Reestruturando o Exército Português

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papatango

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« Responder #45 em: Setembro 25, 2005, 01:07:02 pm »
Errado

Foram os Leopard-IIA4 que foram convertidos em Leopard-IIA6.
Aliás, este é o procedimento normal.
Afazer o upgrade dos mais antigos, (A4) de forma a rentabilizar o investimento efectuado nos A5.

Veja com atenção as noticias, e verificará que a Holanda reduziu de duas para uma brigadas a sua força principal de tanques. As duas brigadas estavam equipadas com Leopard-IIA6.

Portanto, Portugal demonstrou interesse nos carros que ficam disponíveis, com a redução das forças blindadas holandesas de duas para uma brigadas.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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fealcap

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« Responder #46 em: Setembro 25, 2005, 02:04:51 pm »
No  :G-Ok:
 

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papatango

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« Responder #47 em: Setembro 25, 2005, 02:08:53 pm »
As informações que tenho sobre o tema, foram-me dadas por um holandês.

A informação inicialmente posta a circular, de facto falava de uma transformação A4 -> A5 -> A6.
Informações posteriores referem a transformação directa A4 -> A6, porque era mais barata e porque os A4 estavam estruturalmente em melhores condições  que os A5.

Além de tudo isto, o mapa não refere o facto de a Holanda ter reduzido de três para duas, o numero de brigadas blindadas, que estavam equipadas com A6. Logo, como é obvio, os carros que a Holanda passa a ter disponiveis (não necessáriamente em venda) são, sem dúvida Leopard-IIA6.

Até ao momento subsiste-me a dúvida sobre se todos os carros utilizados pela Holanda nas suas duas brigadas blindadas eram de facto A6. A dúvida tem a ver com o facto de a Holanda ter adquirido várias unidades do novo canhão L55 (utilizado no Leopard-II A6), contanto manter algumas unidades de reserva. Como a noticia de que uma das duas brigadas blindadas seria desactivada, chegou antes de o programa de modernização ter chegado ao fim,  deixou de fazer sentido a Holanda continuar a fazer upgrades de tanques que posteriormente seriam desactivados. Essa poderá ser a razão pela qual, se falou em Portugal em apenas 20 carros de combate. De notar que esta noticia nem sequer é oficial, e pode haver (como em todas as noticias) alguma desinformação.

Em Portugal, a possibilidade de trocar os M-60A3tts por Leopard-IIA4, já foi anteriormente colocada, mas segundo as "más linguas" as chefias do exército recusaram a troca, pela complicação logística que isso implicava. As chefias estariam portanto interessadas em veículos mais modernos, que efectivamente justificassem a mudança.

Passar de M-60A3tts para Leopard-IIA4, é um progresso, mas do ponto de vista estratégico, para Portugal, é passar de um carro que não pode actuar em cenários internacionais, para outro que também já está em termos de blindagem desactualizado.

Logo, considerando os objectivos das F.A. portuguesas, não faz sentido passar do M-60A3TTS para o Leopard2-A4.

Mas claro, esta é a análise feita do ponto de vista  militar. Os civis podem fazer outra análise.

Cumprimentos
« Última modificação: Setembro 25, 2005, 02:57:21 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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fealcap

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« Responder #48 em: Setembro 25, 2005, 02:52:45 pm »
Cual de los cuatro ha sido desactibado
-Regiment Huzaren Prins van Oranje
-Regiment Huzaren Van Boreel
-Regiment Huzaren Prins Alexander
-Regiment Huzaren Van Sytzama

Saludos
 

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papatango

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« Responder #49 em: Setembro 25, 2005, 02:56:31 pm »
A noticia é a seguinte:

Citar
EXCEDENTE

A Holanda vai extinguir uma das suas três brigadas mecanizadas, o que cria um excedente de 76 carros de combate ‘Leopard 2' – de 186 para 110 – e parece ser para estes veículos que Portugal vira as suas atenções, se bem que o Governo holandês encare negociações com a Noruega para a cedência dos veículos, por troca de outro equipamento, segundo o documento da reestruturação das Forças Armadas produzido pelo Ministério da Defesa holandês.

Aliás, Portugal já sondou também a Holanda para efeitos de aquisição de aviões P-3. Os custos não são conhecidos, nem as condições em que o negócio poderá ser feito ou o seu enquadramento na Lei de Programação Militar, mas o preço teórico de um ‘Leopard 2' poderá rondar 1,4 milhões de euros (700 mil contos).

O eventual interesse português surge associado a uma renovação muito parcial da Brigada Mecanizada Independente – no âmbito mais vasto da reestruturação do Exército – uma vez que os números apontados referem apenas a necessidade de 20 blindados, os suficientes para constituir um esquadrão de carros e um esquadrão de reconhecimento.

M-60 A3 SUBSTITUÍDOS

Estas subunidades serão agregadas a um batalhão mecanizado, com viaturas M-113 (também à espera de modernização ou substituição), para constituir um agrupamento mecanizado, que pode congregar entre 400 e 600 homens.

Os ‘Leopard 2' – a virem para Portugal – deverão substituir igual número de M-60 A3, cujo processo de modernização parece ter sido assim abandonado, mas se bem que possa constituir uma lufada de ar fresco para a BMI, levanta, no entanto, dúvidas a nível de manutenção e de logística, uma vez que os dois carros são completamente diferentes. Há mesmo receios de que a necessidade de criação de duas linhas paralelas de manutenção e logística, por um lado, e de instrução, por outro, possa agravar a situação da BMI, com consequências também nos custos de operação.

São números que, no seu conjunto, são bem mais modestos que os preconizados pela meta do Exército, que aponta para a BMI um número da ordem dos quatro mil homens em termos de efectivo, mas há alguma urgência em manter a imagem da BMI como ‘escola de armas combinadas', conceito de que o projecto de reestruturação do Exército não abdica e que terá que ser necessariamente conjugado com os custos de manter uma grande unidade mecanizada.

BAI REDUZIDA

Mais segura mantém-se a intenção de redução em efectivos da Brigada Aerotransportada Independente (BAI) – em termos orgânicos de brigada passa de três mil para dois mil homens – e os comandos abandonam a ideia de batalhão, ao manterem as duas companhias, mas sem um estado-maior.

A ser assim, poderá desaparecer o próprio conceito de brigada, substituído por ‘força', uma vez que na orgânica são extintos os batalhões de apoio de combate e de apoio e serviços.

FACTOS EM TORNO DA REESTRUTURAÇÃO DO EXÉRCITO

MUDANÇA

A reestruturação do Exército foi apresentada esta quarta-feira pelo general Valença Pinto, Chefe de Estado-Maior do Exército, no Instituto de Altos Estudos Militares, perante os oficiais generais e comandantes do Exército. A reestruturação do ramo terrestre das Forças Armadas está a ser anunciada desde há dois anos.

CONTRATOS

O Exército está autorizado por lei a contratar 12 mil soldados, oficiais, sargentos e praças. O número actual de efectivos ronda os 24 mil homens. É actualmente constituído por três brigadas (Brigada Aerotransportada Independente, Brigada Ligeira de Intervenção e Brigada Mecanizada Indepedente) e unidades de apoio.

EXTINÇÃO

A reestruturação do Exército anunciada por Valença Pinto aponta para a criação de unidades de apoio e serviços comuns à Brigada Aerotransportada Indepentente e à Brigada Ligeira de Intervenção. Aponta-se ainda para a extinção das Regiões Militares e para a distribuição de valências de comando por vários pontos do País.

INTERVENÇÃO

Na ideia de Valença Pinto está a criação de uma força de intervenção rápida que vai congregar dois batalhões de pára-quedistas, um batalhão de apoio aero-terrestre, duas companhias de comandos e elementos de operações especiais. Está ainda prevista a criação orgânica de uma companhia com elementos de patrulhas de longo raio de acção.


De notar que a Holanda passa de três unidades mecanizadas a duas e não de duas a uma como incorrectamente referi.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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fealcap

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« Responder #50 em: Setembro 25, 2005, 03:18:36 pm »
La noticia que has expuesto esta aqui:  http://www.correiodamanha.pt/noticia.as ... nal=9&p=94

Me explicare mejor de los cuatro Regimientos que hay o habia son tres los que poseian una brigada con carros de combate exatamente son estas.
Regiment Huzaren Prins van Oranje-  43 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Regiment Huzaren Prins Alexander-  41 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Regiment Huzaren Van Sytzama - 13 Gemechaniseerde (Mechanized) Brigade
Lo que hace falta saber es cual ha sido desactivada.

Saludos
 

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fealcap

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« Responder #51 em: Setembro 25, 2005, 07:28:44 pm »
La verdad es que no lo entiendo según el ministerio de defensa Holandés siguen en activo.
13 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=103079
41 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101620
43 Gemechaniseerde: http://www.landmacht.nl/toon.asp?id=101621
Y el material:
http://www.mindef.nl/veiligheid/krijgsm ... heden.html

Según estas Web los que poseen los carros de combate son 11, 101 y 42 Tankbataljon y todos activos.

No tendrás en Holandés o en Ingles donde pone que ha sido disuelto porque de no ser así es poco fiable susodicha información de la disolución de uno de sus Batallones Mecanizados. Tal y como sabemos muchos periodistas en vez de informar desinforman.

Saludos
 

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TOMKAT

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« Responder #52 em: Setembro 26, 2005, 01:22:09 pm »
Ontem entrevista do Ministro da Defesa ao fim da noite no canal 2.

Muita teorização e poucos factos concretos.
Sobre verbas para reequipamentos previstos para no próximo OE, pouco mais que nada. :?
 
Alguns conceitos positivos a realçar:
-A importância das forças armadas como salvaguarda da democracia e da autoridade do estado.
-A rejeição do sindicalismo nas Forças Armadas.
-A recusa em ceder ás reivindicações recentes das associações militares de forma a não criar precedentes perigosos, e a não desrespeitar as chefias militares.
-A recusa em transformar as Forças Armadas em Forças de Segurança,
distinguindo claramente os objectivos e as permissas que regem cada uma das instituições.

...

Nota final para o desabafo/confidência do ministro aos sues colaboradores: Estejam mentalizados para ficar 4 anos, mas estejam preparados para saír em 4 horas!

Sintomas de precaridade e de insegurança na função inexplicável num ministro dum governo com maioria absoluta. :(
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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papatango

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« Responder #53 em: Setembro 26, 2005, 01:58:35 pm »
Também vi a entrevista.

Acho que o ministro falou muito mas não disse grande coisa.

No que respeita ao trabalhar para quatro anos mas estar preparado para sair em quatro horas, tem a ver com a questão do desprendimento do poder.

Espera-se que qualquer ministro esteja no governo com espirito de missão, e não agarrado ao poder, portanto é de esperar que diga que também poderá sair em quatro horas.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...