Votação

É legitimo aos militares no activo efectuarem manifestações por aumento de salários ou por beneficios pecuniários?

É perfeitamente legítimo, são cidadãos como os outros e devem poder protestar como qualquer pessoa.
8 (42.1%)
Não é problemático que o façam ou não. O protesto dos militares não afecta o país.
1 (5.3%)
É absolutamente ilegítimo, os militares têm deveres e em tempos de crise devem dar o exemplo.
10 (52.6%)

Votos totais: 19

Votação encerrada: Setembro 15, 2005, 08:51:39 pm

Direito à greve dos militares

  • 19 Respostas
  • 6301 Visualizações
*

komet

  • Investigador
  • *****
  • 1662
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #15 em: Setembro 09, 2005, 08:10:34 pm »
Está proíbida a manifestação das forças armadas.... será isto o começo do fim?  :?
"History is always written by who wins the war..."
 

*

NBSVieiraPT

  • Perito
  • **
  • 348
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #16 em: Setembro 09, 2005, 08:23:46 pm »
O Estado tá a brincar com o fogo  ;)) fazia o mesmo. Greve é a única maneira de eles mostrarem pacíficamente o seu descontentamento  :shock:

NBR Out!
 

*

Lince

  • Moderador Global
  • *****
  • 239
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
    • http://forumdefesa.com
(sem assunto)
« Responder #17 em: Setembro 09, 2005, 10:41:56 pm »
Citação de: "Nuno Rogeiro no JN"
Ais de espadas

Claro que já não se fala em "quarteladas", com a Guarda rebelada na Rotunda, a Marinha a ocupar o Terreiro do Paço, e o Exército a bombardear lealistas ou anarquistas em Monsanto. Mas o mal-estar entre forças armadas e de segurança atingiu os limites, e o repasto entre o comandante supremo, os responsáveis do Governo e os chefes dos ramos, fez muito sentido. Não vale a pena fingir que não se passa nada.

Ninguém quererá, em bom juízo ou de forma honesta, regressar aos tempos em que os militares vigiavam a República, através do Conselho da Revolução, e alegremente presidiam à falência de empresas e à fuga de pé descalço da África em guerra (depois entregue aos apetites neocoloniais e à desordem).

Ninguém contesta, igualmente, a integração ("subordinação" pode ter água no bico, e ofensa) das Forças Armadas numa estrutura de comando legitimada por direcções políticas, oriundas de processos de escolha governante, eleitorais ou por nomeação.

Por outro lado, as forças armadas, como outras áreas do serviço público, precisam de reformas profundas, de contenção de custos e de transformação da gordura burocrática em operações todos os ramos e armas têm, aliás, feito os (im)possíveis para se adaptar aos novos tempos.

Deve ainda dizer-se que, durante muito tempo, activistas militares mobilizaram-se mais por discussões de vírgulas de carreira e tostões de remuneração, do que por protesto face à escassez de meios, excesso de funções, indefinição de missões e confusão táctica e estratégica.

Deve ainda dizer-se que, durante muito tempo, esses activistas mexeram-se mais em função do momento remuneratório (o que pode até ser compreensível e humano), do que por causa da lenta destruição das próprias instituições, e da sua razão de ser.

Neste momento, porém, todos reconhecem que os contestatários da situação económico-estatutária se unem aos cépticos quanto aos rumos da defesa nacional e da "condição militar". As linhas de ruptura convergem.

Tudo isto se dá numa altura de reboliço e indefinição nas polícias e na GNR, nos serviços de segurança e informações, criando-se a sensação geral de que os problemas da "defesa nacional" alargada (da guerra reactiva à prevenção de catástrofes, da defesa do ecossistema à luta antiterrorista) ocupam pouco espaço nas preocupações governantes, e que a protecção comunitária não é uma prioridade, por se entender que não se devem criar fantasmas, e que não se podem inventar riscos.

Mas a verdade é que não só há ameaças reais sobre a comunidade nacional, que lhe minam a fibra, a economia e a cultura, como não desapareceram as missões "musculadas" das forças armadas.

Num caso de catástrofe ribeirinha, que meios anfíbios - para além dos possuídos pela engenharia do Exército e Fuzileiros - estariam disponíveis para resgatar populações? Num caso de ocupação de partes do território por bandos organizados, altamente armados, que forças de dissuasão rápida existiriam, para além dos POE da GNR, e das unidades da BAI, BLI e BMI?

Nem sequer focamos os "compromissos internacionais assumidos pelo Estado português", ou o catecismo das missões de apoio à paz, do Iraque à Bósnia, passando pelo desconhecido Afeganistão.

E não querendo forçar o tom, ou o drama, não focamos ainda a nova directiva de defesa nacional em Espanha, ou o facto de se verificar, na União Europeia, um retorno a políticas securitárias "soberanas".

Nem pretendemos abordar o problema do fornecimento de informações económicas às empresas nacionais, por parte dos serviços de inteligência (a exemplo do que acontece em países civilizados e laicos, como a França ou a Alemanha), que lhes permitam sobreviver num mar onde a igualdade de oportunidades é, infelizmente, uma falsidade.

Por fim, não queremos pensar em cenários extremos, do tipo Nova Orleães, ou Londres, depois da trovoada terrorista doméstica.

Entre a rocha e o mar, a quem recorreria o Estado em perigo?

E se o protector estivesse de folga, ou sem folgas?
Cumprimentos

 

*

typhonman

  • Investigador
  • *****
  • 5146
  • Recebeu: 743 vez(es)
  • Enviou: 1631 vez(es)
  • +8536/-4167
(sem assunto)
« Responder #18 em: Setembro 09, 2005, 10:52:14 pm »
Clap Clap Clap :Palmas:

Ja agora que grupos podiam tomar conta de parcelas do territorio?
 

*

NotePad

  • Perito
  • **
  • 565
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #19 em: Setembro 09, 2005, 11:58:46 pm »
contando que algumas unidades poderiam ficar fieis ao governo e dificil prever mas assumindo que todos agiriam de forma organizada suponho que os OE´s, DAE, COE e RESCOM poderiam ocupar-se de tomar de assalto o Palacio de Belem, S. Bento, A. Republica, 2 Vasco da Gama ficariam a prestar a apoio junto de Lisboa a 3ª seguiria com um submarino para o Porto. Fuzileiros e comandos tratariam de guardar a capital e BAI ocuparse-ia do Porto a BMI estaria de prevençao na margem norte do tejo não fossem os espanhois tentar aproveitar-se da situação, tal como a força aerea que deslocaria F-16 para Lx, (montijo?) ficando outra parte em monte-real as restantes unidades seriam tambem usadas para asegurar a segurança em lisboa porto e onde fossem necessárias mantendo sempre 1 organizaçao flexivel de forma a serem usadas onde necessário.