Rússia

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P44

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« Responder #120 em: Março 05, 2008, 03:40:41 pm »
Tem toda a razão, Ricardo :wink:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Oziris Lucio

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« Responder #121 em: Março 05, 2008, 04:03:18 pm »
Citação de: "tyr"
A questão é que os governos americanos são tão hipócritas quanto é possivel, dizem defender a democracia, é só ver o resultado da reacção americana às eleições democraticas na palistina.
 dizem que são contra ditadores, o sadam éra um grande aliado até ao dia que atacou o kuwait, ai passou a ser um demonio com o qual os americanos nunca teriam relações.
 São contra a possibilidade de o Irão ter armas nucleares, mas qual foi o unico pais que as usou??? e para alem disso não disem nada à cerca dos misseis paquistaneses e indianos (esses sim apontados e prontos a disparar), para alem de israel ter armamento nuclear com aval americano.
 São defensores dos direitos humanos, mas existem camaras de tortura em Guantanamo (90% dos detidos não tinha nada contra a america quando entraram, mas terão muitas razões para matarem americanos quando sairem).
 E são mentirosos :idea:
""Si vis pacem, para bellum.""
 

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oultimoespiao

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« Responder #122 em: Março 06, 2008, 01:45:13 am »
Citação de: "P44"
Pois, mas o Hitler perdeu a guerra na Frente Russa :wink:


Ai e que vc esta redondamente enganado e ou por desconhecimento ou por omissao! A WWII foi ganha nao porque os americanos sao melhores soldados que os outros... Foi ganha porque os americanos ou as empresas americanas conseguiram produzir mais e mais rapido do que os alemaes e japoneses conseguiam destruir, pode-se dizer que henry ford foi o melhor general que os aliados tiveram! Ai e que se ganhou  a guerra, porque se nao fosse por este facto nem tinha havido frente russa, porque toda a comida que chegava a russia vinha da america!
« Última modificação: Março 06, 2008, 05:08:28 am por oultimoespiao »
 

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oultimoespiao

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« Responder #123 em: Março 06, 2008, 01:50:54 am »
Citação de: "P44"
se não fossem os 20 milhões de russos que morreram na II GM agora estávamos todos a falar Alemão e a marchar a passo de ganso (nós não, nós erámos Untermencshen...)


20 milhoes morreram em accoes relacionadas com actividade belica... outros 20 milhoes morreram porque o vosso tio jose s. gostava tanto deles que os mandou de ferias para a siberia ou simplesmente os matava para servir de exemplo a alguem
 

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P44

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« Responder #124 em: Março 06, 2008, 10:36:33 am »
Olha afinal descobri que o josé era meu tio :lol:

ridiculo... c34x
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #125 em: Março 06, 2008, 10:37:27 am »
Citação de: "Oziris Lucio"
Citação de: "tyr"
A questão é que os governos americanos são tão hipócritas quanto é possivel, dizem defender a democracia, é só ver o resultado da reacção americana às eleições democraticas na palistina.
 dizem que são contra ditadores, o sadam éra um grande aliado até ao dia que atacou o kuwait, ai passou a ser um demonio com o qual os americanos nunca teriam relações.
 São contra a possibilidade de o Irão ter armas nucleares, mas qual foi o unico pais que as usou??? e para alem disso não disem nada à cerca dos misseis paquistaneses e indianos (esses sim apontados e prontos a disparar), para alem de israel ter armamento nuclear com aval americano.
 São defensores dos direitos humanos, mas existem camaras de tortura em Guantanamo (90% dos detidos não tinha nada contra a america quando entraram, mas terão muitas razões para matarem americanos quando sairem).
 E são mentirosos :idea:


x2

se existem Governos HIPÓCRITAS no mundo, os americanos levam a medalha de ouro
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #126 em: Março 06, 2008, 11:54:38 pm »
Pois, o Henry Ford nutria alguma simpatia pela Alemanha nazi. E parece que era recíproca.
Uns links:

Citar
Both General Motors and Ford insist that they bear little or no responsibility for the operations of their German subsidiaries, which controlled 70 percent of the German car market at the outbreak of war in 1939 and rapidly retooled themselves to become suppliers of war materiel to the German army.

But documents discovered in German and American archives show a much more complicated picture. In certain instances, American managers of both GM and Ford went along with the conversion of their German plants to military production at a time when U.S. government documents show they were still resisting calls by the Roosevelt administration to step up military production in their plants at home.



Citar
Although Ford later renounced his antisemitic writings, he remained an admirer of Nazi Germany and sought to keep America out of the coming war. In July 1938, four months after the German annexation of Austria, he accepted the highest medal that Nazi Germany could bestow on a foreigner, the Grand Cross of the German Eagle. The following month, a senior executive for General Motors, James Mooney, received a similar medal for his "distinguished service to the Reich."



http://www.washingtonpost.com/wp-srv/na ... cars30.htm
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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André

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« Responder #127 em: Março 07, 2008, 12:07:24 am »
Citação de: "Bravo Two Zero"
Pois, o Henry Ford nutria alguma simpatia pela Alemanha nazi. E parece que era recíproca.
Uns links:

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Both General Motors and Ford insist that they bear little or no responsibility for the operations of their German subsidiaries, which controlled 70 percent of the German car market at the outbreak of war in 1939 and rapidly retooled themselves to become suppliers of war materiel to the German army.

But documents discovered in German and American archives show a much more complicated picture. In certain instances, American managers of both GM and Ford went along with the conversion of their German plants to military production at a time when U.S. government documents show they were still resisting calls by the Roosevelt administration to step up military production in their plants at home.



Citar
Although Ford later renounced his antisemitic writings, he remained an admirer of Nazi Germany and sought to keep America out of the coming war. In July 1938, four months after the German annexation of Austria, he accepted the highest medal that Nazi Germany could bestow on a foreigner, the Grand Cross of the German Eagle. The following month, a senior executive for General Motors, James Mooney, received a similar medal for his "distinguished service to the Reich."


http://www.washingtonpost.com/wp-srv/na ... cars30.htm


OK, mas isso era só os grandes magnatas das grandes industrias/empresas norte-americanas, que devido ao seu trabalho não queriam saber do regime, podia ser o mais violento na Terra que o que queriam era comercializar o seu produto e ter lucro, ainda por mais depois da grave crise financeira de 1929. Quanto ao Henry Ford não é grande surpresa porque é conhecida a sua faceta anti-semita ...
« Última modificação: Agosto 14, 2008, 04:27:38 pm por André »

 

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oultimoespiao

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« Responder #128 em: Março 07, 2008, 01:55:07 am »
estava-me a referir a ford no sentido da linha de producao e automatizacao da industria... sei que era anti semita entre outros defeitos mas no contexto que me referi tem fundamento!

Outra coisa a nao esquecer e que a russia comecou a guerra do lado da alemanha e ate dividiram a polonia... Quanto a dinheiro... durante o conflito os eua derao $12 bilioes em ajuda a russia sem retorno
 

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André

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« Responder #129 em: Março 17, 2008, 06:57:11 pm »
Vladimir Putin optimista nas relações com os EUA depois de receber carta de  George W. Bush

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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou ter recebido uma carta do seu homólogo norte-americano, George W. Bush, que permite esperar que o seu país e os Estados Unidos consigam chegar a acordo sobre as questões problemáticas bilaterais.

"Tive recentemente oportunidade de conversar com o Presidente Bush, eu recebi uma mensagem dele. Parece-nos que se trata de um documento importante, estudámo-lo atentamente e, se conseguirmos chegar a acordo sobre os pontos fundamentais, o nosso diálogo vai desenvolver-se produtivamente", declarou Putin durante um encontro com Condoleezza Rice e Robert Gates, respectivamente, Secretária de Estado e Ministro da Defesa dos Estados Unidos.

Por outro lado, o dirigente russo sublinhou que ainda há muitos problemas por resolver.

Segundo a agência RIA Novosti, Bush, na sua carta, expõe "a sua visão das relações bilaterais e as abordagens da herança nas relações bilaterais, que os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos deixam às gerações futuras, bem como descreve as perspectivas do reforço dessas relações".

O Presidente norte-americano aponta também as direcções em que Moscovo e Washington poderão conseguir o reforço das relações bilaterais.

Rice e Gates encontraram-se também com Dmitri Medvedev, que irá suceder Putin no Kremlin a 07 de Maio. A Secretária de Estado norte-americana ficou com boa impressão do novo dirigente russo.

"Formaram-se boas relações de trabalho com o Presidente eleito da Rússia e esperamos que elas continuem", declarou Rice a jornalistas.

Mas as conversações mais difíceis entre Serguei Lavrov e Anatoli Serdiukov, ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Rússia, e os enviados norte-americanos irão realizar-se terça-feira.

O tema central das conversações é o problema da instalação do sistema de defesa antimíssil norte-americano no Leste da Europa.

Washington justifica que, desse modo, pretende impedir possíveis ataques da parte do Irão, mas Moscovo vê nesse sistema uma ameaça à sua própria segurança e ameaça reorientar os seus mísseis para a Polónia e a República Checa se aí for instalado o sistema norte-americano.

Os dirigentes russos propuseram como alternativa a utilização conjunta das estações de radares de Gabala, no Azerbaijão, e de Armavir, no Sul da Rússia.

Conversações análogas tiveram lugar em Outubro passado, na capital russa, e terminaram sem resultados positivos.

Então, Washington propôs o acesso de oficiais russos aos locais de instalação do sistema de defesa antimíssil na Polónia e na República Checa, a montagem do radar na República Checa de forma a que ele "não olhe" para a Rússia e a não instalação em plataformas de lançamento dos mísseis de intercepção na Polónia.

Antes de chegar a Moscovo, Gates disse que Washington não pretende fazer novas propostas, mas espera que a Rússia "responda com reciprocidade".

Os analistas militares russos olham com pessimismo para o resultado das conversações, tanto mais que, no fim da semana passada, a imprensa russa informou que Washington pretende instalar também elementos do sistema antimíssil na Turquia, o que desagradará ainda mais o Kremlin.

Lusa

 

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André

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« Responder #130 em: Março 21, 2008, 06:00:11 pm »
Assassinado conhecido jornalista do principal canal de TV

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Ilias Churpaev, conhecido jornalista do ORT, primeiro e principal canal da televisão pública russa, foi assassinado em Moscovo, informou hoje o Ministério do Interior da Rússia.

Segundo a polícia, o jornalista foi encontrado morto no apartamento que tinha alugado há duas semanas no nordeste de Moscovo.

«Do relatório preliminar dos médicos forenses depreende-se que Churpaev morreu asfixiado por um cinto e apresenta marcas de facadas», segundo fontes policiais.

No lugar do crime houve também um incêndio que foi rapidamente controlado pelos bombeiros.

Ilias Churpaev, que nasceu no Daguestão em 1975, era especialista em temas relacionados com essa república caucasiana da Federação da Rússia, bem como com a Abkházia, região separatista da Geórgia.

Uma das versões sobre a causa do homicídio prende-se precisamente com as suas reportagens sobre o Daguestão, uma das regiões da Rússia politicamente mais instáveis, controlada por autoridades corruptas e onde existe uma forte e activa guerrilha islamista.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #131 em: Março 21, 2008, 09:35:08 pm »
Segundo jornalista morto nas últimas 24 horas ...

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Mais um jornalista russo foi abatido hoje no meio da rua em Makhachkala, capital da república norte-caucasiana do Daguestão, depois de o corpo de um colega seu, especialista nesta região, ter sido descoberto quinta-feira em Moscovo, anunciou a polícia.

"Gadji Abachilov foi abatido a tiro por desconhecidos quando se encontrava dentro do carro, e o motorista ficou gravemente ferido e está hospitalizado", explicou um porta-voz do Ministério do Interior em Makhachkala

Abachilov, 58 anos, era há um ano director da cadeia Daguestão, pertencente à holding pública Rossia, e, de momento, as investigações não conseguiram apurar uma eventual ligação da sua morte à de Ilias Churpaiev, do primeiro canal russo (Pervyi Kanal), encontrado estrangulado com um cinto no seu domicílio moscovita.

Churpaiev, 32 anos, era especialista no Cáucaso russo e, sobretudo, no Daguestão, onde nascera e começara a trabalhar, na cadeia privada NTV, de Makhachkala.

O procurador-geral russo, Iuri Tchaika, garantiu hoje que irá supervisionar pessoalmente as investigações às mortes.

A União dos Jornalistas da Rússia estima que cerca de 250 jornalistas terão perdido a vida em circunstâncias violentas desde a implosão da União Soviética (URSS) em 1991, número só ultrapassado pela Colômbia.

O presidente desta organização de classe, Igor Yakovenko, lamenta que em muito poucos casos tenha sido encontrado e castigado o autor do crime.

A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) exigiu às autoridades russas irem até ao fundo nas investigações "rapidamente e com independência".

Em 2006, a morte de Anna Politkovaskaya, jornalista do bisemanário de oposição "Nóvaya Gazeta", muito ligada à Tchetchénia, causou escândalo em todo o mundo.

Lusa

 

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André

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« Responder #132 em: Março 25, 2008, 06:53:40 pm »
O que será a Rússia de Medvedev ???
Alexandre Reis Rodrigues
 
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Em Maio, Vladimir Putin deixará o cargo de Presidente da Federação Russa e passará a desempenhar as funções de primeiro-ministro, enquanto o actual vice-primeiro-ministro irá ocupar o seu lugar. É uma situação insólita, difícil de imaginar, no que respeita a Putin. Compreende-se que muita gente se interrogue como poderá um todo-poderoso presidente acomodar-se, sem qualquer transição, à posição muito mais discreta de primeiro-ministro, precisamente numa altura em que tem praticamente toda a Rússia a seus pés.

Aparentemente, Putin vai "sacrificar-se" em nome da estabilidade e da necessidade de ajudar à continuação do seu programa de reformas para a Rússia. No entanto, mesmo admitindo que tenha chegado a um entendimento com Medvedev alterando, a seu favor, o esquema habitual de divisão de responsabilidades, a essência dos dois estatutos, em termos de imagem pública, não se poderá alterar. Putin trocará a posição de líder pela de um executivo, ainda que no topo da hierarquia do Estado. Será uma situação para durar os quatro anos do período normal de uma presidência ou estará pensada para ser abreviada em determinado momento do mandato para permitir antecipar o regresso de Putin à Presidência, sem o obstáculo constitucional que impediu um terceiro mandato consecutivo?

Ninguém está seguro de como interpretar esta situação, das suas implicações internas e externas e de como responder à questão atrás posta; mas também talvez não seja isto o mais importante. O que interessaria sobretudo saber são as razões que terão levado Putin a promover Dmitri Medvedev como o seu candidato preferido para o substituir.

Medvedev, em Março de 2007, do grupo dos moderados, era um nome já apontado pelos analistas com boas possibilidades de vir a ser o escolhido; mas havia outros nomes, alguns até com mais peso político, por exemplo Sergei Ivanov, o ministro do Negócios Estrangeiros e representante do grupo Siloviki, a quem Putin deve muitos dos apoios que recebeu. Mikhail Fradkov (ex-embaixador junto da UE) e Vladimir Yanukin (responsável pelos Caminhos de Ferro russos) eram possíveis candidatos de compromisso. Outro era Viktor Zubkov, que Putin escolhera recentemente para seu primeiro-ministro; este, sendo um homem já idoso (66 anos), vindo da obscuridade e com poucas ambições, corporizava a ideia de um “presidente de passagem”, que resignaria em breve para ceder de novo o caminho a Putin.

Medvedev é diferente e não se encaixa nos parâmetros tradicionais dos políticos russos; pertence à nova geração, é muito novo (com apenas 42 anos é quatro anos mais novo que Obama, 10 que Sarkozy), é um académico, vindo da área de Direito, tendo leccionado durante nove em S. Petersburgo (currículo raro entre os políticos russos), quer ser visto como um democrata com ideias liberais, quer modernizar o país, não hesitou em criticar o conceito de “democracia soberana” inventado por Surkov e apadrinhado por Putin, parece pensar, em questões de segurança, mais em termos económicos do que em termos tradicionais (a “arma” do petróleo?) e defende o afastamento do Estado do mundo dos negócios afirmando, em alternativa, que o seu papel principal é o de ajudar a economia e combater a pobreza.

Não obstante este discurso diferente e tão do agrado do Ocidente, Medvedev não se tem poupado a repetir que aceitou a desafio como a melhor forma de permitir à Rússia continuar no caminho traçado por Putin; não se percebe é como as duas coisas vão ser compatíveis. Falta, de facto, saber se foi escolhido para evitar qualquer mudança de rumo ou para implementar mudanças que Putin considera agora inevitáveis mas que não quer que saiam do seu controlo, sendo principalmente por este motivo que se vai “sacrificar” ao desempenho do cargo de primeiro-ministro.

Putin, aos olhos da grande maioria dos russos, teve dois mandatos de sucesso; fez avançar a economia, combateu a pobreza, deu luta aos oligarcas, resolveu o problema da Chechénia, restitui a dignidade perdida durante os tempos de Ieltsin, deu estabilidade e segurança e concluiu o trabalho de Gorbachev para livrar o país do comunismo. Mas também deixou muito por fazer: a modernização da indústria e da economia, a modernização e o reequipamento das Forças Armadas, a reforma do sistema de saúde que se encontra próximo do colapso e o combate à corrupção e ao crime organizado. Putin não encarou também o difícil problema demográfico da Rússia (envelhecimento e diminuição de população).

Liberdade de imprensa e jogo democrático com a oposição (que se não existe é também por culpa própria e não do Kremlin apenas), não são assuntos que presentemente interessem muito aos russos; mas os temas acima referidos, que ainda falta tratar, mais tarde ou mais cedo, começarão a ter um impacto directo sobre a vida do cidadão comum se não forem resolvidos. Medvedev pode ter concordado em disponibilizar o seu mandato para apostar primariamente na resolução dos problemas internos.

Se for assim, como poderão estas novas circunstâncias repercutir-se no campo das relações internacionais? Há quem pense que face à indispensabilidade de uma cooperação estreita entre os dois países na resolução de algumas crises que se arrastam, indispensabilidade já publicamente reconhecida por Mevedev (Conferência de Munique, 2006), os EUA devem olhar para a nova situação como um pretexto e uma oportunidade para reconsiderarem alguns aspectos práticos do seu relacionamento com a Rússia.
 
Jornal de Defesa

 

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routechecker

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« Responder #133 em: Março 25, 2008, 08:54:56 pm »
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PRAGUE (Thomson Financial) - Former Soviet president Mikhail Gorbachev attacked US plans to site an anti-missile system in central and eastern Europe, saying that it was aimed at Russia and China and not Iran.

"You believe that (the system) will be used against Iran? No, the whole system is aimed against Russia and China," Gorbachev said in an interview broadcast by Czech public television today.

He dismissed sustained US statements that the anti-missile system is aimed exclusively at countering the threat from "rogue states" such as Iran.

"The US radar is a serious question and the Czech government has been preparing to accept it for a long time without a mandate from its own citizens. You think this is being prepared against Iran? That is total nonsense. Iran does not present any threat. It would be possible to settle things with it in another way if that was really required," Gorbachev said.

Gorbachev's comments echo Moscow's repeated assertions that US plans to site a radar in the Czech Republic and interceptor missiles in neighbouring Poland represent a direct threat to Russia.

Appearing on the same programme, former Czech president and dissident icon Vaclav Havel defended the US plans and attacked local anti-radar protesters.

"The US for the first time is asking for something from us. Frequently in the past we have made demands on it. They are asking for something small from us and we are prevaricating," Havel said.

Anti-radar militants "are doing something just as dangerous as pacifists before Munich," Havel added, referring to the 1938 agreement between Nazi Germany, fascist Italy, Britain and France, under which large parts of former Czechoslovakia were handed over to Germany and later dismantled altogether.

The centre-right Czech government of Prime Minister Mirek Topolanek hopes to complete bilateral negotiations on the radar system with Washington before a NATO summit in Bucharest next week.

Parliament must approve any deal. The government has refused to hold a referendum on the issue, with a succession of polls showing as many as two-thirds of Czechs opposed to a foreign base on their territory. tf.TFN-Europe_newsdesk@thomson.com afp/cmr
When people speak to you about a preventive war, you tell them to go and fight it. After my experience, I have come to hate war. War settles nothing: Dwight David Eisenhower : 34th president of the United States, 1890-1969
 

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André

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« Responder #134 em: Maio 07, 2008, 05:04:33 pm »
Medvedev propõe à Duma a candidatura de Putin para PM ...

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O novo presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, propôs hoje formalmente à Duma (Câmara dos Deputados) a candidatura de Vladimir Putin para o cargo de primeiro-ministro.
O anúncio foi feito pelo serviço de imprensa do Kremlin e espera-se que a Duma se pronuncie na sessão de quinta-feira sobre a candidatura de Putin ao cargo.

Cerca de duas horas e meia após ser investido como presidente da Rússia, Medvedev formalizou a promessa de conceder a Putin a formação do Gabinete, o que realizou logo após ser proclamado candidato à Presidência, a 11 de Dezembro de 2007.

Pouco antes do anúncio do Kremlin, o Gabinete de Ministros presidido por Viktor Zubkov apresentou a renúncia em plenário, como estabelece a Constituição no caso da posse de um novo chefe de Estado.

Segundo a Carta Magna, a candidatura do primeiro-ministro é apresentada à Duma pelo presidente da Rússia, que tem a prerrogativa de dissolver o Parlamento no caso de os deputados rejeitarem de forma reiterada a sua proposta.

A ratificação de Putin não cria a menor dúvida: hoje após deixar o Kremlin tornou-se o líder do partido no governo, o Rússia Unida, que conta com mais de dois terços dos assentos na Duma.

Putin já exerceu o cargo de primeiro-ministro entre Agosto de 1999 e Maio de 2000.

Na condição de chefe de Governo, Putin assumiu provisoriamente a chefia de Estado no dia 31 de Dezembro de 1999, após a renúncia por motivos de saúde de Boris Yeltsin, o primeiro presidente da Rússia pós-soviética.

Diário Digital / Lusa