Rússia

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linergy

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Re: Rússia
« Responder #180 em: Janeiro 31, 2011, 09:01:15 pm »
Rússia! Muitos jogos de guerra.
 

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Lusitano89

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Re: Rússia
« Responder #181 em: Maio 31, 2011, 07:43:43 pm »
Detido alegado assassino da jornalista Anna Politkovskaya


Rustam Makhmudov, o suposto assassino da jornalista russa de oposição Anna Politkovskaya, foi detido na Chechénia, segundo Saidajmet Arsamerzaiev, advogado do irmão e suposto cúmplice do réu. «Rustam Ruslanovitch, o mais velho dos irmãos Makhmudov, foi detido na noite passada em Atshjoi-Martan (zona oeste de Grozny, a capital da Chechénia) na casa dos seus pais, fui informado», declarou o advogado do seu irmão, Ibraguim Makhmudov.

A 7 de Outubro de 2006, a jornalista foi morta a tiro próximo do seu apartamento, em Moscovo. Os procuradores apontam que os Makhmudov teriam indicado o local e conduzido ao crime um terceiro irmão, Rustam, que teria efectuado os disparos. Depois disso, o assassino teria deixado o país.

Politkovskaya era repórter do Novaya Gazeta, onde publicava artigos que questionavam a classe dirigente da política russa, incluindo Vladimir Putin, ex-presidente e actual primeiro-ministro russo. Para o jornal, as investigações e o julgamento foram conduzidos de modo «muito leve», sugerindo uma conspiração de alto escalão.

Um indício que sustenta essa hipótese, segundo escreve o jornal britânico The Guardian, é o desaparecimento de provas fundamentais durante o processo, como chips de telemóveis, discos de computadores e uma foto de Rustam Makhmudov, que teria deixado o país usando um passaporte falso.

A morte de Politkovskaya tornou-se um símbolo das relações entre a imprensa e o poder na Rússia, um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo.

O Kremlin negou especulações de envolvimento no crime, que segundo o Ministério Público foi uma tentativa de desacreditar o país internacionalmente.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #182 em: Junho 17, 2011, 04:00:34 pm »
Presidente russo pretende adoptar medidas de combate à corrupção


O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev afirmou hoje que «a corda ao pescoço dos corruptos deve ser apertada sem descanso nem piedade» no país.
Num discurso no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, assinalou que se a frase «a corrupção estrangula o desenvolvimento» está na boca de todos, «a resposta deve ser simétrica e a corda ao pescoço dos corruptos deve ser apertada sem descanso nem piedade».

Medvedev salientou a necessidade de se introduzir novos mecanismos para agilizar a demissão de funcionários públicos suspeitos de corrupção.

«Um motivo para a demissão podem ser os factos que forem conhecidos graças às investigações, inclusivamente se não podem ser perseguidos como crimes tipificados no código penal», disse o presidente russo.

«É preciso expulsar aqueles que não respeitam a lei, a ordem nem os seus próprios companheiros, e que são muitos no sistema judiciário», sublinhou Medvedev.

O líder do Kremlin disse que alguns promotores se aproveitam do seu cargo para «fazer negócio» em benefício próprio.

«Ao serem revelados indícios de abuso de poder, ele deverá responder, inclusivamente pela via penal», concluiu Medvedev.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #183 em: Julho 08, 2011, 02:38:26 pm »
Serviços secretos exigem acesso a todos os telemóveis


O chefe do serviços de informações russos (FSB, antigo KGB) exigiu hoje que os operadores de comunicações móveis na Rússia forneçam os seus códigos de encriptação para que o FSB possa vigiar todas as comunicações.

"Todos os serviços de informações devem ter acesso aos códigos dos operadores de redes de telefones móveis, para que possam vigiar eventuais acções ilegais", disse Alexandre Bortnikov, citado por agências russas.

"Todos os operadores estrangeiros que operem em território russo devem submeter-se a esta regra", adiantou Bortnikov, que referiu ter já discutido o assunto com empresas como a Google e a Skype.

O chefe dos serviços secretos russos não precisou se os operadores estrangeiros já se sujeitaram à obrigação de revelarem códigos de comunicações ou se a medida abrange também os serviços de "roaming", mas indicou que o FSB está já a "colaborar" com a Google e a Skype para "resolver problemas específicos" relacionados com as comunicações na Internet.

Questionado pelo jornal online gazeta.ru sobre as exigências do FSB, o representante da Skype na Rússia, Arseni Rastorguev, insistiu na necessidade de um quadro jurídico claro, para determinar os procedimentos que as autoridades russas devem seguir para terem acesso a informações sobre os clientes do operadores.

A Lei das Telecomunicações russa garante o princípio do respeito pelo segredo das comunicações sob todas as formas, mas atribui ao mesmo tempo poderes ao governo para obrigar os operadores a fornecerem às autoridades informações que lhes sejam exigidas.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #184 em: Agosto 04, 2011, 01:23:46 am »
Putin defende limites para o multiculturalismo




O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, recorreu hoje ao exemplo da União Europeia para defender limites para o multiculturalismo e para a tolerância face a costumes alheios.

"Em alguns países europeus surgem problemas com mulheres que querem usar véu... Talvez seja melhor eu não falar sobre este tema, porque posso ser alvo de críticas, mas, não obstante, quero dizer... Claro que se deve deixar viver as pessoas como querem, mas se elas se vêem noutro meio cultural, devem respeitar o povo no seio do qual decidiram viver", declarou Putin num encontro com jovens do Cáucaso da Norte, região da Rússia onde parte significativa da população é muçulmana. "Se esse povo vê nesse comportamento uma agressão religioso-cultural, se isso causa repulsa, é preciso ser compreensivo e não impor os seus costumes", acrescentou. "Admito que algumas pessoas tenham as ideias mais radicais, mas então que vão viver para lugares onde essas ideias são a norma", aconselhou.

Vladimir Putin lançou um aviso à Europa: "Quando as pessoas começam a ir para lá de determinadas fronteiras, por exemplo, na Europa, se a população local vê que o Estado não os defende, isso leva a que elementos radicais tentem chegar ao poder. E aparecem elementos radicais do outro lado, que começam a lutar com os primeiros. A situação agudiza-se. Isso conduz a um beco sem saída". O dirigente russo lançou um apelo aos habitantes do Cáucaso do Norte, onde atuam guerrilhas separatistas islâmicas, a abandonarem estereótipos falsos de que os povos das montanhas apenas são bons combatentes e que, devido à sua mentalidade, não podem dedicar-se ao turismo e serviços. "Isso não é mentalidade, mas um baixo nível de instrução e cultura dos que pensam assim", frisou.

O Cáucaso do Norte é a região da Rússia onde se registam os índices de desemprego mais altos do país e as autoridades de Moscovo depositam sérias esperanças no desenvolvimento do turismo na região para resolver o problema e desviar os jovens desempregados das guerrilhas separatistas. Putin considerou uma "tese falsa" a ideia expressa por um dos jovens de que os povos das montanhas não vão "servir turistas". "Os montanheses são um povo orgulhoso, mas não foram criados apenas para combater. Aqui há muitas pessoas com talento: poetas, escritores, engenheiros, cientistas e militares", exemplificou Putin.

O primeiro-ministro russo lembrou que, na era soviética, "todos sabiam que no Cáucaso havia muito bons construtores, que faziam biscates em todo o país".

DN
 

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Re: Rússia
« Responder #185 em: Outubro 04, 2011, 08:28:53 pm »
Putin sugere união diplomática de antigas repúblicas soviéticas


O primeiro-ministro russo (e provável candidato à presidência do país em Março) sugeriu hoje a criação de uma União Euro-asiática que junte as antigas nações do mundo soviético. O objectivo de Vladimir Putin é que o bloco se torne, em bloco, competitivo no mundo global e tenha mais influência junto dos Estados Unidos, da União Europeia e da Ásia.

Lamentando o colapso da União Soviética, em 1991 – que caracterizou como «a maior catástrofe geopolítica do século XX –, Putin negou que o seu objectivo seja reconstruir o antigo império comunista, apesar de hoje assinar um artigo no diário Izvestia em que refere esta aliança como «um dos pólos do mundo moderno, servindo como uma ligação eficiente entre a Europa e a dinâmica região da Ásia-Pacífico».

«Não há quaisquer conversas sobre reconstruir a URSS de modo algum. Seria ingénuo tentar reconstruir ou copiar algo que pertence ao passado, mas uma integração baseada em novos valores e em fundamentos económicos e políticos é uma exigência do presente», explicou o governante russo.

A Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão já tinham formado no último Verão uma aliança económica que retirou as barreiras alfandegárias, pretendendo introduzir regras de unificação do mercado a 1 de Janeiro. A este trio deverão juntar-se o Quirguistão e o Tajiquistão.

SOL
 

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Re: Rússia
« Responder #186 em: Janeiro 18, 2012, 12:06:29 pm »
Rússia descarta nova «Guerra Fria» com Estados Unidos


A Rússia e os Estados Unidos não são inimigos e não há motivos para uma nova corrida armamentista ou «Guerra Fria», garantiu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) russo, Sergei Lavrov.

«Não acho que exista fundamentos para dizer que estamos à beira de uma corrida armamentista ou Guerra Fria. A Guerra Fria terminou há muito tempo. Não estamos em confronto. O confronto não é a nossa opção e não acho que os políticos razoáveis dos EUA queiram o confronto», disse Lavrov em conferência de imprensa.

O MNE lembrou as medidas de caráter diplomático que a Rússia irá tomar em resposta à instalação de um escudo antimíssil norte-americano em território europeu, anunciadas pelo presidente russo, Dmitri Medvedev.

Medvedev ameaçou a 24 de novembro, instalar no sul e no oeste da Rússia sistemas de armamento de ataque modernos que estejam prontos para garantir a destruição do sistema europeu de sistema antimísseis.

Além disso, o chefe do Kremlin anunciou a instalação de um radar de alerta sobre ataques com foguetes na região báltica de Kaliningrado.

«A lógica da nossa postura é simples e compreensível. Se nas imediações das nossas fronteiras existe armamento capaz de quebrar o equilíbrio estratégico e, portanto, de reduzir a nossa segurança, responderemos com medidas para impedir essa diminuição», declarou Lavrov.

O ministro russo salientou que Washington está consciente do risco que os seus planos representam para o potencial nuclear da Rússia.

«Nas nossas conversas com os homólogos norte-americanos fica claro que eles não descartam que a sua defesa antimíssil terá características capazes de criar riscos para o nosso potencial nuclear», afirmou.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #187 em: Janeiro 23, 2012, 06:50:26 pm »
"Querem destruir a Rússia como destruíram a URSS" diz Putin


O primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou hoje que existem forças que querem destruir o seu país através dos mesmos processos utilizados para provocar a queda da União Soviética. Putin sublinhou que o povo e a cultura russas constituem o eixo que une a civilização russa única.

"E é justamente esse eixo que toda a espécie de provocadores e os nossos adversários tentam destruir na Rússia, essas tentativas são acompanhadas de afirmações completamente falsas sobre o direitos dos russos à autodeterminação, sobre a "pureza da raça russa", bem como sobre a necessidade de destruir completamente o império que é suportado pelo povo russo", escreve, num artigo publicado no diário Nezavissimaia Gazeta.

"E tudo isso tem por objetivo obrigar as pessoas a destruir a sua própria pátria", frisou.

De acordo com Putin, as tentativas de pregar ideias sobre a construção de um Estado russo monoétnico entram em contradição com a história milenar do país.

"Diria mais, isso constitui a via mais curta para a destruição do povo e dos Estados russos", sublinhou.

No mesmo artigo, Vladimir Putin critica o multiculturalismo numa época em que as correntes migratórias podem mudar o aspeto de continentes inteiros.

O primeiro-ministro russo constata que "em numerosos países formam-se comunidades nacional-religiosas fechadas que não só se recusam a deixar assimilar, como também a adaptar-se".

Para Putin, tal provoca o aumento da xenofobia e das forças que "propõem a assimilação forçada, ao mesmo tempo que se agrava bruscamente o regime de imigração".

Porém, Putin defende que, na Rússia, a situação é diferente.

"Os nossos problemas nacionais e migratórios estão diretamente ligados à destruição da URSS", afirma.

"Quando o país [URSS] ruiu, vimo-nos, em algumas regiões, para lá da fronteira da guerra civil, e precisamente numa base étnica. Conseguimos apagar esses focos com uma enorme tensão de forças, com grande número de vítimas. Mas isso não significa que o problema não esteja na ordem do dia", constata ele.

Vladimir Putin termina o seu artigo com as palavras do filósofo russo Ivan Ilitch: "Todos devem poder orar à sua maneira, trabalhar à sua maneira e é preciso envolver os melhores na construção estatal e cultural".

Este artigo faz parte do programa presidencial de Vladimir Putin.

As eleições realizam-se a 04 de março.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #188 em: Fevereiro 02, 2012, 08:50:14 pm »
Crianças russas devem brincar com armas russas


O vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin, que dirige a indústria militar, defendeu hoje a produção de brinquedos de guerra russos para que as crianças da Rússia deixem de usar modelos estrangeiros.

"Dei ordem para pensarem no fabrico de modelos-brinquedos de armas e equipamentos militares russos. Chegou a hora de as nossas crianças deixaram de brincar com 'Leopardos'", escreveu Rogozin, antigo embaixador russo junto da NATO, no seu Twitter.

O "Leopard" é um tanque fabricado na Alemanha e utilizado pelas forças armadas de vários países.

Rogozin dirige uma organização nacionalista russa que apoia Vladimir Putin na luta pelo cargo de Presidente da Rússia nas eleições de 4 de março.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #189 em: Fevereiro 13, 2012, 09:57:59 pm »
Rússia arrisca-se a perder independência sem crescimento demográfico, alerta Putin


O primeiro-ministro e candidato a Presidente da Rússia, Vladimir Putin, escreve hoje que o seu país se pode transformar numa "área deserta" e perder a independência se não se registar um forte crescimento demográfico.

No artigo "Construção da justiça. Política social para a Rússia", publicado  no diário Komsomolskaia Pravda, Putin considera que se trata de uma opção  entre a ação e a inércia, ou seja, conseguir ou não o aumento da população  em 50 milhões de pessoas nos próximos 40 anos.  

"No nosso território estão concentrados cerca de 40 por cento dos recursos  naturais mundiais, mas a população é apenas cerca de 2 por cento dos habitantes  da Terra. Se não realizarmos um grande projeto a longo prazo de desenvolvimento  demográfico, se não aumentarmos o potencial humano, se não explorarmos o  nosso território, arriscamo-nos a transformar, a nível global, num "espaço  deserto", cujo destino será resolvido a partir do exterior", acrescenta.

O primeiro-ministro russo frisa que, se não forem tomadas medidas, a  população da Rússia diminuirá de 143 para 107 milhões de pessoas nos próximos  40 anos.  

Vladimir Putin apresenta um longo rol de promessas para resolver o problema  demográfico na Rússia, nomeadamente o apoio financeiro às famílias numerosas,  a criação de uma um "aristocracia operária" de 10 milhões até 2020, a solução  do problema da falta de habitações, aumento das reformas e bolsas de estudo.

Além disso, ele propõe a realização de uma "política de migração inteligente": o regresso dos russos que vivem no estrangeiro, principalmente nos países que faziam parte da URSS, e importação controlada de mão-de-obra.  

O dirigente russo considera que os cidadãos do seu país podem estar  descontentes com a política social das autoridades, mas sublinha que na  Rússia existe "um nível mais alto de  garantias sociais do que em Estados  com um nível semelhante de produtividade de trabalho e de rendimento per capita".  

Porém, reconhece que "é inadmissível a gritante diferenciação de rendimentos.  Um em cada oito cidadãos vive, oficialmente, abaixo do nível da pobreza".

Putin defende que é preciso ainda trabalhar muito para que os cidadãos  possam "realizar os seus conhecimentos profissionais, encontrar emprego  que lhes dê um salário digno e permita desenvolver a sua carreira".  

Este artigo é parte do programa eleitoral de Vladimir Putin. As eleições presidenciais estão marcadas para 04 de março.

Lusa
 

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Re: Rússia
« Responder #190 em: Março 02, 2012, 07:55:13 pm »
Putin considera "normal" ficar no poder até 2024




O primeiro-ministro russo disse que ainda não decidiu se deseja ficar no poder após 2018 - quando o mandato que espera exercer termina -, mas não vê nenhum problema numa liderança política tão prolongada.

Numa reunião com editores dos principais jornais na noite de quinta-feira, Putin disse que os protestos recentes o deixaram feliz e os líderes da oposição não ofereceram nada de consistente.

“Estou muito contente com essa situação, pois isto significa que as autoridades têm que reagir ao que está a acontecer no país, aos sentimentos das pessoas, e corresponder às expectativas", afirmou.

Milhares de pessoas manifestaram-se diversas vezes em Moscovo e São Petersburgo nos últimos três meses contra possíveis fraudes nas eleições e o monopólio de Putin no poder. Já existem protestos marcados para segunda-feira, um dia depois das eleições.

“Acho que essa é uma ótima experiência para a Rússia”, disse Putin, acrescentando que os protestos são direcionados muito mais para o seu partido, o Rússia Unida, do que para ele pessoalmente.

Sondagem aponta vitória na primeira volta

A última sondagem aponta uma vitória de Putin na primeira volta das eleições, com quase 60 por cento dos votos.

O candidato do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, fica em segundo lugar, com aproximadamente 15 por cento dos votos. Já o candidato independente Mikhaïl Prokorov aparece em terceiro lugar com mais de 8 por cento dos votos.

Campanha eleitoral termina nesta sexta-feira

Putin não participou em debates políticos com os outros quatro candidatos à presidência. Mandou os representantes da sua campanha para entrevistas enquanto ele mantinha uma imagem de primeiro-ministro ocupado, viajando pelo país.

Putin condenou os seus oponentes por uma falta de visão e por não oferecer nada além de discursos vazios.

“A oposição não ofereceu nenhuma opção interessante, consistente e inovadora para desenvolver o país”, criticou, acrescentando que “debates não são importantes” e sim “resultados de um trabalho anterior”.

Putin no poder até 2024?

Questionado sobre o facto de permanecer no poder por tanto tempo, Putin respondeu: “É normal se tudo está a correr bem, se as pessoas estão satisfeitas”.

Aos 60 anos, Putin pode, segundo a Constituição da Rússia, exercer mais dois mandatos consecutivos, o que prolongaria seu governo até 2024, quando faria 72 anos.

O mandato presidencial dura agora seis anos, devido a mudanças na lei realizadas pelo presidente de saída Dmitri Medvedev.

Fraude eleitoral

Numa corrida tensa pela presidência, a oposição acusou as autoridades de tentarem, mais uma vez, uma fraude na votação. Putin atirou a acusação contra os seus adversários ao afirmar que eles planeiam encher as urnas e depois tornar a votação ilegítima.

Para tentar afastar os rumores de fraude, Putin mandou instalar mais de 200 mil câmaras espalhadas em todas as mesas de voto do país.

Promotores russos advertiram nesta sexta-feira um grupo independente de monitoramento das eleições de que é ilegal manter uma contagem online paralela à oficial.

O grupo “Golos” planeava mandar avisos por mensagens de texto dos resultados das zonas eleitorais em tempo real durante às eleições como forma de evitar falsificações. Putin qualificou o grupo como parte dos esforços ocidentais de intervir na política russa.

Sapo / AFP
 

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Re: Rússia
« Responder #191 em: Março 03, 2012, 11:20:57 pm »
Putin transformado em personagem dos Simpsons




Chama-se "12 anos de Putin em 2 minutos" e está a tornar-se 'viral' na Internet: Um vídeo em que o actual primeiro-ministro e provável futuro presidente russo surge 'transformado' em personagem da série de TV Simpsons.

Durante o filme, Vladimir Putin envelhece perante os nossos olhos, sempre sentado na 'cadeira do poder'. O mundo em seu redor vai-se transformando e ele... permanece.

No fim, as semelhanças com o Mr. Burns dos Simpsons, o centenário forreta patrão de Homer, são evidentes.

Candidato à presidenciais deste domingo, e com as alterações legislativas que mudaram o tempo dos mandatos, Vladimir Putin tem hipótese de ficar no poder até 2024.

DN
 

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Re: Rússia
« Responder #192 em: Março 04, 2012, 09:08:14 pm »
A Rússia é de Putin


Os dados são inequívocos. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, regressará à Presidência após as eleições deste domingo, apesar da inédita vaga de protestos contra a dança de cadeiras protagonizada pelo ex-espião soviético e pelo Presidente cessante, Dmitry Medvedev. A mais recente sondagem do centro independente de pesquisas Levada indicava uma vitória folgada para Putin, com 66% dos votos. O segundo candidato mais votado seria, a grande distância, o comunista Guennadi Ziuganov (15%). O ultranacionalista Vladimir Jirinovski recolheria 8% dos votos, enquanto o multimilionário Mikhail Prokhorov, o grande enigma da campanha, não iria além dos 6%.

Os números podem surpreender o leitor da imprensa internacional, onde ao longo dos últimos meses se repetiu a ideia de que a Rússia poderia também ter a sua Primavera de contestação após as manifestações de Dezembro contra a suspeita de fraude eleitoral em massa nas legislativas.

A votação de Novembro, recorde-se, deu ao partido Rússia Unida uma magra maioria parlamentar. Pelo menos oficialmente, já que a contagem de votos começara por indicar uma perda de maioria, até que os números chegados de repúblicas como a Chechénia e o Daguestão, e de outras regiões distantes de Moscovo e São Petersburgo, com triunfos acima dos 90% para a força de Putin e Medvedev, acabaram por compor o resultado.

Milhares de casos irregulares foram então reportados por observadores e pela oposição. Os Estados Unidos e a União Europeia declararam mesmo que as eleições não tinham sido justas nem livres. E centenas de milhares de pessoas saíram às ruas, enquanto Putin era criticado abertamente pela imprensa.

Três meses depois, o Kremlin concluiu uma operação de contenção de danos em múltiplas frentes, a começar pela divisão da oposição. Persistem rumores de que Prokhorov será um falso candidato presidencial destinado a dividir o voto dissidente. Questiona-se porque é que o terceiro homem mais rico do país, que goza de boa imprensa no exterior, nem chegou a aquecer os motores durante a campanha.

Putin, por seu turno, fez o possível por preservar a imagem. Não participou em qualquer debate e optou por fazer campanha através de extensos artigos de jornal – nos quais explorou o tradicional receio dos russos face ao exterior, com referências directas à intervenção externa nos conflitos líbio e sírio. Identificou ainda a vaga de contestação russa com interesses estrangeiros – norte-americanos à cabeça – e prometeu um investimento bilionário nas forças armadas, para defender a soberania e os recursos nacionais.

O antigo e futuro Presidente também abriu os cofres: decretou aumentos de salários, pensões e bolsas de estudo, ao ponto da Rússia ter entrado em défice orçamental pela primeira vez em dez anos. Em Fevereiro, esta fatia da despesa do Estado atingiu o valor recorde de 12% do PIB.


Moscovo é uma ilha

Assim consolidou o apoio junto dos mais pobres, dos funcionários públicos, dos idosos e do mundo rural. O factor geográfico e demográfico é incontornável: por muito que cresça a contestação entre os jovens urbanos de formação superior, há um imenso país envelhecido e inóspito onde Putin é o herói que resgatou a Rússia do caos financeiro e que esmagou a revolta chechena.

Houve ainda o que os mais cépticos garantem ser o tradicional golpe de Putin: uma falsa ameaça à segurança nacional. Na segunda-feira, a televisão estatal noticiava que tinha sido abortada uma conspiração terrorista que teria como alvo o ex-KGB. Na verdade, os dois supostos militantes chechenos foram detidos há um mês.

«É melhor fingirmos que acreditamos, senão começam outra vez a rebentar prédios», satirizava um cidadão russo na rede social Twitter, citado pelo The Guardian. O eleitor referia-se à antiga suspeita de que os atentados que mataram 293 pessoas em 1999 foram perpetrados pela 'secreta' russa para promover Putin.

Outra suspeita a persistir é a da manipulação eleitoral. As milhares de queixas de Novembro não resultaram em muito mais que 30 processos. Alexander Veshnyakov, até 2007 presidente da comissão de eleições, afirma que boa parte dos russos já não acredita na democracia. Perante os alertas da oposição, Putin adverte: «A minoria terá que se submeter à opinião da maioria»

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Re: Rússia
« Responder #193 em: Agosto 28, 2012, 07:40:22 pm »
Relatório mostra como Putin comprou 20 casas e 43 barcos de luxo com dinheiro do Estado


O presidente russo Vladimir Putin gastou enormes quantias de dinheiro do Estado em 20 luxuosas residências, 43 jactos e quatro iates. Quem o garante é Boris Nemtsov, líder da oposição russa, que esta terça-feira publica um relatório que retrata Putin como um líder bastante mais esbanjador do que os seus homólogos ocidentais. A denúncia foi feita esta terça-feira através de um relatório divulgado online pelo antigo vice-primeiro-ministro e actual líder do partido RPR-PARNAS da oposição russa.

Além dos gastos, Boris Nemtsov estima que a manutenção de todas as residências, carros e barcos deverá custar ao Presidente russo um valor estimado de 2.5 mil milhões de dólares por ano. Algo próximo de 2 mil milhões de euros.

O relatório inclui numerosas fotografias dos bens de luxo do Presidente. Além das casas, carros e barcos inclui também, a título de exemplo, uma colecção de relógios que vale no mercado cerca de 700 mil dólares. Para a pagar com o seu salário oficial, Putin precisaria de cerca de seis anos.

«Putin tem usado para seu proveito o que é propriedade do governo há muito tempo», escrevia Nemtsov, deixando antever aquilo que descreveu como «um estilo de vida insolente, cínico e luxuoso levado a cabo às custas dos contribuintes».

Divulgadas tais informações, o porta-voz do Presidente russo partiu em sua defesa, deixando claro que tudo o que aparece referido no relatório é «propriedade do governo, que Putin usa legalmente enquanto Presidente eleito».

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« Responder #194 em: Agosto 31, 2012, 06:43:18 pm »
Putin destina 566 mil milhões de euros à defesa


O Presidente russo Vladimir Putin anunciou hoje a canalização de 566 mil milhões de euros para a indústria de defesa nos próximos 10 anos, definida como um "impulso" ao rearmamento da Rússia semelhante ao ordenado por Estaline na década de 1930.

"É necessário promover um impulso tão importante na modernização da indústria de defesa como o registado nos anos de 1930", declarou Putin, citado pela agência Interfax, no decurso de uma reunião do Conselho de segurança da Rússia.

O líder do Kremlin anunciou que o Estado vai canalizar 23 biliões de rublos (566,96 milhões de euros) nos próximos dez anos, uma verba sem precedentes, para o programa público de armamento e de rearmamento das Forças Armadas da federação.

Entre 1930 e 1939, Josef Estaline ordenou um vasto programa de rearmamento da então União Soviética.

Em simultâneo, a década de 1930 foi caracterizada pela fase mais mortífera da repressão estalinista, incluindo nos meios militares, com a decapitação da "velha guarda" do Exército Vermelho através da execução ou envio para campos de concentração de milhares de oficiais soviéticos.

Antes das presidenciais de março - que assinalaram o seu regresso ao Kremlin após dois mandatos presidenciais (2000-2008) e um interregno de quatro anos como primeiro-ministro - Putin tinha indicado que pretendia colocar o complexo militar industrial no centro do desenvolvimento do país, à semelhança da ex-URSS, e prometeu um rearmamento "sem precedentes" do país para os próximos anos.

Lusa