposos como Brigada de Reação Rápida, etc, etc, mas que mais não sao que os pretextos do Exército, por exemplo, ter quase quarenta Generais, para quê, pergunto eu.
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Eu concordo consigo, sem praça e sem meios não há Forças Armadas, mas acho que é preciso pensar-se e decidir-se o que se quer das forças armadas para as próximas décadas e depois adaptar as mesmas a esses objetivos.

Eu sou dos que gostava ver as FA do meu País modernas, na liderança e a desempenhar um papel forte e fundamental no exterior. Mas a verdade é que não temos nem mentalidade nem economia para isso enquanto País. E com sou meio pragmático acho que devíamos fazer poucas coisas mas bem feitas e de forma eficiente do que tentar fazer tudo e nunca chegar a lado nenhum.

O Exemplo dos CC, foi só um exemplo, que comprovou o que estava a tentar dizer, cada um de nós tem a sua opinião (umas mais afastadas que outras), e isso deve-se porque não estamos a falar a "mesma língua", primeiro temos de saber o que queremos fazer, só depois podemos decidir e ai sim discutir qual a melhor forma de atingir os nossos objectivos sem com CC ou sem CC ou outra estratégia.

Dando a minha opinião, a meu ver e partilhando  a opinião com outros, devíamos ter uma marinha forte para defesa do Atlântico (parte dele pelo menos) e missões NATO/ONU (A meu ver seria através da marinha que dávamos o nosso contributo principal), e devíamos ter a Força Aérea e Exercito com capacidades para apoiar a marinha, e defesa do território nacional, numa lógica ter as condições mínimas (escola, capacidade de formação) para preparar a defesa nacional num prazo de 1 ano (1 ano é um exemplo de tempo, a questão é que não existe invasões surpresa de 1 dia para outro, e com inteligência seria possível ir aumentando o nível de alerta e capacidade).

Ou seja não havia capacidade expedicionária tanto Exercito como FAP, estas serviriam apenas para apoio e defesa da marinha e do território nacional, isto não significa que ficassem reduzidas a nada apenas que se optimizava os meios/treino/aquisições a estas capacidades.

PS: Eu sei que isto é um pouco rebuscado, mas a meu ver preciso ter uma boa capacidade marítima do que andar a investir em meios para missões que nunca vamos ter (duvido que algum dia venhamos a ter um meio de lagartas numa missão no exterior)

Já tivemos os M-113 no Kosovo.

Eu sei mas referia-me a TO tipo RCA, onde de facto possa haver tiros.

E há quem refira que só foram os M-113 porque não havia viaturas blindadas de Rodas, mas isso já sai fora do pouquíssimo que sei
« Última modificação: Julho 23, 2020, 07:51:09 pm por asalves »
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #898 em: Julho 24, 2020, 04:08:02 pm »
Antes de liquidar capacidades (CC, IFV lagartas - no fundo a brigada "pesada"), para tentar ajustar aos homens que temos, tem de ser feito um esforço para aumentar a quantidade dos homens... claro que se pode e deve racionalizar o dispositivo, diminuir unidades e posições do tempo da "mão de obra" abundante; claro que a "brigada pesada" pode ter um indice de "prontidão" menor, ter apenas os trinta CC e 1 BInf (L), face à maior "prontidão" e um quadro organico mais completo de dos BInf (R) - mas deve haver capacidade de projectar um "GTIA PT" treinado sem grande custo e com todas as valências (radares, capacidade AC, morteiros, etc).

Não podemos partir do principio que a única solução é ainda reduzir mais o numero de unidades por falta de praças, pois o problema vai-se manter e acabará por asfixiar completamente, aniquilando de uma vez por todas, o Exército.

O Objectivo principal é, sem sombra dúvida, aumentar o numero de praças, ASAP, se tal não acontecer o problema vai-se agravando pois o efectivo terá tendência a ser cada vez menor e os Oficiais e Sargentos serão em termos percentuais cada vez mais !

Só aumentando o numero de Praças o Exército consegue sobreviver, e claro que se estivesemos numa Nação como deve ser, ao mesmo tempo que os Praças aumentavam de número as Classes de Oficiais e Sargentos deveriam reduzir o seu peso na estrutura do Exército, para um máximo de 25 a 30% do total do efetivo deste Ramo, tornando-o assim bem mais eficaz e conseguindo até formar maior numero de unidades operacionais !

Para um efectivo total de 18.000 efectivos o numero de oficiais e sargentos nunca deveria exceder os 5.000.  ::)
Hoje, para um total de 13.000 efectivos, os oficiais e sargentos, são mais de 6.800 !! :bang:

Abraços
« Última modificação: Julho 24, 2020, 04:11:13 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: REFORMAR E MODERNIZAR AS FORÇAS ARMADAS
« Responder #899 em: Julho 24, 2020, 06:22:52 pm »
São porque têm um QP que vai segurando a maior parte.

A realidade dos jovens que incorporam é a mesma dos restantes jovens deste país.
Mal preparados para a vida, mimados, dependentes do telemóvel...
São os filhos que vocês criaram!!

Hoje tinha um a "chorar" porque MEIA HORA para fardar de Nº2 era pouco tempo!!!!!

https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."